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História Distância Calorosa - Road Camp - Fire.


Escrita por: omominyoongi

Notas do Autor


Olá, meus lindos. (ღ˘⌣˘ღ)

Tá, eu sei que metade de vocês querem voar no meu pescoço por demorar, mas eu explicarei tudo nas notas finais. <3

Boa leitura!

Capítulo 36 - Road Camp - Fire.


Fanfic / Fanfiction Distância Calorosa - Road Camp - Fire.

— Quatro!

— Dois!

— Ahhhh! — Ela bateu as mãos na mesa, frustrada. — Como você pode ser tão bom?

— Nem sei! — Botou os braços atrás da cabeça, sorrindo vitorioso.

— Que saco! — Pegou outro pedaço de pizza, mordendo-o. — Ah, já sei!

— O quê?

— Um jogo que você não pode ganhar! — Ela deu um gole no refrigerante antes de continuar. — Vamos nos encarar!

— Encarar? — Ele se encolheu, um pouco nervoso. — Não gostei muito dessa.

— Perdedor! — Fez uma dancinha na sua cadeira, fazendo-lhe fazer um bico com os lábios. — Vamos, Zeref, coragem!

— Ok, vamos nessa. — Sorriu confiante ao começar a encarar Mavis.

— No já, não podemos desviar o olhar. — Ela apoiou os cotovelos na mesa.

— Manda ver! — Estalou os dedos como se estivesse indo brigar com um valentão.

— Ok. — Ela também fez a cena de quem estava indo para uma guerra, entretendo-o. — Um, dois, três e já!

Os primeiros dois segundos foram sérios, mas após isso, Mavis chegava a morder os lábios de tanto tentar reprimir o riso. Zeref fazia caretas, e sorria de uma maneira engraçada, provocando-a.

— Isso não vale. — Lambeu os lábios, sem desgrudar seus os olhos dos dele.

— Que eu saiba, tudo vale. — Ele piscou um par de vezes antes de ficar completamente sério.

Zeref inclinou o rosto para baixo, e passou a olhá-la de uma maneira assustadora. Parecia querer matá-la.

— Você está me assustando.

— Essa é a intenção.

Ela franziu o cenho, começando a ficar irritada. Não deixaria Zeref ganhar daquela vez! Não mesmo!

Mavis apoiou os cotovelos na mesa, e entrelaçou seus próprios dedos, deixando seu queixo sobre eles. Piscou um par de vezes, e inclinou a cabeça para o lado, dando um sorrisinho adorável na visão dele.

— Que carinha é essa? — Zeref deixou de encará-la de baixo, ficando com o rosto na mesma altura do que o dela.

— A carinha de quem irá vencer. — Sorriu mostrando seus caninos.

A loirinha balançou a cabeça, assobiando uma música do Arctic Monkeys. Zeref rapidamente reconheceu aquela música e passou a ficar tenso. Aquela era sua música favorita e aquela garota sabia muito bem disso.

I’ve been feeling foolish. — Zeref corou de imediato com a cantoria da garota, afastando seu rosto do dela. — You should try... — Mavis cantarolou. Era impossível para Zeref não sentir-se completamente perdido e sem jeito com aquela pequena cantarolando sua música preferida. Um timbre tão doce...

 Ele piscou mais algumas vezes e desviou o olhar.

— Ganhei, yay! — Ela pulou da cadeira, e começou a rodopiar os braços. — Venci o Zeref! Ele é um perdedooor! — Zeref riu da cena, levantando as mãos em rendição.

— É, eu perdi. — Coçou a nuca, encarando a vencedora. — Sabe, eu podia acabar com a sua felicidade falando das seis vezes que te ganhei essa noit-

— Não ouse! — Apontou para o rosto dele, fazendo-o rir.

— Ok, ok! — Riu. — Eu enjoei dessa pizza, vamos sair?

— Vamos! — A loira deu mais uma mordida na pizza, vendo-o colocar o dinheiro sobre a mesa.

[...]

— Olhe! — Levantou os pés. — Minhas meias são da cor de seu cabelo!

— Está mesmo comparando meu cabelo com as suas meias? — Ergueu uma das sobrancelhas, vendo-a rir.

— Hehehe... Talvez!

— Você é adorável. — A puxou pelas pernas. — Tenho que agradecer a Levy por liberar você para mim hoje.

— Não foi bem ela, Natsu. — Levantou o tronco, ficando na mesma altura que o rosado. — Foi o Gajeel.

— Talvez... — Fez um bico com os lábios, fazendo a loirinha rir. — Você quer dormir, ou...?

