História Do prazer a dor - Ela é fria...

POV Sam

Minha vida esta tão merda ultimamente, tenho evitado um pouco Derek desde que soube que ele já se relacionou com Nick e que eles ficam de vez em quando. Agora eu entendo o que ele disse, Nick não é cara pra mim, pois ele é igual ao Derek, sem compromissos, só putaria. Não estou puta com o Derek, só preciso digerir isso  tudo, ele também está mega ocupado, parece que a vida dele também não está fácil.

A viagem foi ótima, na noite de aniversário do Nick, um monte de pessoas do nosso grupo sumiu, mas não esquentei com isso, afinal, o tipo de diversão deles é diferente da minha. EU curti a noite inteira com Neal, bebemos algumas bebidas, dançamos muito e depois, quando a boate fechou, fomos para uma praça ali perto, nenhum de nós queria voltar para a pousada e acabar encontrando os outros fazendo alguma merda.

- Sam, nós já nos conhecemos a algum tempo... – Neal, com certa vergonha começou a falar.

- Não vou ficar com você Neal, hahahaha. – falei, zoando.

- Para de ser idiota Sam, é que a gente anda junto, mas não é tão intimo como eu e o Derek, ou você e ele.

- Haaaa sim.

- Então, eu preciso de uma ajuda, e a única pessoa que eu tenho coragem de pedir é você.

- Pode pedir, estou as ordens.

- Sabe a Camilla, então, no próximo fim de semana, nós vamos...

- O que Neal?

- Transar. – ele disse, soltando a respiração que estava presa.

- Nossa, vocês ainda não fizeram?

- Não, ela quer que seja especial.

- Okay, vou te ajudar a fazer tudo perfeito.

Neal é um amorzinho, ele está tentando fazer o melhor para a namorada dele, e eu só consigo me sentir triste, por que eu não tenho um namorado? Um que faça coisas assim por mim? Eu só quero alguém que me ame, alguém que faça o possível e o impossível por mim, alguém que quando me olhe tenha brilho no olhar.

Acho que Derek está tentando se reconciliar comigo, por que me chamou para sair com ele e os amigos. Decidi ir, afinal, quero me desculpar com ele, ele é meu amigo, meu melhor amigo, e eu estou precisando de ajuda, não quero voltar para onde eu estava ano passado. Me arrumei e fui.

-----xXx------

Cheguei na lanchonete, ela era simples, mesas com pés de ferro em forma de “x”, tampos de vidro, paredes da cor bege, e atendentes com aventais vermelhos, aquela coisa típica de lanchonete mesmo.

Lá encontrei Neal, Nick, Mia, Derek, Diego em uma mesa, soube que Pietro ficou doente e não pode ir, apesar de achar essa história meio mal contada.

- Olá pessoal.

- Oi Samantha. – responderam quase que em uníssono.

Me sentei ao lado de Diego, na ponta da mesa. Enquanto me dirigia para lá, escorreguei em alguma coisa e quase cai no chão, mas por sorte, Diego quase que na velocidade da luz, chegou e me segurou. Ficamos tão perto que eu pude sentir a respiração dele sobre meu rosto. Falando em rosto, ele tinha um rosto tão lindo, já disse que tenho queda por negros? Sim, eu tenho, ainda mais um gostoso como esse, durante a queda minhas mãos foram para os seus bíceps, como eles são grandes e firmes, imagino o que mais é grande e firme. Eu sou quieta, mas ninguém é de ferro né? Também gosto de homem.

Depois de alguns segundos, senti meu rosto corar e sai dos braços dele e me sentei. Todos os olhos da mesa estavam nele e em mim, com aquela cara de “já sabemos quem vai transar hoje”. Odeio isso, não da pra esquecer as coisa, gente?

O resto da noite foi tranquilo, conversamos sobre vários assuntos whatever, sobre a escola, os lances e sobre a viagem. Descobri, por acidente, que eles fizeram uma suruba na viagem,  e fiquei pasma, foi nesse momento que eles se ligaram que eu e Neal não participamos e não sabíamos disso. Neal tinha uma cara de surpresa com euforia junto, ele parecia ter achado a ideia legal, não que ele quisesse participar, mas ele achou divertido.

Cada coisa que eles contavam que aconteceu me assustava ainda mais, aquilo tudo era tão novo pra mim, e pra eles já era algo comum. Mia contou o que ela e Emma fizeram com Diego, eu fiquei perplexa, mas ele disse que foi bom, que aquilo era o estilo dele, e eu meio que compreendi, cada um nasceu de um jeito para viver de um jeito, e o dele é assim.

Diego começou a sussurrar no meu ouvido....

- Que tal a gente sair depois daqui?

- Diego, vou ser bem clara, eu não dou no primeiro encontro.

- Quem disse que eu quero que você de pra mim? Vamos apenas dar uma volta por ai.

- Tudo bem então.

- Mas não posso prometer que não vou tentar nada, afinal, você é muito gostosa, e eu sei que mexo com você.

Um arrepio correu sobre meu corpo, ele realmente mexia comigo, e ele falando aquilo, de modo tão sexy e sensual, fazia “lá embaixo” contrair. Já faz muito tempo que “ela” não vê ninguém.

- Okay. Isso pode ser divertido. – Mordi meus lábios e pude vê-lo se segurar para não me agarrar, afinal, dois podem jogar esse jogo.

- Realmente, isso vai ser muito divertido. – e ele apertou seu membro, meu deus, quase gozei ali só com aquele aperto, estou sofrendo por antecipação – eu sei que você já esta molhadinha.

Meu cara foi no chão nesse momento, eu devia estar parecendo um pimentão de tão vermelha, e a pior parte é que ele não estava errado.

No meio daquilo tudo, Diego blefando comigo e a conversa que estava na mesa, reparei que Derek saiu da mesa para atender o telefone. De repente ele volta correndo e...

- Pi-pietro está no... hospital, a-alguém me leva lá agora, eu... eu não posso dirigir.

- Mas o que que aconteceu? – indagou Nick, preocupado com seu primo.

- Ele tentou se matar, fez dois cortes de 15 centímetros em cada braço e deixou o sangue escorrer.

- Nossa, vamos logo. – Nick puxou Derek e eles saíram correndo em direção a garagem.

- Bom pessoal, parece que a noite acabou, só nos restou pagar a conta. – Mia falou.

- Hoje fica por minha conta, o amigo de vocês está mal, é o mínimo que posso fazer. – falou Diego, como ele consegue ser tão safado em um momento e tão fofo em outro?

Depois de pagar a conta fui embora com Diego, afinal, tínhamos combinado isso.

- Me desculpe Diego, mas eu realmente quero ir pra casa, não falo muito com Pietro, mas o jeito que o Derek saiu... – minha voz falhou, senti uma lagrima escorrer.

- Derek gosta dele, está na cara, só eles dois que não sabem. Tudo bem, vamos embora, eu te deixo em casa.

- Obrigado – foi tudo o que eu consegui dizer, e assim terminou minha noite, um cara lindo me acompanhando até em casa, me consolando, e Pietro, o cara por quem meu melhor amigo se apaixonou, no hospital, entre a vida e a morte.