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História Diz pra Mim - Divergências


Escrita por: DaniCattus

Notas do Autor


Bom dia! Feliz Ano Novo bem atrasado a todas vocês, acontece que no final de ano não saiu nada, eu disse absolutamente nada da minha cabeça (isso é mega frustrante pra qualquer autora). Daí passei uns dias na casa da minha querida vovó, onde fico sem net. Então pois é... Tava difícil.
Mas voltei e nesse capítulo Sakura é uma grande sortuda! Boa leitura e não sintam inveja da nossa rosada (difícil hein!)

Capítulo 18 - Divergências


Fanfic / Fanfiction Diz pra Mim - Divergências

Mesmo de seus aposentos, Sasuke conseguia ouvir os gritos de Madara. Àquela altura, deveria estar com marcar de olheiras em suas feições, o cabelo estava revirado, o que não fazia muita diferença no estilo de seus fios rebeldes. Passara a noite toda se lembrando do estado degradante do irmão, se segurando para não adentrar o quarto de Madara e lhe cortar o pescoço de fora á fora.

No exterior do cômodo, um ninja já o esperava e mesmo com sua mudez, soube que o estranho de negro estava ali para acompanhá-lo.

–Até mesmo a Akatsuki deve estar ouvindo seus berros. –disse naturalmente adentrando a sala em que o tio costumava ficar.

– Olhe em minhas feições e diga que não tem nada á ver com o sumiço de seu onii-san Sasuke! –ordenou irado assim que o viu.

– Itachi... Como assim ele sumiu? Pensei que nosso calabouço era bem vigiado. –com suas expressões frias, fez-se de desentendido.

– Eu mandei que o transportassem para uma prisão distante, no meio do percurso porém, alguém o pegou.

– Alguém o... Quer dizer que Itachi pode estar em qualquer lugar, nas mãos de sabe-se lá quem? Como pôde ter deixado incompetentes incumbidos de meu onii-san?! –injuriado, Sasuke segurou Madara pela gola de seu quimono.

– Não queira bagunçar as coisas aqui Sasuke, ambos sabemos que se alguém livraria Itachi das grades, esse seria você. –livrou-se do aperto, ajeitando seus trajes logo em seguida. – Soube que ontem á noite, mandou uma equipe de ninjas cobrirem o portão leste, sendo que aquela área já estava guardada.

– Não estava guardada quando vistoriei, por isso ordenei a primeira equipe que encontrei pela frente para fazê-lo. Talvez acreditar nesses seus ninjas não seja a melhor escolha, homens mascarados tendem a mentir. –contrapôs firmemente.

– Talvez tenha razão, mas não é como se eles pudessem mentir para mim, já que são meus olhos. –um sorriso surgiu nos lábios de Madara, como se tivesse se lembrado de uma piada que só o mesmo conhecia. – Além disso, foi você quem traiu todo o clã uma vez, tende a ser primeiro o suspeito.

– Pense o que quiser. Se pretendesse arrebentar as correntes de Itachi, já o teria feito á tempos. Agora espero que não se importe que eu saia para corrigir seu descuido. –disse virando-lhe as costas.

– Claro que não, desde que esteja acompanhado. E não se esqueça de seus demais afazeres, a garota irá se encontrar com o Akatsuki hoje.

Sasuke saiu da sala, acompanhado de cinco dos ninjas do tio. Deveria ficar alerta, Madara estava desconfiado e aqueles homens de preto não sairiam de perto de si. Então trataria de simular que estava realmente á procura do irmão, deixando-os bem longe de seu real paradeiro.

...

Decidira deixar Mikoto sozinha. A mesma soube do desaparecimento do filho mais velho e desde então, estivera inconsolável. Sakura entendia a dor de Mikoto, queria poder dizer que agora Itachi se encontrava á salvo, embora seu estado não fosse dos melhores, no entanto sabia que não poderia, pois a Uchiha e seu extinto materno a levaria a revelar seu paradeiro no intuito de reencontrá-lo.

