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História Do Começo Ao Sim - Namora comigo?


Escrita por: PatriciaCastro

Capítulo 12 - Namora comigo?


New York

- Senhor Pellegrino, - A moça loira apareceu na porta do homem - Tem um senhor aqui que quer ver o senhor.

-Sabe que não recebo ninguém sem hora marcada, senhora Sulivan.

- Eu sei senhor, desculpe. Mas acho que o senhor ia gostar de receber essa visita.

- É? E quem seria

- Senhor Afonso Ackles. - Mark conhecia o magnata excêntrico, aliás todo mundo conhece. Seu estilo poderoso chefão é sua característica mais forte. Mark ficou curioso sobre o que Ackles, poderia querer com ele.

- Pode deixar ele entrar senhora Sullivan. -Mark colocou o peso de papel em cima dos documentos que estava lendo e se ajeitou melhor na cadeira.

A porta se abriu e o senhor alto de postura imponente entrou. Suas roupas condiziam com o que ouvia a seu respeito. Um terno escuro e corte caro que devia valer mais que sua sala inteira. Com abotoadura de ouro, e um anel grosso em ouro branco no mindinho.

Ele usava uma bengala preta, com um detalhe na ponta que parecia ser uma pedra preciosa em volta a uma redoma de vidro. Afonso não parecia precisar necessariamente se apoiar no objeto para andar. Era mais um adorno, um luxo de um cara bem excêntrico. Tudo dizia que o homem era legítimo.

-Sente senhor Ackles. - Indicou a cadeira na frente da sua mesa - A que devo a honra da sua visita?

- Senhor Mark - Afonso apertou firme a sua mão e depois se sentou de frente para ele - eu vou ser direto com o senhor, estou um pouco atrasado, tenho um encontro importante daqui a pouco.

- Entendo, quer beber algo? Um whisky, água ?

- Não, obrigado. Como eu disse, estou com pressa. Eu vim lhe propor um negócio. - Marck recostou na cadeira olhando para o homem, esperando sua proposta. Isso era no mínimo interessante.

-Eu pretendo abrir um hotel Resort aqui em New York e estou querendo um sócio influente como o senhor, que vai poder divulgar e ainda proporcionar um lazer a mais aos turistas e hóspedes.

Marck escutava com atenção a proposta do homem. Foi inesperada, mas parecia muito rentável.

- Como você deve saber, tenho uma rede grande de hotéis, mas aqui em New York será uma nova aposta. - Afonfo analisou o homem com atenção antes de continuar - Mas não precisa me responder agora - Afonso continuou - Eu quero que visite meu hotel cassino em Las Vegas, será meu convidado pelo tempo que quiser. - Temos piscinas aquecidas, saunas, shows ao vivo e lindas meninas, e temos garotos também se for da sua preferência. - Afonso entregou uma apostila. - Escolha o seu local e será meu convidado. Desfrute da nossa hospitalidade pelo tempo que quiser e depois você me dá resposta .

Afonso Ackles se levantou apertou a mão do empresário e saiu da sala com seu andar superior e calmo. Saiu da emissora e seu motorista abriu a porta do carro para ele.

-Para onde senhor Afonso? - Perguntou entrando atrás do volante e ligando o carro.

- Para o apartamento do Jeffrey, quero ver meu neto.

- Porque veio oferecer sociedade ao pai do garoto que quer afastar do seu neto?

- Rogério, Rogério você é meu amigo a quantos anos? Vinte?

- Vinte e dois senhor.

- É tempo suficiente para me conhecer. Aquele menino é muito diferente do pai, não é alguém com vícios ou alguém que esteja a venda. E pelo que já percebi apesar de ser uma criança ele tem mais coragem de que aquela cidade inteira.

- Acho que é porque ele não te conhece.

Afonso refletiu um longo instante olhando as ruas movimentadas, girando a bengala nos dedos.

