1. Spirit Fanfics >
  2. Divã >
  3. Tudo se faz claro

História Divã - Tudo se faz claro


Escrita por: UchihaSpears e Icunha

Notas do Autor


Ciao!
Hoje muitas revelações em Nápoles.

Capítulo 22 - Tudo se faz claro


Por Sasuke,

Os aplausos são encerrados assim que o prefeito sai do palco. O garçom passa retirando as taças da mesa e eu entrego a minha. Olhei rapidamente no relógio e terei tempo para almoçar com Sakura hoje.

Estou em um evento patrocinado pelo prefeito em sua casa, ao sul de Napoli. Ele está na campanha da reeleição, desse modo organizou uma festa para mostrar seus grandes feitos. Grande parte dos empresários da cidade está por aqui, prestigiando essa festa chata. E eu achando que o padrinho de Roma que dava festas entediantes.

De todos os homens presentes aqui, o prefeito tem conhecimento que nenhum tem força quanto eu. Não estou sendo arrogante ou algo do tipo, mas todos que estão aqui, já tiveram problemas e procuraram nossa família. Eles sabem, e por isso que volta e meia eu sou o centro das atenções.

É a minha primeira reunião como o novo padrinho, o que causou insegurança entre os presentes nesse lugar, já que a minha família não costuma trocar de padrinhos em tão curto espaço de tempo. Boa parte aqui ainda esperava Itachi e seu péssimo temperamento com as negociações.

— Padrinho. — me levanto para cumprimentar um grande empresário da construção civil. — Fiquei surpreso ao vê-lo, eu esperava por Itachi.

— Ele se afastou do cargo, alguns problemas pessoais.

. Mande lembranças para ele e para o seu pai, o Don é um homem justo. — sento de volta na cadeira e peço para ele sentar rapidamente. — Não sei se o antigo padrinho lhe contou sobre os meus desejos de expandir minha empresa para o Norte. — nego com a cabeça. — Claro. Homens ocupados. Penso em expandir para o Norte, próximo de Treviso. — apenas escuto, mantendo meu semblante imparcial. Aprendi com o meu pai quando ele negociava. — No entanto, o sindicato do norte é forte e tenho problemas em contratar gente para a mão-de-obra pesada.

— O sindicato não quer negociar.

— Não. Sabe como aqueles porcos do Norte têm preconceitos conosco do Sul. O sindicato não quer me ajudar com os trabalhadores.

— Entendo.

— Padrinho, se chegastes a ser o novo padrinho sei que és um homem honrado, que poderá me ajudar nessa trave. Sempre fui leal à sua família, fui fiel ao seu pai, ao seu irmão e serei a ti.

— Eu sei. Irei resolver isso para você. — bato no ombro nele. — Em uma semana não terás problemas, conheço pessoas do Norte que irão lhe ajudar.

Madonna! Abençoado sejas. — ele beija minhas mãos. Eis um hábito que detesto. — Grazie!

— Um simples favor para um velho amigo. — respondo com um riso de lado, e ele se despede.

Não sei quanto tempo ainda tenho nessa festa.

Vejo Naruto se aproximando com o prefeito da cidade, ele beija minha mão.

— Bom vê-lo por aqui.

— Fiquei feliz em receber o convite, vejo que se lembrou da família. — cumprimento.

— Como poderia esquecer? Mande abraços ao padrinho Fugaku e sua esposa. — assinto. — Estou em maus lençóis nessa campanha.

— Meu consegliere me informou, imigrantes.

— Sim. Não sei bem o que fazer.

— Às vezes temos a matéria-prima na mão e não notamos. — falo e pauso ao vê-lo confuso. — Use-os em obras. Uma parte necessária, apenas para dizer que fez algo. Use o que tem ao seu favor, e ainda fará uma boa imagem perante a sociedade. Simplice.

— Os vereadores iriam ficar contra.

Troco um rápido olhar com o Naruto, que está escutando tudo taciturno. Dou um riso contido.

— Cuidaremos disso. Vá aproveitar a sua festa.

— Vejo que tem sabedoria padrinho, herdou do seu pai. — ele me agradece algumas vezes e se despede.

Quando volto a olhar Naruto ele está com um discreto sorriso.

— O que foi?

— Nada. — ele ergue a sobrancelha e parece fitar algo longe. — Você tem paciência, é virtude. Itachi já teria o xingado e tudo mais.

— Aquele cara de puta é um incompetente. Não sei como foi eleito.

— Seu pai. Ele convenceu e o fez um homem.

Olhei para Naruto com um ar de riso, sabia muito bem como o meu pai fazia. A bela esculhambação moral que cada um dos fracos ganhava dele. Recebi algumas recentemente. No entanto, na sua última fiz questão de dizer para ele que eu não neguei a família e sou homem o suficiente para resolver os problemas, tanto que o consegliere Yahiko está morto.

— É visível sua felicidade nos últimos dias. — Naruto comenta.

— Tudo está indo bem, a família, os negócios.