— Estou sem sono.

— Sabia que eu também estou? — Sorriu de lado ao sentir as mãos femininas afagarem seu rosto. — É diferente, estou muito elétrico.

— Também. É meio estranho, né? — Deu um selinho nos lábios entreabertos do rosado.

— É. — Devolveu o beijinho. — Vamos dar uma volta?

— Na floresta? As três da manhã?

— Não são três, são duas e cinquenta. — Lucy riu da bobeira dele, fazendo maneios negativos com a cabeça. — Ah, qual é...

— E se nós vermos um urs-

— O GAJEEL ESTÁ PEGANDO FOGO!

O grito desesperado de Levy chamara a atenção de todos que estavam por ali. Os animais se assustaram e esconderam-se. Lucy saiu de imediato, e após ela, todos saíram de suas barracas. Menos Yukino. Esta continuava a dormir tranquilamente.

— Gajeel?! — Jellal fora o segundo a sair da barraca, deparando-se com o Redfox correndo em círculos com o cabelo em chamas.

— MEU CABELO, MEU CABELO!   

— Caralho, o Gajeel tá pegando fogo! — O rosado gargalhou ao apontar para o brutamontes.

— Isso vai para o meu Twitter. — Minerva pegou seu celular, começando a gravar a cena.

— Meu Deus, onde é que tem água?! — a Lockser revirava as mochilas, sem sucesso em achar um recipiente com água.

— Pode jogar vinho? — Sting ergueu a garrafa.

— NÃO! — Todos que estavam ali, negaram.

— Aqui! — Lucy que encontrara uma garrafinha de água, jogou-a para Gajeel. O brutamontes abriu-a, e começou a jogá-la em sua cabeça, entretanto, o fogo não se apagara.

— Licença! — Levy passou pelas pessoas, batendo em Gajeel com uma toalha.

— Será que jogar cerveja apaga? — Sting, novamente, recebeu vários “não!”.

— Tenta bater nele com uma madeira! — Natsu disse, se divertindo com aquilo.

— Natsu! — Lucy lhe repreendeu.

— Tá apagando! Continua, Levy! — Jellal disse, pegando outra toalha e ajudando a azuladinha a apagar o cabelo de Gajeel.

— Tira uma foto minha com o Gajeel pegando fogo. — Minerva deu o celular para Rogue, fazendo pose ao lado de Gajeel.

— Nossa, ficou boa. — Rogue que acabara de tirar a foto, falou.

— Ficou mesmo, coloca esse efeito. — Sting disse.

— Prefiro esse. — Minerva murmurou.

— Meu Deus!

— Calma, Lucy. — O rosado ria da reação da loira a seus amigos loucos.

— Pronto! — Levy agarrou o cabelo, ou melhor, o que restou com a toalha, fazendo-lhe apagar aos poucos.

— M-Meu cabelo. — Gajeel se jogou no chão, desmaiando.

— Ele morreu?

— Não, ainda não. — Levy respondeu Gray. — Coitado, metade do cabelo dele queimou.

— Como isso aconteceu? — Erza perguntou.

— Eu chutei o rosto dele e ele caiu sobre a fogueira, então ele começou a pegar fogo. — Levy explicou, retirando a toalha. — Meu Deus, que estrago.

— Cara, o cabelo dele já era. — Erza tocou o cabelo queimado de Gajeel. Havia queimado metade, e agora, seus cabelos estavam acima dos ombros.

— Vou cortar o cabelo dele. Eu fiz um curso mês passado, assim não precisaria mais ir em salões ou coisas de tipo. — Levy analisava com cuidado os fios queimados, lamentando-se mentalmente pela perda. Eram muito atraentes, ela amava aquelas madeixas.

— A Levy tira toda a minha autoestima, ela é incrível. — Juvia murmurou, fazendo a Mcgarden corar.

— Nem vem com isso!

— Quer levá-lo para algum lugar? Sabe dirigir? — Jellal direcionou sua pergunta a baixinha.

— Sei, mas não posso levá-lo para a minha casa. Meus avós estão lá.

— Então leva ele para o nosso chalé. Tá vazio já que nós estamos aqui. — Rogue disse.

— É, aqui as chaves. — Jellal jogou a chave do chalé e logo depois, a de sua caminhonete. — A minha caminhonete tá na esquina, só não atropela ninguém, tá?

— Vou tentar. — Levy sorriu travessa. — Alguém me ajuda a levar esse gigante, não sei se perceberam, mas eu sou tipo uma anã! — As pessoas ali riram.

