História Do You Love Me? - Apenas fique comigo.

SungMin

Simplesmente eu ainda não acreditava. Era realmente muito difícil crer que tudo tenha dado tão certo. Yesung foi mesmo um anjo, ele tinha razão, se eu não tivesse lutado pelo Kyu certamente ainda estaria triste pelos cantos e ele com outra pessoa. E sinceramente eu não creio que haja por ai alguém melhor para o Kyu do que eu. Era incrível a química e a sintonia que havia entre nós. Era como se fossemos feitos um para o outro por mais clichê que pudesse parecer.  Me sinto completamente no mundo da lua, tanto que fui andando mesmo para casa simplesmente para aproveitar minha alegria e meus pensamentos no caminho. Ta bom, não só por isso, era que aqueça hora da noite era realmente muito difícil arranjar confução, mas de qualquer modo eu nem morava muito longe mesmo.

Toquei meus lábios com as pontas dos dígitos e fechei por meros segundos os olhos, tudo veio a minha cabeça estantaneamente e não pude evitar o sorriso largo que se fazia em meus lábios. Ao abrir os olhos eu sorri largamente como a muito tempo eu não sorria.  O amor da minha vida corresponde aos meus sentimentos, e mesmo sem qualquer pedido formal estávamos juntos. Aquela noite estava sendo simplesmente maravilhosa e eu duvido que qualquer um possa estragar agora. Era como se eu sentisse as tais borboletas no estomago, e parecia que meus pés não tocavam o chão. Isso sendo que eu estava completamente saltitante no meio do caminho, era até gay demais para meus próprios padrões, mas estranhamente eu não estava me importando com isso. Cantarolava a musica que dancei mais cedo alegremente durante todo o caminho.

Outra coisa que não podia evitar era de fazer planos. Enquanto andava eu resolvi que já que em uma semana eu iria me formar já ia procurando emprego. Não quero mais voltar para o interior, quero ficar perto do meu nerd. E se eu alugasse um apartamento ou fosse morar na republica com o Henry que se dane o que meu tio acha da minha opção sexual. E eu também não teria mais que aturar aquela víbora da minha prima. A única que eu me importo realmente naquela casa e vejo como da minha família é a minha tia. Por isso, eu vou me sustentar arranjar algo na minha área e ficar por aqui mesmo onde há emprego para mim. E os meus pais? Bom não vou jogar fora a passagem que já havia reservado para a casa deles, vou guardar e ir visita-los, quem sabe contar sobre o Kyu. Talvez vá ser um choque, mas eles não iriam me maltratar por isso. Meus pais são humildes, não tem um bom nível escolar e não conhecem muita coisa, assim como minha tia era antes de conhecer aquele homem horroroso. Mas de uma coisa eu sei, eles me amam acima de qualquer coisa e vão respeitar minha escolha.

Por fim, só me restava sonhar com o futuro e flutuar com o presente. Só de pensar que mais tarde iria ve-lo de novo e que iriamos repetir todos aqueles beijos e carinhos de quase agora pouco eu já ficava tão ancioso. Estar nos braços dele é tão bom, é como se eu finalmente tivesse encontrado o meu lugar no mundo. Sem falar que os toques dele, por mais inocentes que pudessem parecer me incendiavam, deixavam um rastro de fogo pela minha pele, onde passavam me arrepiava me faziam anciar para conhecer onde eu ainda não havia chegado. Eu cheguei a pensar na conversa que eu tive com Yesung sobre fazer amor, e eu simplesmente sonhava acordado com isso. Sempre fui daquelas pessoas antiquadas que achava que seria necessário o momento certo e a pessoa certa, e parece que agora eu finalmente encontrei.  E por falar em agora pouco, agora pouco nada. Eu estava tão avoado durante todo esse tempo que nem mesmo percebi a hora passar. Já havia mais de meia hora que eu estava caminhando, mas naquele modo automático, a cabeça estava longe em uns cinco minutos e eu já estaría em casa.

Tateei o bolso de trás da minha calça procurando pelo meu cel e me assustei ao não encontra-lo. Comecei a tatear todos os meus bolsos desesperadamente procurando pelo aparelho, mas definitivamente não estava comigo. Parei e olhei para tras, e lembrei que estava com ele no colo certamente caiu pelo banco. Repuxei meu lábio inferior entre os dentes brevemente, então imaginei que o Kyu pudesse estar com ele agora. Eu realmente esperava que sim, mas teria de ligar para o meu numero para ter certeza então teria de ir às cegas para casa. Droga, o pior é que não sabia se estavam dormindo, ou me procurando furiosos. O plano era ligar para a Seo para saber como estão as coisas, se podia ir pela porta da frente ou se teria de ir de fininho e pular a janela do meu quarto como da outra vez.

