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História Distância Calorosa - Road Camp - Vamos acampar!


Escrita por: omominyoongi

Notas do Autor


Hellou lindus, como vão?

Boa leitura <3

Capítulo 33 - Road Camp - Vamos acampar!


Deviam ser cerca de sete horas da noite quando todos começaram a se arrumar para o acampamento. Levy guardava suas roupas em casa, Gajeel ajudava Grandine a arrumar algumas coisas dentro do chalé, Natsu e Gray ligavam para Hershel, dizendo que iriam usar tal local da floresta; Juvia e Lucy cozinhavam algumas coisinhas para lanchar lá e Jellal e Erza estavam alugando barracas em uma loja mais afastada do Road Camp.

— Boa noite meninas! — Igneel cumprimentou Juvia e Lucy, que preparavam algumas coisas na cozinha de Grandine

— Você irá acampar conosco também? — Juvia perguntou enquanto colocava alguns mashmalows no palito.

— Não! Eu passo. — Igneel respondeu abrindo a geladeira — Mas eu aceito um lanchinho! — sorriu amarelo, e pegou uma cerveja, logo saindo dali.

 — Lucy? — Juvia chamou sua atenção — Está tudo bem?

— Ahn, sim, por que?

— Quase colocou sal encima do bolo... — Juvia disse, e fora quando Lucy percebeu que a mão da azulada segurava a sua, impedindo-a de jogar sal no bolo.

— Meu Deus, me desculpe, Juvia... — pediu perdão retirando o sal dali — Estou pensando em umas coisas só isso... — murmurou um tanto chateada. A conversa com o rosado ainda estava em sua mente, deixando-a meio abalada.

— Sei... — Juvia a olhou, com vontade de perguntar o porquê daquela distração. Porém, parecia um assunto delicado, então decidiu não tocar — É a sua primeira vez acampando? — mudou de assunto.

— Sim... — Lucy respondeu, embrulhando algumas coisas.

— A minha também. — sorriu deixando Lucy surpresa — Sabe, eu namoro o Gray a apenas três meses. Nós nos conhecemos esse ano, então é a minha primeira vez aqui no Road Camp também.

— Se importa se eu perguntar uma coisa? — Lucy perguntou, e Juvia negou com a cabeça, murmurando algo como: “pode perguntar” — Como começaram a namorar? Me refiro a você e o Gray...

— É uma longa história! — deu uma risadinha — Sabe, eu entrei na Fairy Tail no começo desse ano, e fora Gray quem me ajudou a me enturmar. No começo, achava que ele era um aproveitador. — riu envergonhada — Tive grandes decepções amorosas na minha antiga cidade, então não queria namorar, não naquele momento. Na verdade, eu não queria fazer amizades, eu não queria nada com ninguém.

— E como ele te conquistou?

— Ele me pegou chorando — riu fraca e ruborizada. Sempre se envergonhava ao se lembrar daquele dia — Disse que era para eu o falar o motivo das minhas lágrimas, que eu podia contar com ele, mas nunca o achei muito confiável. Eu sempre dava um jeito de fugir dele, e me arrependo amargamente disso.

— E quando foi que lhe deu uma chance?

— No mesmo dia em que eu estava chorando, Gray seguiu-me até minha casa. Ele ficava falando coisas como “Confie em mim! Por que não pode me dar uma chance?”, “Não precisa fugir assim de mim, porque eu me preocupo com você. Acredite em mim!” — imitou a voz de Gray numa tentativa engraçada, fazendo a loira dar uma risadinha — Eu não conseguia entender o porquê dele me seguir daquele jeito. O porquê dele se preocupar com alguém que ele mal conhecia.

— E você sabe o que ela fez? — Gray de repente apareceu na cozinha, para a surpresa das duas — Fiquei seis horas no portão da casa dela, na chuva!

— É sério? — Lucy perguntou incrédula.