— A vida amorosa. — ele menciona Sakura no seu olhar malicioso. — Percebo o seu olhar de contentamento ao falar dela, chega muda. Está amando.

— Sakura é uma boa mulher, é inteligente, boa de cama. Gosto muito dela.

— Admita que está amando ela.

— Gosto.

— Claro.

— O que você quer que eu diga? Que eu amo e coloque uma declaração romântica em um outdoor?

Naruto sorri.

— Quando irá contar para ela?

Qualquer sinal de felicidade no meu rosto se esvai agora e cai sobre mim o peso da preocupação. Contar a Sakura quem realmente sou.

— Essa semana. Estou pensando em ir com ela para Veneza, quem sabe no fim de semana. Aproveito e conto para ela quando estivermos em uma gôndola. É ao ar livre, corro menos risco de levar um tiro.

Sorrimos.

Mas penso na possibilidade, é real. Somente de falar sobre o Poderoso Chefão ela mostrou sua aversão à máfia e falou um monte, claro que ela tem uma visão errada sobre o que se passa dentro de uma família. Não espero que ele aceite ou reaja a isso normalmente, e também não quero perdê-la.

— Quanto mais rápido contar, melhor será. Evitará problemas.

— Eu sei e por falar nisso, eu prometi almoçar com ela. Tem algum problema de eu sair agora?

— Não. Tudo tranquilo, eu vou embora também.

— Ah, ligue para o sindicato dos trabalhadores de Treviso. Diga que há uma oferta que eles não poderão recusar.

— Ligarei.

Me despeço de Naruto e entro no carro. É o tempo que tenho para mandar uma mensagem para Sakura.

“Já estou chegando aí.”

Em cinco minutos eu estarei no consultório dela. Não sei se eu deveria aproveitar e levar comida de algum restaurante, teríamos mais tempo para aproveitar o divã dela.

Merda! O divã!

Prometi que compraria um novo para ela depois que transamos no dela ontem. Meu amigo Freud estava certo sobre a realização de desejos no nosso subconsciente, desde que trepei com Sakura ali, foi como uma realização, uma das melhores transas. Enfim alimentei o meu subconsciente, e com estilo, ao ver minha ex-psicóloga de quatro, rendida naquele divã.

Onde é que vende isso?

Vou pesquisando no celular, tem uma loja próxima daqui. Pego o retorno e entro no centro comercial.

Paro em frente uma loja de mobília famosa aqui na cidade. Entro pelos corredores, há vários sofás por aqui.

Buongiorno! — a vendedora aparece. — Em que posso lhe ajudar?

— Preciso de um divã.

— Preferência?

— Um bom. Sei lá. É para minha mulher, teve um acidente com o dela. Ela é psicanalista.

— Conheço um modelo perfeito. — ela diz e eu a sigo.

Acho estranho o fato de Sakura não ter ligado para reclamar de minha demora ou ter mandando mensagem.

— Temos esse divã, é de luxo e o preferido entre os psicanalistas.

É parecido com o de Sakura. O dela é preto e eu deixei uma marca bem visível nele, então é melhor evitar e pegar um claro.

Apenas ela acha que aquela foi nossa última vez lá.

Pedi para o Rock Lee pegar o divã na loja pela tarde, eu sei o quanto ele odeia essas coisas, e ele ainda levará o divã antigo para o meu apartamento. Freud deve estar orgulhoso em sua cova por eu conseguir transpor meu subconsciente. Aposto que ele não conseguiu. Aliás, estou proibido de falar sobre ele com Sakura, ela me disse para ler outros psicólogos e até me deu um livro de um tal Jung. Estou com preguiça, mas estou lendo. Ele não é tão tarado como o Freud.

Estaciono o carro no lugar de sempre. Aproveitei e comprei um bonito quadro para Sakura colocar na entrada da clínica. Ninguém merece aquilo que ela chama de arte. Acho que ela vai gostar, é de um pintor holandês que pintou os moinhos e um campo de flor. Isso é arte!

Pego o celular antes de sair, e vejo que ela pediu para que eu não entrasse. Do jeito que ela é chata o melhor a se fazer é seguir o que ela pediu. Tenho que amansá-la ainda mais depois de tê-la deixado sozinha durante esses dias.

Me ocupo em ligar para seu celular, porém apenas chama e ela não atende. Tento mais uma vez, e repentinamente escuto o som de um disparo. Olho para os lados, mas não vejo ninguém. Isso só pode ter vindo de dentro da clínica.

Sakura agora está treinando dentro do consultório? O questionamento surge rapidamente e rapidamente ele se vai. Ela não faria nisso, não ali na sua preciosa clínica.

Analiso o local outra vez, vendo que há um carro estacionado. Hm.

Ela não tem pacientes nesse horário. Há algo estranho, minha intuição me atenta sobre isso, e eu saio do carro às pressas.

Pelo pouco que li de Jung vi que ele fala sobre o ser humano ter quatro funções cognitivas principais, uma delas é a sensação que diz que algo existe, e a intuição que é como o nosso faro e a minha sente que tem algo muito errado aqui.

