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História Diz-me Quem Sou... - "Broken Girl"


Escrita por: Lucy_Scarlet_

Notas do Autor


Olá! Então vim deixar-vos mais um capítulo! Um pouco mais tenso, mas espero que gostem. Custou-me a escrever mas creio que é essencial para o decorrer da ação. Em breve irão aparecer mais sobre os outros personagens e no próximo capítulo posso ja deixar um spoiler... Terá GaLe! <3

Não deixem de comentar, quero o meu alcance de volta :c e vamos conquistar todos de novo! Esta fanfic é um amor para mim e tenho muito carinho por ela.

Sem mais delongas, aqui tenham o voss capítulo.

Capítulo 26 - "Broken Girl"


Fanfic / Fanfiction Diz-me Quem Sou... - "Broken Girl"

Look what he’s done to you,

It isn’t fair

                - Jude, o que fez?! – Corri em direção a Yumi, deitada sobre o chão gelado. Ela sangrava. – Yumi! – Comecei a chorar repentinamente, vendo-a soluçar, quase sem se mexer.

                Yumi sangrava das suas pernas, todo o seu corpo tremia de dor e medo. Ela havia sido violada. Culpei-me pelos minutos que desperdicei e que poderia ter ganho ao salvá-la daquele monstro. Não me iria perdoar nem sequer ao bastardo que se ria diante mim. Cerrei os punhos com força, estremeci por instantes e entranhei que iria descontar toda a minha raiva naqiele maldito.

                - Princesa… - Yumi murmurou com esforço, por detras dos seus cabelos molhadas e a boca ferida no canto.

                - Não te esforces. Está tudo bem. – Sorri forçadamente e afastei-lhe os cabelos da face, colocando-os atrás da orelha. – Ela tem de ir ao hospital! – Gritei para Jude, que desligou o sorriso do seu sorriso e fitou-me seriamente. – Ela está a sangrar, seu monstro! ODEIO-O! – As lágrimas deslizavam por entre os meus gritos.

                - Ela não vai a hospital nenhum, inocente de merda. – Ele caminhou na minha direção com um punho cerrado.

                - Vai, e eu mesma vou levá-la. – Ergui o meu corpo rapidamente e enfrentei-o com toda a coragem que detinha dentro do meu peito.

                Repentinamente, ele agarrou nos meus cabelos com força e puxou-me para si, fazendo-me grunhir de dor. Agarrei-lhe na mão e tentei libertar-me, porém, sem qualquer efeito. Ele rosnou alto de raiva e segurou-me no queixo, mantendo-o firme e para cima.

                - Se tu fizeres algum tipo de reclamação, podes ter a certeza que hoje será o ultimo dia que a vês com vida. – Ripostou entre dentes.

                - Você é tão repugnante ao ponto de me fazer senti nojo de si – Olhei para  ele com desdém, sentindo a sua mão puxar ainda mais o meu cabelo.

                - Meto nojo, não é mesmo? – Ele sotlou umas gargalhadas maliciosas. – Então, deixa-me mostrar-te o que realmente te irá fazer sentir nojo de mim.

                Não consegui proferir mais qualquer palavra, pois Jude atirou-me contra o chão, fazendo as minhas pernas cederem de tal forma que apenas consegui gritar de dor, assim quem as senti torcer. Arrastou-me pelos cabelos, como se eu apenas fosse um saco qualquer. Agarrei nas mãos deles e tentei soltar-me a todo o custo, porém, ele detinha tanta força que eu apenas me senti submissa aos seus atos. Eu gritava para que ele me soltasse e ele soltava risadas debochadas. A dor era tanta no topo da minha cabeça, que julguei que ele me havia arrancado uns quantos cabelos pela força que exercia sobre os fios. As lágrimas escorriam pela minha face, como sinal de sor e sofrimento, mas eram ignoradas totalmente.

                - Irá ser a última vez que me irás desobedecer. – Ele proferia sem olhar para mim, levando-me para dentro do seu escritório.

