História Dirty Sin - Chapter Thirteen: Revenge is a dish that is eaten cold

"Não procurem vingança nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas ame cada um o seu próximo como a si mesmo. Eu sou o Senhor.”

Levítico 19:18

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                            Yuri

 

 

Suspirei pesado ao encarar o telefone em minhas mãos, talvez aquilo tudo fosse uma má ideia. Dei alguns tapas leves em minhas bochechas e coloquei meu celular novamente no bolso de meu uniforme.

 

- Foco Yuri, Foco. – falei para mim mesma sentindo meu coração se acelerar a cada pensamento meu.

 

Peguei o celular de meu bolso novamente e sem hesitar dessa vez procurei pelo contato da pessoa que eu mais precisava naquele momento para que tudo desse certo.

 

- Minho eu preciso de você

 

 

 

 

                                                                                           Jessica

 

 

- Eu estou falando sério Krystal – mordi meu lábio inferior - ele foi até a minha escola!

 

- E como você conseguiu se livrar dele? – cruzou seus braços enquanto me encarava

 

- Aconteceu algo com Yuri... Eu não sei ao certo, ela gritou enquanto os capangas dele a seguraram, eles se assustaram e a soltaram – falei me sentando na cadeira da escrivaninha – então ela saiu correndo e eu fui atrás. Foi tudo tão estranho, na verdade, Yuri estava estranha.

 

 

 

-

 

 

 

 

- Yuri você está bem? – perguntei enquanto a seguia – me responda!

 

Tentei segurar sem braço para que a impedisse de andar tão depressa e finalmente me responder, porém, assim que minhas mãos tocaram seu braço, ela parou de repente me encarando.

Eu não sabia definir o que estava acontecendo naquele momento e nem o que os olhos de Yuri transmitiam ao encarar-me.

Sua íris que normalmente era preenchida por um castanho escuro agora estava totalmente negra causando-me arrepios e seu olhar me intimidava, era como se ele transmitia raiva misturada com rancor, eu até me arriscaria em dizer que eles transmitiam total tristeza.

 

- Não venha atrás de mim – disse num tom rígido fazendo-me dar um passo para trás.

 

Foi à única coisa que ela disse antes de me virar as costas e sumir naquele imenso corredor, acabando por me deixar confusa com suas palavras.

 

 

 

-

 

 

 

- Talvez ela estivesse assustada com toda aquela situação, não se preocupe com isso – Krystal disse massageando minhas costas.

 

- Eu não sei Krystal, as coisas estão tão estranhas. É muita informação para eu assimilar – fechei meus olhos com o toque de minha irmã – primeiro o papa... O cara que se diz nosso pai resolve me perseguir com a turminha dele, logo após nossa mãe tenta suicídio e agora Yuri resolve enlouquecer.

 

- Em questão da Yuri, eu acho que tudo isso já passa. Já com o papai eu acho que você deveria tentar conversar com ele e ver o que ele quer realmente e com a mamãe, acho que deveria dar uma chance pra ela Jessica.

 

- Você quer me ver morta? Vai saber o que ele pode fazer comigo, e se ele resolver me colocar no mercado de trabalho dele? – a encarei incrédula com os meus pensamentos – já com a mamãe, não sei o que devo fazer.

 

- Eu já disse você tem que dar uma chance pra ela – disse apertando mais meus ombros arrancando um suspiro meu – bom, já com o nosso pai, se ele está atrás de você deve ter um motivo.

 

- Mas que diabos de motivo seria Soojung?

- E eu iria saber Sooyeon? – disse num tom irônico ao pronunciar meu nome – só sei que tem alguma coisa por trás disso tudo. Por que ele iria só atrás de você e não de mim? Isso não é estranho? – logo o barulho de seu relógio de pulso chamou sua atenção – tenho que ir trabalhar, se cuida – beijou minha testa.

 

- Até mais tarde – falei sem animação a vendo ir em direção à porta.

 

- Não se esqueça o que eu disse – piscou para mim antes de sair do quarto.

 

Apoiei minha cabeça sobre a escrivaninha e fiquei ali por alguns minutos absorvendo tudo que minha irmã dissera.

Eu só não entendia o motivo de tudo aquilo estar acontecendo, eu não conseguia entender o porquê de meu pai estar atrás de mim quando ele passou anos sem ao menos entrar em contato comigo, em questão sobre minha mãe, acho que eu fui um pouco dura com ela, admito.

