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História Disconnected - Where our story begins


Escrita por: lukeymybabe

Notas do Autor


"...I like the summer rain, I like the sounds you make, we put the world away, we get so disconnected..."

HISTÓRIA SOB EDIÇÃO!!! Detalhes serão alterados, mas não alterarão o curso principal.

Capítulo 1 - Where our story begins


Fanfic / Fanfiction Disconnected - Where our story begins

Prologue

Em uma tarde de inspiração e tempo de sobra, a jovem moça encontrou-se inspirada a escrever. Após ter encontrado em uma gaveta um antigo diário, ainda com várias folhas em branco, decidiu por preencher algumas páginas:

" Olá, meu nome é Maria Kiara Campbell, mas para todos sou simplesmente Marie. Tenho 17 anos, e moro com meus pais em Sydney, Austrália. Terminei o Ensino Médio Regular recentemente e pretendo seguir carreira de Design muito em breve. Se você que está lendo estas palavras for atento aos detalhes, pode estar se perguntando o porquê de meu nome ser tão incomum para a língua inglesa. Ou se não notou, mesmo assim, aqui vai a explicação. Tudo começa com minha mãe, Helena Giordani, uma ítalo-brasileira que, em sua formação acadêmica, realiza um intercâmbio para a Austrália, onde conhece meu pai, Benjamin Campbell. Não vou me ater a mais detalhes, pois isso basta para saber como vim a este mundo.

Na verdade, minha vida é bem regular. Passei praticamente toda a infância e adolescência na mesma casa, situada em um condomínio fechado de tamanho mediano e não tão afastado do Centro da cidade. Sem irmãos ou família morando próximo, as crianças da vizinhança acabaram sendo meus primeiros colegas de infância. Logo na casa ao lado mora meu melhor amigo: Luke Robert *Irritante* Hemmings. Somos como unha e carne, quase inseparáveis. Mais para baixo, na próxima quadra, moram Michael Clifford e Calum Hood. A dinâmica sempre foi assim , lembro de nós quatro juntos desde que me conheço por gente. Somos os quatro mosqueteiros desde quando tínhamos quatro/cinco anos de idade.

Talvez isso seja tudo o que tenho a dizer. Como eu disse, é uma vida bem regular. Quanto aos meus gostos pessoais, talvez possa mencionar, ainda, que minha banda preferida é Arctic Monkeys. Sei tocar piano. Fui líder de torcida no Colégio durante anos. Amo cachorros, mas infelizmente tenho que evita-los pois sou asmática (sério, não estou brincando). Minha cor preferida é azul. Já é o suficiente, certo? Já me conhecem bem. Só queria escrever algo para ler daqui algum tempo, ou para que um dia alguém encontre.

Marie Xx. "

Colocando a caneta sobre a mesa, a garota fecha o pequeno caderno e o enfia de volta no fundo da velha gaveta, oculto sob diversas outras coisas e a fecha, deixando que o tempo a faça esquece-lo.