- Eu diria que é carácter forte, mas agora não passa de petulância de adolescente. Acredito que ele será um homem forte e bom para caminhar ao lado do meu neto, mas não se encaixa no que tenho para o Jensen, preciso do meu neto ao meu lado aprendendo a ser um homem forte, sozinho. Ele vai herdar um império, e precisa ser duro e frio, aprender a lidar com pessoas, se formar e administrar sua vida e seus negócios e esse menino só vai atrapalhar.

Não quero meu neto preso a ninguém emocionalmente até ser um homem de verdade. O primeiro passo é sair daquela escola horrível e ir para uma faculdade boa.

- E o senhor Pellegrino, onde se encaixa nisso? Ele é um homem muito rico e influente, em outras palavras o garoto que seu neto gosta será um homem íntegro, forte e muito rico, não entendo porque não quer ele ao lado do seu menino.

- Porque o Jensen é um menino muito doce, bom demais para enxergar maldade do mundo. Os preconceitos, eu quero fortalecer meu neto. Torná-lo um homem forte e temido. E esse Mark é pobre de carácter e viciado nos prazeres carnais. Só preciso que ele goste muito do hotel cassino e de um certo garoto que vai conhecer, fiquei sabendo recentemente que os gostos do senhor Pellegrino é um pouco diferente, por assim dizer. - Afonso deu um sorriso de canto ao lembrar o que leu no dossiê do empresário. - Só precisamos de algumas doses de tekila e assinatura dele nesse lindo contrato de venda - Afonso entregou o contrato ao amigo.

- Um contrato de venda da emissora MPTV?

- Exatamente.

- Ele nunca assinaria.

- Eu sou paciente, depois eu vou usar isso com a pessoa certa.

- O filho dele.

- Isso Rogério, agora você está me entendendo.

Jensen sempre quis ir a New York, conhecer o apartamento que o pai fica quando está ali. Queria conhecer lugares, ver um restaurante grande, o shopping, ir a um McDonald's, um cinema grande, mas tudo isso agora perdeu um pouco do encanto.

Estava ansioso para voltar e estar com Jared. Se ele estivesse ali tudo estaria perfeito. O apartamento do pai era pequeno, mas bem aconchegante, tinha uma foto da sua mãe na estante de vidro ao lado de uma sua.

E muitas coisas ali lembrava a Helen, as cortinas longas, a colcha no sofá como ela colocava e o banheiro cheio de tapetes. Tinha dois quartos, uma cozinha pequena que fazia divisa com a sala. E Jeffrey falou algumas vezes em levar ele para morar ali, mas não quer isso, não quer sair de Portal.

                  ***

Na primeira noite em New York, o avô apareceu com o papo chato de sempre, mas Jeffrey o pôs pra fora rapidinho. Era bom estar perto do pai outra vez e não ter que resolver tudo sozinho.

O pai o levou ao parque. Ao shopping e mostrou lugares que Jensen nem sabia que existia. E Jensen descobriu que gostava de ter o pai em casa, todos os dias no final do dia. Foi uma semana quase perfeita.

A semana passou até rápido, mas para ele parece que se arrastou, estava louco pra voltar e ver o moreno que estava esperando por ele.

Na verdade, não sabia ainda como seria, ou o que Jared quis dizer com quer ter muitas outras noites com ele, mas estava louco para descobrir. E gostava de pensar que era o que estava imaginando que fosse.

- Ei Bryan, sabia que amanhã nos vamos voltar para Portal? - Jensen sentou no tapete da sala brincando com o cachorro - E eu vou ver o Jay - um sorriso bobo surgiu no seu rosto - Mas hoje a noite o meu pai e eu vamos jantar naquele restaurante grande e bonito que vimos ontem, mas você não pode ir .

O cachorro olhava para ele atento como se entendesse realmente o que ele falava

- Mas não precisa ficar triste - Jensen continuou - Eu trago um pouco da sobremesa pra você, eu prometo. - Fez carinho no cão que tentava lamber seu rosto, animado.

O celular do seu lado tocou fazendo o loiro pular, não estava acostumado ainda com o aparelho. Jeffrey comprou para ele no dia que chegaram.