A porta da entrada está aberta, e não tem ninguém na recepção. Isso não está certo, ela não é descuidada assim.

— Sakura, abre a porta. — peço, batendo na porta ao ver que ela está trancada. Isso é raro quando ela está sozinha.

— Não, Sasuke. Ela está comigo, então está segura.

Conheço essa maldita voz. Reconheceria em qualquer lugar. Não!

— Cala a boca seu desgraçado. — Sakura grita nervosa e eu bato com mais força na porta, mas nada de ser aberta. Merda!

— Sasuke, para. Ele está armado. — ela está soluçando. — Não esqueça que eu estou aqui dentro, e que ele pode fazer alguma coisa. — ela está nervosa.

— Isso mesmo, Sasuke. Acho melhor ouvir nossa garota.

Figlio di una putana. — bradei furioso. Sasori não há de sair vivo daí hoje, dane-se o código de conduta.

— A culpa é dela sabia, Sasuke? Pedi para ela tomar uma decisão, mas ela escolheu esse caminho. — Sasori devolveu, continuando em seguida. — Você já levou um tiro no ombro, Sakura? Eu já e dói bastante. Vou te mostrar.

Senti meu sangue ferver, meu corpo esquentando. Imediatamente puxei minha pistola do blazer, mas antes que eu atirasse ouvi outro tiro.

Meu coração disparou, fiquei completamente cego e atirei na porta pedindo para não o tiro não ter sido nela. Eu nunca o pouparia, e ele só sairia daqui com o corpo pronto para ser descartado no mar.

Assim que entrei na sala, eu senti uma carga de adrenalina circulando pelo meu corpo e logo o alívio ao ver que ela estava “bem”. Olho para o chão e vejo Sasori caído, levou um tiro bem no meio da testa; seu sangue descendo.

Cazzo!

Meu instinto me leva até Sakura que está aterrorizada, e sentada no chão completamente em pânico. Eu a abraço para confortá-la.

— Sasuke! — ela murmura, soluçando.

Tutto bene, tutto bene. — ela me abraça com força. — Calma, está tutto bene. — olho para o corpo de Sasori. Está morto não tenho dúvidas.

— Ele veio... Ele veio e ia atirar em mim primeiro. — ela chora compulsivamente no meu ombro, e eu passo a mão em seu cabelo na tentativa frustrada de acalmá-la. — Sasuke, ele está vivo? Ele está vivo?

Non, ele não está vivo. — um presunto morto. Eu não ligava muito para o Sasori e depois do que ele andou aprontando, acho que realmente merecia. — Vem. — eu a levanto, ela não me larga e continua apertando firme meu corpo. — Vou tirar você daqui.

— E ele? Eu tenho que ir à polícia.

— Não, você não pode ir à polícia, Sakura. — continuo tentando tranquilizá-la. Tudo que Sakura menos precisa nesse momento é da polícia. — Vamos sair daqui.

— E ele?

— Eu vou dar um jeito, cara mia. Agora você só precisa sair daqui.

É a segunda vez que ligo para o Rock Lee e o maldito não atende.

Sakura está no banheiro do consultório tomando um banho, ela não quis ficar com a roupa que estava usando, e ficou repetindo que não queria sentir o sangue dele no seu corpo. Mesmo depois de ter posto um fim ao perigo ela continua nervosa. Não é pra menos.

Terminei de enrolar Sasori no tapete, o infeliz morreu com os olhos aberto e surpreso. Eu sorri ao vê-lo desse jeito, talvez esse seja o único momento de paz que terei. Não nego que estou feliz com a morte desse pedaço de merda, mas também estou ciente das consequências. Sakura estará em perigo a partir do momento que eles descobrirem que Sasori partiu dessa pra melhor, eu espero que seja pior.

Tento mais uma vez ligar pra Rock Lee, e ele finalmente atende.

— Onde que você está que não atendeu essa bosta? — falei irritado assim que ouvi sua voz do outro lado.

— Eu estou indo levar aquele negócio, mas o padrinho disse depois das cinco.

— Não, temos um problema aqui. Traz o Kisame com você e mais uns dois. Tem um homem morto aqui no consultório. Sasori.

Rock Lee esbraveja um palavrão ao ouvir o nome.

— Traz o kit limpeza total. — digo e por fim desligo.

Que bela bosta aconteceu hoje.

Sakura enfim sai do banho. Seus olhos estão vermelhos; chorou bastante no chuveiro. Ela amarra o cabelo em um coque e esfrega os olhos com a manga do moletom cinza que ela encontrou pelo consultório. Mulheres realmente têm o hábito de andar com muitas coisas por aí.

— Vem. — eu chamo, percebo que ela está inerte olhando para o corpo do Sasori enrolado no tapete. — Vem.

— E ele, como que vai ficar aqui? Eu…

— Eu vou arrumar tudo, non te procuppare. Apenas vem comigo. — ela me agarra e circunda minha cintura com o braço. Dou um beijo singelo na cabeça dela. — Vai ficar tudo bem.