Andou pelo distrito até encontrar o pequeno riacho que sempre apreciou desde criança. Na água, via seu reflexo bem diferente de quando se transformava, apesar de tudo, era sem produção que mais se reconhecia e apreciava suas reais qualidades.

– Sakura-san! –ao seu lado, surgira Lee.

– Lee... Vejo que se identifica com este lugar também, já é segunda vez que o encontro por aqui.

– Gosto dessas águas, pois quando olho para elas com todo o meu coração, enxergo a juventude que queima dentro de mim! –discursou animado. – Foi assim que meu mestre ensinou-me a ver todo o meu espírito, basta olhar bem para seu reflexo nas águas.

– Também me identifico com minha imagem que vejo ali... Esse seu mestre me parece sábio, a propósito, de onde veio?

– De um mundo ao sul daqui, lá os objetos tomavam vida, os animais falavam e as sombras tinham formas. –Lee descreveu, parecendo um tanto atordoado na última parte de seu discurso.

– Toda sombra tem uma forma, pois ela reflete algo ou alguém Lee. –rebateu e o estranho rapaz arregalou seus grandes olhos incrédulos.

– Não Sakura-san, não são como as sombras das árvores que vê por aí. São seres feitos das sombras, invocados por algum mal maior e combatidos somente com a luz. Antes eles só existiam ao sul, mas agora já os vejo por toda a parte. Não fique no escuro Sakura-san, não deixe que eles a peguem! –dito isto, Lee saiu correndo assim como o alce corria de um leopardo.

Confusa com as palavras de Lee e com um pouco de pena do rapaz, Sakura retornou ao casarão, para logo arrumar-se para mais uma noite na casa de chá. Criadas lhe ajudaram no lugar de Mikoto, que continuava fechada em seus aposentos.

Ao sair, avistou Sasuke que com um aceno demonstrou que estaria cumprindo seu dever de longe. Chegando á casa de chá, logo tratou de cumprir seus afazeres. Ela tocou melodias, serviu as bebidas quentes e entreteve os frequentadores com conversas fluídas e leves. Entre uma atividade e outra, Sakura buscava certo ruivo com o olhar, mas Sasori não dera às caras a noite toda.

Ainda assim, Sakura continuou seus deveres até que o estabelecimento fosse fechado e enquanto esperava seu pajem lhe buscar, fora surpreendida por um toque sutil em seu ombro e ao virar-se, dera de cara com os olhos castanhos de Sasori:

– Sasori-sama.

– Sakura... Lamento não ter vindo mais cedo prestigiá-la, no entanto não poderia deixar de vê-la.

– Sua ausência foi notável, a casa até parecia de certa forma vazia. –rebateu com doçura em sua voz.

– Espero que ainda seja tempo... Sei que não tem o dever de agradar cliente algum agora, mas será que poderia dançar para mim? –indagou educadamente.

– Seria uma honra. –concluiu pegando o par de leques que levava consigo.

Ela os abriu com um movimento gracioso e começou a girar um na ponta de seu dedo indicador, enquanto o outro deixava apenas seus olhos á mostra. Flexionou levemente os joelhos e quando se reergueu, lançou ambos para cima, pegando-os eficientemente. Ainda continuou com sua arte, mesmo com a ausência de música e ao finalizar, recebera um lindo sorriso do jovem á sua frente.

– Enfim entendo o que meu otou-san dizia á respeito de okaa-san. Ela era uma gueixa e esbanjava beleza e charme em cada um de seus gestos, encantava com um olhar e fora impossível para ele que não se apaixonasse desde o primeiro instante... –Sasori aproximou-se vagarosamente, mas quando a Haruno deu por si, o mesmo já estava á sua frente. – E é justamente assim que tem sido comigo.

O ruivo delicadamente segurou o rosto dela entre as mãos. Sakura entreabriu ligeiramente os lábios, surpresa e inconscientemente ansiosa pelo desconhecido, a face dele aproximou-se aos poucos e quando seus lábios esbarraram nos seus, a mesma cerrou os olhos. Sasori não aprofundou o beijo, mas plantou vários beijos antes de afastar-se com os olhos brilhando.

