[1 de Janeiro de 2015]
Distrito 9. Dormitórios.
– Acorda, bela adormecida. O sol já nasceu! – A porta do quarto que Minho dividia com Eunjae foi escancarada por Changbin, que estava acompanhado de Jackie e Hyunjin. Minho amaldiçoou os três mentalmente, e escondeu o rosto embaixo do travesseiro. – Anda, Minho. Você não toma banho desde o ano passado.
– Nossa, que piada ruim, Changbin. – Jackie reclamou, abrindo as janelas e deixando a luz entrar.
– E você também não toma banho desde o ano passado. – Hyunjin contrariou o Seo. – Acorda logo, hyung! O Chan fez café da manhã pra você, Felix e Jiyeon.
– Isso aí, pra agradecer o trabalho duro de vocês. – Jackie completou.
– Já seria o suficiente se me deixassem dormir!
– A gente bem queria, mas o Chan disse que queria falar sobre uma coisa importante, então viemos acordar você com todo nosso amor e carinho. – Jackie sorriu vendo a expressão cansada no rosto do mais velho. – Vamo logo, depois você continua sua sonequinha. Vem.
[...]
– Por que você e o Jisung estão com essas caras? – Jiyeon perguntou assim que entrou na cantina e encontrou Felix e Jisung com a cara fechada.
– Por que esse idiota beijou a minha irmã.
– Foi ela que me beijou, tá legal?
– Mas você queria, Jisung. – Jeongin fez questão de tacar álcool no fogo. Jisung o lançou um olhar perfurante, o mandando ficar quieto com os olhos. – Okay, já não tá mais aqui quem falou.
– Como é que você me acorda com uma notícia dessas, cara? A minha irmã?
– Você devia ficar feliz porque sou eu que gosto dela, e não um esquisito aleatório. Eu, seu melhor amigo.
– Já chega, os dois. – A voz fria e séria de Jackie fez os dois mais novos se calarem em um instante. – Ou continuem discutindo aí por besteira. Não é como se a gente tivesse coisa mais importante pra lidar de todo jeito.
– Obrigado, Jackie. Depois vocês discutem os dramas familiares de vocês, isso aqui é importante.
– Ah, eu já tava indo buscar a pipoca. – Eunjae brincou, fingindo uma expressão triste. – Pode continuar, Chan. Qual era o assunto importante e urgente?
– Certo, vocês lembram da última vez que eu fui até a cidade e voltei com um cartão?
– Pra falar a verdade, a gente passa mais tempo tentando desvendar onde você consegue todas essas coisas do que realmente interessado no que você traz. – Seungmin admitiu, logo notando acenos de cabeça concordando com sua fala.
– Enfim. O que acontece é que eu falei com os pais da Jackie e do Felix. Eles me falaram que conhecem uma mulher, uma amiga deles, que tem um filho mutante.
– E ele tá bem? – Haeyoung interrompeu, preocupada.
– Tá, por enquanto. É aí que entra o que eu queria falar com vocês—
– Você quer trazer o garoto pra cá, não é? – Minho interrompeu Chan mais uma vez. O mais velho o encarou, concordando com a cabeça. – Tem certeza que consegue ir e voltar sem ser visto?
– Eu posso ir com ele. – Jeongin ergueu a mão, chamando a atenção dos outros na sala. – Pra garantir que não vão ser vistos, sabe?
– Não, eu vou sozinho. É muito perigoso. – Insistiu Chan. – Eu dou um jeito de ir e voltar sem ser visto, eu tenho feito isso há dois anos.
– Das últimas vezes você tava sozinho. – Changbin se pronunciou. – Quero o garoto em segurança tanto quanto você, mas não da pra garantir que trazendo ele aqui o Distrito vai continuar fora de vista.
– A menos que eu vá junto. – Jeongin tentou mais uma vez.
– Eu vou. – Jiyeon decretou, fazendo todos olharem-na. – Posso copiar seu poder. Não quero que corra perigo.
– E você pode correr perigo tranquilamente? – Hyunjin questionou a lógica da Song, que o olhou irritadiça. – Não sei se é uma boa ideia, Chan. Não acho que estamos prontos.
