História Do Outro Lado da Escuridão - Prólogo

Um vulto negro passava entre as árvores altas da floresta. Corria o mais rápido que podia até que não aguentou mais. Andando vagarosamente, sem reproduzir um barulho sequer, ela encontra uma uma árvore suficientemente grande, com caule grosso. Se sentou ao pé dela e se recostou, arfando.

Era uma garota. Seus cabelos eram cor de mel, puxados para o ruivo estavam presos num rabo de cavalo apertado. As sobrancelhas estavam franzidas, olhos fechados. A boca fina estava entre aberta expirando todo o ar exalado. A jaqueta preta escondia todas as suas armas. Entre as omoplatas estavam duas pequenas adagas. No meio da coluna estava um sinto com munições para a Lugin que se prendia no cano da bota, também preta. Todo o seu "look" negro colaborava para a camuflagem que impedia que as sombras conseguissem distingui-la com clareza.

Havia uma desconhecida lenda que dizia que as sombras se revoltariam pela sua vida presa perseguição das pessoas. Ninguém acreditava. Afinal, para que ter medo da própria sombra?

Agora todos os sobreviventes do último ataque viviam para correr da própria sombra. Isso não é uma lenda.

É uma realidade.