História Dissolve Me - Capítulo Único

Estávamos eu e ele, quatro paredes e uma vela que após o apagão foi necessária. O silêncio dominava o local naquele momento, só nos alimentava a sensação de ter um ao outro. Minseok era em todos os sentidos maravilhoso, não conseguia enxergar nenhum defeito, que pudesse realmente me afetar, nele. Estava perdidamente apaixonado por aquele serzinho.

- Você pode cantar pra mim, Lu-ge? 

Adorava cantar para Seok, poucas vezes ele me pediu, porém, nessas admirou-me do começo ao fim. Nunca cogitei cantar bem, nem ao menos ter uma voz bonita - muito pelo contrário - mas da maneira pela qual Min me elogiava, comecei a acreditar nisso. Confiava muito nele. 

Aconcheguei-me em seus braços e comecei uma cantiga serena. 

Minseok deixou-me cantar por algum tempo, mas não tardou para que ele me distraisse com seus dedos e boca. Iniciou pelo meu lóbulo, segurou em minha nuca e trilhou beijos de minha jugular até à ponta de meus lábios. Em seguida, arregaçou minhas mangas e a trilha seguiu-se pelo meu braço, de ponta à ponta. Meu folego começou a molejar, já começava a perdê-lo, mas tinha que me concentrar na canção, afinal, ele tinha me pedido para cantá-la e não pararia até terminar, mesmo percebendo que aquele à minha frente apreciava mais minha respiração aguda do que a cantiga em si.

Em pouco estávamos enlaçados sobre o piso gelado - isso não foi um empecilho, este logo aqueceu-se - Minseok me puxava para cima dele, eu obedecia, com cuidado para não machucá-lo, contudo, hipnotizado pelas sensações que estavam sendo proporcionadas à mim. Recebia beijos ardentes e intensos, dedos em minha silhueta, meus fios castanhos sendo alisados. As vezes detia suas vontades por um instante começando a acariciar minha face, observara traço por traço, aproveitando para recuperar o fôlego. 

Foi uma das milhões de vezes que me senti amado por Min e o sentimento era mútuo. Em minhas outras relações amorosas não me parecia ser correspondido, com ele era extremamente diferente, conseguia sentir seu amor em cada ato, cada toque, cada olhar. Isso tornava minha relação mais que maravilhosa. Descobri o que era, realmente, o amor verdadeiro. E não poderia ter descoberto de melhor forma.

- Lu-ge, - disse com voz manhosa em meio a um suspiro - necessito de seus toques, necessito sentir sua pele na minha. Por favor

QUE ISSO MINSEOK? Sentir que ele me almejava era absolutamente prazeroso, ele não podia soltar uma dessas assim, do nada. Mas se Min pediu, é uma ordem.

Respondi levando meus lábios a pele de sua jugular e, sem pressa, o marcando diversas vezes, satisfazendo-me com os leves, quase mudos, gemidos que deixava escapar. Levei a destra para o interior de seu moletom cinza surrado, assim sentindo sua pele, até então gélida, se aquecer. Me surpreendi com um de seus braços me envolvendo pela cintura e o outro tentando se livrar de minha camiseta.

Realmente, ela estava me incomodando, queria logo sentir as unhas dele me arranhando e admirar as marcas, lembrando de meu pequenininho, até que deixassem meu corpo, diminuindo de opacidade dia a dia.

Separei nosso beijo e segui torturantemente devagar com minha mão e lábios ao cós de sua calça a abaixando no mesmo ritmo. Xiu tentava acelerar o movimento deslocando seu quadril do chão, porém, aquilo só retardou ainda mais o ato, o mesmo reagiu com reclamações baixas. Adorava provocá-lo.

Assim que sua boxer preta tomou espaço em minha visão, moldei levemente minha boca em seu falo já teso, o provocando com minha língua e dentes, o que refletiu em um cerrar de olhos e um selar de lábios, que formaram uma linha fina e reta em seu rosto. A cueca já não ocupava mais minha visão, estava somente atento às reações àquelas caricias. Constatei pela milésima vez que Minseok era adorável até excitado.

De uma vez por todas me desfiz daquele pano, com a ajuda de Xiu. Sem hesitar, rondei minha língua por toda extensão - sem esquecer um milímetro sequer - cobrindo-a pouco a pouco, não perdendo um segundo suas expressões deliciosas de se admirar e me satisfazendo cada vez mais a ouvir seus gemidos, aumentando de acordo com a trilha que meus lábios tomavam.

Senti as mãozinhas de Xiumin se entrelaçarem aos meus fios castanho escuros e forçarem da forma mais carinhosa possível minha cabeça em movimentos de vai e vem.

Impressionante a capacidade dele de ser amoroso independente da situação que nos encontramos.

Aumentei o ritmo de meus movimentos, o som que ecoava pela sala me motivava a continuar, nem pensava na possibilidade de uma ligação do porteiro ou olhares de nojo no elevador.

A pré ejaculação custava em querer deixar aquele membro, então comecei a masturbá-lo com a destra, ignorando o desconforto que sentia em minha virilha. Xiumin se desfez em  minha mão.

Ah! Que cena aquela.

Abaixava minha calça desesperadamente para tocar a mim mesmo, porém, fui interrompido por um olhar instigante, o qual insinuava milhares de coisas, todas levando a uma afirmação: Minseok queria me comer.

Nós dois estávamos extremamente suados e ofegantes. Mas de que importava? Estávamos eu e ele, o prazer era uma possibilidade pela qual não abriríamos a mão.

Me posicionei em seu colo, de forma que o via de cima, tratei de me desfazer de todo e qualquer pano que restava em meu corpo, o que acelerou o processo. Não via a hora de ter aquele paradoxo de sensações invadindo meu corpo novamente.

Eu subia e descia em seu colo num ritmo lento, enquanto gemia baixo. Percebia a excitação em seus olhos ao me ver com aquela expressão que sabia que adornava meu rosto.

Xiumin inverteu nossas posições, porém nos deixando paralelos entre si. Ele pressionava meus braços contra o chão e seu quadril contra o meu, a sua força parecia ainda maior que da ultima vez. Foi inevitável o gemido alto.

Tentava formar frases, mas o máximo que eu consegui foram murmúrios sôfregos embargados.

- PUTA QUE PARIU MINSEOK. - essa foi a única frase que consegui proferir em meio àquela situação.

Chegamos aonde realmente queríamos. Tombamos ali mesmo, orgulhosos pelo acontecido, não conseguia imaginar alguém mais feliz que eu por qualquer pessoa do mundo inteiro naquele momento.

- Eu te amo, Lu-ge. Vou amar até morrer - disse ofegante.

Aquilo foi tão repentino. A voz dele transmitia uma tremenda emoção, esta profunda e intensa, me pegou disprevinido, portanto não pude formular algo além do trivial.

- Eu te amo, Minseok. Você vai ser sempre o amor da minha vida.

E nos beijamos até as velas todas se consumirem por inteiro.

Now dissolve me, two tabs on your tongue 

(...)

I am see-through,

As I begin rubbing lathers up
Your state worsens on my skin.
And gold, fatless finger to lip,
One two three four hush.
And pulse to pulse, now shush.
 

She makes the sound,
The sound the sea makes to calm me down.  
She makes the sound,
The sound the sea makes, I am tired now.
She makes the sound the sea makes,
Knee-deep in the north sea

Dissolve me - Alt-J