— Nós vamos contigo, aí te ajudamos a colocá-lo na cama. — Sting falou, olhando para Rogue que assentiu.

— Beleza.

Após Levy, Rogue e, Sting que carregava Gajeel nas costas saírem, todos por ali permaneceram em silêncio por um tempo.

— Tadinho do Gajeel, meu Deus... — A azulada massageou as têmporas, preocupada com o amigo. Gajeel fora um de seus primeiros colegas antes de Gray.

— Calma, aposto que ele está bem. — Gray afagou os ombros da namorada, procurando acalmá-la.

— Bem, e o que fazemos agora?  — Jellal murmurou.

— Vamos voltar a dormir? — Minerva disse.

— É, vamos. — Todos concordaram, e cada um voltara para a sua barraca. Deixando certa loirinha incrédula.

— É normal alguém pegar fogo, ou...? — Olhou de canto para o rosado.

— Pegar fogo é a primeira vez, mas já aconteceu coisas parecidas. Tipo uma perna quebrada ou uma casa alagada. — Natsu riu, ainda mais quando a Heartfilia fez uma careta engraçada.

— Vocês são loucos. — Ela murmurou. — E isso é muito legal.

— Né? — Eles riram juntos. — Vamos conversar mais um pouco, e depois saímos, pode ser? — Puxou-a pela cintura, colando os corpos.

— Pode ser. — Murmurou, alisando os ombros masculinos.

[...]

— Sabe no que eu estava pensando? — A loirinha falou, chamando a atenção do garoto. — Você nunca me pediu em namoro.

— Como assim? — Natsu rolou nas almofadas, encarando-a melhor.

— A gente se confessou e tal, mas você nunca pediu. — O rosado mantinha a expressão confusa no rosto. — Tipo, você nunca perguntou: “Ei, quer namorar comigo?”. — O rosado riu, deitando o corpo sobre o dela.

— Ok, eu irei pedir.

— Agora? — Se animou.

— Não né! Tem que ser especial. — A loirinha fez um bico.

— Não precisa. — Ela agarrou a nuca dele, roçando os narizes. — Pode ser do seu jeitinho. — Sussurrou.

— Eu quero que seja especial. Para você se lembrar para sempre. — Sussurrou de volta, mantendo o rosto grudado no dela.

— Eu só quero que você saiba... — Beijou a bochecha esquerda. — Que qualquer coisa... — Beijou a bochecha direita. — Que você faz... — Beijou o canto da sua boca. — É especial. — Lhe deu um breve beijo nos lábios.

— Seu beijo é bom. — Natsu murmurou, manso pelos beijinhos e sussurros da garota que tanto amava.

— É bom né. — Lucy deitou entre os travesseiros, saindo de perto do rosado. — Vem cá.

Ele sorriu, deitando seu corpo sobre o dela, usando os seios como travesseiro. Lucy pegou as cobertas, cobrindo ambos já que estava ficando frio. 

— Sabe o que eu disse mais cedo? Sobre... A distância e tal. — Após alguns minutos de silêncio, o rosado começou.

— Sei...

— Não se preocupe, ok? Eu te amo muito. Eu passarei por qualquer coisa por você. — Apoiou o queixo sobre os seios, olhando-a.

— Eu também. — Lucy sorriu, corando ao lhe ver com aquele sorriso galante perverso. — Você... você é muito gato. — O rosado alargou o sorriso, tentando não surtar com o elogio dela. Não sabia lidar com os elogios de Lucy. Nunca soube. — Já viu o quanto aquelas garotas olhavam para você?

— Que garotas?

— Da festa de ontem! — O rosado riu.

— É por que você não viu os caras! — Revirou os olhos enciumado, mas permanecia aos risos. — Todos olhavam para você, sabia?

— Mentira!

— Verdade!

— Eu perceberia se fosse verdade!

— Luce, você não percebe nada. — Riu divertido, vendo-a inflar as bochechas como uma criança. — Mas até que eu os entendo, eu também olharia para você.

— H-Hm... É sério?

— Claro. Eu não conseguiria deixar de passar meus olhos por uma loira como você. — Deslizou as mãos pelas coxas fartas, animando-se ao vê-la ruborizar.

— P-Pervertido.

— Eu sou, mas é porque você é irresistível.

— Sou n-não...

— É sim. E não adianta protestar!

— E se eu protestar?

— Eu desprotesto!

— Essa palavra não existe!

— Agora existe!

Eles riram juntos antes de começarem a se olhar intensamente.