Capítulo I - 
 

Marie POV

-HEMMINGS! - gritei irritada ao sentir o objeto molhado e congelante escorregando pelas minhas costas.
     Luke realmente sabia ser irritante, e me ver de bochechas fumegando em raiva provavelmente trazia-lhe certo prazer e alegria. Peguei a pedra de gelo que acabara de escorregar de dentro da minha blusa e a atirei contra suas costas enquanto ele ria. Sempre fomos assim, não mudamos nunca e gostamos assim, do jeito que é. Leve e espontâneo.
-Sério, Luke? Estou farta de você por hoje, falo sério. - disse cruzando meus braços e franzindo a testa dramaticamente. 
-Ah, Marie! Me perdoe, prometo tentar parar com isso, mas suas reações são impagáveis...não sei se consigo. - Luke dizia, tentando abraçar-me, mesmo que eu tentasse afasta-lo.
-Vou pensar no seu caso. - respondi tentando soar séria, mas sem deixar que ele olhasse em meus olhos, ou perceberia que eu estava juntando todas as forças para segurar o riso.
- E se eu te pedir por favorzinho? - dizia cutucando minhas bochechas, as quais ele adorava apertar até me tirar do sério. 
-Ainda estou pensando. 
-Acho que vai ter de me perdoar do jeito difícil. 
-O que quer dizer com isso? - perguntei, arqueando a sobrancelha com desconfiança.
-Esse! 
     Luke aproximou suas mãos do meu tronco e com as pontas de seus dedos começou a cutucar minhas costelas, fazendo-me explodir desesperadamente em riso com a sensação de cócegas. Não tardou para que eu estivesse já estirada no chão, me contorcendo e rindo freneticamente, implorando por misericórdia. 
-OK, OK! EU TE PERDOO! MAS PARE! 
     Dando-se por vitorioso, ele parou e ficou me observando de mãos na cintura enquanto eu, sentada no chão, arrumava meu cabelo e tentava recuperando o fôlego depois de ter sido cruelmente atacada pela pior técnica de tortura existente. 
-Isso é pra você se lembrar que ficar brigada comigo não é uma opção, Campbell! - dizia vanglorioso.
-Luke... - disse baixo, fingindo estar com a voz sufocada e esperando pesca-lo com a pegadinha.
-Marie? Você está bem? - comemorei internamente ao sentir leve preocupação em seu tom.
-Luke...não consigo res..pirar.. - disse, ainda no personagem.
-Puta merda! Cadê a sua bombinha de asma? - exclamou, de olhos arregalados, já pronto para buscar o objeto onde quer que estivesse.
-Nah, não vai ser necessário. - respondi normalmente, revelando a armação.
-Campbell, sua vadia! VOCÊ ME PAGA!! - gritou nervoso, fazendo-me cair na gargalhada.
-Vingança, Hemmings! VIN-GAN-ÇA!! 
-Não teve graça. Eu realmente pensei que você estava mal.. - resmungou, jogando-se no sofá de braços cruzados. 
-Ok, ok, foi uma ideia idiota. Me perdoa?- aproximei-me dele no sofá com a melhor cara de dó e o dedo mindinho levantado...coisa de criança.
-Não posso recusar uma desculpa de dedo mindinho. Perdoo. - disse, relutante enquanto enroscávamos nossos mindinhos.
     Apesar de todo drama envolvido e a bagunça com as pedras de gelo que antes estavam em nossos refrigerantes, eu havia chamado Luke para o lanche para discutirmos os detalhes finais de algo muito importante: nossa viagem de férias. Iríamos juntos, e sozinhos, para os Estados Unidos: estado da Flórida, cidades Miami e Orlando. 
-Ainda bem que vamos juntos. Se eu ficasse iria estar totalmente entediada, já que Michael e Calum também irão viajar com os pais deles. - constatei.
-Não consegue mesmo ficar sem mim, não é? - Luke disse cheio de si, piscando convencido.
-Menos, Hemmings. Você sabe que é o meu melhor amigo... - disse sem graça em admitir.
-Você também é minha melhor amiga, Marie.
-Eu não esperava menos que isso, Lucas.
-Bem, pensando melhor... você compete bem com o Calum e o Mike pelo primeiro lugar.
-Seu ingrato, não aceito menos que o lugar mais alto do pódio por te aturar TANTO! – dei-lhe um beliscão no braço.
-Ouch! - gritou, esfregando o local do belisco. - Vocês empatam!
-Tá, tanto faz. Mas, mudando de assunto, já terminou de arrumar todas as malas?
-Que malas, Marie? É só enfiar tudo em uma mochila.
-Você não toma jeito mesmo.
-Deixe-me adivinhar quantas malas você vai querer levar..... - calou-se, pensativo.
-Seriam duas?
-Três se contarmos com a minha mala de mão e ainda não contarmos a bolsa. 
-Geez, você sabe que são só três semanas de viagem, certo? 

