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História Distance - Talvez


Escrita por: hereforjb

Capítulo 10 - Talvez


Jessica P.O.V

Batidas. Batidas. Batidas. Sol. Batidas. Vento. Gritos. Jack Gilinsky.

Espera, JACK GILINSKY?

Arregalei os olhos e tapei a boca dele.

- O QUE?

- Jess, você ta bem?- meu irmão perguntava do outro lado da porta do meu quarto

- TÔ. - tentei me situar

- Quer que eu prepare um café pra você? Sua cabeça deve estar explodindo.

- NÃO PRECISA, JACK. VOU TOMAR UM BANHO E JÁ DESÇO PRA FALAR COM VOCÊ.

- Ta.

Não precisava gritar, mas gritei pra acordar Gilinsky. Que já estava na mesma situação que eu, de olhos arregalados e sem entender nada. Tirei a mão da sua boca e me levantei, indo em direção ao banheiro. Logo ele veio atrás de mim e fechou a porta.

- O. Que. Aconteceu?

- Não sei, Jack. Será que a gente..? Ou a gente só..? Eu não lembro.

- Vamos considerar os fatos, eu não estava nu. Você?

- Tava sem o vestido, mas de roupas íntimas.

- Ta. A gente nem tava agarrado. Provavelmente eu só fiquei cansado e decidi dormir aqui.

- E a porta trancada?

- Porque se seu irmão pegasse a gente dormindo na mesma cama, ele ia surtar.

- É, tem razão. Não aconteceu nada. - ri

Mas no fundo eu queria chorar.

- Mas se tivesse acontecido alguma coisa, não significaria nada né? - perguntou

- Claro que não, sabe, foi pra esquecer dos problemas.

- Isso, pra esquecer dos problemas.

- Você precisa ir.

- Tem razão, mas como?

- Vou tomar um banho, me arrumar e arrastar Jack e o senhor John pra sorveteria, tem tempo suficiente pra ir pra casa.

- Ta.

(...)

A cada colherada no sorvete de flocos, uma lembrança vinha á tona.

- ...não é, filha?

- O que pai?

- O que ta acontecendo com você hoje, garotinha? Já é a terceira ou quarta vez que não está prestando atenção na conversa.

- Me desculpe, pai. 

- Foi a festa de ontem?

- Contou sobre a festa? - olhei pro meu irmão

- Qual o problema, não fizemos nada de errado, fizemos? - me olhou intimidador

- Você fez.

Meu pai imediatamente arregalou os olhos e vi meu irmão ficando vermelho. Queria que eu me ferrasse com minhas burradas, mas eu ferraria ele primeiro.

- Usou drogas, Jack?

- Não, pai. Jessica ta louca.

- Ele dormiu na casa da vizinha. A Claire.

- JESSICA!

Foi então que os olhos do meu pai mudaram, de raiva pra...orgulho? Mas que diabos?

- Meu garotão ta namorando?

- Sim, pai.

- Pai, eles transaram. Não vai falar nada? - perguntei impaciente

- Seu irmão já é um homem, querida, deve ter tomado todos os cuidados necessários.

- Também dormi com alguém ontem. - soltei

E então não foi um, mas dois pares de olhos raivosos me fuzilando.

- O que disse, Jess? - Jack perguntou

- Não acredito que fez isso. - meu pai disse

Uma sensação de desgosto tomou conta do meu corpo e imediatamente consertei a burrada.

- Não fiz isso, mas qual seria o problema se eu tivesse feito?

- Você é uma menina jovem.

- Pai, tenho a mesma idade da peguete do Jack.

- Namorada!

- Namorada uma óva, você nem fez o pedido ainda.

- Mas você é minha garotinha.

- A Claire deve ser a garotinha do pai dela também. Por que os homens tem que ser privilegiados e as mulheres injustiçadas? Isso é errado. Somos todos iguais, podres por dentro.

- Calma, Jess. - Jack pegou minha mão

- Olha, já chega. Vou pra casa, se eu ficar aqui mais dois minutos, vou querer voltar pro Canadá.