                Após me ter arrastado todo aquele caminho, atirou-me para a frente, fazendo com que eu batesse com a cabeca novamente no chão. Gemi de dor e fiquei quase por debaixo dele. Vi-o sorrir abertamente e retirou o cinto das suas calças. Eu tremi por todos os cantos e a minha espinha contorceu-se. Os meus olhos castanhos arregalaram-se com o que eu estava a ver. Não iria acontecer de novo.

                Rapidamente se debruçou sobre mim e agarrou na minha roupa. Puxou a camisola para cima e agarrou-me nos ombros. Gemi de dor devido aos ferimentos num dos ombros. Virou-me de costas para si, empurrando-me contra o cchão gelado. Tentei força o meu corpo, contudo, ele pisou uma das minhas mãos, mantendo-me imóvel. Grunhi pela dor que tal ato me provocou, sentindo os meus ossos juntando-se completamente.

                - E vais assim vestida para escola? – A voz dele soava de longe, sentindo-o esticar a fivela nas suas mãos. – Puta que nem a tua mãe. Eu terei de remediar esse comportamento. -  Sorriu de canto.

                Fechei os olhos com força e rangi entre dentes, pois estava indefesa e não tinha como escapar. Sentia-me imputente em todos so sentidos. Não conseguira salvar Yumi de ser estuprada e ela poderia contrair alguma infeção devido ao sangramento. Provavelmente teria de ser operada e eu não a poderia levar ao hospital, ainda mais por saber do que Jude seria capaz. Só esperava que ela curasse e iria ajudar em tudo o que pudesse para que ela ficasse melhor.

                Entre os meus pensamentos para comigo mesma, fui interrompida pelo esticar do cinto sobre as minhas costas. Soltei um grito de dor e tornei a chorar abrutamente, com grande intensidade. Senti a pele rasgar no exato momento após o embate da fivela. Todo o meu corpo se endureceu e sentia-me fraca e frágil naquele momento. Só desejava o fim daquele massacre rapidamente e que eu encontrasse uma maneira de me defender. Fez-se soar outra chicoteada e mais um grito saiu da minha boca sem ter meio de o interromper. O riso de Jude fazia-se eocar naquela sala, sendo quase cortado pelo movimento do cinto.

                - PARE! POR FAVOR! – Eu implorava entre o choro, não aguentando a dor que aquilo me proporcionava. – POR FAVOR! Por favor…

                - Fica descansada que o espetáculo ainda mal começou. – Zumbiu com um semblante maldoso e sínico.

                Mais duas chicoteadas se fizeram ouvir em eco e mais gritos sairam da minha boca como resposta, sentido o sangue escorrer pelas minhas costas. Marcas ficavam na minha pele, como sinal de desobediência, impotência e fraqueza. Senti um desejo súbito de morrer, seria melhor do que suportar toda a tortura que se seguiria em seguida. O cinto bateu no chão e então eu soube que aquele terror havia cessado. Porém, senti-o debruçar-se novamente sobre mim, tocando sobre cada ferida nas minhas costas. Bati com a testa no chão e fechei os olhos com força, gemendo de dor a cada toque. Doía tanto fisicamente como psicologicamente. Sentia a minha alma ser esfaqueada e esquartejada a cada segundo. Seguidamente, ele colocou uma das suas mãos sobre a minha coxa direita, subindo-a devagar. Estremeci de medo e terro assim que vislumbrei o que se seguiria após tal ato. Eu apenas quis sair daquele lugar e revirei o corpo para cima, dando um pontapé na sua mão. Tentei rapidamente erguer-me para fugir dali, mas Jude agarrou o meu pescoço e prensou-o contra o chão.

                - Meu amor, escusas de tentar fugir, porque das minhas mãos nunca irás sair. – Sussurrou-me junto ao ouvido, fazendo-me sentir uma enorme raiva interior.