-Sei, meu anjo. Mas onde você quer que eu coloque as minhas compras? Nas suas malas? Tem um monte de lojas lá que ainda não chegaram em Sydney, tenho que aproveitar!- Luke me encarou com indignação. 
-Meu Deus, você é muito patricinha. – revirou os olhos.
-Você me ama, playboy.
-Pfff, quem disse? – arqueou a sobrancelha.
-Ai, você é tão grosseiro às vezes...
-E você tão mimada!
-Ah não, covenhamos!
     E a discussão teria prosseguido por muito mais tempo até nos cansarmos, isso se minha mãe, provavelmente chegando do trabalho, não houvesse entrado pela porta da sala batendo seus saltos pelo piso frio de mármore acinzentado.
-Olá, Luke! Meu querido! 
     Ela entrou toda sorridente, sou invisível quando se trata de Luke Hemmings, filho da sua melhor amiga, e sócia, Elizabeth - Tia Liz para os extremamente íntimos, como eu. 
-Olá, tia Helena! – sorriu e acenou simpático.
-Vocês já lancharam? 
-Sim, mamãe. Acabamos de comer
-Luke, você fica para o jantar? Adoraríamos ter sua companhia, posso pedir para fazerem aquela massa que você adora! 
-Desculpe, terei de deixar para uma próxima. Tenho que terminar e arrumar as coisas para a viagem. Mas agradeço! - mamãe assentiu. 
-Maria Kiara, você vai levar todas aquelas malas cheias que vi em seu closet hoje pela manhã?
-Sim? - respondi, sorrindo com todos os dentes.
-Não, mocinha! Faça aquelas malas virarem duas pequenas.
-Mas, mamãe..
-Faça o que estou pedindo. Se faltar espaço para trazer as coisas, na volta você pode comprar uma outra mala no aeroporto. Certo?
-Sim, certo. - concordei, derrotada.
-Se me dão licença, crianças. Vou subir. Mande um beijo para a sua mãe, Luke!
-Sim, Senhora!
     Com isso, mamãe foi subindo as escadas e o toc toc de seus scarpins se perderam pelos andares de cima da mansão. 
-Faça as malas virarem duas, ouviu? - Luke repetiu, debochando de mim.
-Pare de ser puxa saco, garoto! – lhe mostrei a língua.
-Você sabe o que dizem: quem mostra a língua pede beijo. - sorriu maliciosamente.
-Eu não estou pedindo beijo nenhum! Muito menos o seu.
-Talvez eu esteja?
-HA-HA. - ri sem graça com a piadinha. 
-Eu já vou indo. Tenho que...que...arrumar as coisas!
-Ok... - estranhei sua mudança repentina de postura.
-Você está bem?
-Sim, sim. A gente se fala. Até mais! – respondeu rapidamente enquanto caminhava até a porta sem demora.
-Até amanhã....
PLACK.
-Luke. – não tive tempo de concluir a frase antes que a porta se fechasse.
     A essa altura eu já deveria te me acostumado com as mudanças repentinas no humor de Luke, mas jamais podia deixar de ter curiosidade pelo motivo. Ele vai me contar quando sentir-se confortável para tal, certo? Deixei tais reflexões de lado e subi as escadas, pulando os degraus, animada com a ideia de viajar sem meus pais pela primeira vez. Já era por volta das cinco e meia, então decidi ir tomar um banho bem quente de chuveiro.

     Depois de ter dado um jeito de juntar as roupas em duas malas, estava em minha cama, já vestida em meu pijama de mangas compridas, extremamente distraída mexendo no feed do meu Instagram quando minha mãe apareceu na porta. Estava stalkeando o perfil do meu cantor de cinema preferido e estava admirando as fotos de um photoshoot antigo para a Calvin Klein, logo, tomei um susto por quase ser pega no flagra.
-Geez, Mommy!! Você me assustou, está tendo aulas com o Luke? – ela riu.
-Pare de stalkear o Luke...
-Que Luke? Esse aqui é o Justin Bieber!! E quem disse que eu stalkeio o Luke?
-Ah, filha. Ele é bonito, né?  
-Helena Giordani! - gritei, jogando uma almofada em sua direção e ela riu. 
-Vem, o jantar está na mesa!
     Descemos as escadas rindo e nos cutucando, sentei-me à mesa. A cozinheira havia preparado meu risoto de queijo Brie favorito. O jantar foi o mesmo de sempre: eu, mamãe e papai contando sobre o dia de cada um. Porém, naquela noite, excepcionalmente, acabamos nos estendemos na conversa para, infelizmente para mim, que eles reforçassem as últimas orientações chatas pré-viagem. Ouvi atentamente como uma boa filha faria e quando terminaram, os dei boa noite e voltei ao meu quarto. Ainda era bem cedo, mas queria estar descansada. 
     Antes de dormir, mamãe levou-me uma xícara de chá e conversamos mais um pouco. Gosto do fato de conversarmos em português, como todos da família dela. Sou muito próxima dos meus pais, apesar de trabalharem tanto na empresa. Estão sempre viajando para fechar negócios internacionais e a agenda lotada acabou fazendo-nos valorizar ainda mais os momentos juntos.
     Após ter me deitado, estava com dificuldade para pegar num sono. Talvez a ansiedade estivesse me mantendo acordada mais uma vez, andar de avião não é uma das minhas coisas preferidas de se fazer. Fitei meu celular sobre a mesa de cabeceira por algum tempo antes de finalmente decidir ligar pro Luke, na certeza de que ele ainda estava acordado.
     Uma. Duas. Três chamadas até cair na caixa postal. Luke costuma dormir mais tarde do que eu, mas talvez a tia Liz já o tenha mandado para a cama. Deitei-me novamente e fechei meus olhos, mas um ou dois minutos mais tarde os abri para ver a luz que acendeu no visor do iphone: "Lukey Bear" (não fui eu quem colocou aquele nome ali) estava retornando a ligação.
*
-Hey Lukey.
-Fala Ma, o que foi? - ele não estava com voz de sono. 
-Nada, só não consigo dormir. Vai pra janela pra gente conversar? - pedi com a voz manhosa.
-Bem que eu queria, mas nossos pais não vão gostar da ideia. Deveríamos estar dormindo. – disse rindo.
-Temos que levantar às quatro mesmo? - perguntei preguiçosa. 
-Sim, Senhorita. Nosso voo sai às seis e cinco.
-Ok, acho melhor eu tentar dormir.
-Eu também, boa noite e durma bem, princesa. 
-Boa noite, você também.
*