— Você continua sendo o meu melhor amigo, sabia? — Lucy sussurrou.

— Você também é a minha melhor amiga. — Sussurrou de volta. — Você é a minha melhor amiga... — Beijou a mão delicada. — Minha namorada... — Deu um cheiro no meio dos seios dela, fazendo-a se arrepiar. — E a minha amante. — Mordiscou o pescoço feminino, arrancando um grunhido reprimido por ela.

— N-Nada disso aqui. — Ela murmurou, já estava completamente mansa.

— Então se não estivéssemos aqui...?

— Nada disso hoje! — Ela apertou as bochechas do rosado.

— Hum, então tá bom, Lucy. — Fez um biquinho antes de deitar-se sobre os seios dela.

— Já parou pra pensar na maneira como me chama?

— Como assim?

— “Lucy” e “Luce”. — Começou a afagar as madeixas róseas. — Você pensa quando pronuncia meu nome?

— Não, não mesmo. — Ele riu. — Às vezes eu falo Luce, e outras vezes Luce. — A loira gargalhou.

— Fale Lucy. — Disse após reprimir o riso.

— Luce.

— Você não consegue dizer Lucy?

— Mas eu acabei de dizer, Luce. — O rosado disse, confuso. Ao seu ver, estava falando o nome da maneira certa: LucY.

— Pfft! Você só consegue dizer Lucy inconscientemente! — Ela começou a rir, fazendo o rosado ruborizar.

— Ei, isso não é verdade! — Levantou o rosto para pegar nas bochechas da loira, apertando-as.

— Au, ai! Minhas bochechas! — Agora fora a vez do rosado gargalhar das caretas dela, entretanto, isso não fez o riso dela cessar.

Após alguns minutos de risadas e beliscões, ambos voltaram para a posição que estavam antes.

— Lembra quando... Eu te cheirei na cozinha? — Natsu sussurrou, podendo ouvir o coração calmo acelerar aos poucos.

— Sim.

— E que eu fiquei frio do nada? Sabe... Quando você foi se desculpar e eu fui rude...

— Aham. — Sorriu de canto. Não pela lembrança ruim e sim em como tudo se resolvera rapidamente.

— Sabe por que eu estava bravo?

— Porque você é bipolar. — O rosado riu, negando com a cabeça. — Ué, mas...

— Foi por causa... do amor. Eu havia acabado de descobrir que estava apaixonado por você. — Sorriu ao ouvir as batidas acelerarem mais. — Suas bochechas estão vermelhas agora, não é?

— E-Estão quentes. — Fez um bico com os lábios, enrubescida.

— Ótimo. — Riu antes de prosseguir. — Eu estava animado com a ideia de estar apaixonado! Era a primeira vez que eu me sentia daquela maneira, até por que você está sendo o meu primeiro amor... E espero que seja o último também. — A loira sorriu, mordiscando os lábios. — E quando eu abri a porta do quarto para falar contigo, eu ouvi você falando com a Virgo...

— E?

— Você se lembra do que disse para ela? — Perguntou com desgosto. — “Acho que você mais ajudou do que... atrapalhou.” — A loira fechou os olhos, tentando se lembrar.

— Ah, sim...

— Você sabia né? Se a Virgo não tivesse chegado, eu teria te beijado. E quando eu ouvi aquilo, eu pensei que você não quisesse ser beijada. E se eu tentasse, você só retribuiria por vergonha, sem saber como me rejeitar, porque me amava muito. Como amigo, é claro.

— Não, eu n- — Foi interrompida.

— E quando a Virgo apareceu, te ajudou a sair daquela situação. “Mais ajudou do que atrapalhou.” — A loira abriu a boca para falar, mas logo fechou. — Então... Eu fiquei muito mal. E eu não queria te ver, queria me preparar para... não gostar de você. Talvez, mudar o sentimento.

— Você é tão burro. — Lucy pressionou os lábios, querendo voltar no tempo para consertar aquilo.

— E quando eu te vi, percebi o quanto aquilo não podia ser mudado. Eu já estava te amando de outra maneira e aquilo era uma merda. — Riram juntos. — Então eu fui meio frio porque estava triste demais para ser engraçado, ou... Sei lá, normal. — Pressionou os lábios, se lembrando em como aquele curto tempo foi doloroso. — E quando você sussurrou “Por favor, não me trate assim”, eu fiquei ainda mais mal. E mandei você sair dali.

— Falou que devíamos dormir.

