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História Distância Calorosa - Road Camp - Pãozinho de mel.


Escrita por: omominyoongi

Notas do Autor


Hello batatinhas!

Enfim, a única coisa que tenho para dizer para vocês é: obrigada! A Fanfic anda ganhando muuuuitos favoritos, me sinto honrada! Sou muito agradecida, sério mesmo, obrigada. <3

Boa leitura!

Capítulo 41 - Road Camp - Pãozinho de mel.


Fanfic / Fanfiction Distância Calorosa - Road Camp - Pãozinho de mel.

Dez da manhã.

Fora nesta hora que a maioria dos adolescentes despertaram.

Grandine já estava acordada há um tempo, fez pipoca, panquecas e trouxe pães quentinhos da melhor padaria da região. A maioria das “crianças” acordou com o delicioso cheiro de café, e a minoria, foi com o cheiro de chocolate.

— Nossa, nem vi quando dormi ontem! — Sting estalou os dedos, bocejando em seguida.

— Eu vi, você caiu em mim. — Rogue fez cara feia, encarando o amigo loiro.

— Se eu fosse a Yuki, ficava de olho no Rogue com o Sting. — Minerva sorriu daquele jeito sacana que só ela tinha, fazendo seus amigos lhe darem empurrões.

— Pão, pão, pãozinho com queijo! — Natsu cantarolava, todo sonolento ao se sentar sobre a cadeira. — Luceee! Aqui, Luce! — Deu batidinhas na cadeira ao seu lado, fazendo a loira que estava igualmente sonolenta, se jogar sobre a cadeira.

— Bom dia. — Lucy disse baixinho, parando alguns segundos para tentar se lembrar do local que estava. — Estou sonhando?

— Não. — Gajeel deu um peteleco estalado na testa da loira, que saltou sobre a cadeira.

— Au! — Fez um bico, afagando sua testa.

— Aí, bate nela de novo que eu raspo o que restou do seu cabelo! — Natsu disse para Gajeel, que revirou os olhos.

— Tá, tá. — O Redfox não deu importância, apenas se sentou ao lado de Minerva e começou a preparar sua comida.

— Cadê sua prima? — Grandine perguntou ao deixar a tigela de chocolate sobre a mesa, vendo Natsu suspirar.

— Não sei mãe, eu acordei agora. — Respondeu.

— Vai lá chamar ela e o Jellal. — Ordenou, fazendo este reclamar.

— Ah, caramba! Manda o Sting fazer alguma coisa! — Birrou, fazendo o irmão mais novo retrucar:

— Eu faço mais que você! 

— Sting, chame a Erza e o Jellal. — Grandine falou. — Natsu, independente da coisa que eu precisar de ajuda na próxima vez, quem irá ficar ao meu lado, é você. E pode ser bem pior do que apenas chamar a Erza.

— Espera, o quê- — Natsu já iria voltar atrás, mas Sting foi rápido em correr para as escadas, indo chamar a Erza. — Maldito…

— Se a ajuda foi difícil na próxima, eu fico com você. — Lucy sorriu para o rosado, que se acalmou de imediato.

— Ok. — Sorriu para a loira.

— Bom dia. — Zeref passou pela porta, sorrindo sonolento.

— Bem na hora. — Grandine abriu um grande sorriso, indo até o filho para abraçá-lo.

— Bom dia, mãe. — O mais velho sorriu, se sentando ao lado de Natsu.

— Você tem cheiro de garota. — Natsu disse baixinho ao olhar para o irmão mais velho.

— É o meu cheiro. — Zeref mostrou um sorrisinho falso, tentando manter a calma.

— Jellal se sente mal, então a Erza vai ficar lá no quarto com ele. — Sting disse ao descer as escadas. — Ela pediu para que levassem algo para eles comerem.

— Folgada. — Natsu disse, recebendo um tapa de Grandine. — Ugh…

— Natsu, prepare algo e leve. Você sabe do que sua prima gosta, certo? — Grandine mostrou um falso sorriso, bem assustador ao ver de Natsu.