     Assim que desligamos, coloquei meu celular para carregar ao lado da cama e fechei meus olhos. Senti aos poucos aquela sensação boa de quando o sono vem chegando aos pouquinhos, a ansiedade havia passado. Por mais estranho que seja admitir, a voz do Luke tem um efeito calmante sobre mim. E antes mesmo de perceber, eu já estava dormindo.

(...)

    Sentei-me rapidamente na cama sentindo meu coração palpitar no peito. Uma camada fina de suor escorria pela testa e a respiração estava descompassada. Que pesadelo horrível! Tenho esse mal pressentimento antes de andar de avião por mais que eu saiba ser mais seguro que qualquer carro. Estiquei meu braço para pegar meu celular e desbloqueei a tela, minhas pupilas se estreitaram com o brilho do visor, mas vi o relógio em duas horas e cinquenta e seis. Depois daquele susto obviamente eu não conseguiria mais dormir, então só restava-me levantar e começar a me arrumar. 
    Fiz tudo o mais demorado possível devido à sobra de tempo e fui terminar apenas lá pelas vinte para as quatro. Papai me ajudou a carregar as malas até o carro, me despedi da mamãe, que não nos acompanharia até o aeroporto, e então o motorista nos levaria ao aeroporto. Só faltava Luke. 
     Cinco minutos depois, Luke surgiu arrastando sua única mala de tamanho médio, um largo sorriso em seus lábios contrastava com as olheiras debaixo de seus olhos, era cedo demais para viver.
-Bom dia, Senhor Campbell e Marie!    
     Luke não costuma chamar meu pai de tio, o homem tem um ar um tanto intimidador, mas é tudo fachada, ele tem um coração de manteiga derretida. O jeito sério e correto com que Luke agia perto do meu pai sempre me era motivo de risadas. É estranho ver aquele garoto, meu melhor amigo, com o qual eu vivo falando todo o tipo de bobagens possíveis sendo tão cortês. Devo admitir que estava quase me convencendo com aquela postura de bom moço, podia me acostumar facilmente.
-Bom dia, Luke. Pronto pra aventura? - meu pai disse em tom de brincadeira tentando descontrair quando notou o nervosismo de Luke.
-Claro! - riu.
-Cuide bem da minha filha, estou confiando em você, meu rapaz. - papai disse dando alguns tapinhas nas costas de Luke.
-Sim, Senhor.
    Meia hora mais tarde finalmente havíamos chegado, Alfred estacionou e descemos com as malas onde pudéssemos nos despedir do meu pai. Que reforçou alguns avisos e repetiu pela nonagésima vez: tenham juízo! 
    Com um abraço apertado e um beijo, papai se foi. A cada passo que eu o via mais longe, sentia-me com mais liberdade. É uma sensação boa e viciante.
-Animado, Hemmings?
-Bastante. Também não dormi direito ontem.
-A propósito, só queria comentar que prefiro sua postura de bom moço, é bem menos irritante! - disse rindo.
-Ah! Pare de ser chata! A gente vai ou não fazer logo o check-in? - disse tomando os papéis de embarque da minha mão.
-Não está mais aqui quem falou!
    Arrumamos carrinhos para colocarmos as malas e Luke se ofereceu para empurra-lo, então fomos para a fila do check-in e logo após fazê-lo aguardamos sentados naquelas cadeirinhas desconfortáveis ainda antes de despachar as malas. Estava tão cansada por não ter dormido bem durante a noite que acabei encostando-me e cochilando no ombro do Luke. O sono foi leve, mas o suficiente para que eu tivesse um outro breve pesadelo e acordasse com um salto.
-O que foi? - Luke perguntou.
-Só estou nervosa, acontece sempre que vou andar de avião..
-Não se preocupe, o pior que pode acontecer se o avião cair e sobrevivermos é ficarmos presos em uma ilha vivendo como náufragos. 
-Muito obrigada, estou me sentindo bem melhor. - disse com sarcasmo.
-De nada.

