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História Divã - Senhora Uchiha - Parte 2


Escrita por: UchihaSpears e Icunha

Notas do Autor


Prontinho, falta só mais 2 :D

Capítulo 28 - Senhora Uchiha - Parte 2


Por Sakura,

Mikoto encontrou algo para se alegrar nos últimos dias: organizar a festa do meu casamento. Mesmo falando que será um evento simples, ela faz questão de não poupar nos detalhes.

Quando retornarmos de Veneza, a irmã de Gaara veio até nós e em uma reunião fechada, ela acertou a trégua entre as famílias. Minha rotina voltou ao normal. Porém eu conheço Sasuke, nem tudo está finalizado e isso às vezes me deixa sem dormir.

Voltei a trabalhar na minha clínica, agora em outro endereço, não suportei entrar no estabelecimento antigo e ter todas as lembranças antigas de Tenten. Preferi me estabilizar em outro local.

A nova secretária Laura me ajuda a colocar os livros na estante, é uma estudante de psicologia. Uma jovem divertida e entusiasmada.

Olho pela janela da clínica e vejo Kisame lendo um jornal, e sempre que passa uma mulher ele para de ler.

Eu não saio de casa sem uma escolta, essa sensação ainda me sufoca.

— Posso pegar esse emprestado, Sakura? — Laura questiona.

— Claro. — o Eu e o inconsciente de Carl Jung. — O meu noivo está lendo esse.

— Você é sortuda. Meu namorado acha que é uma besteira. — ela forma de fala engraçada.

— Sasuke também achava, agora é o interessado no assunto, acredito que com um jeitinho você consegue convencê-lo.

Kisame e Rock Lee estão me esperando no carro. Minha barriga de seis meses já começa a me incomodar. Sasuke fala todos os dias que eu devo parar e ficar em casa e descansar, porém já fiquei um bom tempo em casa, quero trabalhar até quando eu conseguir.

— Buongiorno, senhora. — Kisame fala e eu o respondo.

— Já disse que pode me chamar de Sakura.

— Prefiro senhora, senhora. — é inútil discutir. — Quer ver o catálogo da Glock? Armas novas.

Sorri e peguei o catálogo.

— Em dezembro vou para a feira de armas nos USA. Estou animado com as novidades. — nós dois compartilhamos o fascínio pelas armas.

— Sinto falta de atirar. Minha amiga Karin ficou em segundo no concurso do Vêneto.

— Nossa! — eles se surpreendem. Percebo que eles mudam o caminho de casa. Olho atentamente o caminho para onde o Rock Lee dirige.

— Não se preocupe senhora, o padrinho nos deu a rota.

Sinto um pouco de alívio ao ouvir que foi o Sasuke. Estamos indo em um caminho que vai até às montanhas. É um belo lugar, cheio de árvores. Entramos em um bosque e de longe vejo o carro do Sasuke com ele parado ao lado.

O carro em que estou para, e eu desço. Sinto o mormaço, o dia está quente. Típico de verão.

— Buongiorno. — Sasuke me beija rápido. Olho para os lados tentando reconhecer o lugar. — O bebê está animado hoje?

— Não, ainda não chutou hoje. Deixa ele assim. Onde você me trouxe Sasuke? — fito o lugar curiosa.

— Quero que conheça um lugar. — ele e o seu tom misterioso. Subimos um pouco a colina, não demora quase nada. Assim que chegamos a planície, vejo uma casa, uma mansão enorme.

— Que linda. — digo estonteante com a casa. São vários hectares, a casa é cercada por árvores, na frente da casa têm uma piscina enorme, me perco no verde da grama. Caminhamos pelo o jardim da casa, as rosas estão desabrochadas. — Por que me trouxe aqui Sasuke? — pergunto.