— Sim... — Juvia riu envergonhada, sendo acolhida pelo abraço do namorado — Falei que não queria papo com ele, e ele disse que ficaria ali, me esperando. Achei que estivesse blefando, então bati a porta na cara dele. Passou-se uma hora, e eu estava ajeitando meu quarto quando percebi que estava chovendo. A primeira coisa que fiz foi fechar as janelas de casa, e enquanto estava fazendo isso, percebi que ele ainda estava ali... — olhou carinhosamente para o Fullbuster — Gray continuava no portão da minha casa, sentado no chão.

“— Não ache que eu acreditarei que ficou aí esse tempo todo! — gritou de sua janela, e ele não olhou para trás — Pare de insistir nisso! Pare de tentar brincar comigo! — gritou alto, fechando a janela de seu quarto.

— Não sairei daqui até me dar uma chance! — pôde ouvir a voz de Gray gritar absurdamente alto, e apenas deu meia volta, indo para a sua sala.

Depois de assistir um filme de duas horas, a azulada acabou caindo no sono ali mesmo.

Juvia acordou com o barulho alto de um trovão, e isso fez com que ela tremesse. Tinha um pouquinho de medo dos relâmpagos e dos trovões, desde pequena. Olhou na tela de seu celular, percebendo que havia dormindo quase quatro horas seguidas.

Levantou-se irritada, logo se espreguiçando, pronta para estudar para sua próxima prova. Mas ao subir as escadas, sua atenção fora tomada por um alto barulho de espirro do lado de fora da casa.

O lugar onde Juvia morava, era meio deserto. Era um bairro novo, então poucos apartamentos foram alugados por lá, assim como havia poucas padarias, mercados, entre outras coisas. Além de que era um silêncio total! As vezes, ela chegava a conseguir ouvir a televisão de um vizinho.

Ela colocou um casaco azul, e calçou suas botas, saindo de casa com um guarda-chuva. Deu longos passos por seu jardim, e quando abriu o portão de casa, ouviu um resmungo.

Gray estava ali.

Ela ficou em choque por alguns segundos. Ele permanecia na mesma posição, olhando para o mesmo lugar. A diferença, era que estava encharcado e com o nariz vermelho, assim como seus olhos permaneciam inchados de sono e cansaço.

— Você... — Juvia começou a falar, chamando a atenção dele — Você ficou aqui por seis horas seguidas?

— Sim... por quê? — Gray perguntou como se aquilo não fosse nada demais.

— Eu disse que não estava interessada... por que insisti nisso com uma garota como eu? Não sou lá a beleza em pessoa, não sou divertida, nem mesmo gentil. Então... por que tudo isso? — perguntou incrédula. Ele riu pelo nariz, e mirou-a com um sorrisinho nos lábios.

— Porque eu gosto de você.

— Por que gostar de mim, Gray? — agachou, ficando na altura dele, deixando com que o guarda-chuva o protegesse também.

— Porque eu sinto que você é uma garota incrível. — sorriu novamente, mostrando os belos dentes.

— Pelos deuses, Gray, isso é loucura! — Juvia encostou as costas da mão na testa dele, verificando se ele estava com febre. Por sorte Gray estava bem.

— Não, Juvia. — segurou a mão dela, a entrelaçando com a sua — Loucura é fugir do amor, só por que alguém não soube te amar.

As palavras dele fizeram com que alguma barreira dentro da azulada se quebrasse. Ficou chocada, fitando-o nos olhos, enquanto sentia a mão dele acariciar a sua. Céus, ele tinha razão! Ele tinha toda a razão! Ela abaixou o olhar, e fez um bico, tentando segurar o choro. Gray tinha mexido consigo.

— Obrigada, Gray — Juvia o abraçou, deixando-o completamente surpreso — Estou lhe dando uma chance.”

— Depois disso começamos a sair, e sair... — contou toda abobada — Gray abriu meus olhos...

— É uma história linda, fico feliz por vocês! — Lucy sorriu para os amigos que sorriram de volta.

— Você era má! — Gray deu a língua para a Juvia.

— Eu era bobinha! — Juvia respondeu beijando a bochecha do namorado — Francamente, o que viu em mim?

