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História Do re mi! (YoonKook) - Nineteen


Escrita por: Bruna12Anime

Capítulo 19 - Nineteen


Fanfic / Fanfiction Do re mi! (YoonKook) - Nineteen

 Manhã.

 Com a luz do sol em sua face obrigando a acordar, abriu seus olhos lentamente, fechou assim que viu Donghyuk saindo do banheiro de seu quarto. Yoongi fingiu roncar. Parou para prestar atenção no seu hóspede, abriu seu olho esquerdo e observou a cena:

 

"— Ah! Que calor!" — Sentou-se na beira da cama, Yoongi fechou os olhos rapidamente. "— Eu sei que você está acordado."

 

"— Não estou." — Murmurou. 

 

"— Relaxa, não fizemos nada ontem à noite."

 

 Como se tivesse ganhado da loteria, Yoongi se levantou. Olhou para si e notou estar apenas de cueca box.

 

"— Tem certeza que não fizemos nada? Estou apenas de roupa íntima." 

 

"— Não, nós não tivemos nada além do limite. O que aconteceu ontem foi até que engraçado, deveria ter filmado, bom, voltando. Depois daquele beijo, você começou a negar a continuar e eu perguntei o porque. Então tu disse: não, eu sou comprometido." — Yoongi fez sinal para que o mesmo continuasse. "— Com isso ficamos deitados no sofá, sem contato algum, até que você levantou e tirou suas vestes enquanto clamava por... como é nome dele mesmo? Ah, sim! Um tal de Jungkook."

 

"— Ah! Que vergonha!" — Cobriu sua face, se retirou do quarto em seguida.

 

 Caminhou até a cozinha, abriu a geladeira e bebeu o resto de seu suco pela garrafa. Respirou fundo. Olhou ao redor, observou a condição de sua sala, estava uma ruína em cima de ruína. Abriu as torneiras e mergulhou seu rosto em baixo das águas mornas e frias de sua pia. 

 Donghyuk se aproximou, fechou as torneiras, logo em seguida sentou-se e analisou o comportamento do pálido.

 

"—  Relaxa, todos alguma vez na vida passa vergonha por causa do álcool." — Comentou, pegando um pão da sacola.

 

"— Não é isso, Jeon. Se isso ficasse só entre nós, tudo bem, mas como não ficou, está tudo péssimo!" — Dizia, secando seu rosto num guardanapo.

 

"— Como assim, Yoongi? Quem mais sabe disso além de nós?" — Perguntou.

 

"— O mundo espiritual!" — Soltou.

 

"— Acho que você ainda está sobre o efeito das bebidas. Quer que passe um café?" — Assentiu.

 

 .

.

 

 Quando ficou a sós em sua residencia, correu para seu escritório e começou a escrever. Cinco folhas de seu bloco de anotações já tinha ido embora, colou as em cima de seus livros, sentou-se em sua cadeira e lá esperava alguma resposta de seu falecido amor. 

 Suas unhas já estavam quase no fim de tanto que as ruías. Seu pé fazia papel de furadeira em seu chão. O coração do pálido estava nas mãos. Pensava que talvez Jungkook estivesse magoado consigo... mas foi só um beijo, murmurou.

 

 Um calor desconhecido se estalou pelo cômodo. 

 Yoongi procurava por seu amado ao redor, entretanto não encontrou nada. O calor estava aumentando. Em sua face a primeira gota de suor escorreu, seu pescoço pálido se encontrava vermelho com marca de gostas passadas. 

 

"— Que calor!" — Comentou, levantando-se para ligar o ventilador.

 

 Assim que virou, deparou-se com a imagem de Jungkook sentado em sua cadeira com seu antigo caderno em mãos. Yoongi engoliu sua saliva e se aproximou. 

 O coração saltitava.

 Sua pupila se encontrava dilatada.

 E o arrepio que sempre surgia com a presença do moreno, retornou.

