1. Spirit Fanfics >
  2. Do Massacre a Paixão >
  3. CAPÍTULO 6 O demônio se apresenta

História Do Massacre a Paixão - CAPÍTULO 6 O demônio se apresenta


Escrita por: AphliosGemeFofo

Notas do Autor


Oi :3

Capítulo 6 - CAPÍTULO 6 O demônio se apresenta


A zaunita desviava dos corpos correndo em direção contraria de sua vontade, os gritos cada vez mais altos. Estava ofegante, a adrenalina de momentos antes se juntando ao arfar da correria, o corpo antes quente, parecia se resfriar de modo violento. Parou, de frente a névoa roxeada, a mão esquerda tampando o nariz, a direita fora levada ao coldre tirando Zapper, a única arma ao qual trouxe do quarto. Sua nuca parecia queimar, como alguém a observando, um chiado parecido como o de uma serpente pôde ser ouvido.

- Ora, ora... está perdida, minha criança? - Um rastejar soou atrás de Jinx, está que se virou com uma rapidez invejável, apontando Zapper firmemente, seus olhos róseos se arregalaram ao ver a mulher serpente em sua frente. De sua cintura para cima, parecia ser uma bela mulher, porém, está conclusão se destruía ao ver que ao lugar de pernas, era a metade de uma cobra.

- Não sou eu que estou longe do meu habitat natural, cobrinha. - A voz zombeteira de Jinx era muito notável, o sorriso incluído nos lábios.

- Tão afiada quanto uma lamina. - A gargalhada asquerosa ecoou. - É uma pena que não seja letal como uma.

Ao fim de suas palavras, Cassiopéia avançou para cima de Jinx, jogando seu veneno contra ela, porém fora desviado com êxito no momento em que a azulada dera uma cambalhota para trás, não parando para descascar em vista de que a serpente continuava na missão de acerta-la com seus golpes, sendo todos milagrosamente desviados. O corpo pequeno facilitava na movimentação, ainda mais quando suas armas mais pesadas não estavam em companhia. Jinx não ficara para trás ao atirar com Zapper, porém estes sendo igualmente desviados. Num dado momento, Jinx se enfiou por de trás de umas das poucas barracas não destruídas, já ofegante e cansada.

- Não tem para onde fugir, criança... - Sorriu Cassiopéia.

- E quem disse que esse era o plano?! - O sorriso de Jinx se engradeceu, quando em um posicionamento perfeito, acertou um tiro de Zapper na serpente, que caiu ao chão aos berros de dor. A zaunita se ergueu, caminhando a passos largos ao corpo que se contorcia ao chão. - Quem não tem para onde fugir agora, cobrinha? – A sobrancelha esquerda se ergueu, um sorriso cruel aos lábios, mirando Zapper para a face da serpente. - Bons sonhos. - Desejou ao apertar a arma em mãos com força. Cassiopéia fechou os olhos, para o fim eminente que viria, esperou e esperou... porém, o que ouviu foi o baque surdo de um corpo caindo ao chão. Os olhos foram abertos novamente, se fixando ao corpo caído de Jinx a sua frente, estava una mulher de estranhas roupas e olhos pintados, portando um cajado

- Sempre tenho um último truque a manga. - Sorriu em vitória a mulher. - Le Blanck... - Arfou a agradecida Cassiopéia.

***

O centro de piltover estava vazio, toda a multidão de antes se esvaiu junto com a chegada do miasma roxo. Parados em meio as barracas abandonadas, Jhin e Zed se encaravam. Quase como uma cena de faroeste onde um esperava o primeiro movimento do outro.

- Você sabe que não pode me matar… -Disse Jhin, quebrando o silêncio. – Por que continua tentando?

            Uma pequena risada sombria soou por de trás da máscara de Zed. E Jhin começou a se preocupar por saber que Zed não era um tolo.

- Eu não quero mata-lo… - Respondeu Zed, enquanto girava a kunai entre seus dedos como se estivesse matando o tempo. – Só quero atrasa-lo o suficiente.

Os olhos de Jhin se arregalaram por de trás da máscara quando finalmente entendera o que estava acontecendo. Sacou o revólver e começou a atirar. Um, dois, três e quatro tiros foram disparados sem calma alguma, como se o artista apressasse sua arte afim de encontrar a azulada mais rapidamente. Zed notara a agressividade do mascarado, ele não estava em seu estado normal e talvez fosse um risco segura-lo por muito tempo, sabia que teria que fazer mais do que apenas desviar de suas balas. Quando o mascarado recuou para recarregar, o assassino usou suas sombras para se aproximar e desapareceu diante de seus olhos momentos antes de Jhin tentar acerta-lo com uma granada.

- Então essa é a magia proibida que você usou contra seu mestre, Zed? - Sussurrou Jhin, enquanto olhava ao redor procurando o assassino.