— Ok… — Se levantou, pegando uma caneca e um copo.

Fez um sanduíche com queijo e maionese frio para Jellal, um simples misto quente com pão de forma para  Erza, e preparou duas panquecas com chocolate. Fez café com leite para Erza e limonada para Jellal, por fim, colocando um pote com pipoca sobre a bandeja que levaria para os folgados.

— Estou indo. — Natsu disse, indo subir as escadas.

Quando ele abriu a porta, não achou nenhum dos dois. Deixou a bandeja sobre o criado mudo que tinha ao lado da cama de casal, e foi atraído pelo barulho esquisito que vinha do banheiro. Abriu a porta que estava escorada, vendo sua prima de joelhos, praticamente mergulhando no vaso enquanto Jellal acariciava suas costas a segurava seus cabelos. 

— Mas o quê- — Ele franziu o cenho, notando que ela vomitava. — O que tá rolando?!

— Natsu. — Jellal o olhou. — Traz uma jarra de água, por favor. — Pediu.

Natsu por estar meio assustado, não disse nada, apenas deu meia volta e foi correndo para o andar de baixo. Pegou água gelada e dois copos, voltando a correr, agora para o segundo andar. Foi tão rápido que as pessoas da cozinha mal o notaram. Apenas Lucy, que estranhou e se preocupou. 

Quando subiu, ambos já estavam no quarto. Erza sobre a cama com uma cara de desgosto e olheiras, e Jellal do mesmo jeito, mas sorria e suas olheiras eram mais visíveis.

— Obrigado. — Jellal sorriu ao pegar a garrafa, despejando água no copo que o rosado também trouxe. — Aqui. — Entregou o copo com água a Erza, que fazia cara feia.

— Obrigada. — Ela disse, virando o copo de água em questão de segundos.

— Alô?! — Natsu gritou, fazendo ambos lhe olharem. — O que tá rolando? Não era o Jellal que estava mal?

— Eu estou mal. — Jellal o olhou.

— Ah, tá, ok, e a Erza vomitando tudo que comeu ontem está bem, né? — O Dragneel disse com ironia, fazendo a prima suspirar.

— Eu quero café. — Ela pegou a caneca, bebendo bastante do líquido quente. — E panquecas. — Pegou a panqueca de chocolate, comendo metade desta com uma mordida.

— Mastiga devagar, é provável que você vomite de novo. — Jellal disse, se aproximando da ruiva. — Aqui. Mastiga junto comigo. — O azulado tentava ser o mais cuidadoso possível, porque, podia ver certa áurea negra circulando sua namorada. 

Ela tinha tido uma das piores noites de sua vida. Teve apenas duas horas de sono tranquilo, acordou com dores terríveis nos seios e uma festa nada agradável no estômago. Vomitava de dez em dez minutos, acabando por não conseguir dormir mais. Estava começando a se questionar se a gravidez era mesmo uma coisa tão mágica.

— Jellal. — Suspirou.

— Calma. — O azulado pegou sua panqueca. — Segue minha boca. Um. Dois. — Mastigava uma vez a cada segundo, fazendo-a o seguir, mastigando devagar. — Isso. — Sorriu, recebendo um sorriso desanimado da ruiva, que passava a ficar melhor com todo aquele carinho que estava recebendo.

— Fala sério. — Natsu se sentou ao lado deles na cama. — Vai me contar o que tá rolando?

— Hm… — Erza suspirou, mastigando com cautela o último pedaço de sua panqueca. — O que será…

— O quê? — Natsu a olhou.

— O que tá rolando comigo… hm. — Ela dizia, completamente avoada e sonolenta. — O que será? — Bebeu seu café. — Pipoca.

— Aqui. — Jellal a deu o pote com pipoca. 

— Erza… — Natsu a olhou, um pouco mais sério. — O quê… — Suspirou. — O que está acontecendo?