Saio do consultório com Sakura, ela está segurando seu celular e ele começa a tocar; o nome da secretária dela aparece no visor.

— Sakura? — ouço a voz ao atender a ligação. Ela está tão aérea que mal percebe quando pego o celular de sua mão.

Ciao.

Signore Yoshida! — ela diz surpresa quando reconhece minha voz.

— Sakura está indisposta, e não irá para nenhum lugar. — falo e ela não acredita, pedindo por uma confirmação de Sakura.

Ativo a função do viva-voz, avisando Sakura sobre quem é e ela confirma o que eu disse.

— É... Hoje eu não irei para o treino, tutto bene?

Sì, óbvio. — a outra responde e logo se despede.

— Para onde vamos? — Sakura pergunta quando abro a porta do passageiro.

— Para casa.

Encerro a ligação que tinha com Naruto, pedi para que ele viesse até aqui. Estou no gabinete do banheiro, procurando um dos remédios que eu costumo usar para dormir, infelizmente eu levei tudo para a casa dos meus pais.

Sakura está nervosa e agora está falando que é uma assassina. Não nego, ela é. No entanto não quero falar isso, ela já está surtada o suficiente.

Se ela não tivesse matado o Sasori, eu teria. Aquele infeliz não sabia perder e agora está no inferno. Ótimo!

Em meio ao vasculho achei um remédio. Um calmante.

Volto para sala e Sakura está sentada no sofá, a televisão está ligada e seu olhar é vago, aposto que não está ouvindo nada do que é dito.

— Eu achei um calmante, é melhor você tomar.

Non. Não quero.

— Sakura, você está mal, está nervosa. Dormir será melhor, acalma. — ela nega com a cabeça. — Quer um suco? Um sanduíche?

— Eu sou uma psicanalista, eu não sei como isso foi terminar dessa maneira. Eu deveria ter controlado a situação, deveria ter conversado melhor. — é a quarta vez que ela fala isso. — Eu seria incapaz de tirar a vida de alguém.

— Ele iria te matar, era você ou ele, e sinceramente eu preferi e agradeço por ter sido você a ficar viva. Ele não era bom, ele te amedrontou e te encurralou. Ele foi ali para matar você, apenas isso. — explico, olhando nos olhos dela, mas ela é teimosa.

Madonna! Que mulher cabeça dura, ela não aceita isso.

Eu me levanto e vou até a cozinha, farei ela tomar esse calmante de qualquer jeito. Abro a geladeira e pego morangos para preparar um suco.

Meu celular está vibrando, olho de longe para ver quem seria e quando vejo que é o Rock Lee trato de verificar.

Ele já está com os peixes :)

O carro dele foi abandonado numa rodovia.

O consultório da doutora está limpo e com sofá novo.

Sobre o velho, vou aguardar o tempo, como o padrinho disse.

Foco no símbolo sorridente que ele usou. Que grande diferença, enquanto Rock Lee faz isso sem algum remorso, Sakura está aqui quase se punindo por isso.

Talvez já estejamos predestinados a isso. Uma essência criminosa, não sei.

A primeira vez que matei o homem foi no meu batismo de fogo. Era um sujeito desprezível e sempre arrumava confusão. Ele estava devendo um amigo da família e meu pai me desafiou, falando que eu não o mataria, que não havia nascido para isso e sim para ficar com a minha mãe.

Duas horas depois que ele me deu o nome do homem eu o matei. Eu tinha apenas vinte anos. Olhei nos olhos e disparei contra o peito.

Não senti nenhum remorso, na minha cabeça ele merecia aquilo. Ele era errado. Ao contrário do que falaram, eu não fiquei assustado, em minha mente só passava que aquilo foi merecido.

Um dia depois eu fui para a missa com a minha a acompanhá-la, me justifiquei diante da imagem da Virgem Maria. Eu fiz um bem para o mundo. Sem remorsos e foram assim com todos que eliminei, eu estava fazendo do mundo um lugar melhor.

Termino o suco e dissolvo o calmante dentro dele, ela precisa dormir. Coloco o patê no pão e levo para ela.

— Não faz cara feia. Vai comer, ou beber o suco.

— Sasuke…

— Você está fraca, bebe pelo menos o suco. — entrego e ela bebe um pouco.

— O que vai acontecer? O que você fez com ele?

— Depois falamos sobre isso, e com você não vai acontecer nada. Termina o suco.

— E aquela pistola? De onde você tirou?

Olhei para ela o mais sereno possível, procurando não alarmar e pensando numa boa resposta.

— Eu sou um empresário e não costumo andar com seguranças, me recomendaram.

— Nunca me disse isso.

— Achei que não era importante. — respondo. — Quer o sanduíche? — ela nega.

Me sento no sofá e ela vem até mim, encostando sua cabeça no meu colo.

— Não me agrada ver você desse jeito. — digo, alisando seu cabelo.

— Eu não sei o que fiz. Eu sou uma assassina, única conclusão.