                Antes que eu pudesse fazer algo em protesto,  Jude prendeu os meus dois braços no topo da minha cabeça apenas com uma das suas mãos. Rapidamente desabotoou as calças e puxou a minha calcinha para baixo, mesmo que eu esperneasse. Manteve as minhas pernas abertas com a outra mão e senti-o colocá-lo dentro de mim. Soltei um grito enorme de dor, pois eu ainda era virgem. Comecei a chorar aos prantos, tentando escapar a todo o custo. Tentei soltar as minhas mãos, no entanto apenas sentia a estocadas que ele dava sobre o meu corpo. O sentimento era horrivel e nojento, sem piedade alguma. O meu corpo quebrou por completo e a minha sanidade foi totalmente consumida. O meu choro não parava e a dor partia qualquer restia de amo que pudesse sentir dentro do meu peito. Os meus sentimentos foram dilacerados pela quebra da inocência. Jude divertia-se a todo o custo, enquanto me rasgava sem pudor nem compaixão.

                - JUDE PARA! PARA! – Eu gritava e implorava, tentando me mover para me soltar.

                Aquele inferno realmente queimava e parecia que eu iria conhecer a morte em breve. Sentia as minhas costas feridas contra o chão e o meu corpo tremia para cima e para baixo com os movimentos, fazendo com que a pele cortada raspasse contra as porosidades do chão.

                Foi então que ele parou. Retirou-o de dentro de mim e soltou-me. O meu corpo caiu morto, imóvel, dilacerado e esbatido. Não conseguia reagir após aquele ato frio e malévolo. Jude apertou as calças e colocou o cinto de volta. Fechou a barguilha e ajeitou a camisa. Limpou a garganta, retirou-se do local e disse:

                - Que te sirva de lição.

                As lágrimas não cessavam e eu chorei em silêncio. Não me consegui levantar por conta das dores, porém necessitava de ver como é que Yumi estava. Não tinha forças para nada e apenas pensei num local seguro para Yumi passar a noite. Naquela casa ela não iria dormir e eu tinha de aproveitar o momento em que Jude se iria retirar para levar Yumi sem segurança. Tentei agarrar no meu celular, que ainda se encontrava no bolso da camisola. Tremia por todos os lados, mas mesmo assim conseguir discar o contacto de Erza. Cliquei para ligar para a ruiva e esperei que ela atendesse.

                - Alô? Lucy? – Erza respondeu do outro lado, mas ouvia-se um enorme barulho no local aonde ela se encontrava.

                - E-Erza… - Murmurei com esforço e engolindo as lágrimas.

                - Lucy? O que se passa? Mal te consigo ouvir – Ela tapava o ouvido com a mão para que conseguisse escutar melhor.

                - Preciso… P-Preciso da tua a-ajuda – Balbuciei quase sem consciência, sentindo a dor consumir-me o corpo.

                - Ajuda? Mas que voz é essa?! Lucy o que se passa?

                - A Y-Yumi…

                - Yumi? A tua empregada? – Do outro lado ela mandava baixar o som da música. – O que se passa?! Eu vou já a para aí!

                Desligou a chamada e eu deixei o celular cair juntamente com o meu braço. Não consegui proteger Yumi e mal consegui defender-me de Jude. Perguntei-me várias vezes a razão pela qual ainda me mantinha viva naquele instante. A dor era tremenda, mas a voz já falhava e o corpo não respondia por si. Senti uma enorme dormência e os meus olhos rapidamente se deixaram levar pela sonolência. Apaguei instantaneamente.

-x-

                Acordei repentinamente ao ouvir o barulho de um motor de um carro perto da porta de entrada da minha casa. O carro desligou e escutei passos. Deveria ser Erza, que vinha em prantos e ansiedade. Do nada ouvi a sua voz alta, gritar o meu nome enquanto a sentia cada vez mais perto. Ela parecia enraivecida e ao mesmo tempo preocupada. Abriu a porta que estava encostada e soltou um grito. Presumi que tivesse avistado Yumi desmaiada no chão da entrada.

                - Filho da puta! – A ruiva barafustou, tentando procurar pelo paradeiro do homem que havia feito aquilo, porém nem sinal dele.

