História Do You Believe? - If You Wanna Scream

P.o.v Lauren

Meu rosto estava em brasas de tanta vergonha que eu não sabia mais como reagir a aquilo tudo.

- O que foi Lauren? Não gosta de ser tocada? – ele me tocou outra vez tentando enfiar a mão por debaixo da minha calcinha. - Eu só quero ver como você fica quando esta excitada.

- Por favor... eu não quero.  – falei já sem convicção alguma tentando afastar a mão dele mas foi em vão.

- Mas eu quero. – ele segurou minhas duas mãos para cima e soltou o peso do seu corpo contra o meu.

Ele voltou a me estimular por cima do tecido fino da minha lingerie e eu respirei fundo na intenção de tentar raciocinar.

- Justin... – fiz uma pausa fechando os olhos. - Para... por favor.

- Você quer que eu pare? - senti os lábios dele roçarem minha orelha e assenti murmurando.

- Quero. 

- Que pena. - ele me encarou. - Seu corpo parece que discorda de você.

- Você não vai querer fazer isso. – o encarei de volta e ele ficou pensativo por um tempo.

Ele controlou o peso em cima de mim e deu um sorriso estranhamente dócil.

- Eu quero fazer isso desde o dia em que eu conheci você, pirralha. – ele se deitou em cima de mim novamente  e eu fechei os olhos tentando não mentalizar o que estava para acontecer.

- Eu não vou machucar você. – ele chegou o rosto bem perto do meu passando a língua suavemente pelo meu pescoço fazendo meus pelos se ouriçarem involuntariamente.  - Eu vou te dar a melhor noite da sua vida, Lauren. - me senti tão nervosa que quis vomitar no mesmo segundo, mas fiquei quieta esperando uma chance de fugir dali.

- Eu te odeio. – sussurrei virando o rosto.

Eu não queria ver aquilo.

- Shhh. – ele fez sinal com dedo na minha boca pra que eu me calasse e eu permaneci intacta enquanto ele se livrava da minha calcinha. 

Senti ele se movimentar na cama e imaginei que ele estivesse se despindo.

Apertei os olhos com força quando senti aqueles lábios quentes tocarem meu pescoço até meus seios ainda cobertos pela blusa, que foi suspendida logo em seguida. 

Justin beijava calmamente cada parte do meu corpo me causando arrepios aleatórios e eu já não conseguia ficar parada.

Respirei fundo quando as mãos dele seguraram minhas pernas fazendo com que ele se encaixasse em mim e abri os olhos totalmente assustada quando senti alguma coisa roçar a minha intimidade.

Justin estava visivelmente se divertindo com aquilo e eu gemi alto arqueando as costas quando senti uma pressão bem na minha entrada.

Ele afastou um pouco o quadril para trás antes de voltar a fazer certa força com o membro dele e em seguida senti  todo os meus músculos se contraírem de dor.

- Aaaah! – dei um grito abafado apertando os braços dele e virei o rosto para finalmente encará-lo quando ele o tirou de dentro de mim.

- Relaxa pirralha. - ele sussurrou com a boca colada a minha e voltou a me preencher lentamente.

Sua respiração estava muito alta e suas bochechas já coradas quando ele fazia movimento de vai e vem bem devagar.

- Você é tão apertada.  – ele gemeu alto dessa vez enfiando o rosto no meu pescoço.

- Você esta me machucando. Isso dói. – ele não estava me machucando de verdade mas aquilo estava totalmente desconfortável e estranho.

Ele parou de me entocar mas continuou com o membro dentro de mim me encarando sério.

- Vai doer um pouco até você se acostumar, é só relaxar. 

Neguei mentalmente enquanto ele saia e entrava de mim lentamente.

Virei o rosto para não encará-lo mas sua mão foi rápida ao virar meu rosto de volta.

- Olha pra mim enquanto eu estiver dentro de você.

A voz rouca dele parecia me imobilizar e eu fiz o que ele havia pedido. Não tirei meus olhos dos dele um só segundo e relutante tive que concordar que a dor havia passado, pelo menos a física.

Ele apressou os movimentos e eu não pude evitar me contorcer.

- Justin... Justin... Aaah... - comecei a gemer alto e ouvi sua risada abafada no meu pescoço.

Ele não parava e a cada entocada eu sentia meu corpo explodir.