— Psiu! Não se julgue tanto assim. — continuo alisar até perceber, minutos depois, que ela adormeceu. Carrego-a nos braços, levando até a cama. Cubro seu corpo com lençol e desligo as luzes. Ela precisa descansar, acordará melhor.

Acabei cochilando um pouco no sofá. Essa situação com ela me afetou um pouco. Volto ao quarto para ver como ela está e a encontro dormindo tranquilamente.

Meu celular está tocando novamente, agora é Konan.

— Hn.

Ciao, fratello!

— O que quer? — me sento no sofá novamente.

Eu tenho algumas coisas para resolver hoje, eu tinha. Tive que deixar algumas para depois.

Eu vou para Paris com uns amigos.

Bon voyage!

Pode parar com o sarcasmo, fratello. Eu preciso de dinheiro, irei para Paris e depois para Saint-Tropez. Papa mandou pedir a você, já que ele está pescando sem um banco por perto.

— O que vai fazer por lá?

Quando assumi a família meu pai me deu regras explícitas para tomar conta de Konan, a princesa dele. Uma lástima. Konan deveria estar casada e seria responsabilidade do marido, mas infelizmente nem tudo é como eu quero.

Ah, me divertir. Oras!

— Aproveita e fica no meio de alguns muçulmanos, de preferência aqueles que carregam bombas.

Sasuke, isso é xenofobia, uma baita preconceito. Uma visão errada sobre eles, eu tenho alguns amigos muçulmanos.

— Não irrite eles, caso contrário explodirá. — comento sorrindo.

Você é terrível. Madonna! Vai depositar?

— Sim. Se cuida.

Grazie, fratello. Io te amo.

— Problema seu. Ciao! — desligo o telefone, aproveito e faço a transferência bancária por celular. Logo a campainha toca me avisando que Naruto chegou.

Me levanto para abrir a porta.

Ciao! — falo.

— O que aconteceu? Sasuke! — ele está nervoso. — Sasuke, isso é grave.

Concordo com ele.

— Cadê ela? — ele pergunta.

— Dei um calmante para ela. Adormeceu. Ele iria matá-la.

— Legítima defesa.

— Mas a máfia não entende muito bem sobre isso. Quando eles descobrirem. — eu passo a mão no rosto.

— Vão exigir a posse dela. Não vai demorar até o Gaara notar que o consegliere sumiu, e que o último destino dele foi uma visita a ex.

— Eu sei que vão exigi-la. Eu não quero pensar sobre isso.

— Mas vai ter que pensar. O que vai fazer?

— Esperar. — ofereço um copo de whisky. — Terei tempo, papa está no interior pescando, posso ficar com Sakura aqui e cuidar do resto. — dou um gole em um dos copos. — Gaara vai me procurar, pode ter certeza.

— Sim, irá te procurar, isso é certeza. Ela está em risco. O que vai fazer?

— Protegê-la, é claro.

***

Os dias estão passaram rápido ultimamente, a semana praticamente voou. Muito disso se deu graças à morte inesperada do Sasori. Sakura ao longo da semana foi melhorando, tive que convencê-la de que ela fez um bem e que o Sasori era o errado da história. Foi difícil fazer isso entrar na cabeça dela, mas de certa forma a ajudou.

Hoje ela retornou a clínica, mesmo eu pedindo que ela não fosse agora, visto que é muito recente, mas ela insistiu, disse que tinha os pacientes e precisava ir dar satisfação.

Não é preciso ser um gênio para saber que ela não vai se sentir bem na cena do crime.

Finalmente pude retornar para mansão, não que os meus trabalhos por aqui estejam atrasados, alguns. Já que eu esperava por Sakura dormir e assim trabalhar em paz.

No entanto, não deixei Sakura sozinha lá. Mesmo sem sabe e perceber, ela está com um esquema de vigilância digna do primeiro-ministro, nada irá acontecer com ela.

Tive que adiar momentaneamente a visita do líder da máfia chinesa. Ele iria fazer uma breve visita sobre negócios, no entanto com todo esse pequeno furacão, eu não poderia dar atenção a ele, fui sincero e expliquei toda situação.

Ele entendeu e me disse o que todos ao me redor dizem: Que donna complicada conseguistes. Apenas dei um sorriso e concordei com ele sobre isso.

— Telefone para você. — Naruto fala.

— Quem é? — pergunto antes de atender.

— Gaara.

Trocamos olhares frios, não preciso ser um vidente para saber o que Gaara quer.

Ciao! — digo, atendendo a ligação.

Ciao! Posso lhe encontrá-lo? — sua voz é fria.

. — anoto o endereço que ele passa, é um lugar afastado do centro. Ele desliga o telefone.

— Irei levar Kisame e o Aoba. — anúncio e me levanto, pegando meu terno para vesti-lo.

— Se quiser eu irei.

— Não, será uma falta de respeito eu aparecer com o meu consigliere.

Ele concorda com a cabeça.

O parque Virgiliano é afastado da cidade, mesmo sendo um ponto turístico. O parque é muito bonito e bem conservado, e a vista é fascinante de todos os ângulos, com vista para o mar. O pôr do sol por aqui é um espetáculo. Essa hora não tem muitas pessoas por aqui, é sossegado.