                Consegui levantar-me com esforço, antes que ela me avistasse. Não queria que ela descobrisse o que Jude me tivera feito, pois poderia gerar um problema ainda maior. Rapidamente puxei a camisola para baixo, sentindo-a colar ao sangue que ainda escorria vivo pela pele. Puxei a calcinha para cima com esforço e ajeitei a saia rodada, tentando torná-la mais composta. Virei-me para a porta e esperei que ela aparecesse. Assim que me coloquei em pé, engoli em seco e senti algo escorrer pelas minhas pernas lentamente.

                “Foda-se” – Pensei para mim própria, percebendo o que se estava a passar.

                A minha mão tremia freneticamente. Toquei ao de leve na minha perna sentindo o líquido tocar nos meus dedos. Olhei para baixo e avistei a cor avermelhada. Os meus olhos arregalaram-se, porém, a surpresa era pouca. Rapidamente fechei as pernas, para que o sangue não escorresse mais, uma vez que não tinha tempo sequer de disfarçar melhor. A ruiva avistou-me e correu na minha direção com um semblante um tanto preocupado.

                - Lucy! – Ela chamou-me, alcançando-me. – O que é que se passou?! – Agarrou nos meus ombros e eu senti-me fraquejar.

                - Está tudo bem comigo. – Tentei sorrir o melhor que pude, porém, Erza conhecia-me demasiado bem para acreditar num sorriso foleiro.

                - O que é que se passou, Lucy? – Ela insistiu.

                - Yumi foi violada por Jude… - Baixei a cabeça e não consegui conter as lágrimas do meu fracasso. – Não cheguei a tempo.

                - Hey, tu não sabias que ia acontecer – Ela respondeu, tentando confortar-me. – Mas e tu, ele fez-te alguma coisa?

                - Ah, não. – Ergui a cabeça. – Consegui impedi-lo se fazer alguma coisa. – Engoli em seco, porém, não poderia contar nada.

                - De certeza?

                - Sim, sim.

                - Hm… okay. – Assentiu com a cabeça. – Mas não podem passar a noite aqui. Yumi tem de ir ao hospital, urgentemente.

                - Ela não pode! – O meu tom de voz mudou, mais sério e triste.

                - Estás maluca?! Ela pode sofrer uma infeção!

                - Jude ameaçou-me. – Desviei o olhar, relembrando tudo de novo. – Disse que iria matar Yumi caso eu pensasse em levá-la ao hospital. E ele é capaz disso. – As lágrimas voltaram a cair, os punhos cerraram com força e o meu corpo estremeceu. – Não sei o que fazer…

                De repente ouvimos um estrondo. O barulho de pneus gastos a deslizarem pelo asfalto queimado soou alto e grave. Ambas olhámos para trás assim que ouvimos passos fortes e descompassados. Um arfar pesado seguiu-se pausado entre a correria.

                - CHEGUEI CARALHO!

                O grito soou alto e a frequência bateu em todas as paredes até perder a força. Assustei-me no exato momento em que reconheci a voz e senti o mundo cair bem debaixo dos meus pés.

                - Dragneel? – A ruiva perguntou com uma sobrancelha arqueada.

                - LUCY! – Ele gritava olhando para todos os lados. – EH CARALHO, QUE É ISTO? PUTA QUE PARIU! – O rosado assustou-se e tremeu de raiva, olhando para a sala do fundo assim que reconheceu em seguida duas figuras paradas no escuro.

                - Natsu?

                - O que é que pensas que estás aqui a fazer?! – Erza colocou as mãos na cintura e virou-se para o rosado, que vinha na nossa direção.

                - A loira saiu da sala do nada e eu queria saber o que se passou – Explicou rapidamente. – Só saí agora e vim o mais rápido que pude. O que é que se passou ali? – Apontou para trás, referindo-se a Yumi.

                - Não aconteceu nada – Respondi prontamente, pois não queria Natsu envolvido.

                - Foi o teu pai, não foi?!

                - Não tenho pai. – Desviei o olhar, fazendo força com as pernas, pois sentia ainda o sangue escorrer. – Natsu, vai-te embora.