O silêncio reinou no quarto por um tempo, onde Jellal e Erza trocavam olhares, pensando se deveriam contar aquilo a Natsu ou não. Queriam deixar isto apenas entre eles até que Erza completasse seus cinco meses de gestação, onde a barriga provavelmente começaria a aparecer. Até lá, eles deixariam em segredo, esconderiam a barriga com roupas largas entre outras coisas. Como estavam em agosto, Erza estaria barriguda em dezembro, após a formatura de Jellal e ela, que seria em novembro. Assim, poderiam anunciar após ambos estarem fora do ensino médio. Foi isso que os dois decidiram no momento em que descobriram que iriam ser pais.

— Bem, Natsu… — Erza começou, olhando para o primo mais novo. — É que eu… — Ela apenas olhou para sua própria barriga, colocando sua mão sobre esta. — Você entende?

Natsu seguiu a mão de Erza com os olhos, fitando a barriga dela por alguns segundos. Arregalou os olhos e fez uma careta bem engraçada, fazendo Jellal rir um pouco.

— É. — Jellal colocou sua mão sobre a barriga de Erza também. — É isso que está acontecendo.

— Uou. — Se afastou. — Uou… UOU! — Natsu bagunçou os cabelos. — Cacete, uma junção de vocês dois, o que tem aí é um alienígena! — Disse, fazendo Erza franzir o cenho.

— Chame ele de alienígena de novo para você ver. — Erza mostrou sua cara mais assustadora, fazendo Natsu sair do transe surpreso que a noticia havia lhe causado.

— Uou, então… — Se jogou sobre a cama, agora encarando de perto a barriga da prima. — Tem uma coisa crescendo aí neste momento?

— Sim. — Erza sorriu, olhando para Jellal. Era tão bom contar aquilo para alguém… ainda mais para Natsu, que era um fofo sem saber. 

— Meu Deus, e qual é o nome dela? — Natsu disse, fazendo Jellal sorrir vitorioso.

— Viu! Eu disse! — Jellal fez uma dancinha.

— É menino. — Erza fez bico.

— Espera, você já sabe? — Natsu arregalou os olhos. 

— Não, mas eu posso sentir. — Erza piscou um dos olhos, fazendo Jellal inflar as bochechas.

— Eu gostaria que fosse menino… ou menina… ou os dois. — Natsu falou, fazendo o casal arregalar os olhos.

— Natsu, pelo amor de Deus, nem pense em pedir para o além me dar gêmeos. — Erza o olhou.

— É… de primeira… não seria bom. — Jellal pensou em duas crianças correndo para lá e para cá enquanto ele e Erza tentavam cuidar.

Seria… um desastre.

— Oh! Seria mais legal! — Natsu disse.

— Não iria! — Erza riu. 

— Natsu? — Lucy bateu duas vezes na porta, entrando em seguida.

— Lucy. — Natsu sorriu, olhando para Erza logo depois. — Ela pode saber? — Sussurrou, fazendo Erza confirmar com a cabeça. — Entra aqui, e fecha a porta!

— O-Ok! — Lucy o fez, caminhando para perto da cama.

— Acredita que tem uma coisa crescendo na barriga dela?! — Natsu apontou para a barriga de Erza, fazendo Jellal rir pela forma que ele contou.

— Espera… uma coisa? — Lucy franziu o cenho, confusa. Não sabia se eles estavam falando de um verme ou um bebê.

— Ele quis dizer que eu estou grávida. — Erza disse, fazendo Lucy sorrir.

— Uau! — Lucy se aproximou. — Quantas semanas?

— Quatro. — Jellal sorriu. — Quatros semanas hoje.

— Mas você está tão magra! — Lucy disse, observando o corpo de Erza. — Eu nunca acharia que está grávida.

— Na nossa família a barriga demora para aparecer. — Erza disse, se lembrando de quando viu as fotos de sua mãe grávida. — Pelo menos com minha mãe foi dessa maneira, espero que seja assim comigo também…

— Por quê? — Lucy a olhou.

— Porque estamos querendo guardar segredo. — Jellal respondeu. — Então, por favor, vocês dois não podem contar a ninguém. Ok?