Caminho pela trilha do mirante, ao meu lado estão Kisame e Aoba. Eles conversam sobre o local, Kisame vinha aqui quando pequeno e isso gerou uma piada interna. Um clima completamente descontraído até chegarmos ao mirante.

Sigo até lá, fazia um tempo que eu não vinha aqui, tinha esquecido a beleza da bela escarpa sendo banhada pela água cristalina azul do mar. Kisame me avisa que Gaara chegou. Ele também veio acompanhado.

Assim que consigliere da Nhandregta foi descoberto, houve uma reunião com a minha família e a de Gaara, sobre a relação de Sasori com o consigliere morto, Sasori expôs o motivo de seus contatos com o Yahiko, eles estavam negociando uma ilha na Sardenha. Eu não acreditei nele, mas o padrinho Nagato acreditou.

Gaara se aproxima de mim e nos cumprimentamos. Esse é diferencial da máfia, tanto eu quanto Gaara queremos nos matar no momento, nos odiamos, porém temos classe. A classe da máfia.

Por isso ele sabe que não foi eu que matou Sasori, a máfia é um jogo de xadrez, cada ação é claramente pensada, o que não ocorreu na semana passada.

Primeiro haverá uma conversa de ambos os lados, expondo os fatos.

Ciao! — digo quando ele para em minha frente.

Ciao! Como sempre bem vestido, toda renda da família deve ser para comprar seus ternos agora, Sasuke.

— Gastos necessários. — ele ri. Nossos caporines se afastam. — O que quer? — questiono, olhando nos olhos dele.

Ele está sério e inexpressivo, deve estar odiando isso tanto quanto eu.

— Semana passada meu consigliere saiu para visitar sua ex-namorada e não voltou mais.

Encosto meu braço esquerdo na mureta do mirante, Gaara faz o mesmo.

— A senhorita Haruno é uma apreciadora de armas, era uma das qualidades que Sasori mais admirava nela, embora não se agradasse do hobby que ela tinha. — ele dá de ombros. — Preciso contar o que aconteceu? Eu sei que não foi você, se fosse Itachi eu acreditaria, ele era um explosivo sem cabeça, mas você é racional e pensa bem no que vai fazer. Sabe quais as consequências de matar um consigliere, e sei que não seria tão tolo de fazer isso. Ninguém seria.

Contínuo o fitando e escutando pacientemente.

— Eu quero ela. — ele dá o seu ultimato. Bela jogada.

Non.

Non? Por que me negar? Sabe que é o certo a se fazer.

— Como também deve saber, eu estou em um relacionamento com ela. Ela é minha mulher, logo isso a torna minha família.

Gaara dá uma risada seca.

— Está dizendo que vai me enfrentar pela donna? Causar uma guerra entre as famílias por um simples caso?

. — digo friamente como se aquele fosse o assunto mais banal do mundo.

A segunda parte da conversa entre dois mafiosos quando não se há um acordo é a ameaça.

Ele alinha o terno, que é um dos piores que já vi devo ressaltar.

— Arcará com as consequências. — ele diz e ergue a mão para um apertar de mãos. O sorriso em seu rosto é fingido e eu meu idem.

— Passar bem, meus pêsames pelo o Sasori. — falo por último e o vejo ir embora.

Não muito depois eu também abandono o mirante, mal saio do parque e sou chamado por meus caporines para ir ao porto resolver a situação de uma carga pendente.

A negociação de carros que Itachi tanto almejava hoje só me dá dor de cabeça. Meu irmão tinha um péssimo costume de só pensar no imediato, esse era o erro.

Naruto me passa os dados da última compra, sairemos com lucro, mas não é muito. Não é um bom negócio.

Estou no banco de trás da Ranger Rover com ele. Naruto sabe do atual estado vermelho com a família do Gaara, ele não se espantou. Naruto é esperto, ele já previa isso.

— E continuaremos com os carros? Legado de Itachi.

— Irei ter uma conversa com ele. Podemos investir em algo maior, o farei desistir disso.

Entramos pela avenida central, Kisame é um maluco no volante e com certeza levarei multas.

Viro minimamente para o lado, Naruto está bebendo água e para a garrafa a alguns centímetros do seu rosto, por fim ele tampa e mantém o olhar focado no trajeto, mas se que na verdade ele está pensando no que enfrentaremos em breve. Ele sempre foi muito analista, sempre pesando as situações e montando um planejamento para livrar o nome da família de qualquer problema.

Atitude sempre muito bem lembrada, tanto por mim quanto por meu pai, e até mesmo o esquentado do Itachi.

O telefone em suas mãos tocas, eu me viro completamente para ele quando o vejo atender e aguardo para saber o que está acontecendo quando vejo suas sobrancelhas franzir.

, iremos imediatamente. — ele diz sério, olhando para Kisame pelo retrovisor interno.

— O que houve? — questiono quando a ligação é encerrada.