"Atenção senhores passageiros do voo 167 com destino a Miami, o voo será adiado em uma hora pelas más condições do tempo."

-Ótimo, mais uma hora esperando. - comentei.
-Estou ficando com fome.
-Quando você não está com fome, Lukey?
-Quando eu estou comendo, duh? Vou comprar alguma coisa nas lanchonetes, quer algo?
-Não, obrigada. Estarei esperando bem aqui. 
-Ok! 
    Com isso ele se levantou e foi caminhando, o acompanhei com os olhos cansados até perde-lo de vista. Com certeza ele vai acabar comendo algum fast food e tomando Coca-Cola, mesmo que mal tenha amanhecido. Ainda nem são seis horas.

(...)

    Luke tinha ido já há algum tempo e eu estava morrendo de vontade de ir ao banheiro, mas não podia simplesmente deixar as malas ali. Ele não atendia o celular, e eu já estava me contorcendo na cadeira para não fazer xixi ali mesmo. Foram mais uns cinco minutos de espera e agonia até que ele finalmente aparecesse sorridente com um lanche em uma das mãos e um copo de refrigerante na outra.
-Onde é que você estava?
-Na fila, estava muito grande! Mas eu estava com fome..
-Preciso ir ao banheiro, cuide das malas! 
    Sai andando apressada até chegar ao banheiro, fiz xixi e logo voltei ao banco onde estava Luke, bem mais aliviada. O auto falante começou a fazer outro comunicado.

"Passageiros do voo 167 com destino a Miami, por favor, despachem suas bagagens e dirijam-se ao portão de embarque número 7. Estaremos decolando em vinte minutos. Façam boa viagem!"

-Finalmente! - comemorei.
-Vamos indo para despachar essas malas, você sabe como demora pra passar no detector de metais. - assenti.
    Depois de resolvermos tudo, estávamos já entrando no avião e nos dirigindo aos nossos assentos. Desesperadamente eu já havia atado meus cintos e cravado as unhas nos braços da poltrona com toda a força, enquanto Luke colocava as malas de mão no armarinho que fica logo acima dos assentos. 
    Comecei a entrar em pânico, e o primeiro sinal disso foi encontrar dificuldade para respirar direito.
-Marie, você está bem? - sentou-se em sua poltrona ao meu lado e atou o cinto.
-Não muito. - ele segurou minha mão.
-O que você está sentindo? – me olhou com os olhos aflitos.
-Acho que é só uma das minhas crises de asma...
-Onde está sua bombinha?
-Na mala, pensei que não ia precisar dela aqui.
-Marie! O que eu faço agora? Devo chamar a..
-Shhh! Eu vou ficar bem, acalme-se. – o cortei colocando meu dedo indicador sobre seus lábios pedindo silêncio. 
-Ok, fique respirando. - assenti e fechei meus olhos por um momento.
    Encostei minha cabeça em seu ombro tentando afastar o leve incômodo de uma vertigem, Luke colocou seu braço por trás das minhas costas tentando me fazer mais confortável. Pouco tempo após, as portas foram fechadas e o piloto anunciou a decolagem. 
    A decolagem e a aterrissagem sempre são as piores partes, mas logo que o avião se estabilizou em linha reta, abri um poucos os olhos me sentindo melhor.  Com tudo tranquilo, acabamos adormecendo. Acordei uma vez ou outra nas horas seguintes durante leves turbulências, observava Luke em sono profundo, um sorriso idiota e alegre estava estampado em seus lábios como se estivesse tendo o melhor dos sonhos.



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