Talvez, eu devesse dar alguma chance para ela e tentar por em minha mente que ela não é a mesma pessoa de antes, e mesmo que ela tente me machucar como antes, ela não iria conseguir. Até porque eu já havia crescido e provavelmente estaria até mais forte que ela.

Senti meu estomago roncar um pouco e logo me lembrei de que não comia desde o almoço.

Sem muita vontade me levantei da cadeira e fui até minhas coisas procurar dinheiro para comprar alguma coisa na cantina que havia na escola, assim que o encontrei, contei as notas e sai do quarto até o elevador.

Enquanto esperava o elevador chegar alguém me abraçou por trás me dando um grande susto, que acabei por dar uma cotovelada bem no estomago de quem me segurava fazendo o grunhir de dor.

 

- Yoona?! – falei assustada ao ver minha amiga se contorcer enquanto passava suas mãos na área que havia sido agredida – eu não sabia que era você! Você está bem?

 

- Desde quando você é tão forte desse jeito? – perguntou com dificuldade

 

- Foi mal, eu a machuquei muito?

 

- É só uma dor do momento... Já passou – sorriu fraco

 

- Bem feito, ninguém mandou você me atacar assim tão de repente – revirei meus olhos adentrando no elevador.

 

 - Não fale assim, era um ato de carinho! Mas no final acabei sendo agredida – adentrou ao elevador também apertando o botão do térreo

 

- Isso serve de lição para que nunca mais faça isso – gargalhei a fazendo mandar seu dedo do meio – que coisa feia Im! Você está tão rebelde, está andando muito com a Kim?

 

- Cale a boca Jessica, aliás, para onde você está indo?

 

- Para a cantina estou morta de fome e você para onde está indo?

 

- Indo dar uma volta – deu os ombros – posso ir junto com você?

 

- Claro – sorri de canto

 

Depois de minhas palavras chegamos ao térreo e andamos lentamente em direção à cantina enquanto conversávamos. Enquanto andávamos pelo extenso pátio acabamos por encontrar Sunny e Taeyeon que andavam apressadas e assim que nos viram pararam o que estava fazendo e caminharam em nossa direção.

 

- Todo mundo decidiu dar um passeio hoje? – Yoona disse divertida

 

- Na verdade não, vamos sair escondido – Taeyeon disse.

 

- Vão para onde? – perguntei encarando Taeyeon

 

- Nós vamos...

 

Posso jurar que quando Taeyeon abriu sua boca Sunny pisou em seu pé tirando sua atenção.

 

- Vamos a um barzinho aqui perto – sorriu nervosa

 

- Estamos ficando atrasadas, Jaebum já deve estar chegar – Sunny falou praticamente fuzilando Taeyeon com o olhar.

 

- Já estamos indo então. Até amanhã meninas – Taeyeon se curvou antes de sair com Sunny

 

- Não sabia que elas ficavam tão nervosas fugindo da escola – Yoona disse as encarando andando apressadas até o jardim

 

- Estranho – falei antes de voltar a andar.

 

Voltamos a conversar enquanto andávamos e assim que chegamos à cantina pedi logo muitos baekseolgi enquanto Yoona optou por yaksik. Sentamos em uma das mesas e começamos a comer, Yoona conseguiu arrancar boas risadas minhas pela primeira vez no dia depois de tantos desastres por conta da sua dificuldade para comer o yaksik que grudava em seus dedos por conta do arroz glutinoso.

Assim que terminamos fomos até os banheiros para que Yoona lavasse suas mãos grudentas e assim que ela terminou decidimos dar uma volta pelo jardim e apreciar o por do sol daquela tarde. Seohyun se juntou a nós depois de ligar para Yoona reclamando por estar sozinha na biblioteca enquanto fazia uma pesquisa para a aula de coreano. Sentamos em um dos bancos e logo as duas começaram a falar animadas sobre a viagem que as garotas estavam planejando.

 

- Alguém viu a Yuri? – falei interrompendo Seohyun

 

- Eu a vi saindo da escola mais cedo – Seohyun disse confusa

 

- Porque está perguntando sobre ela tão de repente? – Yoona me olhou desconfiada

 

- Ela parecia nervosa hoje e saiu sem ao menos dizer nada – falei abaixando minha cabeça me relembrando do que acontecera

 

- Aconteceu alguma coisa? – Seohyun perguntou com um olhar preocupado

 

- Na verdade sim – suspirei, não queria mentir para elas a aquela altura do campeonato – vocês sabem que... Tenho problemas familiares – as duas assentiram – meu pai veio na escola atrás de mim hoje e Yuri foi também.

