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História Do prazer a dor - Porque não eu?


Escrita por: Algemado

Notas do Autor


Oieeeeee,

pra quem lê a minha outra fic sei que já não posto a muito tempo mas pretendo fazer isso logo.

Já sobre aqui, peço desculpas por Pietro, sei que todos sofreram assim como eu, mas a vida é assim, coisas ruins acontecem, algumas irreversíveis.

Eu procurei e não achei, então acho que não dei nome para o filho do Derek, se eu já dei me avisem, e se eu não dei deem sugestões.

Boa Leitura !

Capítulo 26 - Porque não eu?


Fanfic / Fanfiction Do prazer a dor - Porque não eu?

Pietro em coma no hospital.

Derek desaparecido.

Fred internado, tentou suicídio.

É assim que eles se encontram agora.

Devido ao atropelamento, Pietro sofreu graves lesões e provavelmente nunca acordará do coma.

Derek quando soube disso saiu correndo e não foi encontrado desde então.

Fred quando soube o que aconteceu com Pietro e com Derek tentou se matar se enforcando, mas sua irmã viu e conseguiu salva-lo, devido ao seu risco a sua própria vida ele está internado na ala psiquiátrica do hospital.

O que erros nossos são capazes de causar?

O que as nossas inseguranças fazem?

Se Pietro confiasse em Derek talvez ele não estivesse praticamente morto.

Se Fred não fosse abusado nada disso aconteceria.

Nossas vidas têm varias vertentes, mas a gente só as conhece quando é tarde demais.

Foi assim para eles, e agora eles estão assim, com suas vidas desoladas.

 

----- xXx -----

 

POV Neal

 

Que merda, como tudo isso aconteceu assim tão rápido, tão inesperado? Eu devia estar aqui, estava tão bem dentro da minha “bolha” com Camilla que me afastei dos meus amigos, me afastei de Derek, e agora ele está aí, assim, tudo por causa do Fred, tudo por causa daquele bebê, que eu amo tanto...

Todos estão aqui, desde o acontecido ninguém saiu desse quarto, Samanta, Mia, Nick, Emma, Camilla e eu, a gente não pode, não temos força, acho que ainda não caiu a ficha, sabe?

Já faz uma semana, uma semana que Pietro está assim, e faz cinco dias que ele, Derek, está desaparecido, ninguém faz a menor ideia de onde ele está, e nós não tivemos força pra procurar. Os pais dele contataram a policia, eles fizeram buscas, mas também não acharam, ele pode estar morto, afinal a gente não sabe.

Sempre que pensamentos ruins vêm a minha cabeça eu tento expulsa-los, afinal eu amo o meu amigo, em hipótese alguma eu o quero morto, meus olhos se enchem de lágrimas só de pensar nisso.

Pietro está ali, deitado na cama, a poucos passos de mim, ele parece estar dormindo, tão serenamente, sinto a vida saindo dele, mas ainda assim parece que ele vai acordar a qualquer momento, coisa quase impossível de acontecer. Ele sofreu um trauma em que apenas um em quinhentos mil acordam e isso é um número muito ruim.

Os médicos nos indicaram desligar os equipamentos, afinal, mantê-lo aqui só vai gerar mais gastos. Quando eles falaram isso quase foram linchados, ninguém aqui nem tinha pensado nisso, e essa é uma decisão que cabe apenas a Derek e somente a ele.

Todos estão péssimos, estamos aqui há sete dias, ninguém saiu daqui, ninguém toma banho, só comemos e bebemos porque nos dão comida e bebida. Na verdade mal comemos, não temos força para nada, nem para isso.

Estou sentado em uma poltrona ao lado de Pietro, os outros estão sentados no chão do quarto, pode-se sentir a tristeza no quarto, ninguém fala nada, mal se movimentam, vivemos apenas por viver.

Todos aqui tinham uma relação muito forte, ou com Derek, ou com Pietro, até mesmo com os dois, até Camilla que é nova no grupo está mal, é tão triste vê-la assim, sofro mais ainda, além de toda a dor da situação, ver meu amor arrasado também não é nada legal.

Um policial entra no quarto e todos lentamente, muito lentamente, se viram para prestar atenção nele. O policial até estranha o clima do quarto...

- É... Encontramos o Derek, mas precisamos que alguém nos acompanhe.

- Não podemos ir todos? – perguntei.