– Ah, qual é? Foi pra isso que construímos o Distrito, não foi? Pra acolher os que são como nós. – Jisung exasperou, se levantando de onde estava sentado. – O garoto vai ficar mais seguro aqui.
– E o Chan e o Jeongin vão garantir que vão ficar em segurança, na ida e na volta. – Minho completou.
– O que? – Jiyeon exclamou, incrédula.
– Nós vamos a meia-noite, se prepara. – Foi só o que Chan disse antes do resto se dispersar e ir fazer suas próprias coisas. Minho se levantou e Jiyeon o seguiu.
– Por que deixou o Jeongin ir? Você sabe que eu tô mais preparada. Eu tô a mais tempo treinando, Seungmin e eu levantamos cedo todo dia—
– Jeongin tem algo que você não tem, Ji.
– E o que seria isso? – Perguntou a mais nova, ainda aborrecida.
Minho suspirou, se virando para olhá-la. – Jeongin é o mais novo de nós e é o único que eu consigo olhar nos olhos e ver uma criança.
Jiyeon suavizou a expressão, mas não falou nada, então Minho continuou. – Tínhamos duas opções; você, prestando atenção em tudo como um cão de guarda, ou o Jeongin, que vai passar o caminho falando ao garoto o quanto vai ser divertido, como se fosse um instrutor de acampamento de verão.
– É, acho que você tem razão. – A mais nova abaixou a cabeça, rendida pelo argumento de Minho. O Lee se aproximou, a abraçando pelos ombros.
– Não subestimo você, Jiyeon. Pelo contrário. – Ele sorriu. – Sei exatamente quando e onde precisamos de você.
[1 de Janeiro de 2015]
Instituto Kyn. Ala 10.
– Jake? Jake, acorda, cara. – Sunghoon chamou desesperado pelo amigo, ao vê-lo ser arrastado praticamente desacordado por um dos soldados até sua cela. – O que fizeram com ele?
– Demos o que ele merecia. Você também quer um pouco? – Respondeu brevemente o soldado. Sunghoon bateu com o punho fechado no vidro, encarando o homem com ódio.
– Cala essa boca, Sunghoon. – Jay suplicou, não querendo que mais um de seus amigos sofresse mais que o necessário. O soldado riu vendo que o Park mais novo não disse nada, e saiu da Ala. – Jake, acorda. Por favor, fala alguma coisa.
– Eu tô bem. – Grunhiu o Shim, deitado no chão onde o soldado o jogou, sem forças pra levantar. – Só tô fraco.
– O que foi dessa vez? – Perguntou Sunghoon, não conseguindo olhar o amigo nos olhos.
– Eu ouvi o Jungwon.
– O quê? – Jay exclamou.
– Isso é impossível, não tem como ser ele. – Sunghoon acrescentou.
– Eu ainda não tô maluco, eu sei o que eu ouvi. – Insistiu Jake, reunindo todo seu restinho de força pra se sentar de costas pro vidro. – Tavam me levando pro ringue e eu ouvi em claro e bom som, ele gritava de dor e chamou nossos nomes. Eu me soltei dos soldados e saí correndo na direção do som, mas me alcançaram.
– Eu não acredito nisso. – Jay esmurrou o vidro com raiva. Se sentia culpado por não conseguir proteger seus amigos. – O que tão fazendo com você, Jungwon...
– Por que te levariam pro ringue pra começo de conversa? Você é o que mais coopera com esses ratos. – Sunghoon questionou, vendo o Shim passear as mãos fracas nos bolsos de seu macacão. O Park mais novo adivinhou; – Levaram a carta... Desculpa, Jake. Fui eu quem disse pra mostrar—
– Sabem o que isso significa? – Jake sorriu fraco, com dificuldades pra falar. Tinha tomado uma surra daquelas. – Que era verdade. Existe uma ameaça à esse lugar lá fora.
– De novo essa história? – Jay reclamou, bagunçando os cabelos em frustração. – Jake, o soro inibidor é injetado nas nossas veias. Como alguém iria conseguir burlar isso e fugir?