— Ok… — Natsu e Lucy falaram juntos, se olhando logo depois.

E a questão que veio na mente de ambos naquele momento foi: nós iremos passar por isso algum dia?

— E vocês dois… — Erza começou, fazendo ambos voltarem a lhe olharem. — Tomem o devido cuidado… não é a hora de isso acontecer com vocês, então, já sabem, né?

— Sim… — Os dois murmuraram, meio envergonhados, mas logo voltaram ao normal para conversar mais sobre a novidade com os novos papais.

No primeiro andar, Gajeel permanecia meio quieto e pensativo.

Afinal, do que Levy gostava?

Hambúrguer?

Pizzas?

Lagostas?

Insetos?

Ainda tinha que decidir que local iria ir com ela para o jantar. O negócio era que: ele não fazia ideia do que fazer ou do que vestir, muito menos como agir em um jantar romântico. Devia vestir terno? Abrir a porta do carro para ela?

Mas que porra ele devia fazer?!

Só tinha aprendido a parte de trancar a porta do quarto e desabotoar o sutiã.

Fora isso, ele não sabia de nada.

— Vamos todos ir na cidade ao lado hoje! — Grandine anunciou.

— O que iremos fazer? — Gray perguntou.

— Passar a noite na casa da vó do Igneel.

— Sua vó ainda está viva? — Gajeel, Levy, Minerva e Gray perguntaram ao mesmo tempo, fazendo Igneel rir.

— Óbvio! — Sorriu. — E pelo jeito, vai chover muito hoje. — Olhou pela janela, notando as nuvens feias no céu. O tempo era bipolar naquela época do ano. — Minha vó tem um hotel com sauna, vocês vão adorar.

— Boa! — Eles sorriram, aparentemente animados para fazer tal coisa.

— Você gosta de patos? — Gajeel olhou para Levy ao perguntar, fazendo esta mostrar uma careta.

— Ahn, sim? — Ergueu as sobrancelhas, olhando para o lado. — Eles são fofos.

— Gosta de comer?

— Não sei. — Riu.

— Hm… — Gajeel voltou a ficar pensativo.

Até que uma ideia brilhante lhe veio em mente.

[…]

— Duas da tarde já! Vamos! — Grandine reclamou, enquanto todos corriam para o carro.

— Credo, vai chover! — Gajeel reclamou, colocando sua mochila sobre a cabeça após sentir alguns pingos de chuva lhe tocarem.

— Não cabe mais! — Jellal falou quando o carro estava completamente cheio. Como o carro de Grandine era praticamente uma minivan, tinha sete assentos. 

Com Minerva levando Levy no colo, assim como Jellal com Erza e Gray com Juvia, Sting, Yukino, Gajeel e Zeref foram facilmente realocados naquela van. O problema era: Natsu e Lucy estavam sem lugar.

— Eu vou com a Luce na caminhonete do Jellal. — Natsu disse, tirando sua mochila e de Lucy do porta-malas de Grandine.

— Ok, dirija com segurança. — Grandine deixou um beijo na bochecha do rosado, entrando no carro. — Vejo vocês lá logo então, né?

— Uhum, pode deixar. — Natsu sorriu.

— Aqui! — Jellal passou a chave da caminhonete para Gray, que passou para Grandine, que passou para Natsu.

— Obrigado. Até lá! — Natsu disse.

— Até logo! — Lucy sorriu também, vendo os acenos sumirem enquanto o carro ia na frente.

— Sinto muito, Lucy. — Natsu se virou para a namorada, que ficou confusa com as palavras recentes. — Minha mãe sempre arrasta todo mundo pra todo lugar quando estamos aqui. Quando eu não tinha uma namorada, era legal, mas ultimamente, eu só quero ficar com você…

— Ah, Natsu. — Fez um biquinho manhoso. — Tudo que sua mãe preparou para nós fora legal, não seja assim. — Alisou o braço do rapaz, que estava coberto com uma blusa de moletom. — Além de que poderemos ficar sozinhos no carro agora, que tal? Quantas horas para chegar na casa da sua bisa?