 

 Sentou-se na poltrona que tinha perto a escrivaninha, direcionou seu olhar para a imagem sentada ao seu lado. Reparou em cada detalhe. Pode perceber que eras transparente. Os livros da estante aparecia pelos trajes brancos de Kook.

 

"— Por que fugiu ontem?" — Perguntou.

 

 Os olhos negros do moreno se direcionaram a Yoongi. Estava sem expressão. O caderno que tinhas em mão foi deixado sobre a mesa, Jungkook levantou-se e caminhou até Min. Despejou um beijo na testa do pálido, o beijo gelou completamente o falso moreno. Quando abriu a boca para perguntar o porque daquilo, partiu. 

 

"— Até quando vamos ficar nesse joguinho?" — Olhava para o teto. 

 

 O caderno se abriu. 

 O barulho das folhas virando,

  assuntou Min Yoongi;

 colocou suas mãos avermelhadas sobre a boca.

 

 Caíste no tapete. 

 Correu até o caderno e voltou tudo do inicio. As primeiras conversas que teve contigo estava lá, tudo estava anotado, desde o primeiro dia de aula até o último.

 "Bom-dia, me chamo Jeon JungKook. Espero que possamos nos dar bem, e que vocês cuidem de mim. Ah, eu não posso ouvir! Então usem esse caderno para falar comigo. Obrigado "^^" " 

 

 Sorriu ao lembrar.

 Continuava a folhear. Encontrou mais para frente resto de folhas mal arrancadas, desenhos de casas com duas pessoas dentro e uma distante de tudo. 

 

"— Esse seria seu pai, certo?" — Perguntou, apontando com seu dedo fino para o palitinho longe dos demais. 

 

 Folheava. 

 Mais folhas arrancadas, desenhos de significados diferentes, entre mais escritas do passado. Parou de folhear quando leu: perdão.

 

"— Perdão?" 

 

 Os olhos negros de Min Yoongi seguia cada palavra escritas naquelas trinta linhas. Sussurra. Uma lágrima escorreu pela sua bochecha e caiu ao chegar em seu queixo. Um pigo se fez presente na folha. 

 Virou-a.

 Um desenho de uma mulher chorando.

.

.

.

 Passou a tarde tentando entender cada desenho. Porém não adiantou em nada, nenhum tinha uma explicação concreta, nem as próprias folhas escritas. Talvez nas folhas arrancadas pudesse ter, mas como as encontraria sendo que já se passaram sete anos? Perguntava-se.

 Levantou-se e ligou o computador. 

 Entrou em seu e-mail e mandou mensagens pedindo desculpas a seu amigo, quando teve suas desculpas aceitas, ligou para o mesmo.

 

"— Não me ligue assim tão de repente! E seu eu estivesse transando com alguém? Eu curto sexy call e tudo mais, mas isso aí já é pedir muito." — Comentou, ajeitando-se em sua cadeira.

 

"— Relaxa, Kim. Isso já mais irá acontecer, esqueceu que aí na França você não transa" — Taehyung ameaçou encerrar a chamada. "— PERDÃO!" 

 

"— Perdoado."

 

"— Preciso da sua ajuda." — Retirou-se para pegar o caderno, logo voltando para seu acento.

 

"— No que posso lhe ajudar?" — Perguntou, limpando seus óculos.

 

"— Então, já te informei das coisas que estavam acontecendo, na verdade, que ainda estão!" — assentiu. "— Agora cedo... ele voltou e deixou o antigo caderno dele aqui. Ele só veio para me entregar isso, pelo meno é o que parece."

 

"— Okay, mas o que tem nesse caderno?" 

 

"— Tudo!" — abriu o caderno. "— Desde quando ele entrou na escola até o seu leito de morte. Veja." — mostrou.

 

"— Nossa, brother! Que emocionante!" — Dizia, animadamente. "— É como se você estivesse num filme."

 

"— Não, nos filmes eles encontro soluções rápidas. Como isso aqui é fora das telas, não encontramos repostas rápidas, infelizmente." — acrescentou.