— Em primeiro lugar, você era absurdamente linda — respondeu sorrindo —, era gentil com todos, mas nunca deixava alguém se aproximar com suas típicas desculpas! — ele fez careta e Juvia riu — Eu queria que você se abrisse para mim, e fosse minha, só minha.

— Você é louco — ela sorriu beijando ele nos lábios.

Lucy deu uma risadinha, achando aqueles dois a coisa mais linda do mundo. O amor era mesmo incrível.

— E eu não suportava mais ele me falando de você! — Natsu apareceu também, fazendo a loira sorrir para o mesmo — “Juvia não fala comigo! ” — imitou a voz de Gray, aproximando-se de Lucy, ainda fitando o amigo — “Quando a Juvia me abraçou, achei que estivesse alucinando!” — imitou a voz dele novamente, fazendo Lucy dar uma risadinha — Sério, eu não tava mais aguentando!

— Ah, falou o pouco apaixonado! — Gray disse rindo, junto com Juvia — Conta a ela, amor, conta! — pediu olhando para Juvia que deu uma risadinha.

— O Natsu chorou umas duas vezes dentro de sala por causa de você. — Juvia contou divertida, fitando Lucy e fazendo certo rosado ruborizar.

— Espera, sério? — Lucy olhou incrédula para o namorado, mas ainda havia um sorrisinho nos lábios.

— Ei, vacilona! — Natsu rapidamente apontou para a azulada — Você me disse que iria guardar segredo!

— Sabe que conto tudo ao Gray, não sabe? — Juvia defendeu-se ainda rindo — Além de que qualquer garota ficaria feliz em saber que um garoto já chorou por si!

— É verdade, Natsu. — Lucy sorriu alisando os braços de Natsu, fazendo com que ele a acolhesse em seus braços — Mas por que você chorava?

— Sei lá, eu não estava chorando na verdade... — explicou deixando-a confusa — Juvia perguntava se eu queria falar sobre meus sentimentos, e eu sempre chorava ao contá-los.

— Ele sempre dizia que não suportava a distância, mesmo que naquela época vocês fossem apenas amigos. — Juvia sorriu para o casal, lembrando-se das diversas conversas que teve com o rosado — Tava muito na cara que quando ele voltasse, vocês não seriam mais apenas amigos.

— Ah, qual é, todo mundo sabia disso! — Gray riu fazendo Lucy fitar Natsu abobada. 

— Eu deixo na cara, não é? — Natsu suspirou fazendo um bico, e Juvia concordou com a cabeça, junto de Gray.

— Você é um amorzinho — Lucy disse entrelaçando os braços nas costas de Natsu, apoiando a cabeça no peitoral e logo fora acolhida pelos braços dele também.

— Pessoal, ou melhor, Gray e Natsu! — Erza gritou, entrando na cozinha — Vamos montar as barracas e deixar tudo pronto!

— Certo... — ambos aceitaram sem protestar. Erza era assustadora quando queria.

Natsu despediu-se de Lucy com um selinho, e um beijo de esquimó, e Gray fez praticamente o mesmo com a azulada, mas disse algumas besteirinhas em seu ouvido. Os dois saíram e as duas ficaram sozinhas novamente.

Os três foram até o meio da floresta, onde estava meio escuro, pois apenas as luzes do acampamento iluminavam as árvores.

— Vamos decidir na marra quem irá pegar os gravetos! — Erza gritou e os dois assentiram, ficando sérios — Um, dois, três e....

— Pedra, papel, tesoura! — os três falaram juntos.

— Erza perdeu! Vai catar os gravetos! — Natsu cantarolou fazendo-a fazer bico.

— Vê se não é pega por um urso, hein! — Gray gritou zombando da amiga, que lhe deu o dedo do meio, e saiu.

Eles começaram a estender o tecido das barracas, e montá-las.

— Ei... Natsu! — Gray cochichou para o rosado, que estava começando a montar uma barraca — Que clima foi aquele?