— Você me falou que não queria morar mais na casa dos meus pais e eu também não me sinto a vontade de estar por lá também, quero um lugar para nós. — ele passou a mão no meu rosto. — Essa será a nossa casa, claro, se você não quiser essa, podemos procurar outra.

— É maravilhosa, Sasuke. Mas um pouco grande.

— Sete quartos, duas salas, cinco banheiros, sala de cinema e mais outras coisas que não lembro agora. É afastada da cidade nessa colina, não há vizinhança por perto e mais fácil de controlar quem vai entrar e sair.

— É esplêndida.

— É o meu presente de casamento. Vá conhecer, acho que irá gostar.

A vista daqui é maravilhosa, vejo o porto da cidade, grandes navios ao longe no mar de água azul que chega a contrastar com o céu. Deslumbrante. Se eu olhar para a minha direita, do outro lado, consigo ver o Vesúvio.

A casa é maravilhosa, exagerada seria a palavra certa, acho que nunca pensei que poderia morar em um lugar como esse. Já me imagino todos os dias de manhã contemplando essa vista. É um bom lugar para criar nossa criança que está por vir.

É longe do barulho da cidade e ao mesmo tempo próximo do meu trabalho. Para o Sasuke, esse lugar é uma fortaleza.

Saio do quarto e caminho pelo o corredor, acredito que com os móveis, a casa não parecerá enorme. Olho para baixo e vejo Naruto conversando com Sasuke. Os dois parecem entretidos falando sobre algum assunto, não consigo entendê-los, talvez eles não queiram ser ouvidos.

— Tem certeza? É arriscado. — escuto quando me aproximo, porém, quando Naruto me vê ele cessa o assunto.

— O que achou da casa? — Sasuke pergunta, mudou completamente de assunto.

— O ambiente é espaçoso, arejado. Uma casa imponente. Há bastante do Sasuke presente aqui.

Naruto sorri.

— Foi a primeira coisa que eu pensei. — ele comenta.

— Conhecemos bem o Sasuke. — comento. — Eu gostei da casa, não pelo o seu tamanho e sim pela a paisagem que ela oferece.

— Que bom que gostou. Naruto, você pode cuidar da papelada para mim?

— Sem problemas e, Sasuke, devo confirmar?

Sei que não é decisão para o Sasuke e sim para o padrinho da Camorra. Aperto o pingente no meu pescoço. Não sei o que estão planejando.

— Sim, confirme.

Há um sorriso discreto no rosto de Naruto. Não olho para Sasuke.

— Com licença, Sakura.

— Toda. — respondo um pouco atemorizada.

— Vamos nos mudar assim que nós nos casarmos. — ele segura a minha cintura. — Vai ter um bom tempo para decorar da sua maneira.

— Colocar os quadros que gosto?

— Bom... Esses vão passar por uma auditoria minha. Você é ótima em tudo que faz cara mia, menos nos gostos para pinturas.

Sorri, ele não muda de forma alguma.

— Do que você e o Naruto estavam falando? — pergunto, a minha curiosidade não me permite ficar em silêncio.

— Acordos.

— Vai ser perigoso para você?

— Não se preocupe.

— Sasuke. — falei firme. — Eu sei que disse que não queria saber, mas ainda me importo. Seremos uma família e a minha mente pesa me perguntando se um dia você não vai estar ao meu lado.

— Não é nada demais, Sakura. São apenas negócios, não há risco.

— Me promete que quando houver... — ele me pausa.

— Eu contarei, quando for algo perigoso, será a primeira a saber. — os seus lábios tocam o meu carinhosamente, a pressão que antes deixou o meu corpo rígido, agora vai espairecendo a cada toque que ele me concede. — Que tal estrearmos o quarto de casal?

— Não tem uma cama. — replico olhando em seus olhos, para a minha surpresa ele me pegou nos braços.

— Isso não será um empecilho para nós.

— Está pronta? — a voz da minha mãe ecoa no quarto.

