História Dividida Entre Dois Amores - Harmione - 16. Manipulação

Thomas levou Hermione para um hotel, dizendo que seria melhor para ela ter um pouco de paz e descansar. Ela estava abalada demais, enjoando fácil e queria mesmo ficar sozinha. Não sabia como reagir, estava emocionalmente confusa… ao mesmo tempo em que estava feliz por ter uma vidinha dentro dela, estava sentindo falta de Harry, sentia aquela mesma dor de todos aqueles anos voltando, estava confusa.

Thomas estava tão feliz que não conseguia esconder. Estava conseguindo tudo que queria. Conseguiu Hermione, seu verdadeiro amor, conseguiu engravidá-la - o que não foi difícil, ele só trocou o líquido dos frascos de anticoncepcional por água, as tentativas era o que não faltavam, eles tinham fogo demais. Tudo estava dando certo, menos a ideia estúpida de seu irmão. Isso era o de menos. 

Mas algo o incomodava. Hermione não estava tão feliz, só vomitava, não queria comer, estava fraca e ficava na cama o dia todo. Thomas estava ficando irritado com isso. Eles tinham uma vida perfeita, por que ela não podia ficar feliz? Era algo tão simples.

Ele ficava ao seu lado, acariciando seus cabelos enquanto ela conseguia dormir ou quando estava deitada. Ficava pensando no que fazer para Hermione esquecer Harry e se deixar ser feliz com ele.

• ♡ •

Harry estava com medo, principalmente quando Joseph voltou. Ele olhou para Harry e respirou fundo, se aproximando e abaixando na frente de Harry com sua varinha na mão. 

- Sabe, Potter, eu pretendia te torturar e te matar… mas meu irmão resolveu ser um babaca e vamos mudar isso. - ele sorriu.

- O que você vai fazer comigo? 

- Vou fazer você acabar com meu irmão. - ele sorriu e deu um soco no rosto de Harry, quebrando seu nariz.

Apontou a varinha para Harry e lançou um Sectumsempra, querendo que ele ficasse com bastante machucados. Harry gritava agonizando de dor. Joseph interrompeu o feitiço e fez o sangramento estancar, apontando a varinha para a cabeça de Harry, alterando suas memórias.

Fez Harry desmaiar em seguida, o que não foi difícil pois ele já estava fraco demais, e o levou para uma rua qualquer da Londres bruxa, sumindo em seguida. Thomas teria o que merecia. 

• ♡ •

Hermione estava começando a rejeitar os carinhos de Thomas em apenas dois dias em que estavam no hotel, mas voltara a se alimentar pelo bebê. Podia sentir que não era a hora certa para isso, mas não iria abortar, nem deixar seu bebê sofrer, afinal, ele não tinha culpa. 

Ela passou a amá-lo e Thomas passou a odiá-lo. Hermione estava mais fria com ele, apesar de todos os mimos que ele tentava fazer para ela. 

-  Amor… o que está acontecendo? - ele perguntou e se sentou na cama. Ela estava deitada em silêncio, mas não conseguia dormir.

- Eu te falei que não era o momento certo… 

- Eu não tenho culpa, Mione. - ele suspirou. - A poção não é cem por cento segura, você sabe disso. Mas eu sempre quis isso, e com você é a realização de um sonho. Você e agora esse bebê são tudo para mim.

Hermione suspirou. - Tudo bem. Eu acho que devem ser os hormônios… - ela sussurrou e se sentou, olhando para Thomas. - Eu não deveria te culpar por essa gravidez, me desculpe.

- Só não me afasta, por favor… - ele sussurrou e seus olhos se encheram de lágrimas verdadeiras. Ele não podia perdê-la. 

- Eu não vou… - ela suspirou e o abraçou um pouquinho forte, deitando sua cabeça no ombro dele e pensando. Estava muito mal ainda, mas conseguiu se acalmar um pouco. 

Thomas estava mais aliviado e feliz. Hermione era tudo para ele e jamais aceitaria perdê-la.

Um dia depois, Thomas pensou muito e resolveu que iria contar a verdade para Hermione. Suspirou e foi até o quarto. Ela estava lendo, tentando se distrair, pois não teve nenhuma notícia há quatro dias.

- Amor, preciso conversar com você… - Thom disse e suspirou, se sentando em frente à ela.

- O que aconteceu, amor? - ela fechou o livro após marcar a página e sorriu docemente para ele.

- É sobre o Potter… - ele suspirou.

- O que aconteceu com o Harry? Encontraram ele? - ela ficou mais tensa ao mesmo tempo em que esperançosa. 

- Não sei… - ele suspirou e abaixou a cabeça, parecendo mais sensível e indefeso. - Eu descobri quem sequestrou ele…

- Como?

- Meu irmão. - Thom fechou os olhos, querendo parecer mais inocente do que realmente era. Se convencesse Hermione de que não tinha nada a ver com isso, ela o defenderia até o fim.

- Seu irmão? Joseph? - ela balançou a cabeça negativamente e ofegou. - Thomas, você sabia disso o tempo todo?

- Não, amor… Joseph me contou e assim que ele fez isso, mandei que ele libertasse o Potter. Desculpa, eu sei que devia ter contado, mas ele é meu irmão e eu… eu só queria protegê-lo, é minha família… mas sei que…

- Por Merlin, Thomas. - ela se levantou e foi correndo para o banheiro, enjoada. Colocou o café-da-manhã para fora e chorou, como sempre acontecia quando vomitava. Thomas segurou seus cabelos e forçou as lágrimas a caírem pelo seu rosto.

- Desculpa, amor… - ele sussurrou.

- Thomas… por que não contou antes? - ela olhou para ele, fraca demais, se sentando no chão do banheiro.

- Eu não sabia como falar, Mione… eu sei que você não me culparia por isso, por Merlin, eu nunca quis isso… estava feliz com você e não seria capaz de fazer mal para ninguém. 

- Ele soltou o Harry?

- Eu não sei, não tivemos notícias, não consegui falar com ele.

- Que merda, Thom! - ela chorou. Se apoiou nele e levantou com dificuldade, indo escovar os dentes com ajuda dele. Thom a pegou no colo e foi para o quarto, deitando-a na cama. - Thom, e se ele machucar o Harry?

- Não pensa no pior, meu bem… - ele acariciou o rosto dela delicadamente e ela agarrou sua mão, apertando-a. 

- Chama Rolf aqui… por favor. Podemos confiar nele.

- Mas e se mandarem Joseph para Azkaban? Ele merece, mas… - Thom suspirou. O irmão era um idiota, mas não queria vê-lo em Azkaban.

- Vamos conversar com ele, amor, mas Harry não merece sofrer ainda mais… 

- Tudo bem… - ele suspirou e deu um beijinho em seu rosto, se levantando e indo para a sala. 

"Que merda, Joseph, seu idiota!", ele pensou enquanto pegava o papel de carta e escrevia uma para Rolf. Entre ele e o irmão, ele se defenderia em primeiro lugar sempre. 

Após mandar a carta, pegou um copo de whisky e se sentou na poltrona, bebendo e pensando. Joseph não conseguiria estragar sua vida, ele não admitiria isso.