— Que clima? — fingiu-se de bobo. Sabia sobre o que Gray estava perguntando.

Era sobre ele e Luce.

— Ah, me poupe! Sabe do que eu to falando! — aproximou-se, o ajudando a montar a barraca — Vocês finalmente...? Rolou? Aconteceu?

— Finalmente o que caro amigo? Não sei do que está falando! — fez-se de bobo novamente, recebendo uma cotovelada amigável do Fullbuster — Claro que rolou, cara! Não dá pra ver na minha cara? — Natsu contou, praticamente em um grito. Estava sorrindo abobado e rindo enquanto Gray lhe dava tapinhas nas costas, rindo também.

— Ah, eu sabia! Você tava mais radiante que o normal! — Gray sorriu orgulhoso, ainda estapeando o amigo nas costas — O clima tava muito mais confortável, além de que ela estava tão feliz que parecia brilhar!

— Acha que ela gostou? Digo... não entrarei em detalhes, mas achei que ela parecia feliz hoje também, queria saber se era coisa da minha cabeça! — perguntou agora mais sério que antes.

— Não é coisa da sua cabeça, irmão! Ela estava feliz sim, qualquer um que a olhasse saberia! — Gray afagou as costas do rosado de forma amigável — Você se surpreendeu, não é?

— Se eu me surpreendi? Foi mais que uma surpresa! — Natsu riu colocando as mãos no rosto enrubescido  — Também se surpreendeu?

— Ahn, na verdade não! Não na minha primeira vez! — Gray riu coçando a nuca — Mas a primeira vez com a Juvia, me surpreendi. Me surpreendi e muito! — riu abobado enquanto fitava o céu, que estava cheio de estrelas — Quando amamos tudo surpreende, não é?

— Sim... — Natsu respondeu fitando as estrelas. Os dois logo começaram a rir novamente, e se estapearem igual dois loucos.

— Do que os dois estão falando? — Erza apareceu, e os dois rapidamente se silenciaram.

— Nada... — cantarolaram juntos, fazendo Erza estapear a cabeça dos dois.

— Qual é, por que não me contam mais nada? — disse soltando os gravetos — Sabem o quanto isso me machuca?

— Não é papo para garota... — Natsu murmurou fazendo a ruiva bufar.

— O que? Acha que eu não sei que você transou ontem, Natsu? — Erza praticamente gritou, fazendo o rosado ruborizar e Gray gargalhar — Qual é priminho, até sua mãe deve ter percebido! — lançou uma piscadela para Natsu.

— M-Mentira! — Natsu gaguejou, fitando a prima.

— Eu sei de tudo, meu caro! — Erza sorriu travessa — Gray, vá pegar os gravetos!

— O que? Mas você que perdeu! — protestou.

— Gray, vá! — ordenou. Gray foi cabisbaixo, e resmungando. Negar algo a Erza era algo extremamente perigoso — E então? — sentou-se ao lado do rosado no gramado.

— E então o que? — a fitou.

— Me diz, como é que foi? — Erza disse curiosa — Você cuidou bem dela, não é?

— É claro que eu cuidei, que pergunta é essa? — Natsu respondeu fazendo Erza rir — Ah, merda, me entreguei!

— Sabe que se tiver dúvidas, pode falar comigo, não é? Afinal, sou mulher... — Erza disse dando um sorrisinho orgulhoso — Mas tomou mesmo cuidado, não é?

— Eu tomei cuidado, Erza...

— Que orgulho! — Erza disse afagando os cabelos róseos — Eu... — ficou em silêncio por uns segundos, e levou a mão ao ventre, o acariciando.

— Erza? — Natsu perguntou preocupado. Ela permaneceu em silêncio, olhando para o chão, e se levantou; saiu correndo de lá. Natsu de imediato se levantou, e foi atrás da prima.

Erza estava de joelhos, apoiando uma das mãos em uma árvore, e a outra estava em sua barriga. Natsu correu até ela e acariciou seu ombro. Ele estava assustado com aquele ato repentino de Erza. A respiração dela estava pesada, e sua testa estava começando a se molhar de suor.