 

- Ele fez alguma coisa para você? – Yoona questionou

 

- Não ele não fez nada, mas parece que para Yuri sim. Ele havia trazido dois “guarda-costas” consigo e eles acabaram por segurar Yuri, mas ela surtou não sei e eles a soltaram. Por algum motivo ela saiu correndo e pediu para que eu não a seguisse, depois disso eu não a vi mais.

 

- Antes de tudo, queria saber por que Yuri foi com você – Yoona semicerrou seus olhos me encarando – vocês estão tendo algo sério?

 

- Também queria saber melhor sobre isso que vocês têm – Seohyun pronunciou

 

- Começamos a namorar e antes que vocês briguem comigo por não ter dito isso para vocês antes, nosso namoro começou ontem – sorri.

 

- Eu vivi esses anos todos para ver Jessica a freira rabugenta, aluna prestigiada estar namorando! Mal posso acreditar que tudo isso está acontecendo! – Yoona disse rindo quebrando toda tensão que estava se formando – você acredita nisso Seohyun? Com uma mulher ainda?

 

- As pessoas mudam Yoona – Seohyun disse a beliscando – ainda bem que mudou para melhor e deixou de ter aqueles pensamentos preconceituosos.

 

- Não estava nos meus planos contar isso para vocês e acabar tendo minhas ações passadas jogadas na minha cara!

 

- Estamos apenas brincando Unnie – Seohyun disse rindo – estamos felizes por você. De verdade, né Yoona?

 

- Sim! O casal mais lindo dessa escola! – Yoona disse formando um coração com suas mãos.

 

- Agora voltando ao assuntou – Seohyun disse séria – não se preocupe tanto, talvez ela apenas tenha tirado um tempo para ficar sozinha – colocou suas mãos em meus ombros – está tudo bem, logo ela volta.

 

 

 

 

 

                                                                     Yuri

 

 

 

- Não pensem em amarelar, vocês me deviam um favor então terão que cumprir – falei girando na grande cadeira que havia no escritório de Minho.

 

- Nunca iriamos amarelar com você Yuri. Você fez tanto por nós – Hajoon disse

 

- Eu irei ajudar nessa, mas ainda acho uma loucura fazer isso, logo com essa pessoa Yuri – Sunny disse cruzando seus braços encarando-me séria.

 

- Loucura? Ele merece mais que isso – me levantei apoiando minhas mãos na mesa

 

- Precisa ir tanta gente assim? – Taeyeon questionou arqueando sua sobrancelha

 

- Claro que sim, e se ele estiver acompanhado ou acontecer algum imprevisto? – falei pegando o copo de vodca que estava em cima da mesa e virando em minha boca.

 

- Acho melhor já irmos para o estacionamento, não sabemos exatamente a hora que o alvo vai chegar – Jaebum disse enquanto mexia em seu celular.

 

Assentimos e logo saímos do local indo até a vã de Jaebum que estava na garagem do trabalho de Minho e todos nós entramos, enquanto Jaebum assumia o volante.

O caminho foi silencioso e em alguns momentos eu pegava Sunny me encarando, mas ela sabia que não me intimidava então eu apenas encarava de volta a fazendo revirar seus olhos e encarar a janela. Chegamos a nosso destino, era um local calmo e não parecia ter muito movimento.

 

- Tem certeza que é aqui mesmo Minho? – falei enquanto observava o lugar pela janela

 

- Absoluta, sempre o vejo por aqui – Minho disse me fitando.

 

- Porque um lugar que funciona um cassino seria tão calmo?

 

- Você acha que em um lugar que funciona algo ilegal teria movimento para chamar a atenção? – Sunny disse num tom sarcástico.  

 

- Está nervosa Soonkyu? – a respondi devolvendo meu tom sarcástico

 

- Nervosa? Nem um pouco. Só acho loucura tudo isso eu já disse

 

- Então porque veio?

- Por que eu ainda faço parte de isso tudo Yuri – disse alto fazendo-me ficar irritada

 

- Não grita! Quer que todos que passarem por aqui ouça teu chilique?

 

- Vai a merda Kwon – socou o banco da frente fazendo Taeyeon se assustar – eu não participo mais disso entendeu? – abriu a porta – eu vou embora sozinha – fechou a porta com força e saiu andando pelo estacionamento escuro com passos firmes.