– És linda. –elogiou ainda próximo.

Com o coração acelerado, Sakura demorou alguns segundos para se recompor. Encarava o ruivo ainda inerte, quando o acompanhante do mesmo surgira pigarreando para chamar-lhe a atenção. Sasori fez uma expressão contrariada, mas deu atenção ao homem ainda assim, ele sussurrou-lhe algo e em seguida, o ruivo se mostrou compreensivo.

– Parece que devo ir, lamento que nosso momento tenha sido tão breve, porém algo tão significativo não sairá da minha mente. –apertou-lhe levemente a mão e então, Sasori foi sumindo em seu cavalo bege.

Ainda distante, Sakura mal reparou quando sua condução chegou, quanto menos no caminho de volta ao distrito. Adentrou a casa sede e dirigiu-se ao seu quarto, sem nem ao menos verificar Mikoto antes. Quando cruzava um dos estreitos corredores, porém um dos painéis de madeira se abriu e ela foi puxada para dentro de um pequeno cômodo que servia de oratório. Havia velas acesas perto das estátuas budistas, claridade o suficiente para que conseguisse distinguir o cenho franzido de Sasuke, que a segurava firmemente pelos braços:

– Sasuke-kun? Está me machucando. –reclamou em tom baixo.

– Duvido que minha okaa-san tenha a ensinado a ser tão indecente. Você está igualzinha á ela... Esbanjando seus dons, fazendo-se de inocente, enquanto se atira sobre os homens. –rosnou transtornado referindo-se á Konan, ignorando os protestos da garota.

– Do que está falando Sasuke? Estou apenas cumprindo parte do plano, plano esse que seu próprio tio decidiu desenvolver! –enfrentou-o.

– Tinha apenas que ser convincente para o rapaz, não se permitir a ser agarrada pelos cantos. –continuava apertando-a.

– Eu não fiz nada disso. Não ouse me comparar com aquela que o iludiu. –falou séria.

– Não é necessário comparar, foste ainda pior do que ela Sakura. Não jogue fora os preciosos ensinamentos de minha okaa-san para se tornar apenas mais uma imitação, como àquelas moças que encontramos no bordel outra noite. –Sasuke continuava a despejar palavras, curvando-se um pouco para que seus olhos ficassem frente á frente com os da garota.

– Não sou como elas! –exclamou deixando toda a sua revolta transparecer, mas Sasuke continuava a provocá-la:

– Se ao menos aquele ruivo ainda tivesse sido homem o bastante para fazê-lo direito... –dito isto, mordeu o lábio inferior da garota, puxando-o pausadamente.

Sakura soltou um suspiro e sussurrou:

– Sasuke­-kun –advertiu, no entanto, ele cortou-a dizendo baixinho em seu ouvido:

– Shiii... A deixarei ir, mas antes tenho que fazer algo. –sua boca foi de sua orelha até os lábios da rosada.

Primeiro o toque, em seguida um movimento, e então a língua dele deslizou para dentro de sua boca. Das mãos que antes lhe apertava, uma descera até sua cintura e outra se mantinha na parte de trás da sua cabeça, lhe trazendo para perto.

Ao recobrar a própria consciência, Sakura reagiu plantando um tapa no rosto alvo de Sasuke. O mesmo afastou-se, e embora seus olhos fossem duas pedras indecifráveis, ela vira surpresa em seu olhar. Empurrando-o de sua frente, conseguiu ainda correr e não parou até que estivesse no conforto de seu aposento.

Seu coração palpitava totalmente fora de ritmo, seus membros tremiam e encontravam-se de certa forma, moles e abalados, enquanto na sua mente, ainda relembrava os acontecimentos daquele dia. Com Sasori, havia sido tudo tão terno e doce, porém com Sasuke fora ainda mais inesperado e intenso. Ele sempre a tratava com indiferença e desprezo, mas ainda assim mostrara-se incomodado com a aproximação do ruivo. O pior, contudo foi ter sido comparada por ele, á uma qualquer, uma mera prostituta.