— É. — Riu se ânimo. — Mas aí, eu percebi o quanto aquilo havia te machucado. Porque eu pude escutar os seus passos pesados! — Passou a segurar a mão feminina, acariciando-a com os dedos. — E foi aí que eu pensei em tudo que passa, em como é tratada com desdém. Percebi como eu havia sido babaca em te tratar daquela maneira.

— E aí, foi no meu quarto. — Deduziu, sorrindo ao escutá-lo rir.

— É, e então, meus pensamentos mudaram. — Colocou o queixo sobre o peito dela, encarando-a. — Quando você disse que eu era o melhor amigo de todos, eu pensei “Vou fazê-la se apaixonar por mim!”.

— Sabe... — Começou. — Eu não havia dito aquilo por aquilo...

— Quê? — O rosado riu do pronuncio sem sentido.

— Tipo, eu não havia pensando no beijo como disse. Eu queria ser beijada, eu acho... eu não cheguei a pensar naquilo na hora. — Natsu passou a prestar atenção. — Mas... quando eu havia dito aquilo para a Virgo, não foi porque eu não queria ser beijada...

— Então?

— Foi por causa... do que me disse no quarto. Antes de eu ficar irritada por causa do chupão. — Natsu tentou segurar o riso ao se lembrar da cena, entretanto, deu uma risadinha. — Você disse que, talvez, tudo houvesse subido sua cabeça, e você faria uma besteira. Então...

— Então? — Ela desviou o olhar.

— Pensei que quando a Virgo chegou, te impediu de fazer a tal besteira. Pensei que se arrependeria muito de ter me beijado. — Lucy corou, ouvindo-o bufar. — Então, deduzi que ela ajudou...

— Que burra.

— Você também é! — Voltou a encará-lo.

— Somos burros juntos. — Riram.

— Sabe... quando você... se declarou?

— Hm?

— Eu juro que eu não lembro como me levantei. — Se entreolharam. — Não sei como, mas... era como se alguém me empurrasse para você. Me jogasse encima de você, e quando você me segurou... Os nossos lábios pareciam imãs. — Agarrou a gola da camisa do rosado, lhe puxando mais para si. — Eles ainda são. — Sussurrou. — Me beija...

— Pfft, você está tentando me seduzir? — Sorriu de lado ao ver a face ficar vermelha.

— O-O quê?! Eu só pedi um beijo! — Exclamou, totalmente rubra.

— Eu gosto quando tenta me seduzir. — Disse um pouco antes de levantar o tronco, retirando de perto o cobertor que os cobria com a mão esquerda. — E também gosto quando cede algo... Algo que já é meu. — Mordiscou os lábios, pressionando as virilhas, e mesmo que não quisesse, a loirinha gemeu de cara.

— Ugh. — Tampou sua boca com a mão esquerda, franzindo o cenho.

— Me diz, Luce... — Aproximou-se dela, praticamente colando as testas. — Quer ir para outro lugar?

— Por que não podemos apenas dormir de conchinha como um casal normal? — Ela sussurrou, levando uma de suas mãos à nuca do rosado.

— Porque eu sei que não quer dormir de conchinha hoje. — Falou, roçando seus lábios. — Eu sei que você quer... Quer sentir de novo.

— Como é tão sedutor? — A loira mirou nos olhos negros, percebendo que ele estava com as bochechas vermelhas. — Você era virgem e disse que nunca chegou perto de uma garota, então como é tão experiente e seguro de si? — Perguntou.

— Hm... — Suspirou antes de prosseguir. — Eu sei lá.

— Natsu...

— Olha, era verdade, eu nunca cheguei tão perto de uma garota importante... foi o que eu te disse, né? — Encarou-a, e ela assentiu. — Antes de você, eu não tinha ficado com uma garota há... — Ficou pensativo por uns segundos. — Quase um ano.

— Um ano?!

— E olha que foi só um beijo, que eu não queria! — Ele revirou os olhos, se lembrando daquela péssima noite. — O Gajeel me dopou e me colocou pra beijar uma desconhecida. E antes dela, uma garota me roubou um selinho no primário. Foi só isso.

— Só isso?

— Só isso. — Confirmou, vendo-a corar e os olhinhos brilharem. — Eu me lembro do beijo com a menina, acho que é por isso que consegui te beijar sem hesitar... na verdade, eu queria te beijar desde que te vi, então...

— E o sexo? — O rosado quase engasgou com a forma que ela disse aquilo, saindo de cima dela para se sentar.

— O que tem o sexo? — Desviou o olhar, corando violentamente.

— Como soube o fazer perfeitamente? — Ergueu uma das sobrancelhas, lembrando-se vagamente da noite anterior. — Foi tudo muito perfeito...

