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História Do prazer a dor - Explicações


Escrita por: Algemado

Notas do Autor


Vou começar a deixar outros personagens mostrarem seus pontos de vista, e por enquanto nada deve mudar muito.

Comentem, please.

Capítulo 5 - Explicações


Capítulo 5

 

Por incrível que pareça, o dia seguinte nem foi tão ruim assim, acordei na minha cama, Sam e Neal já tinham fechado a casa e se livrado de todos, e minha ressaca ainda não tinha batido, ainda estava um pouco bêbado, algo que ia ajudar, pois eu precisava arrumar a casa. La pras 17:00h, quando estávamos quase acabando de arrumar a casa, a porra da ressaca bateu, sai correndo ate o banheiro e vomitei, mas vomitei muito, nesse momento eu não me aguentava em pé, e simplesmente comecei a “pagar boquete pro vaso”.

 

Acordei no dia seguinte me sentindo bem melhor, já era segunda e eu tinha aula, me arrumei e fui pra escola, pensando enquanto caminhava.

Não conseguia parar de pensar em quem havia me beijado, não tinha ideia de quem poderia ser, perguntei a Mia, a Jásper, a qualquer um que poderia querer me beijar, mas não tinha sido nenhum deles, e pra completar o fato ninguém tinha visto, ou ao menos fingiu não ver. Eu acho que foi um menino, pelo cheiro, altura e pela parte do corpo que eu toquei a pele não parecia feminina, talvez por isso que ninguém viu, ele foi precavido, não queria que soubessem que ele estava a beijar outro menino.

 

Durante todo o almoço essa dúvida pairou sobre a minha cabeça, eu não me conformava com isso, como eu posso ser beijado numa festa e não ter noção de quem seja??? O pior é que nem tem como eu lembrar, afinal nem abri os olhos, não tive força pra isso, agora estou aqui remoendo esse pensamento dentro de mim como um fogo consome a palha de dentro pra fora.

 

Tentei pensar em outras coisas, conversar com Samantha, até que decidimos fazer compras, meu pai tinha fechado um contrato com uma grande empresa e me deu um vale presente em um valor alto pra eu gastar onde e como quisesse, ele queria me ver feliz, queria que eu parasse com certos hábitos, coisas que ele desaprovava, como meu estojo de lâminas.

 

19:00h é a hora que eu marco tudo, então por isso mesmo foi nesse horário que eu e Sam fomos as compras. O pai de Samantha era diretor de uma grande empresa e por isso tinha dinheiro também, felizmente a gente nunca passou necessidade financeira e sempre tivemos dinheiro sobrando.

Depois de 4 horas no shopping fazendo compras saímos cheios de bolsas, foi algo pra encher minha mente por algum tempo.

 

Minha escola nunca teve muitas regras, sempre foi meio liberal, e toda quinta-feira a gente passava a tarde bebendo no colégio, não só meu grupo como vários outros. Nesse dia resolveu-se juntar várias pessoas pra beber junto, consegui a chave da quadra e fomos pra la. Colocamos uma música, fizemos caipirinha, tinha tequila também, além de várias latas de cerveja e energético. Todos la tinham dinheiro então tudo era sempre mais fácil.

Como sempre, fiquei bêbado, não era uma coisa difícil de acontecer, como todos sabiam, era até uma coisa frequente. Fui pra pista e comecei a dançar, dançava e bebia, sem parar. Precisei ir ao banheiro, foi difícil, mas consegui chegar la esbarrando em poucas pessoas.

Quando abri a porta encontrei uma cena que nunca fosse ver na minha vida, o vi chorando num canto do banheiro, por incrível que pareça, eu me solidarizei com aquilo, e fui até la pra consolá-lo, seja la o que estivesse acontecendo.

 

- Tudo bem???

- Sai daqui, você não devia me ver assim.

- Ta tudo bem, não é nada demais, o que acontecer aqui, fica aqui.

- Serio mesmo??? Tudo o que acontecer aqui, fica aqui???

- Sim.

 

Nesse momento ele pulou em cima de mim e começou a me beijar, eu não entendia aquilo mas não conseguia evitar retribuir a tal beijo, era como se eu fosse o fogo, e alguém no lugar mais escuro da terra me desejasse, era como se eu fosse água, e uma pessoa com sede estivesse me bebendo, era como se eu fosse comida, e ele fosse uma criança carente da África.