Saí da sorveteria e resolvi ir andando.

Aconteceu sim, Gilinsky, agora eu me lembro.

Mas que merda tinha na minha cabeça? Por que eu fui duvidar do beijo do Cameron? Por que ele teve que demonstrar a droga do beijo? Por que ele tava ali? Por que eu tava ali? Por que eu não o mandei ir embora? Por que ele tem uma namorada? Por que eu tava me sentindo tão triste? Tão incompleta? Sem chão?

"Talvez você esteja apaixonada"

Não me apaixono, eu só uso as pessoas.

(...)

Tinha pego no sono e quando acordei ouvi uma barulheira do inferno vindo do quarto do Jack. Coloquei o travesseiro na cabeça, o cobertor, os braços, mas parece que o som do home theater ultrapassava qualquer barreira. E quando eu digo que ta alto, não é pouca coisa, é alto ao ponto do tiro do Call Of Duty ser sentido no peito. Levantei com a maior determinação do mundo, entrei no quarto, peguei o controle, sem nem olhar pros lados, e abaixei o volume.

Ele tava lá, eu podia sentir, mas evitei contato visual e saí daquela joça.

- Acho que ta de tpm, não liguem.

Ouvir meu irmão falando aquilo foi o fim, eu queria entrar lá e quebrar a cara dele.

- DE TPM TA A SUA MÃE, AQUELA VELHA.

Gritei já de fora do quarto.

- QUE É A MESMA QUE A SUA. - respondeu

- DESCOBRIU ISSO AGORA?

Entrei no meu quarto e bati a porta.

Levei um susto do caramba quando vi Cameron sentado na cama.

- Ainda bem que você ta aqui, precisamos conversar. - falei sentando na cama

Ele me olhava um pouco assustado, mas eu não deixaria esse olhar fofo e cheio de medo me desencorajar.

- Ta me assustando, Jess. Sério. - riu

- Não precisa ficar com medo. É que eu notei que você ta bem estranho esses dias comigo.

- Estranho como?

- Tentando se aproximar demais?! Não sei como falar isso.

- Ta me dando um toco, é isso né?

- Basicamente.

- É, eu já previa isso.

- Cam, não me odeie, por favor. Eu te amo muitão, mas eu te vejo como um melhor amigo.

- Eu sei. Na verdade sabia desde o começo, quando a gente se conheceu no aeroporto. E eu menti dizendo que não estava flertando com você, te chamei pra sentar comigo porque te achei linda. Sabe quando você vê alguém na rua e se apaixona na hora mesmo sabendo que nunca mais vai ver essa pessoa? - concordei - Aconteceu isso, mas você apareceu e eu não ia perder a chance de tentar. E não pense que eu vou te odiar, nunca seria capaz disso. Eu realmente gosto de você, e mesmo que seja como um amigo, vou querer estar perto de você. Não fica mal por isso, pode me apresentar suas amigas canadenses quando a gente tiver que ir pra lá.

- Com certeza, Cam. - o abracei forte

- Vou lá jogar com os meninos. Já conheceu o Sam né?

- Quem?

- Você não foi lá no quarto?

- Acabei de acordar, querido, não tava enxergando nada. - rimos

- Sam Wilkinson, ele mora aqui também, umas dez casas depois da do Gilinsky, só que do outro lado da rua, também faz vine, e faz parte da Magcon. Ele é um cara legal, quer que eu chame ele pra te conhecer?

- Talvez depois, não tô apresentável.

- Você ta linda com essa cara de sono.

- Vai, Dallas.

Ele riu e saiu do quarto.


Notas Finais


Heeeeeeeey, desculpem pela demora. Minhas aulas já voltaram e eu vou tentar postar de novo essa semana, mas não prometo nada. Já tô cheia de trabalhos pra entregar ainda essa semana e preciso ver isso antes de tudo. Me desculpem de novo e beijo no coração <3


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