— Uns quarenta minutos. — Um pequeno sorriso surgiu nos lábios do Dragneel. 

— Então. Perfeito!

— Verdade. — Sorriu, olhando nos olhos castanhos. Tão lindos… — Vamos entrar, você precisa secar o cabelo antes de ir.

— Eu preciso? — Sorriu, sabia que precisava. O dia estava frio, e se ela ficasse andando por aí com a cabeça molhada, pegaria um resfriado.

— Sim, não quero você doente. — Fez um bico, trancando a porta da frente do chalé quando ambos entraram.

— Ok, seque meu cabelo então. — Sorriu. — Você é meu cabeleireiro agora, lembra?

— Pode deixar comigo. — Sorriu de lado.

Natsu ligou a televisão e foi preparar dois chocolates quentes enquanto a loirinha ia pegar seu celular, que ficou no segundo andar.

— Natsu, o secador deve estar com a Juvia. — Lucy murmurou ao descer das escadas.

— Não achou nenhum?

— Não, terei que deixar secar naturalmente. — Disse, se sentando sobre o sofá.

— Então, ficaremos aqui até que eles estejam secos. — Fora do chalé estava realmente gelado, tanto que se quisessem sair sem passar frio, deveriam usar luvas e cachecóis.

— Mas a sua mãe… — Parou de falar assim que a sala foi iluminada por um forte raio de luz. — Wow! — Lucy olhou para a janela, colocando as mãos sobre o ouvido quando o alto barulho de trovão fez presença.

— Cacete… — Natsu foi até a janela da sala, fechando as cortinas. — Está tudo fechado lá nos quartos?

— Sim… — Murmurou. — Como iremos com essa chuva? — Arregalou os olhos quando ouviu o som da chuva forte, tão barulhenta que tiveram que aumentar o volume da televisão.

— Não sei… — Pegou seu celular, discando o numero de sua mãe.

Grandine: Filho…

Natsu: Mãe, está chovendo muito aqui.

Grandine: Aqui também, um horror! 

Natsu: Acha que eu deveria dirigir com essa chuva?

Grandine: Não mesmo! Fique em casa até a chuva passar, ouviu?

Natsu: Sim… tudo bem aí?

Grandine: Sim, sim.

Natsu: Ok, cheguem em segurança.

Grandine: Beijinhos. — E ela desligou.

— Vamos esperar a chuva passar para ir. — Natsu se jogou sobre o sofá. — Deita comigo? — Abriu os braços, fazendo a loira se jogar sobre ele, o abraçando.

— Nossa. Natsu, você é quentinho. — Murmurou, agarrando com força o corpo deste. 

— Acha mesmo? — Riu, deixando suas mãos caírem sobre as costas de Lucy.

Lucy moveu o corpo para o lado, confirmando com a cabeça ao dar dois acenos para frente, afagando os braços masculinos cobertos por uma camisa longa de lã. 

— Coraline. — Lucy murmurou baixinho, avistando a menina de madeixas azuis na televisão. — Eu gosto desse nome.

— Eu também. — Natsu disse, desviando sua atenção para a tv.

— Se este mundo existisse, acho que eu seria uma das crianças convidadas. — A loira sussurrou. — Eu vi este filme no cinema. 

— Coraline?

— Sim. — Lucy sorriu, se lembrando. — Não fez muito bem para mim! — Ela riu, se lembrando de como ficou obcecada com aquele filme quando mais nova.

— Por quê?

— Eu queria que tivesse uma porta daquela na minha casa. — Disse. — Então, eu fiquei procurando… e procurando... até desejei no ano novo que uma aparecesse em meu quarto.

— Mas… A porta e o mundo-

— São horríveis, eu sei. — O olhou. — Mas eu pensei que… pudesse encontrar minha mãe lá. — Fez um bico, voltando a olhar para a televisão. — E talvez meu pai ainda me amasse. — Suspirou. — Mas quando eu cresci, vi que era besteira, acabei esquecendo da existência desse desenho.