Aliás, até hoje o pai não explicou porque da mudança, não que ele tenha mudado da água para o vinho, Jeffrey era assim, antes da Helen ficar doente, mas depois que soube da doença da esposa e que era algo que não tinha cura, ele simplesmente foi se fechando e acabou ficando quase ausente, e com a sua morte e a transferência para New York, Jeffrey era quase visita em sua vida.

E essa súbita mudança era muito diferente, ele nunca o trouxe para conhecer seu apartamento novo, nem nunca o tinha levado para conhecer o seu local de trabalho, não era ruim, mas geralmente mudanças o assusta, nunca foram boas na sua vida.

Jensen atendeu a vídeo chamada

- Oiê Jen! - Alona acenou animada e Bill apareceu atrás dela com um sorriso malicioso que Jensen conhecia e já imaginava o que ele contou para a amiga. - Eu não acredito que sou sua melhor amiga e você dorme com um gatinho gostoso como o Jared e não me conta nada. hashtag chateada. - Fez um bico exagerado.

- Então...Eu... é. Droga Bill você contou!

- Desculpa, foi sem querer. - O moreno fez um careta nada convincente.

- Não ia me dizer?! - Alona aumentou o bico, fingindo de ofendida.

-É que, foi um pouco... Inesperado e - Jensen sentia o rosto arder a cada palavra que falava. Sabia que deveria estar parecendo um tomate e isso o deixava mais embaraçado inda. - Eu não contei porque ...

- E não ia contar do beijão que ele te deu antes de viajar? - Alona ergueu uma sobrancelha e Jensen quase deixou o celular cair.

- Como você sabe?

- Bom, a rua tem olhos e... A gente fica sabendo. - Ela riu - Tô brincando, na verdade eu vi. Fui na sua casa pra me despedir e vi quando ele te puxou e tascou um beijão. Seu pai quase infarto e a mãe do Jared o socorreu.

Eu só fiquei sem graça de interromper e fiquei esperando você me contar, mas não contou. Então chantageie o Bill.

- Chantageou?

- Ela deixou eu cozinhar e inventar o prato que eu quiser na padaria por um mês.

- Não acredito! - Jensen olhou chocado para o amigo. - Me traiu por uma cozinha? - Fez um drama exagerado e os três riram.

- Estou esperando loirinho. - Alona ficou séria outra vez, e seus olhos brilhavam ansiosos.

- É... Tudo novo pra mim também, eu nem sei o que vai acontecer quando eu voltar.

- Eu sei o que vai acontecer - Alona piscou. - Sabia que seu gato anda sozinho pelo colégio desde que você se foi?

- Sério? E a turma do Benny?

- É... As vezes ele conversa com eles, mas a maior parte do tempo ele fica sozinho.

Os três ficaram conversando até tarde e Jensen ficou sorrindo atoa depois que desligou. Queria ter o número do moreno pra ligar para ele, logo estariam juntos... E isso lhe dava um frio no estômago Toda vez que pensava.

A noite foi ao restaurante que o pai disse que o levaria e o local era bem agradável, cheio de pessoas e bem refinado.

- Jensen, eu estive pensando. E não acho certo você continuar sozinho naquela casa.

- Vai voltar a trabalhar em Portal?

- Não - Jeffrey colocou os talheres sobre o prato e olhou para o filho. - Eu vou trazer você e o Bryan para morar aqui comigo. - Jensen largou o prato ao ouvir o pai voltar a tocar nesse assunto. Só tenho que ver um colégio para você.

- Eu não quero me mudar – Interrompeu - Eu gosto da nossa casa, e meus amigos moram lá.

- Você pode fazer novos amigos. É por causa daquele garoto, não é?

- Não! - Falou um pouco alto chamando a atenção para a mesa dos dois. Respirou e começou de novo - Não é por causa do Jared, é a minha vida inteira que está lá pai. Meus amigos, o garoto que eu gosto. O jardim da mamãe, meu trabalho, minha escola.

- Você não precisa trabalhar. Pode falar com seus amigos pelo telefone que te dei, e o seu avô pode ser um mala mas ele te ama e isso não tem como negar. Ele vai te colocar na melhor escola de New York, e você vai ter tudo que quiser. Computador, jogos ,carro, conforto, luxo e uma vida estável. Vai ser um homem que todos olham e respeitam.