— Eu fiz o que eu pensei ser o certo. — A loira continuou incrédula. — Tá, eu lia muitas Fanfictions quando tinha quinze anos...

— Hah! Eu sabia! — Ela riu, vendo que estava certa ao pensar que era algo parecido.

— Pare de rir! — Chacoalhou os ombros femininos, recebendo mais risadas. — E você?

— Eu?

— Eu me lembro do que disse no telefone! — Falou, fazendo-a parar de rir e ficar corada. — Você falou que tem pensando nisso, para fazer direito quando o fizer...

— Ai, não precisamos falar mesmo disso, né? — Desviou o olhar, mas o rosado continuou insistente.

— Como pensou?

—... — Ouve certo silêncio da parte dela por alguns segundos, e após perceber que o Dragneel não desistiria tão cedo, suspirou, voltando a encará-lo. — Você sabe que eu amo ler, não é?

— Sei...

— Os meus livros... tenho uns de romance, que são para maiores... — Piscou algumas vezes antes de prosseguir. — E bem, eles tinham aquelas partes... e eu sempre as pulei, porque se estava escrito que era para maiores de dezoito, eu só devia lê-las quando tivesse mais de dezoito. — O rosado segurou o riso, pensando em como ela era uma fofa. — Mas aí, em menos de uma semana apareceu o amor da minha vida, né? — O olhou com uma cara engraçada. — E aí eu achei que devesse ler para não ficar assustada ou incrédula quando a gente fizesse...

— Mas você sabia o que era sexo, né?

— Ah, sim, eu sabia sobre ser bom e de que era assim que criava os bebês, mas eu não imaginava que coisas como sexo oral existiam...

— Espera, tá falando sério?

— Sim...

— Pfft, você é inacreditável! — Começou a rir, fazendo a face feminina à sua frente ficar completamente vermelha.

— Seu grosseiro. — Sussurrou, vendo-o rir.

— Vamos sair. — Ele mexeu na sua mochila, tirando de lá a chave do chalé das garotas que Erza havia lhe dado. — Hoje iremos dormir sozinhos.

[...]

— E a Zera implicou com o meu primo e não parou mais! Eu fiquei com cara de tacho vendo os dois brigarem daquela maneira, e acabou que a gente deu risada após tudo. — Os dois riam juntos.

— Pelo jeito, você cria boatos bons.

— Boatos? — Lhe encarou, sem entender.

Zeref e Mavis estavam caminhando há alguns minutos pelas ruas da cidade anoitecida. Estavam para ir embora após comerem na pizzaria, mas Mavis sugeriu uma caminhada para conversarem e se conhecerem melhor já que haviam formado uma amizade forte em menos de dois dias.

— Boatos. — Confirmou, colocando as mãos nos bolsos. — Tipo assim, eu sempre olho para alguém e crio na minha cabeça um boato sobre ela. É claro que não os espalho, porque espalhar boatos é uma grande sacanagem...

— É sacanagem mesmo. — Os dois riram juntos.

— E bem, boatos sobre você me parecem perfeitos. — Zeref sorriu terno, olhando nos olhos esverdeados. — Menina doce, olhar perfeito...

— Ah, para! — Corou lhe dando um empurrão. — Assim eu fico envergonhada!

— Eu gosto de te ver envergonhada! — Lhe devolveu o empurrão, e após isso, começaram a rir.

— E sobre você? — Voltou a olhá-lo. — Qual boatos cria sobre si mesmo?

— Heh, não são muito bons! — Riu. — Eu sou muito fechado e quieto. Dizem que puxei o olhar do meu avô, que é um olhar um pouco ignorante. — Mavis franziu o cenho, sem acreditar nas palavras. — Acho que os boatos seriam... assustador, metido e estranho.

— Eu não acredito nesses boatos. — Mavis disse, dando dois passos para o lado e encostando os ombros. — Você tem olhos repletos de doçura. — Sorriu lhe olhando, fazendo-o ficar um pouco manso.

— Você tem um coração bom demais. — Sussurrou, fazendo os olhinhos da garota se arregalarem e as bochechas ficarem mais rubras. — Você já se apaixonou?

— Não.

— Já beijou?

— Isso é mesmo importante?

— Não faz diferença nenhuma para mim, só sou curioso. — Falou, parando de andar para ficar de frente para ela.