- Não, na verdade eu preferia se fosse o mais íntimo – estranhei o pedido, mas levantei e fui.

 

Quando estávamos sozinhos...

- Policial, o que aconteceu? – perguntei, sabendo que tinha algum problema.

- Daniel, me chame de Daniel, o seu amigo foi encontrado em um parque, debaixo de uma árvore, ele devia estar lá esse tempo todo, ele estava sentado, agarrado aos joelhos, chorando, ele estava molhado, molhado de lágrimas, foi uma cena muito chocante de se ver – ele disse, balançando a cabeça tentando expulsar as imagens - trouxemos ele para cá, ele esta em um quarto na ala psiquiátrica, ele não se mexe, não olha para lado nenhum, apenas se pode ver as lágrimas escorrendo pelo seu rosto, é algo muito deprimente.

Eu apenas me calei, Derek realmente estava desolado, eu não conseguia nem imaginar a cena, e quando eu entrei no quarto, realmente vi o inimaginável.

Derek estava uns vinte anos mais velho, suas roupas estavam sujas, surradas e... molhadas, extremamente molhadas. Seu rosto estava sem vida, seus olhos... seus olhos não davam mais para ver sua alma, aquele corpo vagava sem vida, e aquele corpo... era o meu amigo.

Pedi para o policial sair, eu precisava fazer isso sozinho. Cheguei perto dele e desci suas pernas, lentamente comecei a tirar sua roupa, tirei sua camisa, depois seus sapatos, meias, depois tirei sua calça e por último sua cueca. Qualquer um que entrasse ali naquele momento, não veria o Derek sexy, aquele garoto por quem qualquer um daria tudo por um “nude”, naquele momento ele era uma sombra do que ele era, apenas um corpo sem vida.

Peguei ele pela mão e o levei a um banheiro que tinha em seu quarto. Por ser um hospital particular e caro, naquele banheiro tinha uma banheira. Esperei-a encher e coloquei-o lá dentro, tirei minhas roupas rapidamente e entrei junto com ele, esse era um ritual que a gente tem desde pequeno, sempre que um de nós estivesse triste, a gente entrava em uma banheira e o que não estava triste dava um banho no que estava, parecia gay mas não era, eram apenas dois amigos, um tentando ajudar o outro.

E foi isso que eu fiz, dei um banho nele, comecei lavando seu cabelo, e fui descendo e descendo, a cada parte que eu ia eu sentia ele voltando, seu choro ficando mais forte, ele voltando a realidade.

Quando terminei de esfrega-lo ele do nada se virou e me agarrou, e chorou grudado a mim, tudo o que eu conseguia dizer era “tudo vai ficar bem” ou “eu estou aqui” e em nenhum momento ele parou de chorar.

Minutos, horas, dias depois, eu realmente não sei, ele parou de chorar, eu tentei levantar, mas ele me segurou, me segurou tão forte, como se dependesse de mim para viver, eu não podia, nem queria sair dali.

Uma médica entrou no banheiro, provavelmente procurando o Derek, e nos viu na banheira, provavelmente ela compreendeu, porque apenas pegou uma toalha e me entregou, eu levantei junto com ele, calmamente, no momento nem me importei por aquela mulher me ver nu, eu só pensava no Derek, apenas nele. Envolvi ele em uma toalha e depois a mulher me deu uma para mim.

Ainda com Derek agarrado a mim, fui até o quarto e sentei na cama junto com ele e ficamos assim, até...

- Ele se foi...

- Sim, ele se foi.

- Ele ainda pode voltar?

- Sim, ele pode, mas as chances são muito baixas, não quero que você se agarre a isso, ele provavelmente nunca vai voltar – e ele voltou a chorar.

- Eu o amo, eu o amei, eu daria a minha vida para tê-lo vivo agora, eu faria tudo para ele estar aqui, mesmo se eu não estivesse.

- Eu sei, e eu estou aqui, eu estou aqui por você e com você.

 

E foi nesse momento que eu vi o braço dele, e tudo do passado voltou a minha memória, e dessa vez eu que chorei, pois novamente vi o braço dele cheio de cortes e isso era muito para mim.


Notas Finais


E é isso, Pietro nunca mais vai acordar, Derek sofrendo, Fred surtou.

Tentem entender o lado do Fred, ou não.

Enfim, até o proximo.


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