— Erza, você está bem? —  perguntou afagando as costas dela.

— E-Eu acho que eu vou vomitar... — respondeu suspirando. Natsu segurou os cabelos ruivos em um rabo de cavalo, e Erza começou a vomitar.

Ele fitava aquilo tudo preocupado, enquanto alisava as costas da prima. Por que ela estava mal daquele jeito? Ela tinha bebido noite passada e agora ficou enjoada? Não... Erza não era de beber...

Ela parou de vomitar, e ele se levantou, andando ao lado dela.

— Sente-se aí... — Natsu disse, largando os ombros dela e Erza se sentou no chão, perto das barracas já montadas. Ele foi até a mochila que trouxe, tirando de lá uma garrafinha de água. Logo andou até ela e a entregou.

— Obrigada, Natsu... — Erza disse dando um gole na água.

— Você está bem? — perguntou preocupado.

— Sim, foi só um enjoo repentino... — Erza disse assim que acabou de beber a água. Então o telefone dela tocou. Era Jellal — Oi? — ela atendeu — Ah, sim... certo, vou pedir para o Gray ir aí. Certo, amor... eu estou bem... obrigada, querido. Eu enjoei um pouquinho, mas é uma coisa normal, você sabe disso, não é? — deu uma risadinha, sorrindo — Ok, te vejo mais tarde. — e desligou.

— O que ele queria?

— Uma ajudinha nas compras — Erza disse e então Gray chegou carregando alguns gravetos — Gray, você irá no mercado com o Jellal, ouviu?

— Sim... — Gray respondeu.

— Erza, como assim era algo normal? — o rosado perguntou, referindo-se ao o que ela falou com Jellal no telefone.

— Eu enjoar, ué. — respondeu — Agora, você, vá catar os galhos.

— Acho melhor me explicar isso mais tarde — Natsu disse fitando Erza. A ruiva suspirou e assentiu, vendo o primo sair para catar mais galhos.

Natsu sabia que aquilo não era um simples enjoo. Tinha coisa aí, e ele iria descobrir!

 (...)

Ela dormiu, no calor dos meus braços... e eu acordei, sem saber, se era um sonho... — ele cantarolava uma música, enquanto abria sua churrasqueira.

— Você ainda gosta dessa música? — ela perguntou, sentando-se na cadeira de praia que tinha ali — Achei que tivesse enjoado dessa canção, Igneel...

— Nunca me enjoo de Capital Inicial, Grandine. — Igneel disse sem fitá-la, colocando um grande pedaço de carne para assar — E você?

— Eu o que?

— Ainda é viciada em Los Hermanos? — ele perguntou virando-se para ela.

— Eu não sei... — murmurou.

— Eu gosto de Los Hermanos — sorriu fitando-a — Me lembra dos bons tempos.

— Tipo quando você invadiu o meu dormitório as três da madrugada? — Grandine disse arqueando umas sobrancelhas.

— Você estava escutando aquela música, qual é mesmo o nome? Primeiro Romance? — Igneel perguntou, sentando-se ao lado dela, na outra cadeira de praia.

— Não bobinho, o nome era Último Romance — o corrigiu, dando uma risadinha — Sorte sua que minha companheira de quarto estava em uma festa.

— Sorte mesmo... — Igneel sussurrou, aproximando-se dela. Tocou sua bochecha e mirou seus olhos, insistente — Quer conversar?

— Conversar? Sobre o que? — fez-se de boba.

— Sobre... você sabe, o que ouvimos na cozinha. — disse afastando-se, dando um gole na sua cerveja — Eu sei que você ficou mal ouvindo aquelas coisas.

— Não fiquei mal, é coisa da sua cabeça. — Grandine murmurou dando um gole no seu vinho.

— Grandine... — voltou a mirá-la — Eu sei quando algo te afeta, minha flor — chamou-a pelo apelido que a deu quando eram apenas adolescentes — O que sentiu ouvindo aquilo?