Um riso medonho soou atrás do artista e ele soube por onde seria atacado. Assim que Zed apareceu em suas costas, uma flor de lótus o esperava no chão. Com um reflexo impecável, Jhin contornou o próprio corpo e disparou um feixo de luz que imobilizou os pés do assassino ao chão. Zed grunhiu ao receber danos da explosão da flor de lótus, mas não se intimidou o suficiente para não ferir Jhin no processo. Suas lâminas perfuraram sua costela, fazendo o mascarado recuar quatro passos para trás. Não houve som de dor depois disso, e sim um momento de silêncio por parte de ambos assassinos.

- Você não pode… - Sussurrou Zed ao finalmente notar a aura do artista se transformar – Você não é humano… DEMÕNIO!!

            A máscara de Jhin escorreu pelo seu rosto, deixando amostra um rosto que nunca saíra dos pesadelos de Zed. O rosto do Demônio Dourado que encontrara muitos anos atrás. Seus olhos vermelhos estalados adentravam sua alma e seu sorriso psicótico arrepiavam até o mais ilustre dos assassinos. Por um momento, os corpos das vítimas do Demônio Dourado passaram pela mente de Zed, que agora estava jogado ao chão por conta dos ferimentos recentes nos pés. Lentamente, Jhin deixou escorregar suas armas de sua mão, deixando-as todas ao chão. Retirou o que parecia ser um bisturi da parte de trás do coldre e se aproximou lentamente do assassino impotente, que se esperneava e se arrastava para longe do artista. Um, dois, três, quatro passos… os olhos de Jhin paralisavam sua vítima, deixando-as a mercê de suas vontades. Momentos antes da lâmina de Jhin alcançar Zed, a lembrança de uma trança azul fez o Demônio Dourado hesitar por um segundo. A azulada precisava de ajuda.

            - Vamos adiar sua transformação artística, criança… - Sussurrou Jhin, momentos antes de sair em disparada na direção do miasma roxo.

***

            Jinx já estava desmaiada nos braços da Leblanc quando Jhin se aproximou. A atmosfera estava um caos, mas o artista só tinha olhos para uma coisa.

            - Parece que o velho criou novas alianças… - Observou Jhin, com uma expressão séria e completamente calma. – Pena que não vão durar por muito mais tempo.

- Eu não contaria vitória antes da hora. - Uma voz arrogante se ouviu, no minuto que três adagas foram jogadas a centímetros dos pés de Jhin. Por cima das cabeças de Leblanc e Cassiopéia, uma mulher ruiva saltou, parando a frente do artista. Diferente das outras mulheres, não aparentava ter medo algum, ao contrário, carregava um sorriso arrogante aos lábios.

- Faça seu trabalho, Katarina. Iremos na frente. - Anunciou Cassiopéia, sumindo junto a Leblanc numa cortina de fumaça roxa.

- Como quiser, irmãzinha.

O sorriso, se possível, se alargou mais e desta vez a adaga arremessada acertou em cheio o braço exposto de Jhin, causando um severo corte e caindo ao chão atrás do Demônio. Em um piscar de olhos, Katarina pareceu se teletransportar para as costas de Jhin, onde a adaga caída estava, em uma velocidade surpreendente, fazendo um giro com as laminas em sua mão e atingindo de raspão o artista. O sangue escorria da costela e dos recentes ferimentos de Jhin, mas algo em seu olhar demonstrava que nada poderia pará-lo.

- Você realmente gosta dela, hein? – Questionou Katarina, enquanto procurava algum sinal expressivo em seu rosto.

- Você é... – A voz do artista era grave e horripilante, quase como alguém fora de controle. – Uma mulher morta.

A frase de Jhin finalmente afetara a ruiva, não de uma maneira comum. Seu rosto se fechara e ela finalmente levara aquilo a sério.

- É o que veremos. - A ameaça fora exposta, tentando esconder o arrepio medonho que lhe subiu a espinha ao escutar a afronta.

Novas adagas foram jogadas, e seu movimento anterior se repetiu mais uma vez, porém, ao girar o corpo, várias navalhas foram arremessadas em direção ao artista. O mesmo se viu tendo que recuar vários passos, a agilidade da ruiva comprometia a sua posição e era difícil mirar em um alvo que praticamente se teletransportava.

Correu em direção a uma praça recém abandonada, as barracas alinhadas davam a ideia de que o local era um labirinto. Jhin se escondera entre as barracas e aguardara a assassina.

- Depois de toda aquela pose é isso que você faz?! – Exclamou a ruiva ao adentrar no labirinto do centro comercial de Piltover. – Estou desapontada, Khada Jhin.

No seu quarto passo adentro, uma flor de lótus surgiu e explodiu. Embora pega de surpresa, Katarina era hábil demais para cair numa armadilha tão previsível, um simples shunpo a tirava do alcance da explosão. Após a segunda flor de lótus aparecer, Katarina finalmente explodira:

- Já não deu para perceber que não irá funcionar?! – Sua voz soava furiosa e impaciente.