— Está linda, Sakura. — Ino me elogia. Ela fez questão de vir ao meu casamento com o pequeno Inojin. Infelizmente Sai não veio, pois tinha que cuidar dos negócios por lá.

Hoje é o dia do casamento, não será uma festa pomposa, será no jardim da Mikoto o qual está todo decorado. Admito que a minha futura sogra fez um trabalho excepcional na organização de tudo. Hoje é o grande dia.

— Estou achando essas tulipas marchas. — Mikoto comenta, ela já está a caráter da festa. Um vestido em um tom salmão discreto e um coque na cabeça.

— Estão perfeitas, Mikoto! Só umas duas cabisbaixas, mas com a Sakura irá segurá-las ninguém vai notar. — minha mamma fala.

Os meus pais chegaram aqui semana passada, estava nervosa e não sabia o que dizer para eles. Penso que quando o problema é conosco, não importa se eu conheço a mente humana, não é nada fácil ter que lida-las pessoalmente.

Em um momento a sós com eles depois de alguns dias contei sobre o Sasuke e a sua família, eles ficaram perplexos, no entanto a convivência com eles os fizeram perceber que era apenas uma família. Minha mãe particularmente adorou a Mikoto.

Eles me deram conselhos, o meu pai ficou arisco por um breve período de tempo, mas logo se entrosou com Fugaku. Talvez por temor dele.

Em um ato de álcool no sangue, ele colocou o dedo no rosto do Sasuke e disse que se acontecesse algo comigo, ele o mataria. O meu noivo foi gentil e não se importou. Depois que o efeito do álcool passou, o meu pai tremeu e logo pediu desculpas.

Konan entrou no quarto.

— Como está o Sasuke? — pergunto entusiasta.

— Está se fingindo de forte, olha no relógio o tempo inteiro. Está nervoso.

Adoraria vê-lo nervoso.

— Quem diria, Sasuke assim.

— Lembra do Sai? O quanto ele ficou nervoso, colocou até a aliança na mão errada. — Ino comentou.

— Essa foi você. — a lembro.

— Ops! Foi! O Sai que me acalmou no final de tudo, mesmo ele ansioso.

Me levanto e a minha mãe me leva em frente do espelho.

O meu vestido é de renda na parte de cima, mangas longas e com uma saia de tule solta para não evidenciar a barriga. Me abaixo para a minha mãe colocar o véu na minha cabeça.

— Está linda, Sakura. — ela me fala emocionada.

— Grazie, mamma.

— Está na hora. — Mikoto fala. — Vamos meninas, todas. Nos vemos lá em baixo. — ela me dá um beijo na testa e faz o sinal da cruz no meu rosto. — Obrigada por enfim realizar o meu sonho, sempre imaginei o dia em que o Sasuke iria casar. Bom, agora irei descer.

— Certo, Mikoto.

No quarto, apenas a minha mãe ficou.

— Está perfeita. Nunca achei que iria te ver de noiva.

— Não era o meu sonho maior.

— Seu sonho maior sempre foi o diploma, ser a doutora Sakura Haruno. — afirmo com a cabeça. — Você está certa disso?

— Eu o amo. — digo outra vez, sei que ela está preocupada comigo. — Sasuke me ama, já ama o nosso bebê.

— Não tem não como esconder que ele não te ama. Espero e rezarei para que todos os dias a Madonna abençoe o seu casamento. — ela me entregou um rosário. — Vamos, já vai chegar atrasada, é um bom sinal.

Meu pai segura o meu braço e caminhamos pelo o tapete vermelho que nos levará até o altar. Olho para frente e vejo Itachi que fala algo para Sasuke e esse fica sem jeito. Posso até imaginar o tipo de coisas que homens falam.

O caminho não é longo, mas a cada passo um sentimento inexplicável toma conta de mim. A caminhada com Sasuke foi algo extraordinário, tivemos altos e baixos, a minha relutância em aceitá-lo foi a principal causa. No entanto, Sasuke foi ganhando cada pedaço de mim, me passava amor de forma sutil.