— Não comece com isso...

— Como assim “não comece com isso”? Devíamos ter conversado sobre isso a anos, Grandine...

— Eu não sei se quero conversar sobre isso. — deu um gole em seu vinho, e o fitou — Tenho medo de que nossa conversa acabe em uma discussão.

— Olha, Grandine — ele começou, ignorando o pedido dela para não conversarem — Eu sei que agi como um egoísta. Pedindo que você não seguisse seus sonhos para ficar comigo e com os nossos filhos. Eu não podia ir para a Índia contigo, e você não queria recusar. Estágio fora do país sempre foi seu sonho, e eu agi sem pensar ao discutir com você daquela maneira.

— É, você agiu.

— Mas não fui o único errado — ele completou — Me divorciar de você... eu não entendi esse pedido, Grandine...

— Eu já te expliquei muitas vezes, Igneel...

— Não queria manter um relacionamento a distância. — imitou a voz de Grandine — Essa não é uma explicação muito boa. Me diga, por que terminou comigo? Eu quero saber o que passou na sua cabeça.

— Não queria que você me traísse enquanto eu estivesse fora. — Grandine murmurou fitando-o de canto — Você sabe muito bem como vivi a vida inteira vendo meu pai trair minha mãe....

— Não confiava em mim, Grandine? — Igneel a questionou sério.

— Eu confiava em você... eu confio em você. — respondeu segurando as mãos de Igneel — Mas eu também confiava no meu pai. Ele sempre fora atencioso comigo e com minha mãe. E olha o que ele fez com ela.... Eu não queria me decepcionar de novo.

— Não adiantou muito, não é? — sorriu perverso — Digo, nos divorciamos, e seis meses depois, quando veio passar o natal comigo e com os garotos, transou comigo no carro da minha irmã! — ele riu alto, vendo-a ruborizar.

— Céus, eu ainda não sei como encarar Eileen depois daquilo. — murmurou com o rosto enrubescido — Mas você sabe, não é? Eu nunca terminei por falta de amor, nunca deixei de te amar...

— Eu sei, minha flor... — sorriu afagando os cabelos prateados — Eu não fiquei com outra mulher sem ser você, sabia disso?

— Sim, você já me disse... — sorriu — Também não fiquei com outros caras.

— Vem cá, vem... — sussurrou pegando em sua nuca, e beijando seus lábios.

Aqueles dois ainda tinham muitas coisas para construir.

(...)

— Gray? — o chamou, e o moreno o fitou — Posso lhe perguntar uma coisa?

— Depende da coisa, Jellal... — Gray respondeu saindo do carro. Jellal e Gray haviam ido em um mercadinho um pouco afastado, comprar algumas coisas para o acampamento, e para o resto da semana. Além de que Grandine havia os dado uma lista enorme de alimentos — To brincando, pode falar!

Jellal também saiu do carro, e o trancou, logo ficando ao lado do Fullbuster.

— Sabe, Gray. Amanhã, vai fazer seis anos que eu e Erza estamos namorando — Jellal disse e Gray o fitou — E você sabe... ano que vem, eu e a Erza acabaremos o colégio. Então vem a faculdade, o trabalho, e tudo mais...

— E o que tem a Erza? — perguntou curioso, enquanto os dois pegavam carrinhos do mercado — Não está pensando em terminar, está?

— Não, não, de jeito nenhum! — negou enquanto pegava um pacote de frango congelado — É algo mais sério que eu quero.

— Tipo o que?

— Morar junto. — murmurou surpreendendo o Fullbuster — Eu trabalho desde os dezesseis, então tenho dinheiro o bastante para morarmos juntos. Além de que...

— O que?

— Acho que precisamos de um pouco mais de espaço... — deu um sorrisinho abobado.

— Mais espaço? Vocês vão ter um cachorro? — perguntou fazendo Jellal rir.

— Não é um cachorro! Sei lá, quero mais privacidade...

— Hm.... é mesmo?

— É.