– Você é muito teimoso, Jongseong, é... inacreditável. – Jake pronunciou, grunhindo de dor e se virando para encarar o Park mais velho. – O sistema mudou. Foi isso que o soldado quis dizer quando disse que dessa vez não tem como burlar. Não sei como faziam pra parar os poderes antes do soro, mas falhou, e alguém conseguiu fugir.
– Pelo visto essa pessoa só fez o favor de dificultar as coisas pra gente. – Jay insistiu, desviando o olhar.
Jake suspirou, não quebrando contado visual com o mais velho enquanto falava. – Você perdeu a esperança, mas não importa pra mim, eu não vou desistir. Nem de vocês, nem do Jungwon, nem da Nina.
– ...Vamos fazer um trato. – Começou Sunghoon, depois que o silêncio se instalou entre os dois. – A gente vai parar de falar nessa carta. Assim vocês não brigam, você não apanha e eu não tenho que bancar o mediador.
– Eu só queria que o Jake parasse de alimentar essa falsa esperança! – Jay exclamou, áspero e com a voz alta. – A verdade é que a gente só tá esperando o dia em que não vai mais acordar pra ver se esse inferno acaba!
– A única coisa que eu tenho agora é esperança, Jay! – Jake rebateu no mesmo tom.
– Isso não é verdade. – Sunghoon interrompeu, com a voz baixa, mas firme. – A gente tem um ao outro e isso é alguma coisa. Se algo acontecer com vocês dois eu... Eu não sei o que vai ser de mim.
Jay fechou os olhos com força, tentando impedir algumas lágrimas teimosas de cair. – Desculpa. Eu não queria brigar.
– Me desculpa também, eu não quis dizer isso, Hoon. – Jake pediu, segurando o lado direito do torço. A gritaria intensificou a dor.
– Só sobrou a gente. Precisamos ser fortes... – O Park mais novo continuou, ainda com a voz baixa. – E somos mais fortes juntos, vocês gostando ou não.
Longe dali, na sala de monitoramento, o diretor Kyn segurava com força, a ponto de rasgar, a carta que o pequeno Jake guardava nos bolsos momentos antes. O monitoramento daquela Ala em específico tinha aumentado depois de tantos “incidentes", como eles chamavam.
– Realmente não sabiam da existência dessa mensagem? – Questionou o homem aos soldados que monitoravam a conversa dos três garotos.
– Não senhor, entramos em contato imediatamente depois que veio à nossa atenção. – Respondeu o mais velho deles, tentando esconder o nervosismo na voz.
O diretor olhou para a tela que mostrava os garotos conversando. Tinha que tomar cuidado, especialmente com eles três. Eram um trio perigoso.
– Amanhã cedo quero que troquem eles de cela, separem os três. E continuem monitorando cada movimento deles. – Mandou o diretor, com uma frieza na voz que mandou calafrios pelos corpos dos soldados.
– Sim, senhor.
– Diretor Kyn? – Uma mulher passou pela porta da sala, usando jaleco e segurando nas mãos um tablet. – A cobaia está pronta para recebê-lo.
– Ótimo, justamente quem eu precisava ver.
[2 de Janeiro de 2015]
Gyeonggi-do, Suwon.
– Já vai! Ora essa. Quem poderia ser a essa hora da noite? – Ouviram uma voz feminina resmungar do lado de dentro da casa. Jeongin suprimiu uma risada, enquanto Chan revisava mentalmente o que diria para a mulher. – Pois não?
– Sra. Kim, meu nome é Bang Chan, acho que já falaram de mim pra senhora. – A mulher arregalou os olhos à menção do nome. Sabia que apareceria, mas não pensou que fosse ser tão cedo. – Nós precisamos conversar.
[...]
– Suyeon, aconteceu alguma coisa? Estão em perigo?
– Sr. Lee, é o Chan. Está tudo bem, a sra. Kim só sugeriu que ligássemos pra garantir que isso não é uma brincadeira de mau gosto. – Chan tratou de explicar rapidamente, antes que o homem do outro lado da linha se desesperasse.