 

"— Ah, agora eu entendi. Você quer que eu seja a sua Velma e te ajude a resolver esse mistério?" 

 

"— Eu adoraria!"

 

"— Então... vamos resolver esse mistério, Scooby!"

 

 À noite parecia ter voado com todas as buscas que os dois fazia. Cada achado, Kim Taehyung dizia: gente!" Enquanto Yoongi anotava tudo nos seus blocos coloridos, os essenciais era amarelo e os talvez verde. O pálido lia todas as folhas para o alaranjado. 

 Se despediram e combinaram um horário para a chamada de amanhã. 

 Yoongi arrumou seus papeis. Pegou o caderno e levou para seu quarto. Após seu banho quente, deitou-se em seu leito e olhou para o caderno de capa vermelha ao seu lado. Sem pensar duas vezes o trouxe para si e abriu. Dormiu na trecentésima folha.

 

 " Perdão. 

 Perdão por ser fraco e egoísta. Queria poder dizer para você tudo o que ando passando, mas ao mesmo tempo não quero lhe magoar. Eu te amo muito para te deixar preocupado com algo insignificante como eu. Talvez precise partir, porém não é uma partida longa, por algum motivo sei que voltarei para te ver. Veja como algo bom. Na verdade, é bom!

 Não terá que se estressar com nada, o que torna isto maravilhoso, pois você odeia se estressar, né, Min-chan? Eu realmente sentirei sua falta. Peço que entenda o meu lado..."

 

Terminou.

 Quer dizer, não terminou, entretanto aquele era o fim por causa do corte que a folha tinha no fim. O texto foi escrito à oito anos atrás, um ano antes da morte de Jungkook, todavia o resto dessa mensagem descrevia o motivo da partida do jovem.

Ninguém em si sabia a razão de ter se matado.

 

" Pai, tem certeza que este é o certo?"

 

" Filho, confie em mim."

 

" Eu confio em ti, pai. E se a caso ele descubra o porque da minha ida, tenho certeza que ele não irá me perdoar. Não quero morar aqui sem o perdão do meu próximo, sei que é errado. "

 

" Seu lugar é aqui, não importa o perdão de lá, pois tu tens o meu perdão. Não direi que ele irá descobrir o porque de sua ida, isso dependerá mais dele do que de mim, a coisas que não me atrevo a por o dedo."

 

" Oh, pai. Só quero vê-lo bem."

 

" Eu sei, filho. Ele vai ficar bem, confie em mim."

 

" Eu confio em ti."

 

[...]

 Com sua cara de sono em alta, Yoongi tomava um café para ver se despertava. 

 A fumaça que saia de sua xícara era admirada pelo jovem. 

 Os olhos negros tinha a pupila destacada e os fios clareados.

 O tons escuros que Min havia pintado já estavam se desfazendo, o loiro estava retornando lentamente. Era possível ver na raiz e nas pontas. Como uma fase que se inicia. Na verdade, se reinicia, os tons loiros de volta fazia todas as lembranças do passado voltarem a tona. 

 

 O telefone toca.

 Namjoon.

 

" — Favor abrir a porta, obrigado."

 

" — Bom dia, para você também."  — Desligou, abrindo a porta em seguida.

 

 O alto adentrou a casa com a cara emburrada, Yoongi sorriu de forma amigável e fechou a porta. Caminhou até a cozinha e encheu outra xícara com seu café amargo. Sentou-se na cadeira ao lado de seu amigo.

 

" — O que aconteceu, professor Namjoon?"  — Perguntou.

 

" — Nossa, faz séculos que não ouço isso, Yoongi."  — Comentou. " — Saudades. Ainda mais de ver você pequeno com aquele cabelo loirinho."  — Sorriu.

 

" — Sim, se eu soubesse que sentiria tanta falta, nunca tinha dito: não vejo a hora de acabar."  — acrescentou.