Eu não estava interessada nesse tipo de sentimento quando o conheci, tinha Sasori me mostrando a cada dia a decisão errada que tomei quando o aceitei. Mas relacionamentos são assim, aos poucos temos que descobrir cada parte da pessoa qual está ao nosso lado.

Com Sasuke, eu fui sendo apresentada com as suas piores no início. A cada sessão eu descobria o péssimo temperamento explosivo, sua sociopatia, o comportamento machista e, claro, sua ligação com o obscuro mundo do crime organizado. Ele me reservou o seu lado bom aos poucos, vi um homem amoroso e que não mede esforços para conseguir aquilo que quer ou a quem ama.

Ele não mediu esforços por mim.

Sei que ficarei bem ao seu lado, nos amamos e é isso que nos fará mover para frente. Não olhando nossas indiferenças. Inspiro carregada de sensações.

Os olhos de Sasuke estão fixados em mim; quando o meu pai me entregou a ele, Sasuke sussurrou no meu ouvido o quanto eu estava estonteante. O meu futuro marido está impecável, não seria no dia do casamento que ele iria decepcionar com o terno.

Sasuke me concede um rápido beijo na bochecha, nós apenas cruzamos olhares cúmplices. O padre inicia a sua fala recitando um sermão de matrimônio antigo, confesso que estou desligada. Olho para ele, mas não consigo memorizar e compreender o que ele diz, o nervosismo é uma sensação qual eu não esperava ter.

— Sasuke Uchiha, aceita casar-se com Haruno Sakura para honrá-la, respeita-la na saúde ou na pobreza, até que a morte os separem?

Sasuke dá um sorrisinho de lado.

— Até a morte é um bom tempo. — ele brinca. Os convidados sorriram. — Eu aceito.

O padre me faz a mesma pergunta, se alguém me falasse naquele momento que aquele homem explosivo e silencioso seria o meu marido, eu com certeza o analisaria como uma pessoa desequilibrada, porém, como Tsunade costuma falar: psicólogos tem a chave da mente na teoria, não a prática.

E aqui estou em frente a ele e acabo de pronunciar o sim.

— Eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

— A minha mulher. — ele repete um pouco abobalhado.

A tarantella é o ritmo que está sendo ouvido pelos os convidados da festa. As quinze mesas espalhadas no jardim estão completas de convidados. Estou ao lado de Sasuke recepcionando os convidados, boa parte deles são de famílias ligadas à máfia.

Sasuke conversa com o padrinho da tríade chinesa que veio nos prestigiar. Ele beijou a minha mão e me chamou de a senhora.

— Quero que vocês conheçam Hong Kong. — ele fala em um inglês com um acento chinês carregado. É um homem diferente do que eu pensei, é alto, tem um rosto alinhado e parece compartilhar com o Sasuke pelo gosto da alta alfaiataria. — A China é muito bonita. — ele bateu no ombro do Sasuke, está sorridente. — O padrinho aqui vai gostar muito de lá, vocês vão ser tratados como reis. Espero ver vocês lá.

Ele me abraça de surpresa, minha reação é um sorriso inesperado e por fim ele me entregou um envelope de casamento.

— Agora com licença, vou comer mais do Tiramisu. Muito bom.

— Obrigada.

Sasuke está com a mão enfiada no bolso e sorri para mim.

— Que figura. — falo desconcertada.

— Você não tem ideia. — ele responde.

— Quantas famílias estão aqui?

— Muitas.

Caminhamos pelo o jardim, apoio o meu braço no agora meu marido e ele envolveu a mão no meu pescoço, seguimos até a piscina. A festa flui normalmente, mas animada do que imaginei. Todos os presentes estão se divertindo, não distinção de quem é mafioso ou apenas um cidadão comum, todos são iguais aqui. Todos somos iguais, apenas nossas escolhas nos diferenciam. É isso que preciso acrescentar em minha psique na prática, pois tenho longas horas de teorias e artigos lidos.