– Ah... Me coloque no viva voz. – Pediu o Lee, e assim Chan fez, entendendo o celular na direção da mulher, que o olhava com uma expressão séria. – Suyeon—
– Santiago, o que significa isso? – Interrompeu a mulher.
– Eu sei que eles são jovens, também me surpreendi, mas precisa confiar neles.
– Você confia?
– Com a vida dos meus filhos, literalmente. – Concluiu o homem. Chan encarou a mulher, tentando lhe passar segurança. Ela que suavizou a expressão e tomou o celular das mãos do Bang. – Eu preciso ir agora, tenho plantão amanhã bem cedo.
– Tudo bem, depois nos falamos. – Disse a mais velha.
– E Chan... – O homem chamou antes que a ligação pudesse ser encerrada. – Diga as crianças que eu os amo demais.
– Eu direi, sr. Lee.
Jeongin estava passeando pela sala. Ele prestava atenção especialmente nas fotos. Viu uma foto antiga, de um bebê gordinho e fofinho, daqueles que dá vontade de passar a eternidade apertando. Depois, uma foto mais recente, de um grupo de garotos, seis ao todo, se abraçando e rindo para a câmera. E por fim, uma foto da mulher a sua frente, com aparência mais jovem, segurando um garotinho de pouco mais de dois anos no colo. Eles pareciam felizes.
– Tem uma casa linda, sra. Kim. – Pronunciou o Yang, depois de um longo tempo sem dizer nada.
– Obrigada. – Agradeceu a mulher rapidamente, ainda com sua voz firme e expressão séria. Ela se virou para Chan. – Você eu sei quem é, mas quem é aquele e por que parece que estou negociando a vida do meu filho com um garoto de doze anos?
– Eu tenho quatorze, senhora. Meu nome é Yang Jeongin. – Ele se apressou em estender a mão em um cumprimento na direção da mulher, que correspondeu hesitante.
– Acho que é melhor a senhora se sentar. – Aconselhou Chan.
Ele então passou a contar toda a história do início, desde quando se conheceram no Instituto, até a construção do Distrito e sua vontade de fazer dele um lugar seguro para pessoas como eles. Sra. Kim passou mal duas vezes durante a história, não podia acreditar que existiam pessoas tão maldosas quanto aquelas. Sabia que aqueles meninos a sua frente não mereciam um oitavo do que sofreram, e admirava a vontade deles de poupar outras pessoas do mesmo sofrimento.
– Mãe? – Ouviram uma quarta voz adentrar o cômodo. No corredor, um garotinho que não aparentava ter mais de doze anos, com uma expressão cansada no rosto. – Quem é que tá aí?
– Querido, venha aqui. Quero que conheça alguém. – Chamou a mulher, se recompondo depois da história que ouviu. O garoto fez como pedido, encarando Chan e Jeongin de lado. – Estes são Bang Chan e Yang Jeongin, eles vão nos ajudar.
– E como poderiam? – Questionou o garoto, desconfiado. Chan disfarçou um sorriso e olhou de canto para Jeongin, que assentiu com a cabeça, sabendo o que fazer.
– Veja você mesmo... – Jeongin pronunciou, antes de desaparecer por completo diante do garoto, que arregalou os olhos depois de entender. – Ou não veja, nesse caso. – Ele voltou a aparecer, com um sorriso no rosto. – É um prazer conhecê-lo, Sunoo.
– Vocês trabalham pro governo? Estão tentando enganar a minha mãe? – Disse o mais novo, ainda na defensiva.
– Nós sabemos que estão atrás de você, Sunoo. Queremos te ajudar. – Chan estendeu a mão em sua direção. Sunoo olhou de Chan para sua mão, e por fim para a sra. Kim, que o incentivava a fazer o que devia.
Ele segurou a mão de Chan, e usou seus poderes pra ler suas memórias. Ele viu o Instituto, o que faziam com as crianças, todo o sofrimento, e o dia da fuga. E então, viu o Distrito, todos eles trabalhando juntos. Era um lugar bom, e ele quis estar lá junto deles.
– Você vem com a gente, mãe?