 

" — Isso sempre acontece. Olha só como o mundo é, te dei aula até o terceiro e fizemos amizade no nono ano, hoje somos melhores amigos." 

 

" — Sim, e a diferença de idade nem atrapalha tanto. Não é todo dia que se vê um velhote com um novinho."  — riu.

 

" — Quem você está chamando de velhote?! Minha aparência é melhor que a de vocês jovens, me respeita."

 

" — Tá bom, tá bom." — levantou as mãos para mostrar que se rendeu. " — Agora me conta, o que aconteceu?"

 

" — Seokjin irá viajar, não quero ficar sozinho... posso ficar aqui nesse meio tempo?"  — Perguntou, após beber seu café.

 

" — Não esgotando minha paciência..."

 

" — Não irei esgota-la!"

 

" — Então tudo bem."  — Sorriu, recebendo um imenso sorriso de resposta.

 

" — Sabia que você não iria negar! Vou pegar minhas coisas no carro, já volto."

 

 Despejou beijos úmidos nas bochechas de Yoongi e se retirou. O loiro ria enquanto limpava as maças de seu rosto. 

 Pegou sua xícara de café e caminhou até seu quarto, pegou o caderno e trancafiou em sua gaveta secreta. Escondeu a chave atrás de seu álbum de figurinha dos jogadores da copa de 2002. 

 

 

" — Brother, eu já entendi!"  — Comentou, Taehyung.

 

" — Sério? O que você entendeu?"

 

" — Os desenhos trata das perdas e das tragédias, o desenho da casa com duas pessoas representa o que restou depois da ida do pai dele. O segundo desenho mostra vocês juntos. O terceiro ele conversando com uma menina, que ele próprio definiu como: a menina dos jogos. E aquele da mãe dele chorando representa a morte do pai dele..."

 

" — Mas o pai do Kook não morreu."

 

" — Não foi o que deu a entender, em baixo daquele desenho está escrito: descanse em paz. Como não pode a ver mais ninguém ao invés do pai dele, tudo aponta que sim! O papai dele faleceu."  — Continuou.

 

" — Pode ser... teve uma semana que ele faltou da escola, me disse que não era nada, mas o diretor comentou que era triste pois é um homem de famíla, etc."

 

 " — Yoongi!"  —  Gritou, Namjoon. 

 

 Pediu uma pausa para Kim e saiu correndo do escritório. Ao chegar na sala se deparou com seu amigo em cima do sofá. Olhou para onde o magro apontava, uma barata andava pelo chão, tentou segurar seu riso... mas no fim, não adiantou. Yoongi ria estrondosamente.

 

" — Não ria! Eu tenho fobia. Tira esse troço daí, rápido!"  — Falava, saltitando em cima do sofá.

 

" — Só tiro depois de ouvir as palavras mágicas."

 

" —  POR FAVOR!"  — Gritou.

 

 Yoongi pisou em cima do pobre e a pegou com uma folha de revista, aproximou-se de Namjoon e fingiu tacar. O magro correu para a cozinha gritando que nem um garotinha. O moreno ria daquela situação. 

 Com o pobre em mãos a jogou na privada e deu descarga. Enquanto lavava a mão, sentiu o ambiente gelar e os pelos de seu corpo levantarem, fechou a torneira e olhou-se no espelho. Mas suas feições mudaram ao ver que não havia seu reflexo, mas, sim, o de Jungkook.


Notas Finais


O próximo é o fim!
Espero que estejam gostando da fic até o momento.

* caso alguém não lembre, Namjoon já foi professor de Yoongi (estão nos primeiros capítulos, entre 5, 6 ou 7)

* Caderno inicial de Jungkook é vermelho, de Yoongi também era é citado nos primeiros capítulos também, o caderno de Kook não foi tão citado pois teve muitas cenas de blocos, mensagens, etc.

FIC JIKOOK: https://www.spiritfanfiction.com/historia/meu-delinquente-jikook-13936848


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