— Via Lungomare! — ele ignora minha pergunta momentaneamente, falando com Kisame que freia o carro de imediato e dá a ré pegando o tomando o caminho para o lugar informado. O impulso joga a mim e ao Naruto para frente.

— Foi mal aí! — Kisame se desculpa.

Naruto me observa e pela tensão em seu olhar eu sinto que tem a ver com a Sakura.

— Fica calmo.

— O que foi?

— Rock Lee me ligou, ele está com o Hidan na Lungomare. Sakura está sendo perseguida.

— O quê?! Vamos para lá agora. — falo sem pensar na hora.

— Sasuke…

— Mande eles a protegerem, mande agora! — eu grito, nervoso.

Passo a mão no cabelo e sinto meu sangue fervendo. Empunho a arma na mão e a engatilho.

— Aquele figlio di una putana nem esperou. Acelera essa merda Kisame. Cazzo!

Kisame segue em toda velocidade pela via, pegamos a contramão da estrada e logo vejo a avenida se aproximando. É justamente perto do centro.

Mexo minha perna sem parar e só consigo pensar em Sakura. Se ele fizer algo com ela, eu o matarei e mandarei toda sua família para o inferno.

— Ali! — Aoba exclama.

— Segue.

Vejo o carro de Sakura a frente em companhia de outro carro seguido de uma Mercedes negra, logo atrás da Mercedes avisto o carro do Rock Lee. Ele está atirando pela janela. Essa avenida possui curvas de níveis e do outro lado há um desfiladeiro rochoso. Kisame segue ultrapassando os carros, um por um até conseguiu bater em um.

— Deixamos o Rock Lee para trás. Ele foi baleado. Ele foi baleado! — Aoba diz, olhando para trás.

— Merda! — esbravejo, seguindo seu olhar e volto a procurar por Sakura. Ela bate em um carro e derrapa na pista.

Tomo dianteira do carro e vejo Hidan surgindo mais a frente, dando meia volta para tentar proteger Sakura, mas não dá certo. Ele não tem passagem e sai do carro atirando junto a outros quatro.

— Kisame, se iguala a ele e o empurra. Empurra-o da mureta. — ordeno.

— Contramão. — Naruto avisa.

— Foda-se!

Kisame entra na contramão e vejo o Aoba fazendo o sinal da cruz. Os carros surgem, vindo em nossa direção desviando dos carros que passam pela via e causando um engavetamento sem precedentes. Um carro batendo no outro.

Kisame enfim se iguala ao carro, e eles miram e começam a atirar na lateral do nosso carro.

— Esses idiotas deveriam saber que é blindado.  — Kisame debocha e joga o carro para a direita com tudo, batendo no carro deles forçando-os a sair da pista e nos dando passagem para chegar ao carro que está na cola da Sakura.

— Vai! — grito, dando ordem para ele finalizar assim que nos encostamos na traseira, Kisame continua empurrando a traseira e jogando-os em direção à mureta. Eles ultrapassam e consequentemente caem no precipício.

Kisame e Aoba vibram no mesmo instante, e meu telefone toca na mesma hora. Pelo visor vejo que é ela. Atendo e coloco no viva-voz.

Sasuke! Sasuke! — ela está gritando e começa a chorar.

Eu encerro a ligação.

— Eu vou lá. — digo já tirando o cinto de segurança, mas antes que eu saia Naruto segura minha mão.

— Se você for não terá mais volta. — ele diz, e eu sei exatamente do que ele está falando.

— Eu contarei. — afirmo ao abrir a porta e corro pela rodovia com a pistola empunhada.

Meu telefone não para de tocar, eu sei que é ela. Pulo sobre o capô do carro à frente que está na horizontal, trancando uma das vias. Continuo correndo e pelo caminho eu vejo o estrago que tudo isso causou, já posso imaginar o que isso vai causar de problema com as autoridades, mídias e tudo mais.

Me aproximo do carro dela e vejo várias perfurações de bala. Gelo só de pensar na possibilidade dela estar ferida ou de algo pior. Bato na porta, mas ela não me nota e abaixa a cabeça assustada com as mãos pra cima. Ela está sangrando.

Me abaixo até a altura do vidro da janela que está quebrado e destranco a porta.

— Sakura, sonno io. Sasuke.

Ela me olha como se eu fosse uma miragem, última coisa que ela esperava. Eu a livro rapidamente do cinto de segurança, analiso seu corpo rapidamente e constato que ela está sangrando na altura do ombro e com um corte no rosto.

Hidan aparece do outro lado, dizendo algo que não consigo entender. Meu foco é apenas em Sakura.  Retiro-a do carro e ela me abraça desesperada. É o abraço mais forte que recebi na vida.

Ela desaba em choro e eu passo minhas pelo seu corpo, passando a mensagem de que ela está segura comigo. Suas pernas estão bambas e ela não consegue dá um passo.

— Passou, passou. — tento acalmá-la. — Passou.

Kisame traz o carro até o acostamento, caminho com Sakura que ainda está desacreditada com o que aconteceu.