— O seu pai lhe ama, Luce. — Natsu sussurrou. — Você sabe disso, não é?

— Sim… — Lucy sorriu, se alguém lhe dissesse isso há alguns messes atrás, ela não acreditaria, porém, agora ela… — Agora eu sei. 

Natsu ia falar mais alguma coisa quando o celular de Lucy começou a tocar. A Heartfilia se levantou e o pegou, vendo que quem lhe ligava era seu pai.

Lucy: Pai! — Assim que Lucy disse esta palavra, Natsu se levantou também, passando a ficar sentado no sofá.

Jude: Filha?

Lucy: Sim?

Jude: Desculpe, disse algo? A ligação esta terrível!

Lucy: Eu apenas disse oi. — Lucy riu.

Jude: Ah, sim. — Jude também riu. — Como vai aí? Gostou do acampamento?

Lucy: Sim, é realmente legal! — Lucy se sentou sobre o sofá, ao lado de Natsu. — Encontrei uma pessoa aqui… foi loucura.

Jude: Quem?

Lucy: Natsu. Nós dois conversamos sobre ir para um acampamento, mas nem eu nem ele esperava por isso! Acabamos indo para o mesmo acampamento.

Jude: Uau, então… Está com o seu namorado?

Lucy: Sim.

Jude: Mas há adultos vigiando vocês, né?

Lucy: A-Ah, claro… — Lucy riu, um tanto nervosa.

Jude: Ah, que bom.

Lucy: Ele está aqui-

Jude: Me deixe falar com ele.

Lucy: Ah… — Lucy deixou o celular sobre o peito, tampando o microfone antes de olhar para Natsu. — Ele quer falar com você.

— Quê? Por quê? — Natsu ergueu uma das sobrancelhas.

— Sei lá, toma… — Entregou o celular para Natsu que ficou completamente nervoso e sem jeito.

Natsu: O-Olá. — Acabou gaguejando de primeira, causando algumas risadas em Lucy.

Jude: Natsu, né?

Natsu: Sim…

Jude: Tudo bem com você e com a Lucy, filho? 

Natsu: Melhor do que nunca. — Natsu sorriu, um pouco menos nervoso ao ouviu o sogro lhe chamar de “filho”

Jude: Que bom, muito bom mesmo… — Jude suspirou. — Minha filha gosta muito de você, garoto.

Natsu: Eu também gosto muito dela.

Jude: Eu espero que sim. — Disse, um tanto mais sério. — Espero que cuide bem dela. 

Natsu: Estou cuidando.

Jude: De verdade?

Natsu: De verdade.

Jude: Natsu, você precisa entender uma coisa. — Jude começou, fazendo o rosado abaixar o volume da televisão para ouvir com mais atenção. — Cuidar da Lucy não é simplesmente amá-la. Sim, o amor é o mais importante, mas a minha filha quer passar a vida com você. — Natsu corou por um tempo, olhando Lucy de lado. — Você sabe o que Lucy quer fazer no futuro?

Natsu: Não.

Jude: Sabe o que você quer fazer no futuro?

Natsu: Não…

Jude: Então, filho, é disso que eu estou falando. — Natsu ficou tenso por um tempo. — Vocês tem mais um ano de colégio, então, não quero lhe preocupar com isso no momento, mas tenha em mente que se você quer construir algo com a Lucy, tem que correr atrás. 

Natsu: Certo.

Jude: Muito bem. Passa o telefone para a Lucy?

Natsu: Sim. — Natsu entregou o celular para Lucy, ainda mais pensativo após ouvir o que Jude havia lhe falado.

Lucy: Pai?

Jude: Gostei do seu namorado, filha.

Lucy: Hahaha, ouvir isso é bom!

Jude: Cuide bastante dele, e se for terminar, termine com jeitinho, ok?

Lucy: Não vou terminar…

Jude: Ótimo! Enfim, eu ainda tenho que trabalhar, e você também quer se divertir aí, né?

Lucy: Sim.

Jude: Então, pode ir. Te ligo depois.