— Nunca beijei. — Sussurrou fazendo um biquinho com os lábios. — É que... sei lá, eu sou estranha! As minhas amigas estão sempre falando sobre, “perder o bv” — Fez aspas com os dedos. — E não acho legal! Elas chegam em um menino que não conhecem e os dão o direito de lhe tirar algo tão importante... O primeiro beijo. — Falou, frustrada. — Elas dizem que eu sou medrosa, mas e seu eu for? E daí?

— Tem razão. O primeiro beijo é importante. — Zeref disse, pousando a mão sobre a cabeça dela. — Precisa ser com alguém especial, para você nunca se esquecer. — Começou a afagar do topo da cabeça, até as bochechas, fazendo isso repetidas vezes. — Você é doce e diferente, e ser diferente é bom! Muito bom...

— Doce... — Sussurrou, levantando seu rosto. — O que é ser doce? — A expressão que Mavis fizera ao perguntar aquilo fora a mais bela que Zeref já viu em toda sua vida. Seu peito esquentou, e suas bochechas coraram, mas continuava sorrindo terno.

— Ser doce é ser Mavis Vermilion.

— Eu vou te bater. — Zeref riu, e então, prosseguiu:

— Tudo bem, tentarei colocar em palavras. — Ele se afastou dela, se sentando no banco da praça vazia que estavam. — Ser doce é... Ser amável. Parece que uma aura boa te rodeia e isso me faz querer ficar contigo, fazer parte da sua vida. — Mavis continuou parada no lugar, lhe olhando e prestando atenção. — É divertida e aventureira, tem assuntos reais e divertidos. Tem olhos verdes... — A loirinha percebeu que ele estava saindo do assunto, mas permaneceu em silêncio, querendo ouvir mais. — E é linda... principalmente essa anteninha que seu cabelo faz. — Riram juntos.

— Você também tem uma anteninha. — Ela chegou perto dele, tocando os fios rebeldes negros que formavam um tipo de topete no meio da cabeça. — É uma gracinha.

— O seu também é. — Falou, acariciando os cabelos louros ondulados que estavam na altura da cintura. — São tão macios...

— Os seus são lisos e rebeldes. — Sorriu, continuando a afagar a anteninha e a cabeça do moreno.

— Vem cá. — Puxou-a pelo pulso e lhe colocou sentada ao seu lado no banco. — Deixe-me analisar essa anteninha. — Ela riu, e tombou a cabeça para o lado, lhe dando silenciosamente permissão para mexer em suas madeixas.

Mavis fechou seus olhos assim que as mãos masculinas tocaram o topo da sua cabeça, começando a mexer em seu cabelo de uma forma curiosa e carinhosa. Não pode reprimir o sorrisinho aos acalantos que os dedos dele lhe davam, pensando em como levaria aquele garoto para toda a sua vida, e pelo jeito, ele lhe levaria também.

— Posso...?

— Faça o que quiser. — Mavis respondeu.

Zeref mexeu em seu bolço, e de lá retirou um laço. Passou a colocar todo o longo cabelo loiro claro de um lado só, retirando a franja de sua testa também.

Quase despencou para trás com a “flecha” que acertara seu coração ao ver o rosto da Vermilion completamente exposto. Sem a franja, sem a anteninha, só sua face. Os olhos permaneciam fechados, e o sorrisinho nos lábios rosados deixaram-lhe fascinado pela beleza absurda que aquela pequena tinha.

Pegou o laço que estava amarrado envolta do pacotinho de chocolate que ambos haviam comprado, e aproveitou para usar este para fazer um penteado improvisado. Penteou as madeixas lisas e onduladas com seus dedos, e enrolou o laço entre a nuca e a anteninha, deixando-a abaixada. O laço também segurava sua franja, e deixava seu belo rosto amostra — que na opinião dele, era a coisa mais bela do mundo.

— Você já acabou? — Mavis perguntou, um pouco ansiosa já que ele estava em silencio há um bom tempo.

— Sim... — Murmurou, fazendo-a abrir os olhos.

O sorrisinho nos lábios femininos sumiu ao notar a proximidade do moreno de si, mas permaneceu parada à espera de algo. As mãos ainda estavam em sua cabeça, e os olhares estavam praticamente grudados.

— Você fica linda sem franja também. — Zeref sussurrou, fazendo-a se arrepiar por conta do hálito de menta que sua boca emanava.

— Você acha? — Ela sussurrou também, inclinando o rosto para frente e fazendo os narizes se tocarem acidentalmente.

— Uhum. — Ele segurou uma das bochechas coradas, afagando o rosto feminino com o dedão.

— Hm... — Segurou as bochechas do garoto com suas mãos. — Eu gosto de ti. — Murmurou.