— Por aqui, pode andar? — ela afirma, continuo guiando-a até o carro e Naruto abre a porta de trás. Nós três entramos. — Nos tire daqui, Kisame.

Naruto uma garrafa om água para ela que aceita prontamente.

— Eles estavam me perseguindo. — ela diz entre soluços. Troco olhares com o Naruto mais uma vez.

Ele está certo, eu não posso mais esconder. Pego um lenço e passo no rosto dela tirando o excesso do sangue, em seguida abro o botão da camisa dela e puxo a gola para ver ser ombro, e confirmar que foi um tiro de raspão.

— Fica calma. — peço enquanto tento limpar seu sangue, agradecendo por ter sido de raspão. — Está ferida em algum outro local? — ela nega, mas mesmo assim eu checo.

— Ele veio atirando.

Amore mio, está tudo bem.

— Para onde vamos? — Kisame questiona, olhando pelo retrovisor.

— Casa da família. — respondo.

Assim que os portões da mansão são abertos, percebo que Sakura está atenta ao local. Ela falou o caminho todo sobre os homens que a perseguiam e as cenas de terror que viveu; sempre perguntando por quê.

Vê-la em segurança, e um pouco mais calma, me trouxe paz. Quase surtei com a possibilidade de ter acontecido algo com ela — tudo isso em menos de duas semanas —, nunca senti algo tão forte assim antes. É bom e ao mesmo tempo é uma droga.

Desci do carro, ajudando-a descer. Ela fita bem a casa como se lembrasse de algo.

— Obrigado Kisame e Aoba.

— Pode contar conosco sempre. — ele iria falar padrinho, mas o Aoba parece ter se ligado na situação e o cutucou, evitando que ele revelasse algo.

— Naruto, ligue para o médico da família peça para ele vir cuidar da Sakura.

O carro da minha mãe está no jardim, e ela está conversando com o jardineiro.

— Por que me trouxe aqui? — Sakura pergunta confusa. — Eu já estive aqui, eu já estive. Tenho certeza disso.

Novamente encarei Naruto que caminhava taciturno, sei que em sua mente está maquinando sobre tudo que aconteceu, principalmente as consequências. Eu deveria estar fazendo o mesmo, mas só consigo pensar no bem-estar dela.

— Entre. — abro a porta para ela.

Sakura anda olhando tudo atentamente e quando passamos pela sala, seu olhar ficou preso nos quadros da família. Ela viu a fotografia de Konan e me olhou no mesmo instante. Eu apenas digo que irei explicar tudo.

Seguimos até o meu escritório. Naruto entra conosco e mesmo sem pronunciar uma palavra, eu sei que ele está preocupado.

Peço para Sakura sentar-se na cadeira à frente da minha mesa, me sentando na borda dela. Retiro meu blazer, desabotoei uns dois botões da camisa social e puxo as mangas até o cotovelo.

Finalmente paro diante dela. Geralmente as pessoas que sentam nessa cadeira vêm pedir favores ou pagá-los, e eu fico do outro lado ouvindo atentamente, mas dessa vez é ao contrário, eu que irei falar e expor o que tinha ocultado dela.

Talvez tenha sido um erro, eu deveria ter sido franco com ela sobre quem eu era e o que faço, desde o início. Mas não! Preferi ocultar, pensando que esse dia não chegaria.

Uma vez eu fiz algo errado quando era pequeno, eu trapaceei na caça os ovos na festa da páscoa da igreja local. Itachi disse que quando a mamma soubesse, eu iria apanhar e ela não iria me perdoar. Eu tentei esconder a verdade a todo custo, mas a mamma era esperta e me chamou para conversarmos. Foi a primeira vez que tive medo na vida, principalmente por ela não me perdoar por isso.

No momento eu estou me sentindo aquela sensação estranha e tão pavorosa. Como o garoto de oitos anos, eu estou com medo da reação de Sakura e com o mesmo medo de ser perdoado por ela.

— O que isso tem a ver com as pessoas me perseguindo? Eu nem sei por que eles estavam me perseguindo. — ela desabafa novamente, compreendo.

— Eu sei. — ela me olha surpresa. — Sakura, você matou o consigliere de uma família. Matou o braço principal da Cosa Nostra, e é por isso que eles estão atrás de você.

Ela me fita incrédula, seu queixo cai e ela tenta procurar palavras.

— O Sasori era da máfia.

Ela nega com a cabeça em choque.

— Como você sabe disso? Você... Você é…

, eu sou Uchiha Sasuke. Padrinho da Camorra, uma das maiores máfia de toda a Itália.


Notas Finais


Ele é uchiha Sasuke, nascido do fogo, cabeça explosiva que não dormirá virou padrinho dos sete reinos hehehehe só recordo de Got.
Enfim, agora a jiripoca vai piá, vai!

Ah, estamos com outra fanfic em andamento o tema é policial e para quem gosta, a Sakura de lá é tiro, porrada e bomba.
Segue link: https://spiritfanfics.com/historia/venus-10164878


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...