— Sei, e quando falará para todos que a Erza está grávida? — Gray falou fazendo Jellal o fitar surpreso — Você deixa as coisas muito na cara, Jellal...

— Grávida? Pfft... d-da onde tirou isso? — Jellal respondeu nervoso, colocando algumas coisas no carrinho — E-Eu... n-nós não estamos g-grávidos!

— Quantas semanas? — perguntou ignorando o que ele falava — Olha, eu vi a Erza vomitando quando nós estávamos viajando, e também vi vocês dois aos carinhos com o ventre dela... — contou colocando algumas latinhas de cerveja no carrinho — Não sou bobo, Jellal.

— Ah, certo... — Jellal deu um suspiro — Ela está gravida, faz três semanas.

— E como estão lidando com isso?

— Quando ela me contou, eu fiquei muito feliz. Na verdade, eu até chorei de felicidade! — deu uma risadinha — Acho que nosso filho veio na hora certa, entende? Estamos juntos a muito tempo, e eu fiquei feliz com a notícia de que ela está grávida — falou colocando uma caixa de refrigerante no carrinho — Mesmo que a maioria dos adolescentes fiquem bem assustados e desesperados com a chegada de um bebê na adolescência, eu não fiquei. Eu estou muito animado, isso sim! — Jellal abriu um sorrisão — Imagina se for uma menininha?

— Meus parabéns, Jellal. — Gray disse sorrindo — Tenho certeza de que vocês darão um jeito.

— Nós daremos sim, Gray. — Jellal sorriu — Nosso bebê veio na hora certa....

 

 


Notas Finais


XESSUS, ERZA ESTA GRAVIDA AOS DEZOITO! (⊙△⊙”)

Graças aos deuses ela fez seu filhinho com o Jellal — com quem mais seria, afinal? —, porque esses dois estão bem animadinhos com o bebê (ღ˘⌣˘ღ)
“Mas eles não se desesperaram ao saber que Erza está grávida, sendo que ela ainda está estudando?”
Não povo! Eles não se desesperaram! Como vocês sabem, Jellal e Erza namoram desde os doze anos (mesmo que muitos estranhem, existem casos assim, e acontece que eles são um), até pq doze anos ainda são meio bebezos né nom (se bem q eu já lia umas fanfics de putaria com onze anos, então...)? Porém, começou com um namoro de bobeirinha, depois descobrindo as coisinhas e tal...detalhei todos esses seis anos num especial que será o próximo capitulo <3
E como estão juntinhos a taaaanto tempo, ficaram muito animados com a ideia de um novo integrante ♥ Mesmo com as dificuldades, eles querem muito esse filho! Vai até ter momentinho Jellal, Erza e sementinha Jerza ♥♥♥

Gostaram da história do Gray e da Juvia? Eu estava para contar a historinha desses dois a um tempinho já, então está aí ~( ̄3 ̄)~ Gurei corria atrás da Juvinha, e ela não dava bola tadenho =‿= Eu simplesmente A M O, o Gray apaixonado pela Juvia! A maioria das minhas tentativas de fanfics Gruvia, são com o Fullbuster apaixonado (. ♥ ‿ ♥).

Gostaram da parte do Igneel e da Grandine? Eu tava para explicar a situação desses coisinhos faz um tempo, então, aí está \(*T▽T*)/ Grandine e Igneel eram aqueles típicos adolescentes, onde ela era a nerd da faculdade, e ele o galinha. Ele se apaixonou por ela, e ela não “dava bola para ele”. Ele era corajoso e criativo, e ela medrosa e fechada. Amo esse “padrão”, e acho que combina super com eles, porque a Grandine é séria e ele todo doidaumヽ(*≧ω≦)ノ

Teve pouco NaLu, então me desculpem!

O próximo cap já está pronto, então se tiver trinta comentários eu posto amanhã (◕‿◕✿)

OBS: Mil desculpas por pedir comentários! É que eu quero catar meus leitores fantasmas (≖‿≖)

Mas e aí? O que acharam?


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