- Lauren... - ele arfou voltando a me encarar e eu segurei seus braços com força enquanto sentia seu hálito quente me chicotear.

Ele fez mais alguns movimentos e em seguida saiu por completo de dentro de mim, me fazendo soltar outro gemido enquanto nossos lábios permaneciam semi-colados.

Justin manteve  os olhos fixos nos meus por mais alguns instantes antes de se levantar.

Ele sumiu por alguns instantes mas logo voltou e se aproximou de onde eu estava. 

- Eu vou tomar um banho e quando voltar não quero te encontrar aqui. 

Ele nem se deu ao trabalho de me encarar e eu fiquei ali estática, ouvindo os passos dele e sentindo aquele cheiro horrível de nicotina impregnado nas minhas narinas e só então percebi que o quarto dele cheirava á cigarro.

Fiquei mais alguns minutos ali fitando a parede. Eu estava completamente aérea quando me sentei na cama e vi aquela manchinha de sangue no lençol me forçando a acreditar no que tinha acabado de acontecer. Me levantei sem pressa alguma mas senti uma pequena ardência na bunda e revirei os olhos depois que vi o cinto caído no chão.

- Você é doente. - pensei alto me lembrando do que ele havia feito.

Puxei o lençol e sai andando em direção á porta quando dei meia volta pra pegar as chaves na cômoda que foi o que me fez parar aqui e passar por esse céu e inferno ao mesmo tempo.

Entrei no meu quarto colocando as malas para dentro já elas que ainda estavam do lado de fora e não me aguentei, cai aos prantos na minha cama.

Eu senti uma angústia tão estranha por dentro. Era humilhação misturado com uma pontada de satisfação e dúvida em relação á tudo aquilo que eu tive vontade de voltar e perguntar para o Justin o que tinha acabado de acontecer, embora já soubesse a resposta.

Fiquei chorando agarrada ao travesseiro por algum tempo, meu nariz já ardia e minha cabeça estava começando a doer. Parei um pouco para respirar, levantei peguei uma toalha e um pijama e fui para o banheiro do andar debaixo. Eu precisava de um banho, precisava me aliviar daquilo tudo.

Tranquei a porta e deixei aquela água quente cair sobre mim imaginando que toda aquela vergonha pudesse ser carregado junto com ela.  Ajeitei meu chinelo no chão e sentei sobre ele sem pensar em nada. Eu estava em um universo paralelo e perdi a noção de quanto tempo fiquei por ali.

Me sequei e subi pro meu quarto, peguei um edredom no armário e me deitei, dormindo logo em seguida.

...

- Bom dia, meu amor. – senti aqueles lábios quentes na minha bochecha e quando me virei minha mãe estava lá.

Ela me olhava com os olhos tão cheios de ternura que acabou de fazendo encher os olhos de água involuntariamente.

- Mãe! – agarrei o pescoço dela a puxando pra um abraço forte e demorado, eu me senti tão aliviada por não estar mais sozinha com ele.

- Esta tudo bem meu anjinho? Você esta com uma carinha triste, o que aconteceu?- ele alisou meu rosto.  - Você e o Justin se desentenderam outra vez? Ele te tratou mal?

- Não mãe. – fiz uma pausa esfregando os olhos - Não foi nada disso é que eu tive um pesadelo essa noite e... - respirei fundo.  - Fiquei com um pouco de medo da chuva.

- Ah, meu amor. Eu me esqueci que você não gosta de chuva. Eu devia ter voltado! - ela parecia arrependida.

- Ta tudo bem agora. - sorri amarelo e depois de um tempo ela pareceu acreditar.

- Okay, então melhora essa carinha que eu vou terminar de por a mesa porque vamos tomar café em família hoje. O seu pai tem um comunicado importante para fazer. – ela me deu um sorriso empolgado e desceu.

Comunicado? Tomar café em família?

Eu não queria sair da cama e encarar a vida lá embaixo. Não queria ter que olhar para o rosto dele.

Tentei imaginar qual seria minha reação ao vê-lo de novo e acabei me perguntando porque eu não falei nada do ocorrido para a minha mãe.

Eu não fazia a mínima ideia do que eu estava sentindo, mas ainda sim me levantei, tirei o pijama e me troquei. Sentei na beira cama e fiquei pensando no que me aguardava lá embaixo.

Continua...