 

Era incrível e hilário que Sunny ainda dava seus ataques de raiva quando fazíamos algo que era contra sua opinião e no final sempre abandonava tudo deixando o trabalho todo para mim e os outros, isso me dava os nervos!

Mas dessa vez era diferente.

Era algo de meu interesse e não me importava se ela iria fazer parte ou não até porque eu planejava fazer tudo sozinha os outros apenas iriam me dar apoio se algo desse errado.

Apoiei minhas pernas no banco da frente e peguei o maço que sempre levara comigo para todos os lados juntamente ao meu isqueiro ligando um dos cigarros. Dei a primeira tragada e senti que não estava muito afim para aquilo, e isso era algo raro de acontecer já que era viciada em fumar.

Isso tudo só podia indicar um motivo: Eu estava ansiosa e nervosa para o evento que aconteceria em minutos ou talvez horas.

E sempre que isso me acontecia, eu era não incapaz de fumar, chega até ser estranho já que qualquer um fumante tem a tendência de fumar mais e mais quando se esta ansioso e nervoso, mas comigo a coisa era diferente. Eu posso ter sido hipócrita em dizer que Sunny era quem estava nervosa com aquilo tudo quando na verdade era eu quem estava. Esse lado da história eu admito.

Depois de me xingar internamente estendi meu braço para Taeyeon que olhou em minhas mãos e logo entendeu o recado pegando o cigarro de minha mão e o colocando em sua boca. Fiquei brincando com o isqueiro por alguns minutos até Hajoon se levantar e ir até a janela assustando todos.

 

- Ele chegou – disse puxando uma das pequenas cortinas

 

Desligue o isqueiro sorrindo ao ouvir suas palavras e logo me levantei

 

- Mudança de planos meninos, o peguem e levem para a casa de Jaebum que é mais fácil. Preciso brincar com ele um pouquinho.

 

Jaebum me olhou com uma cara de “logo a minha casa? Sério?” e logo se levantou colocando sua mascara e boné, e abriu a porta do carro sendo seguido por Hajoon e Taeyeon que já estavam com seus bonés e mascaras.

Fiquei observando de longe com Minho que também estava atento e já com seu motor ligado para dar partida assim que os outros entrassem com nossa “vitíma”. De longe observei os outros abordarem o felizardo do dia e logo colocar um saco em sua cabeça, ele tentava escapar do domínio dos três, mas não conseguia.

Era bom ter Hajoon no meio daquilo, ele era o mais forte entre nós e com um único soco seu era capaz de deixar seu adversário totalmente desacordado por horas.

Logo eles entraram na vã e Minho deu partida até a casa de Jaebum.

O homem gritava abafado por conta do saco em sua cabeça pedindo para que parássemos com aquilo e meu sorriso só se alargava mais e mais.

Mal começamos e ele já queria sair daquilo? Para que tanto escândalo?

 

A brincadeira estava apenas começando.

 

 

                                                                  Jessica

 

 

Após o por do sol, eu e minhas amigas voltamos para nossos quartos para nos arrumarmos para a reza daquela noite. Eu realmente estava precisando daquilo.

Como esperava Yuri não apareceu e mesmo que eu tinha em mente que Yuri poderia se cuidar muito bem, algo me dizia que estava errado. Tentei afastar aquele pensamento e parei de frente ao espelho encarando meu corpo com aquelas vestes que eram tão conhecidas e apegadas a mim.

 

- Já estava ficando com saudade da Jessica religiosa – sussurrei para que apenas eu ouvisse.

 

Passei minhas mãos sobre o tecido retirando alguns pedaços de lã que estavam grudados e me sentei sobre uma das camas calçando meus sapatos.

 

- Jessica vamos logo se não vamos nos atrasar – Seohyun disse me encarando de frente a porta

 

Assenti e me levantei pegando meu terço que estava pendurado na parede, passei meus olhos pelo quarto tentando localizar minha bíblia e a encontrando sobre a pequena cômoda.

 

- Esperem por mim, eu também vou – Hyoyeon disse saindo do banheiro, esfregando a toalha em seus cabelos molhados

 

- Uau por essa eu não esperava – Seohyun disse a fitando - está tentando se converter Hyo?

 

- Digamos que sim – disse confusa

 

- Mas você vai assim? – Seohyun falou apontando para as calças jeans e a enorme blusa que Hyoyeon usava

 

- Eu não tenho essas coisas aí que vocês freiras usam não – deu os ombros

 

- Tudo bem, então vamos.