                - Eu vim buscar-te.

                - Buscá-la para quê? – A ruiva quis saber, inclinando-se um pouco para diante.

                - Ela não vai passar aqui a noite. – Respondeu Dragneel, cruzando os braços prontamente.

                - Vou. – Indaguei num tom frio. – Erza, leva Yumi para casa, por favor. Ela não pode ficar aqui.

                - Tudo bem. Eu levo-a. A minha mãe já foi enfermeira, de certeza que ela pode dar um jeito. – Erza concordou, acenando com a cabeça positivamente. – Mas tu não podes ficar aqui sozinha.

                - Jude vai voltar não tarda, eu e Yumi não podemos ficar no mesmo local. Yumi não pode ser encontrada nos próximos dias e amanhã há um jantar de negócios, tenho de amenizar o ambiente. – Expliquei num tom suave, gesticulando à medida que falava.

                - Nem penses que ficas aqui – Natsu ripostou fortemente, andando uns passos na minha direção.

                - Eu fico. Vão embora rápido. – Avisei rudemente, mandando-os sair.

                - Lucy, não podes ficar sozinha. – A ruiva afirmou preocupada, tentando persuadir-me. – É demasiado perigoso. Ainda mais no estado em que estás. Lembras-te da manhã de hoje, não te lembras? – Acenei ainda tímida. – Pronto, sozinha não ficas. – Rodou a cabeça para Natsu e suspirou pesadamente. – Natsu, leva-a para casa. Ela passa lá a noite.

                - Não, Erza! Eu fico. Não quero envolver mais ninguém nesta história. – Eu fiz sinal de negação com os braços.

                - Ela vai comigo. – O rosado afirmou firmemente, acenando com a cabeça.

                - Eu estou a colocar confiança em ti, Natsu. – A ruiva cuspiu friamente, apertando os olhos.

                - Até parece que não me conheces…! – Colocou as mãos na cintura e deu uma pequena risada.

                - É exatamente por te conhecer que digo isto.

                - Oh, c’mon! – Revirou os olhos, rendido. – Não te preocupes, a loirinha fica bem entregue.

                - A sério…? – Cruzei os braços e apertei os olhos, mostrando uma feição aborrecida, porém eu sabia que estava contente por ficar em casa do Dragneel.

                - Não percamos tempo. – A titânia mandou-nos embora.

                Natsu caminhou na minha direção e sorriu de leve. Retribui o sorriso e desviei o olhar. Ele tirou o casaco que vestia e colocou-o nas minhas costas. Agradeci aos deuses pelo ato do rosado, menos uma oportunidade de alguém perceber o que havia acontecido naquela noite. A ruiva fuzilou-o com os olhos e ele engoliu em seco, com medo.

                - Vou andando, tempo perdido é precioso. – Erza disse retirando-se, indo em direção a Yumi, ainda deitada inconsciente no chão.

                - Vamos nós também. – O rosado indagou sem me olhar, caminhando à minha frente.

                Tentei andar, mas caí direta no chão. As minhas pernas doíam imenso e a minha intimidade latejava. Rangi os dentes de dor assim que Natsu se virou, percebendo de onde havia saído aquele barulho.

                - Então, loira? – Ele correu na minha direção e agarrou-me nos braços. – Outra vez?

                - Estou bem, estou bem. – Tentei que ele me soltasse, porém, ele continuou a segurar-me.

                - Uma pessoa que cai assim do nada ou está bêbada ou está magoada. Não está bem. – Indagou ironicamente, ao que eu revirei os olhos. – Não me revires os olhos, Lucy.

                - Cala-te. – Ripostei, olhando-o diretamente.

                - Vamos, levanta-te – Ignorou a minha ordem e fez força para cima, para que eu me pudesse levantar.

                Foi então que as minhas pernas fraquejaram e o olhar perspicaz do rosado alcançou o motivo. Os olhos esverdeados dele pararam exatamente no sangue que se avistava molhando as minhas pernas. Fechei os olhos e amaldiçoei-me internamente, lançando-me todas as pragas possíveis.