— Você é um chefe querido. — falo observando os convidados.

— Sou um chefe justo. É assim que eles me veem.

— Entendo. — notei o olhar de Sasuke em direção ao irmão com o filho nos braços e Izumi, sua esposa, ao lado dele brincando. — Pelo o que você contava do seu irmão, achei que ele era bem mais temperado.

— Sim. Itachi sempre teve um comportamento explosivo.

— Por isso não deu certo no comando?

— Ele não costumava tomar as melhores decisões, quando estamos alterados não agimos bem, você sabe bem disso. Agora ele está feliz, em paz. Você está bem?

— Sim. Acho que a descarga da adrenalina da cerimônia está passando.

— Ficou nervosa? — ele me questionou curioso.

Suspirei um pouco, já tinha conseguido absorver tudo a minha volta.

— Um pouco, tive vários pensamentos de como foi a nossa jornada até aqui.

— Uma jornada complicada, só os céus sabem o quanto quis te enforcar. — ele brinca. — Valeu a pena todo esforço. — ele segurou a minha mão com sutileza e beijou a minha aliança.

— Sentiu o mesmo nervosismo?

— Um pouco. Itachi e Naruto fizeram questão de mostrar o lado negro do casamento, brincadeiras do mundo masculino.

— Não vou querer saber. — comentei em um tom de brincadeira.

— Mas não deixei de pensar em como chegamos até aqui.

— Arrependimentos?

— O único arrependimento que tenho é de eu não ter sido o seu primeiro amor, o seu primeiro homem. Esse é o único arrependimento. — seu polegar dedilha o meu lábio inferior. Desta vez sou eu que o beijo na impulsividade. — Tem algum arrependimento?

Nego com a cabeça, o meu único foi de ter o Sasori na minha vida e o quanto fui enganada. A sua morte já não me abala, acredito que consegui enfim achar uma paz interior que tanto eu precisava. A sua morte naquele exato momento era precisa, já não existe remorso dentro de mim.

— Estou em paz. — respondo e ele entende o que quis dizer. Já não existe dor.

— Eu não vejo a hora de sairmos daqui e irmos para a lua-de-mel. — ele me confidência no ouvido, não esperava menos, já que ele detesta festas. — Quer sair de fininho?

— Não irão sentir a sua falta? — pergunto.

— Per favore, cara mia, estão quase todos bêbados, eles já estão aproveitando a festa, só falta nós.

Seu olhar é malicioso para mim, não irei colocar a culpa nos meus hormônios, desejo Sasuke como nunca antes.

A fadiga toma conta do meu corpo. A necessidade de urinar frequente é uma das coisas que me irritam. Passo a mão na minha barriga e com a expectativa de que só faltam dois meses para tudo findar.

O verão já foi embora e outono se despedindo, já o inverno retorna. O clima amenizou, mas sinto ondas de calor sobre o meu corpo, efeito da gravidez. Durante a noite tive alguns pesadelos e juntando as idas ao banheiro eu mal dormi.

Olho na agenda o que tenho que fazer que hoje, por incrível que pareça, só quero ficar em casa na cama.

Sasuke está no banheiro se arrumando para o seu trabalho.

— Olhando a sua disposição, acho que algumas consultas vão ser canceladas. — ele surgiu no quarto, está colocando o terno.

— Preciso ir. Talvez na próxima semana eu fique em casa.

Ele sentou-se ao meu lado na cama. O seu cheiro invade a minha narina, já não sinto tanto enjoo.

— Laura irá me ajudar nesse período. Ah, acredito que o álbum da nossa lua-de-mel chegará hoje. — Sasuke? — noto que ele está um pouco aéreo. — Escutou o que eu falei?

Ele suspira.