- O vovô comprou você? - Perguntou incrédulo.

- Não Jensen, eu apenas estou pensando no seu bem, no seu futuro. O meu orgulho me custou a sua mãe, eu acho que já chega de orgulho. Eu quero que você tenha o que é seu por direito.

- Eu não quero o dinheiro do Afonso. Eu não quero vida de luxo. Eu quero minha vida, do jeito que ela é. Jensen perdeu a fome e o lugar perdeu a graça. - Eu quero voltar para casa.

- Jensen...?

- Mudou de opinião por causa do Jared? Porque me viu com ele, resolveu até achar que o vovô está certo?

-Eu sei o que você vai ter que passar se ficar com esse menino. O mundo é preconceituoso.

- E você sabe o que eu passo a seis meses? Você algum dia se importou? Eu duvido muito que não saiba o que aqueles meninos fazem, como me perseguem e sabe que é o vovô que paga por isso.

- Jensen, eu... - Não sabia disso, não com detalhes, mas sabia que alguma coisa.- Eu sinto muito, mas podemos consertar isso.

- Vindo morar aqui? Aceitando o dinheiro do meu avô? Eu não quero nada dele! Será que é difícil para o senhor entender isso?

-Você gosta mesmo desse menino?

- Gosto. - Veio a viagem inteira respondendo um interrogatório sobre Jared ao pai. Jeffrey perguntou até se já transaram, se usou preservativo. E um monte de coisas que o deixou completamente sem graça. Achou que ele tinha entendido que ele gosta do Jared.

- O seu avô não vai deixar você em paz até conseguir o que ele quer.

- E o que ele quer?

- Um herdeiro para ocupar o seu lugar e você é o único que carrega o mesmo sangue que ele.

- Porque ele não adota alguém? -Jeffrey sorriu

- Eu te amo filho. - Não tinha porque contar ainda que Afonso entrou na justiça contra ele para ter a sua guarda e que Afonso disse que poderia deixar Jensen com ele, se o trouxesse para a cidade, e o convencesse a aceita-lo na sua vida, e se afastar do garoto que anda cercando ele.

Embora não concorde, chegou a pensar que Jensen poderia aceitar, mas já percebeu que o filho nunca aceitará isso e ele está realmente apaixonado pelo vizinho.

Terá que enfrentar Afonso Ackles na justiça e rezar para ganhar a causa. Apesar de encerrar o assunto, e não tocar mais nele durante a sobremesa e vir o caminho de volta para o apartamento em silêncio, Jensen sentia que o pai não tinha mudado de idéia quanto a se mudarem e a aceitar a proposta de Afonso.

Mas encontraria uma maneira de fazer ele mudar de idéia. Tem certeza que Afonso falou algo mais que Jeffrey não quer contar.

**

Jensen levantou e já tinha café na mesa, comida na vasilha do Bryan e a mala do pai perto da porta. Eles haviam chegado a noite, não estava acreditando que o pai já estava indo embora outra vez.

- Vai voltar para New York? - Jensen sentou na mesa e Jeffrey colocou um prato de wafer na sua frente.

- Eu estou resolvendo um assunto muito sério com seu avô Jensen.

- O que é? - Jensen estranhou o tom sério do pai.

- Não é nada que você tem que se preocupar.

- O que o senhor está me escondendo pai?

Jeffrey sorriu para demonstrar que estava tudo bem. Não queria preocupar o filho contando sobre o processo e nem que o advogado disse que Afonso tinha muita chance de ganhar e o mandou ficar preparado para isso.

- Você sabe que eu não tenho a fortuna que o seu avô tem, mas eu sempre fiz o possível para que você tivesse tudo que eu não tive, não sabe?

- Eu sei pai. O dinheiro do vovô nunca significou nada para mim. O que está acontecendo em senhor Morgan?

- Nada. Eu vou tentar voltar antes do final de semana. Eu deixei dinheiro para as compras e as contas.

- Pai não vai mesmo me contar? Tá preocupado porque estou gostando de um garoto?