No mesmo instante em que ela desviou da segunda armadilha, eis que surge Jhin no mesmo momento em que os pés dela tocam o chão. Saindo das sombras e agarrando-a por trás, os braços a tampando a visão e as pernas a imobilizando. Os olhos da ruiva se arregalaram ao avistar de relance a expressão de seu dominador, com seus olhos brilhando e um sorriso psicótico. O coração acelerou e o desespero tomou conta da princesa, a cada movimento brusco tentando se libertar ela desperdiçava uma energia que não poderia recompensar. Aos poucos sua força se esvai e uma enorme aura maligna a envolve, soltando finalmente suas adagas e sucumbindo a uma força maior. Perdera a consciência por alguns instantes, quando notara, Jhin se encontrava sentado por cima de seu corpo, prendendo-a no chão enquanto contava sem parar uma espécie de mantra.

- Um, dois, três, quatro… - Dizia ele como se estivesse contando os membros da ruiva.

Os olhos de Katarina focaram a lâmina em sua mão esquerda, que se debatia ferro com ferro a cada novo contar de vezes. “tic, tic, tic, tic”, os dois ferros se chocavam como se já se conhecessem. A expressão de Jhin era de puro deleite. Parando de contar, o artista se pôs a encara-la bem de perto, com seus olhos vermelhos quase adentrando sua alma.

- Sua apresentação será… Magnifica. – Sorriu.

***

O sol estava quase se pondo quando finalmente os policiais de Piltover conseguiram acalmar a situação. Centenas de bandidos atacaram e saquearam a cidade, que agora estava revirada do avesso. Demorou horas para controlar a situação, mas uma jovem xerife de cartola já desconfiava que o motim era suspeito demais.

- Vamos nos separar e coletar o máximo de provas e informações possíveis - Ditou Caitlyn, a xerife de piltolver, para Vi e Jayce, que se aventuraram se separando.

Caitlyn, a protesto de Vi, seguiu para o centro comercial, onde parecia ter sido a área mais prejudicada de toda Piltover. A forte neblina tóxica, apesar de não visível, ainda podia ser sentida no ar. O conselho mais propício seria esperar por reforços antes de adentrar na área de maior concentração do miasma tóxico, mas Caitlyn tinha um palpite que não podia ignorar. Seu instinto de detetive nunca a deixava na mão.

Chegando ao local, dezenas de lojas se encontravam destruídas e saqueadas. O lugar era um labirinto deserto de camelôs e utensílios abandonados, nenhuma alma viva parecia estar presente naquele local. Caitlyn não sabia o que era, mas uma forte aura maligna enviava uma mensagem de terror para todos os seus nervos. Aquela tão familiar memória do centro comercial de Piltover agora fora substituída por uma sensação de que ela não devia estar ali. Ninguém deveria.

- Tem alguém aí? – Questionou a Xerife, em busca de sobreviventes e se mantendo sempre alerta.

Um “tic tac” metálico soava ao longe como um réquiem mal trabalhado. Um barulho que podia se tornar irritante de tão repetitivo. Quatro “tics”, quatro “tacs”. Ao caminhar em direção ao som, a xerife podia sentir um terror lhe sufocando. Não sabia o que era, mas seu instinto tentava lhe alertar de qualquer jeito.

- Quem… é? – Questionou sabendo que não haveria resposta, seu rifle já estava em punho e seu dedo no gatilho.

Ao finalmente quebrar a esquina, a cena que se presenciou foi nefasta, completamente cruel e digna de um demônio. A luz vermelha do pôr sol refletia no imenso mar sangrento que fora montado. Mechas ruivas podiam ser vistas na face da criatura que ainda era reconhecível. Todo seu corpo dilacerado e esquartejado, posicionado de uma forma simétrica e doentia. Suas pernas nos lugares dos braços, seu tronco despido e dilacerado, e sua cabeça… sutilmente posicionada em suas mãos, com seus olhos abertos como se ainda estivesse viva. A criatura era grotesca e fez Caitlyn vomitar. Quando finalmente olhara de onde o barulho soava, caiu para trás quando notara a incrível presença de olhos vermelhos a fitando. Sua boca abrira tentando dizer algo, mas a presença do homem era esmagadora. Sentado em caixotes ao alto do cadáver, em perfeita simetria ao centro do pôr do sol, sua sombra preenchia toda a distância entre a xerife e o cadáver. Sua posição lhe dava uma visão privilegiada de sua própria arte.

- Eu a… perdi. – Foi quase como um sussurro ao vento. O pôr do sol refletia o sangue em sua face, um sangue que parecia escorrer pelos seus olhos e se rastejar pelos lábios, caindo ao chão. – Eu a perdi novamente.


Notas Finais


Até o próximo capítulo!õ/


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...