– Eu não posso, meu amor. – A mulher já não conseguia conter as lágrimas. Ela abraçou o filho com força. – Você vai sem mim, mas não vai estar sozinho.
– É, nós vamos cuidar muito bem de você, Sunoo. – Jeongin assegurou, com o mesmo sorriso no rosto, tentando acalmar mãe e filho.
– E eu garanto que não vai ser a última vez que irão se ver. – Chan concluiu, passando confiança em sua fala.
Sunoo se separou do abraço e foi fazer as malas. Só levou uma mochila, com roupas e coisas que ele julgou necessárias. Não demoraram muito a sair, pois o sol já ia nascer e precisavam se apressar. Sra. Kim e Sunoo deram mais um abraço caloroso, e então os três seguiram para o Distrito. Isso até...
– Sunoo! – Um garoto, aparentemente da idade de Jeongin, abordou os três antes que pudessem virar a rua e, literalmente, desaparecer.
– Heeseung? O que tá fazendo aqui? – Sunoo reconheceu o garoto. Chan e Jeongin trocaram olhares confusos.
– Eu vi você saindo e entrei em pânico, não sabia pra onde iam te levar. Mas você parecia bem indo com eles então eu fiquei confuso e decidi vir aqui perguntar. – Explicou ofegante.
Sunoo ponderou muito antes de se virar para Chan e pedir; – Ele pode vir com a gente? Também é como nós.
– O Sunoo não sai daqui sem mim. – Constatou o desconhecido, se colocando ao lado de Sunoo de maneira protetora.
– ...Ele já nos viu, então... – Jeongin deu de ombros, vendo a expressão de súplica de Sunoo, e a convicta do recém-chegado. Chan suspirou, pinçando com os dedos o espaço entre seus olhos. – É bom se decidir rápido, Chan. Antes que mais alguém veja a gente aqui.
– Tudo bem, deem as mãos.
[2 de Janeiro de 2015]
Distrito 9. Entrada principal.
– Um, dois... Ali tem quatro pessoas, é isso? – Haeyoung apertou os olhos pra enxergar de longe. Seungmin fez o mesmo, realmente contanto quatro pessoas. – Chan, Jeongin, o garoto e quem mais?
– Eu não sei, mas nós vamos descobrir. – Disse o mais novo, antes de correr na direção da cantina, já que era pra lá que os quatro estavam indo. – Vai chamar os outros, a gente se vê na cantina.
[...]
– Eu espero que tenha uma explicação muito boa pra isso, Chris. – Jackie cruzou os braços, vendo que Chan tinha retornado não com um, mas dois novos moradores pro Distrito.
No caminho, Jeongin tratou de contar o que estava acontecendo para, como foi identificado, Lee Heeseung. Ele reconheceu o garoto de uma das fotos na estante da sra. Kim, e entendeu de cara que ele e Sunoo eram amigos. Os dois contaram a história do Distrito ao Lee, que em troca, contou sua própria história.
Lee Heeseung foi expulso de casa assim que descobriu que era mutante, desde então dorme onde dá e sobrevive da sua maneira. Por isso não hesitou em ir atrás de Sunoo, mesmo que significasse se colocar em perigo. Ele era a única família que tinha.
Heeseung estava inquieto desde que ouviu a história do Distrito e sobre o Instituto, sua cabeça estava a mil. Sunoo percebeu e segurou sua mão, tentando lhe passar algum conforto.
– Heeseung é amigo de Sunoo. Não tem pra onde ir, foi expulso de casa quando descobriu os poderes e eles só tem um ao outro. – Chan explicou, sem mais rodeios e enrolações.
– Eles têm a gente agora. – Jisung foi rápido em acolher os dois recém-chegados, com um sorriso no rosto. Sunoo retribuiu o sorriso. – Meu nome é Jisung, não se preocupem com a cara de mal de alguns dos meus amigos. É só encenação, não é, Minho?
O mais velho sorriu forçado na direção do Han, mas logo se virou na direção dos dois garotos, com um sorriso verdadeiro no rosto. – Bem-vindos ao Distrito 9, garotos. Estão em casa agora.
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