- Um pouco, eu sei que você tem juízo. - Embora eu tenha medo que esse menino possa te fazer sofrer e o seu avô...

- Não esquenta pai, eu não me machuco tão fácil e o vovô não vai fazer nada.

- Eu tenho tanto orgulho de ser seu pai.

Jensen sorriu e se levantou para abraçar o pai. Ele estava sentimental desde que o viu com Jared e piorou depois que Afonso foi procurar por ele no apartamento de New York.

- Eu te amo tenente Morgan, um dia vou ser um oficial da marinha igual ao senhor.

- Eu sei que vai- Jeffrey beijou a testa do filho. - Eu tenho que ir, chamei o táxi para ir para o aeroporto, vou deixar o carro. Juízo com esse garoto.

- Eu tenho pai.

*

Jared viu o pai do loiro sair de carro, iria falar com ele. Estava ansioso para falar com Jensen. Mas assim que o carro saiu, Bill chegou junto com a Alona ,e Jared achou melhor não ir até eles.

Quer falar com Jensen a sós. Quer saber se ele sente o mesmo que ele e se quer o mesmo. Mal conseguiu se concentrar na aula. Aliás a semana toda foi assim.

Era assustador pensar que estava apaixonado por um homem, mas era gostoso pensar em Jensen, lembrar o que fizeram.

O gosto da sua boca, do seu beijo, seu cheiro. Seu corpo era lindo e delicioso. Queria muito estar com ele outra vez, muitas outras vezes.

- Ei Padalecki acorda. - Jared sentiu uma bolinha de papel acertar sua cabeça.

- Benny, falou algo?

- Disse que temos uma jogada importante para treinar hoje. Onde está essa cabeça em?

- Em lugar nenhum, só não ouvi você. - Jared tirou seu uniforme do armário e foi se trocar.

Alona ajudou Jensen a botar a cabeça da roupa de mascote.

-Juro que não aguento mais vestir essa roupa. Vou desistir de ser mascote. - Alona olhou para Jensen cruzar os braços provavelmente fazendo bico por baixo da cabeça de mascote e sorriu

- Você só tem que ficar lá e segurar essa bola. - Pegou a bola oval de futebol e entregou para o loiro. - Não vai me deixar animando essa torcida sozinha né?

- Vou. - Jensen falou jogando a bola de uma mão para a outra.

- Nem tenta insistir mais magrela. Hoje o loiro só tem olhos para o seu príncipe.

- Bill. - Jensen repreendeu sentindo o rosto corar. - Não é como você pensa também.

- Não, é?- Bill deu um sorriso safado para o loiro. - Não está louco para repetir com o playboyzinho o que fizeram no seu aniversário?

- O que vocês fizeram? - Alona olhou de um para o outro.

- Nada. O Bill fala demais.

- Falo, é?

- Fala. Cala a boca.

- A não! Agora eu sei que estão me escondendo algo, eu quero saber. Jen, me conta.

Escutaram os apitos indicando que o jogo ia começar e Jensen puxou a loira pela mão levando para o campo.

- Você não escapou, vai me contar tudo depois.

Jensen viu o time entrando no campo, Benny ia na frente e o resto do time atrás. Todos com os capacetes e com as ombreiras e calças coladas. Aquilo nunca tinha chamado a atenção de Jensen mas um quarterback em específico chamou, o time parou no meio do campo e Jensen viu Jared parar e olhar para ele. O loiro sentiu seu coração bater rápido, queria tanto não ter tanta gente em volta deles e poderem ficar sozinho. Um dos jogadores parou atrás de Jared levando ele para junto do time para ouvir as orientações de Benny.

O jogo tinha sido sofrido, o time da casa estava quase perdendo. Jensen viu na hora que Jared pegou a bola e saiu correndo, vários jogadores indo atrás dele e algum jogadores do time tirando eles do caminho do moreno, no último momento Jared se jogou para arrevesar a linha e torcida toda levantou gritando com a vitória do time dos ursos branco. O time todo foi até Jared pra comemorar, a vontade de Jensen era fazer isso também. Mas não sabia como o moreno iria reagir se ele fosse.