— Está tudo bem?

— Sim. Venho para jantar. — ele me falou um pouco embananado.

— Falei do álbum, Sasuke. Da nossa viagem.

— Sim, da Grécia. — ele de costume me deu um beijo na testa. — Preciso ir, estou atrasado.

— Tutto bene. — respondo em desagrado.

Hinata, a mulher de Naruto, me faz companhia na hora do almoço. Conversamos sobre assuntos corriqueiros do dia, ultimamente ela tem sido a minha grande amiga por aqui, já que Ino está tão longe. Temos bastante em comum, a julgar por nossos maridos a trabalharem para a máfia. Hinata já saiu da fase de negação há muito tempo, ela vê como algo normal. Acredito que estou chegando perto desse estado. Ela brinca com o seu pequenino filho Boruto, em poucos meses serei eu a mamma preocupada dessa maneira.

A empregada me entrega um envelope e eu a agradeço, pelo o endereço sei que é da minha ginecologista, com certeza com a ultrassonografia revelando se é menino ou menina. Não aguentamos esperar mais.

É complicado comprar o enxoval sem saber o que será. Especialmente Sasuke que está ansioso, o mais curioso entre nós.

— Qual você prefere? — Hinata me pergunta.

— Queria ter preferência, mas... Sou encantada com meninas, embora criar meninos pareça ser mais prático. — é minha resposta sincera.

— Sim, o importante é que venha com saúde. — ela comenta e eu concordo.

Ela folheia o álbum da lua-de-mel, encantada com a ilha grega de Escópelos.

— Sim, acredita que só quando eu estava lá, notei que era o cenário do filme Mamma mia. — comentei distraída me lembrando dos momentos na ilha.

— Naruto me levou no nosso aniversário de um ano. Ele sabe que sou apaixonada por esses cenários de filmes românticos. — ela diz. — Me sinto como estivesse sendo parte do filme.

— Eu tive essa mesma impressão.

— Como está se sentindo na reta final?

— Não vejo a hora de isso tudo acabar. — comentei sorrindo. — A minha pressão está desregulada esses dias.

— Nervosa?

— Tudo ao redor. Eu li algo sobre o Gaara sair da prisão esses dias e minha pressão subiu, evitei contar ao Sasuke.

— Naruto me contou.

— Você não se incomoda em ouvir o submundo da máfia?

— Não, por um lado é bom, sei do que ele está fazendo, não me preocupo. Claro que todas as noites eu rezo e faço novenas. O padre deve me achar a católica mais devotas de todas. Eu costumava a ir com a Mikoto.

— Ela sempre vai.

— Rezou pelo o marido, na época do Itachi ela ia duas vezes à missa da manhã e da tarde, com o Sasuke ela voltou ao velho hábito.

— Acho que deveria ajudá-la nessa tarefa. — comento. Nunca foi de o meu feitio ser religiosa, no entanto penso que qualquer coisa que me traga a esperança de que na manhã seguinte o Sasuke chegará vivo, isso me ajudará.

Hinata sorri olhando as fotos.

— Sasuke parece não estar tão animado para tirar fotos.

— Ele não é a melhor pessoa do mundo para fotos, queria apenas ficar no quarto transando.

Sorrimos juntas e voltamos a olhar o álbum. Tive um pequeno flash do pesadelo desta noite, de alguma forma isso me deixa desconfortável.

Sonhei com Sasuke ensanguentado, o seu terno branco estava vermelho e ele caído em uma vala qualquer, na sua mão ele segurava uma arma. Estava morto.

Sonhos são nada mais que particularidades do nosso subconsciente, no entanto todo sonho há um simbologia, com certeza deve ser o meu medo reprimido e o medo de perdê-lo. Porém, essa sensação angustiante ainda permanece. Talvez esse seja um momento adequado para rezar.


Notas Finais


Esperamos que não seja uma premonição heuheuehueheueh


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