Lucy. Ok, pai, beijinhos.

Jude: Tchau! — E o telefone fora desligado.

— O que ele lhe disse? — Lucy encarou o rosado, que deu de ombros.

— Que eu deveria cuidar do meu pãozinho. — Agarrou Lucy em um abraço. 

— Eu sou um pão agora? — Ergueu uma das sobrancelhas, achando graça.

— Pãozinho de mel. — Natsu parecia um gatinho enquanto esfregava seu rosto na loirinha. — Linda.

[…]

— Ah. — Suspirou. — Que tédio. — Zeref rolou no sofa, vendo todos igualmente entediados.

A chuva estava realmente forte lá fora, acabando por fazer com que os adolescentes ficassem trancados em casa, sem ter o que fazer.

A vó de Igneel estava na cozinha, preparando algumas coisas com Grandine enquanto conversava com Igneel. A merda era que Zeref adorava o frio. E a vontade de beijar certa garota no frio estava lhe deixando completamente louco!

Por que inventou de ir para aquele lugar?

Deveria estar com a Mavis! 

— Zeref, vem pra cá… 

Zeref sorriu ao ler a mensagem que Mavis lhe enviou, ficando ainda mais carente e com vontade de vê-la.

— Não dá, estou longe e está chovendo…

Ele respondeu, suspirando entediado.

Viu que Juvia e Gray permaneciam nos pegas, enquanto Jellal e Erza ficavam agarradinhos. Desejou por um momento ser eles, porém, com Mavis ao seu lado.

— Por favorzinho, dá um jeito!

Mavis enviou novamente, deixando o moreno completamente sem jeito.

— Pai. — Zeref se levantou do sofá, indo até a cozinha.

— Hm? — Igneel o olhou, curioso.

— Pode me levar de volta para o acampamento?

— Quê? — Franziu o cenho, se afastando de Grandine e sua vó. — Como assim? — Disse baixinho, a albina provavelmente teria um surto se soubesse que Zeref queria ir embora, sendo que tinham acabado de chegar.

— Sabe a garota de ontem? Quero vê-la. — Falou, fazendo o pai suspirar.

— Essa garota está no RC? — Igneel perguntou, e o outro confirmou. — Hm… eu a vi?

— Sim. — Abaixou a cabeça, um tanto nervoso. 

— É a criança que tomou cafe com a gente naquele dia? — Zeref o olhou, se sentindo ofendido ao ouvi-lo chamar Mavis de criança.

— Ela tem dezessete. — Murmurou, fazendo Igneel engasgar com a própria saliva.

— O quê?! — O fitou, incrédulo. — Dezessete? Aquele rosto é de doze!

— Eu sei, mas ela tem dezessete… — Suspirou. — Será que eu posso ir agora?!

— Não mesmo. — Cruzou os braços. — Já parou pra pensar em como sua mãe se sentiria com você saindo desse jeito?

— Mas-

— Você já parou pra pensar que foi você quem viveu com sua mãe a vida inteira? — Igneel cruzou os braços, agora, com um tom mais sério. — Você é o bebê dela, você é o nosso primeiro filho. Ter você se afastando é muito doloroso para nós, principalmente para ela. — Fez Zeref ficar cabisbaixo. 

— Eu sei, mas… — Olhou para o pai. — Eu já tenho dezenove anos, pai. — Suspirou. — Minha mãe tem que aceitar que estou crescendo. Não posso parar de viver porque minha mãe é ciumenta e sentimental.

— Eu sei disso. — Segurou os ombros do moreno. — Eu só estou querendo dizer que… não deve trocar sua mãe pela garota. Ainda mais de uma hora para outra. 

— Mas eu não quero-

— Apenas fique e passe o dia com sua mãe. — O soltou. — Quem sabe eu te levo na casa da garota amanhã.

— De manhã?

— Uhum. — Sorriu. — Desde que fique e prometa que vai parar de querer dar fuga em todo mundo pela pitanguinha. Ok?

— Prometo. — Disse.