...

Um estralo foi o único som audível ali. Obito admirava-se com a força e resistência de Itachi, que mesmo enquanto tinha seus ossos colocados no lugar, ainda mantinha-se calmo e silencioso.

– Dizem que os Uchiha são um clã de fibra, mas me parece que tu meu caro, ficou com a de todos nós. –comentou passando uma bandagem ao redor do tronco do outro.

– Precisamos... Impedi-lo. –o moreno disse com dificuldades.

– Impedir? De quem está falando Itachi? –indagou desconfiado. – Aliás, por que Madara o deixou nesse estado?

– Madara... Os ninjas... Precisamos do livro... –Itachi continuou a disparar frases que para Obito não possuíam nexo algum.

– Livro? Sei que é alguém inteligente, mas agora não é hora de leituras Itachi, você deve repousar. –contrapôs, conduzindo o outro para seu leito.

– O livro é a chave...

– Certo, chega de devaneios por hoje, sim? Trate de colocar essa sua mente ativa em um sono profundo agora mesmo rapaz. –advertiu, provavelmente as pancadas que levara, ainda estavam fazendo Itachi ter alucinações.

Já deitado, Itachi recordou-se então da conversa que tivera com Madara:

 

Madara adentrou a cela acompanhado de uma equipe ninja. Suas roupas impecáveis e olhar superior só fazia Fugaku se sentir ainda mais irritado com sua presença ali:

– O que faz aqui? –indagou ao irmão.

– Vim apenas conferir a insanidade de seu filho de perto. Parece-me que conseguiu mesmo deixar o garoto louco. –rebateu observando Itachi que se encontrava encolhido num dos cantos da cela, seus olhos negros estavam estáticos e fixados no vazio.

– Não seja estúpido! Espero que esteja mantendo uma boa distância de minha mulher.

– Mikoto? Quanto á ela não se preocupe, temos nos dado muito bem. –respondeu sorrindo, vendo Fugaku estremecer de ódio. – Mas agora vamos ao que importa. Homens, levem meu sobrinho. –dito isto, Madara deixou a sala sendo seguido por seus ninjas que carregavam Itachi paralisado nos braços.

– O que fará com meu filho?! Se algo o acontecer, quebro teu pescoço! –o pai gritava de dentro da cela, mas foi simplesmente ignorado pelo mais velho.

Em um dos corredores estreitos dos calabouços, Madara parou e voltou-se ao sobrinho:

– Então... O que o tem deixado neste estado Itachi?

– Escondidos na escuridão, seus olhos saltam do rosto e nos seguem, espreitando cada gesto, arrancam seus próprios ouvidos e os plantam nas paredes para escutar á tudo. –declarou ainda aéreo. – Devo fugir para a luz, Madara? –nesse momento voltou seus olhos focados ao tio, o sorriso no rosto do mesmo desapareceu como se a brincadeira tivesse acabado ali.

– Um espertinho como você... Eu deveria saber que seria o primeiro a perceber Itachi. Tal como Shisui, mas é realmente uma pena que tenha escolhido ficar ao lado de seu otou-san.

– A grande pergunta ainda é: como os trouxe para cá? Afinal eles só existiam ao sul. –Itachi indagou, agindo já naturalmente.

– Sabe qual o problema de pessoas espertas? Elas querem sempre saber muito mais do que devem, quando na verdade a única certeza que deveriam ter é a de que a curiosidade mata. –dito isto, seus olhos negros ficaram rubros e então, os ninjas que o cercavam partiram para cima do prisioneiro, agredindo-o todos ao mesmo tempo com voracidade.

...


Notas Finais


Sasuke e seu dom de ator! Não disse que Sakura seria sortuda nesse capítulo? Bem, tirando a parte em que o Sasuke a compara com garotas de outro tipo... Esse Uchiha é um baka mesmo. Agora já deduziram o segredo de Madara?
Espero que tenham gostado, até o próximo... Beijinhos e obrigada (irei responder os comentários do capítulo passado antes de postar o próximo).


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