— Eu também gosto de ti. — Respondeu.

Afagou mais o rosto de Zeref antes de senti-lo se aproximar, e colar seus lábios.

 Seu coração começou a acelerar e suas bochechas ferveram, entretanto, manteve-se parada e a espera que ele aprofundasse o beijo. Mesmo que Mavis nunca tivesse beijado, era segura de si, e segura que ele lhe ensinaria tal coisa sem julgá-la por não saber o fazer muito bem. E fora o que ele fez.

Afundou os dedos nos cabelos louros e puxou-a mais para si, praticamente desesperado para aprofundar aquele simples toque e, sentir mais do gosto viciante e sensual dos lábios femininos. As mãos femininas agarraram-se aos seus cabelos negros, abrindo seus lábios e convidando-o para deixar aquilo tudo melhor.

 Assim que as línguas se tocaram, ambos os jovens sentiram os pelos de seus corpos ouriçarem e os corações esquentarem, fazendo-os quererem aprofundar cada vez mais aquele beijo especial. Zeref passou a fazer movimentos lentos com sua boca, envolvendo sua língua com a dela em uma dança sensual com os lábios.

Mavis sentia-se em um tipo de transe surreal e incrível. Só conseguia sentir o calor do corpo de Zeref com o seu, em como os cabelos negros eram lisos e macios, a maneira como as mãos masculinas embaraçavam as madeixas de sua nuca, como ele lhe puxava cada vez mais para si. Zeref era especial, muito especial.

Mesmo querendo ser cuidadoso, lento e romântico com o primeiro beijo da Vermilion, Zeref extrapolou — pelo menos ele pensou que sim — tudo quando arranhou a nuca de Mavis e mordeu o lábio inferior, fazendo-a arregalar os olhos e dar um gemidinho.

Aquele foi o fim da picada.

— Whoa! — Zeref afastou-se após escutar o som obsceno e rouco sair dos lábios de Mavis, corando de imediato. — M-Mals aí! Foi por impulso... — Abaixou sua cabeça, coçando a nuca.

— Ei... — Pousou suas mãos sobre o rosto do moreno, fazendo-o lhe olhar novamente. — Faz de novo. — Pediu pouco antes de selar seus lábios novamente.

— Me desculpe por tomar o seu primeiro beijo. — Zeref sussurrou após separarem-se do rápido selinho.

— Eu fico feliz que tenha sido você. — Falou pouco antes de ter seus lábios tomados por Zeref.

 

Era apenas o começo da noite.


Notas Finais


Primeiramenre, me sigam no twitter e me chamem para conversar e trocar ideias, eu não mordo. u_u O user é: @nickuchanx

Segundamente, não sei se alguns de vocês notaram, mas eu apaguei várias das minhas fics. Tinha umas ones que eram horríveis e que eu me sentia envergonhada de ter aquilo no meu perfil, mas se algum de vcs sentirem a falta daquele troço, mandem mensagem que eu mando pra vcs.

Terceiramente...
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK OI!
TÁ PEGANDO FOGO BIXO! (*≧艸≦)
Gente, gente... eu sou retardada puta merda.
Ó O GÁS TURURURURRU.
Ok, parei. :V
Natsu não sabe quando fala Lucy e Luce, nunca foi proposital. Bem louco, não? O Natsu é um leitor de fanfic HEUHEUE, ele ainda tem muuuitos segredos que vocês iram amar.(^v^)

"— Eu não acredito nesses boatos. — Mavis disse, dando dois passos para o lado e encostando os ombros. — Você tem olhos repletos de doçura. — Sorriu lhe olhando, fazendo-o ficar um pouco manso.

— Você tem um coração bom demais."

SPOILER AQUI -> Isso aconteceu no mangá quando Zeref falou que era o mago negro e disse "Os boatos ruins sobre mim são verdadeiros" aí a Mavis disse "Eu não acredito nesses boatos, você tem olhos repletos de doçura." e foi tão lindoooooooooo. (*≧ω≦) Só que o Zeref disse que ela havia um coração muito puro, mas eu troquei porque achei melhor assim. u.u

BEIJO ZERVIS UHULLLLLLL! \(*T▽T*)/ Gostaram? A história desses dois só tá começando. Tem muita coisa ainda. ;u;

E sobre as coisas importantes, é que eu demorarei para atualizar agora. Ainda tenho que reescrever dezesseis capítulos, então ficarei fora e só devo postar ano que vem. Sinto muito... ;__;

Mas e então, gostaram? Comentem!ヽ(^。^)丿


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