 

- O dia está realmente estranho – falei encarando Hyoyeon incrédula e saindo do quarto seguindo Seohyun.

 

Pegamos o elevador e logo fomos em direção à capela.

E como de costume cumprimentamos todas as simpáticas freiras que ficavam de frente a capela, e como já esperado algumas olharam torto para Hyoyeon, mas pelo que parece ela não se importou e logo entramos sentando no lugar de sempre.

Não posso mentir que depois de minutos Hyoyeon já estava dormindo no banco em cima de Seohyun que tentava prestar atenção nas palavras da madre, mas seu esforço era em vão já que Hyoyeon insistia em ficar se movimentando toda hora fazendo Seohyun tentar acomoda-la melhor no assento.

 

 

Fui chamada para citar algum versículo e logo fui até o altar trazendo a atenção de todos ali presentes.

 

- Assim, quando vocês virem 'o sacrilégio terrível', do qual falou o profeta Daniel, no Lugar Santo - quem lê, entenda - então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes – falei olhando para frente e num ato involuntário imagens de Yuri me encarando ao fundo vieram em minha mente - Quem estiver no telhado de sua casa não desça para tirar dela coisa alguma. Quem estiver no campo não volte para pegar seu manto. Como serão terríveis aqueles dias para as grávidas e para as que estiverem amamentando! – senti um aperto no peito inexplicável fazendo-me quase me perder de minhas palavras - Orem para que a fuga de vocês não aconteça no inverno nem no sábado. Porque haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá.

 

Curvei-me engolindo o seco e logo desci ao ouvir as palmas de todos que ali estavam presentes.

Virei para trás esperançosa de ver a figura de Yuri ali esperando por mim, mas não a vi e logo me virei para frente novamente me encolhendo.

 

O que havia acontecido com Yuri para sumir sem mais nem menos?

 

 

                                                                       Yuri

 

Assobiava tranquilamente enquanto revirava a grande sacola preta que havia na garagem de Jaebum e com muita cautela escolhia meu brinquedinho para aquela noite. Hajoon o amarrava na cadeira de aço com força para que o mesmo não fugisse dali.

Mas para falar a verdade, mesmo que ele ousasse fazer tal ato e conseguisse escapar, seus momentos de liberdade seriam pouco já que seria cinco pessoas contra uma, então não era algo que eu me preocupava tanto.

Retirei o bastão de beisebol que havia e o alisei por alguns segundo decidindo se o usaria ou não.

Virei-me para Taeyeon, Jaebum e Minho que estavam encostados em uma das paredes apenas observando.

 

- Escutem, não quero que vocês se metam em problemas por um ato meu – os encarei séria – portanto não tirem suas mascaras e bonés em momento algum.

 

Os três assentiram e me virei para ir até Hajoon, mas acabei de me lembrar de algo importante.

 

- Ah, e meu objetivo não é mata-lo. Caso vocês verem que algo está fora de controle o que eu tenho certeza que acontecerá, por favor, me impeçam.

 

- Como quiser – Taeyeon disse

 

Finalmente andei em direção a Hajoon que terminava de dar o nó. Aproximei-me de si e dando leves batidinhas em seus ombros o fazendo se afastar e a se juntar com os outros. Sentindo uma grande adrenalina percorrer por meu corpo, retirei o saco que estava na cabeça do homem apavorado e suado por conta do saco que mesmo com alguns furos para que o mesmo pudesse respirar não era o suficiente para que impedisse que sufocasse um pouco. Com rapidez coloquei um pedaço de fita em sua boca para que não escapasse nenhum grito vindo dele.

 

Agachei-me em sua frente enquanto seus olhos apavorados me encaravam e logo retirei o boné que estava em minha cabeça.

 

- Olá sogrinho – falei retirando a mascara de meu rosto, o fazendo arregalar seus olhos ao ver quem era o pivô de seu sequestro – parece que você não é o único perigoso aqui. Porque está tão assustado? – questionei passando minhas mãos por sua testa o fazendo fechar seus olhos – já ouviu falar que a vingança é um prato que se come frio?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus à ira, pois está escrito: "Minha é a vingança; eu retribuirei", diz o Senhor. Ao contrário:

 

‘Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer;

Se tiver sede, dê-lhe de beber.

Fazendo isso, você amontoará brasas vivas.

Sobre a cabeça dele’.

 

Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.“

Romanos 12:19-21