O moreno tirou o capacete recebendo o cumprimento do time, comemorando a vitória.

- Parabéns novato. Essa vitória foi sua. - Benny falou empurrando o ombro de moreno. Jared sorriu baixando o rosto e olhou para a lateral do campo e vendo Jensen tirar a cabeça de mascote. Benny viu para onde Jared olhava e sorriu.

- Quer curti com o mascote? - Benny perguntou rindo. - Vamos lá, vai ser engraçado. - Benny empurrou Jared levando ele para perto de Jensen.

Jensen viu Jared se aproximando junto com a galera do Benny e sentiu o estômago revirar, acho que, o que tinha rolando entre ele e o moreno não ia mais acontecer isso. Mas parece que Jared só queria ele quando estavam sozinhos e ninguém vendo.

- Vai lá Jared, seu presente pelo ponto da vitória. - Benny empurrou o moreno pra perto de Jensen, e o moreno viu a expressão de decepção no rosto do loiro. Jared ajoelhou um joelho no chão e apoiou com a outra perna colocando o capacete em cima. Jensen franziu a sobrancelha não entendo o que o moreno estava fazendo.

- Jensen. - Jared falou chamando a atenção dos outros que não entendiam o que o moreno ia fazer. - Jensen, meu nerd favorito. Eu não comprei um anel, nem nada do tipo, mas tem bastante testemunhas aqui. Quer namorar comigo?

Jensen soltou a cabeça que tinha na mão no chão com o susto do que Jared falou, e foi até o moreno tentando fazer ele levantar do chão.

- Jared o que você tá fazendo? Levanta dai.

- Não, não até você me responder.

- Você tá falando sério?

- Muito, Jensen. - Jared levantou e segurou o rosto do loiro - Namora comigo meu loirinho. - Jensen sorriu e balançou a cabeça em afirmativo.

- Sim.

Jared sorriu para o loiro e puxou ele para um beijo. E ouviram o couro de gritos, assovios e aplausos vindo da arquibancada.

- Ahhh isso é muito fofo! - Alona pulou em Bill do seu lado e se pendurou no seu pescoço empolgada e roubando um selinho no moreno. - Desculpa. - Pediu sem graça, conseguindo corar mais do que o Jensen, ao se dar conta do que fez.

Bill apenas sorriu o que a deixou mais sem graça.

Benny se aproximou de Jared e Jensen com expressão fechada.

- Que merda é essa? - Empurrou Jared pelo ombro separando ele do loiro.

-Algum problema em beijar o garoto que eu gosto depois de uma vitória?

- Você é gay. - Benny olhou para o moreno com sem acreditar - Melhor sair do time, não quero manchar a imagem dos Ursos Brancos.

- Em que minha opção sexual afeta sua vida Benny? Ou a imagem do time? Eu não quero fuder sua bunda nem que fosse o último garoto na Terra, pode ficar tranquilo e.... - Jared encarou moreno com um sorriso travesso antes de continuar - Eu não sou o único que curte garotos nesse time, quer que eu diga o que descobri sobre o treinador e seu melhor jogad...

- Cala a boca idiota! - Benny pegou a bola e saiu do campo.

- O que você descobriu? - Jensen perguntou estranhando Benny se calar e sair.

- É feio demais pra você ouvir loirinho. - Jared passou o braço na cintura do loiro e trouxe ele para junto do seu corpo. - Quer comemorar comigo na lanchonete?

- Na padaria do senhor Jim...? Eu tenho que trabalhar agora. - Jensen fez uma careta, sem graça por não poder ir com ele.

- Onde você quiser.

- Nós também vamos né? - Alona perguntou aos dois.

- É uma comemoração. Claro que os amigos do Jensen estão convidados também.

- É, o chato de New York até que não é tão mala.

- Eu ouvi isso. - Jared falou sem olhar para o moreno. Estava muito feliz para ligar com implicância de amigos ciumentos. Eles iam ter que aprender a dividir o Jensen com ele de hoje em diante.

- Vou trocar de roupa e nos vamos.



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