— Muito bem. — Sorriu. — Crianças, o almoço está pronto!

[…]

— Forte! — Disse, animada.

— Vai machucar! — O garoto quase chorava de rir.

— Forte, caramba! — Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, o dedo do garoto foi em sua testa com força. — AAAAAAAAAAAAHH! — Se jogou no chão, rolando pelo tapete. — Caramba! 

— Eu disse que ia machucar. — Puxou os braços dela, fazendo-a ficar sentada novamente. — Conte até nove.

— Um, dois, três, quatro… — Ela estranhou, sentindo a dor na testa passar aos poucos. — Cinco, seis, sete, oito, nove! WOW! — Afagou a testa. — Não sinto mais a dor! 

— É magico! — Sorriu. — A dor é absurda, mais some depois de nove segundos.

— Isso é coisa de gente maluca. — Lucy riu, ainda incrédula. — Caramba, você conhece cada coisa estranha!

— Huh, eu vivi muito, sabe como é... — Se gabou, ajeitando os fios róseos com certo charme. — Você ainda é novinha, há muita coisa para aprender. 

— Você só é um ano mais velho. — Lucy fez bico. — E pelo amor de Deus, não me chame de novinha novamente.

— Por que não, novinha? — Sorriu do jeito mais sacana que tinha, fazendo Lucy lhe olhar.

— Natsu… — Pressionou os lábios, o olhando torto.

— Novinha… — Sussurrou, se aproximando de Lucy, que, no momento, cruzou os braços e fez a cara mais emburrada que tinha.

— Eu vou te bater, é sério.

— Novinha. — Quando ele ia colocar as mãos no rosto dela, Lucy segurou seus pulsos, o empurrando para o lado.

Rolaram no tapete aos risos, como se realmente estivessem tendo uma luta ou algo do tipo. Chegou uma hora em que ela conseguiu ficar por cima, sorriu e segurou os braços dele.

— Não me chame de novi-

— Novinha. — Natsu, com toda certeza, queria irritá-la naquele momento.

Lucy fez um bico, colocando uma das mãos sobre a boca dele.

— Hm-hn-hm. — Natsu tentou falar, mas além dela estar tapando sua boca, estava apertando suas bochechas também.

Ele se levantou com rapidez, fazendo ela tombar para trás e cair no tapete, fazendo-o ficar por cima desta vez. Fez o mesmo que ela fez consigo, segurou seus braços, e a olhou.

— Você. — Natsu sorriu de lado. — Você é a minha loirinha. — Lambeu os lábios, ainda sorrindo de forma perversa e estranhamente sexy aos olhos dela.

— Não me olhe deste jeito. — Ela olhou para o outro lado. 

— Por que não? — Ergueu uma das sobrancelhas, sem deixar de sorrir daquele jeito.

— Porque estamos na sala. — Natsu sorriu quando as bochechas dela ficaram vermelhas ao ponto dele conseguir notá-las.

— E o que tem? É apenas um sorriso.

— Natsu. — Lucy se amaldiçoou mentalmente por sua voz sair como um miado naquele momento. 

— Hm?

— Que horas são? — Perguntou. — Já é tarde, n-né?

— Quase seis horas. — Natsu disse após encarar o relógio da sala. — Pelo jeito ficaremos por aqui. — Olhou para a janela. A chuva não parou uma hora sequer, muito pelo contrário, parecia ficar cada vez mais forte. — Sozinhos.

 

[…]


Notas Finais


P I P O C A.
LEVANTA A MÃO QUEM ACHA QUE VAI ROLAR ALGO MEIO HARD NO PRÓXIMO CAPÍTULO!
LEVANTA O PÉ QUEM ACHA QUE EU TO TROSLANDO!
LEVANTA A BARRIGA QUEM ACHA QUE A LEVY GOSTA DE INSETOS!

REVISÃO CORRIDA PORQUE EU ATRASEI ALGUMAS HORAS, TENHO QUE ESTUDAR!
COMENTEM, ATÉ A PRÓXIMA!

Amo vcs. <3


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