Depois do beijo….

 

- O que aconteceu fica aqui, correto???

- S-sim. - respondi, ainda me recuperando.

 

Nunca pensei que ele fosse me beijar assim, justo Pietro, quem me odiava e me maltratava a tão pouco tempo, me beijar como se a vida dele dependesse disso, realmente não esperava.

Pietro saiu correndo do banheiro e sumiu dentre as pessoas dançando, já eu continuei no banheiro, sem forças pra me levantar, afinal, depois de isso tudo, além do fato de estar bêbado, não é simples se concentrar pra conseguir ao menos andar.

 

Passou-se quase uma semana depois do “nosso beijo”, e não vi Pietro em lugar algum, algo estava acontecendo, e me agoniava não saber o quê, decidi então fazer uma visita ao meu antigo inimigo, se é que ainda não é atual, Neal me acompanhou.

 

A casa de Pietro era uma casa como as outras da sua rua, tinha um acabamento rústico, típico de classe media alta, tinha um jardim na frente, e alguns degraus antes da varanda.

Toquei a campainha, a mãe de Pietro atendeu, era uma senhora de meia idade, la pros seus quase cinquenta anos, era bonita, cabelos castanhos, pele clara, provavelmente Pietro herdou seu cabelo loiro do pai.

 

- Olá, posso ajudar vocês???

- Sim – respondi – estamos procurando por Pietro, ele está???

- Está de cama, deve ser uma gripe muito forte.

- Podemos vê-lo???

- Por mim sim, mas preciso ver se ele está disposto. Quais são seus nomes???

- Apenas diga que tem 2 meninos que precisam vê-lo urgente, realmente urgente.

- Okay.

 

… cinco minutos depois …

 

- Ele concordou em receber vocês.

- Obrigado,

 

Entramos, a casa de Pietro era muito bonita por dentro, toda de madeira, moveis feitos sobre medida, realmente não é uma casa barata. O quarto de Pietro ficava no segundo andar, segunda porta a esquerda, quase impossível de esquecer de tantas vezes que a mãe dele repetiu.

Abri a porta de Pietro o mais devagar possível, ele tinha um quarto deslumbrante; era enorme, todo branco, com um closet, uma suíte, um sofá que parecia ter custado caro, e uma cama king size.

Ele estava na cama, parecia bem, realmente parecia, me perguntava que doença era essa que ele tinha que não se mostrava no rosto logo de cara.

 

- Não há doença alguma – ele disse, como se tivesse lido meus pensamentos.

- Mas porque então não tem ido a escola???

- Não queria te ver, não queria ter que falar sobre o que aconteceu, sobre o que eu fiz, duas vezes.

- Então foi você??? Você que me beijou???

- Sim, fui eu.

- Mas porque???

- Você é muito bonito Derek, qualquer um pegaria você.

- Então porque você me zoava??? Você também é muito bonito, com certeza já teria te pego a muito tempo.

- Meus pais são homofóbicos, eu te zoava por ter medo de me tornar como você.

 

Nossa, nessa hora tudo parou, o jeito como ele me olhava, como me suplicava desculpas apenas com o olhar, e o motivo ser esse, imagino como deve ser pra ele viver assim.

 

- Nossa Pietro, que horrível, o que fez você mudar de ideia???

- Eu estava bêbado, e você estava la, lindo e maravilhoso, não resisti.

- Bom saber que eu tenho esse poder de cativar os homens.

- Não só os homens, todas as garotas ali estavam caidinhas por você.

- Nossa, obrigado pelos elogios, mas você também não é nada mal, se você não fosse ruim comigo, pegaria qualquer um, qualquer uma.

- Eu sou gay Derek, pra mim só serve qualquer um.

- Nossa, que pena das mulheres, perder alguém como você é tenso – ele riu – Enfim, volte ao colégio amanha, okay??? A gente apenas ficou, esquece isso.

- Okay….

 

POV Pietro

 

Não quero esquecer, eu quero mais, depois desse tempo todo sofrendo, resistindo, eu quero sentir mais o sabor dele, eu apenas o beijei, eu realmente preciso de mais, não sei como fazê-lo entender isso, espero que ele perceba que eu ainda o desejo.

 

 


Notas Finais


Comentem!!!!


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