                - O que é isso, Lucy? – Ele apontou para o sangue que escorria.

                - Nada. – Virei a cara com lágrimas nos olhos. – Eu disse-te que eu andava sozinha.

                - Isso é o que eu estou a pensar que é?

                - O quê? Não! – Olhei para ele repetinamente, mas já me havia entregado. Não havia caminho para dar a volta.

                - Porque é que não disseste nada?! Nem à Erza! – Ele agarrou-me num dos braços e ralhou comigo. – Eu juro que o mato! – A raiva era visível nos seus olhos, entre chamas. – Que raiva!

                - Deixa, Natsu. Não importa. – Murmurei rendida, cabisbaixa e melancólica.

                - Deixa?! Aquele traste violou-te e tu ages desta forma?!

                - É a minha vida, okay? – Rangi entre dentes, fitando-o nos olhos, enquanto lágrimas caíam pela minha face.

                - Vamos para casa, eu não te deixo aqui de maneira nenhuma agora.

                O seu braços esquerdo alcançou ambas as minhas pernas e circundou-os, enquanto a mão direita dele pousava sobre os meus ombros, ainda envoltos no casaco dele. Não reclamei, afinal estava deveras cansada e dorida para conseguir andar. Notei um sorriso leve no rosto de Natsu assim que me viu encostar a cabeça no seu peito. Segurou-me no colo firmemente e começou a caminhar pelo escuro daquela casa abandonada. Por vezes verificava se eu estava confortável, o que me aquecia o coração. De certa forma estava agradecida de ele me ter encontrado e que não teria de passar a noite naquela casa. Sentia-me aliviada que Yumi estaria num lugar seguro nos próximos dias e que não iria ser facilmente encontrada. Uns dias afastada daquele ambiente iria fazer-lhe bem. A minha preocupação não seria tão grande.

                Natsu caminhou até à entrada da casa e eu verifiquei que Yumi já não se encontrava ali. Sorri de alívio e voltei a encostar a cabeça no peito do rosado. Um peito robusto e quente, confortável. Fechei os olhos por momentos, queria apenas descansar um pouco. Senti os lábios de Natsu encostarem no topo da minha cabeça e o ruído de um beijo estalou no cimo de mim. Sorri e corei vagamente.

Ele alcançou a chave do carro e ligou-o, destrancando as portas. Abriu a porta da frente e tentou sentar-me, fechando a porta em seguida. Encostei a cabeça no vidro e voltei a fechar os olhos. Lembro-me de ter frio no exato momento em que adentrei no carro. O rosado abriu a porta do condutor e adentrou, sentando-se e colocando a chave na ignição. Olhou para mim e fitou-me por momentos. Colocou as mãos no volante e ligou o carro. Não dei pela viagem, pois havia adormecido. Apenas me sentia segura com ele, sentia que lhe pertencia, que todas as nossas brigas tinham cessado, embora ainda houvesse a nossa posição individual de marcar território.

“- Como o pai dela é um homem de negócios, provavelmente irá ao Jantar de amanhã.” – Natsu pensou para cima, enquanto conduzia de volta a casa. – “Não deixarei barato. Se não o matar, deixá-lo-ei morrer numa valeta qualquer.” – O rosado olhou para mim e verificou o corte que ainda cicatrizava na minha bochecha. – “E aquele corte… aposto que foi ele. Sinto-me um bastardo… e ainda me pergunto o porquê de ela me ter perdoado, quando me devia ter colocado de parte por tudo o que lhe fiz.” – Abanou a cabeça negativamente, focando-se no caminho. – “Mas não esperava apaixonar-me por esta miúda. Não mesmo. No entanto, sempre fui de quebrar promessas.” 


Notas Finais


E então? Gostaram? Um pouco mais comprido que o anterior para voltar às raízes! Espero que tenham gostado e favoritem muito! Comentem e se quiserem mostrem a um amigo ou amiga para ler também!

Em breve postarei outro capítulo! Ja neeeeee


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