Meus passos agora se tornavam lentos e incertos quanto mais eu me aproximava de casa. Ao chegar lá na frente estava tudo silencioso demais e as luzes estavam todas apagadas. Me parecia bom sinal, todos já deviam estar dormindo antão eu teria tempo para pensar em uma desculpa caso fosse necessário mais tarde.  Como ao menos a minha chave estava comigo abri o portão com cuidado e fui entrando, em seguida com o mesmo cuidado abri a porta de casa e fechei, tinha certeza que não fazia nem o mínimo barulho para que pudesse acordar alguém, mas cometi o erro de ascender a luz e o meu tio levantou do sofá onde adormeceu provavelmente me esperando chegar. Droga, to ferrado!

-T-tio... Ainda está acordado.

Ele se levantou com alguma coisa em sua mão pareciam polaroides, mas eu não podia ver as imagens ainda. Tudo que veio a minha cabeça foram os flashes que apareciam insistentemente enquanto eu estava com o Kyu. De repente o medo se alastrou dentro de mim, emquestão se segundos. Quando meu tio se veio em minha direção instintivamente dei alguns passos para tras, mas percebi que não havia saída quando minhas costas bateram contra a parede.

-onde estava Sungmin.

-Eu...

-PERGUNTEI ONDE ESTAVA?

-Com... Com um amigo... estudando!

-Estudando?

Riu com escarnio, seu bafo fedorento de cigarro quase na minha cara.

-Estudando o que seu veado filho da puta!

-N-não fala assim tio... Eu estou na ultima semana de aula e vc sabe que...

Fui cortado quando ele jogou as polaroides em cima de mim e nem se quer tive tempo de pegar qualquer uma delas, mas quando as olhei no chão eu vi, era tudo o que eu temia as fotos dos meus beijos com o Kyu no parque. Eu definitivamente não entendia como ele podia ter aquilo... A menos que... A Yoona tenha me seguido.

-VOCÊ É UMA DESONRA PARA ESTA FAMILIA! É UM MALDITO VEADO! COMO É QUE EU PUDE DEIXAR VOCÊ ENTRAR NA MINHA CASA?

-Tio eu o amo! O que tem isso de errado?

- MAS É UM INSOLENTE!

Meu tio falava alto, provavelmente estava alterado por alguma bebida, eu não estranharia já que é bem do feitio dele. Mas eu não tive tempo de responder mais nada já que fechando os punhos ele acertou meu rosto me pegando de surpresa. Eu nada fiz, não sabia o que fazer, estava apavorado e acuado o suficiente para não conseguir nem me mexer. Nem mesmo a dor natente em meu rosto, que eu sentia que ia ficar inxado me fez reividar o recente ataque vindo do mais velho. Eu tive uma educação que me dizia que eu deveria respeitar, por mais errado que fosse, eu não ia levantar a mão para ele e perder a razão. Se conseguisse sair dali podia fazer corpo de delito e denuncia-lo para que nunca mais se aproximasse de mim e era o que pretendia. Mas ao olhar de um lado para o outro não via saída. A porta estava atrás dele então tudo o que eu podia fazer era correr, foi o que fiz, mas meu tio me segurou pela camisa me puxando de volta me jogando no chão. O olhava de baixo, seus olhos estavam furiosos, cheios de maldade enquanto ele ainda vinha para perto de mim, foi então que eu comecei a chorar.

-Tio, por favor, me deixa ir embora...

-IR EMBORA? SÓ DEPOIS DE APRENDER A NÃO ENVERGONHAR ESTA FAMILIA.

Me chutou uma, duas, três vezes, eu apenas gritava de dor e pedia para ele parar. Foi ai que minha tia acordou e desceu as escadas rápido, alarmada, de camisola, minha prima veio atrás, mas ficou na parte de cima da escada apenas observando e rindo como se estivesse vendo algum desenho animado.  Minha tia por sua vez tentou segurar meu tio e puxa-lo para tras para que parasse de me maltratar e ficasse calmo.

-Querido pare, por favor, vai machuca-lo!

-Saia daqui mulher ou vai sobrar pra você, se for defender esse viadinho de merda.

E empurrou minha tia a jogando contra a parede fazendo com que batesse contra a parede. E mesmo não com tanta força minha tia já não era jovem e tinha medo do meu tio como ninguém por isso apenas não se moveu mais apenas ficou observando aflita, mas não a culpava e não queria que se machucasse por minha culpa, sabia que ela quis me defender. E eu estava sem forças, machucado, mas a única coisa que pensava naquele momento, não seria em morrer ali, e sim nunca mais ver Kyuhyun. E logo agora que eu estava feliz, logo agora que estávamos juntos. Não, de jeito nenhum, Yesung me ensinou a ser forte, eu não ia desistir ali da minha felicidade quando ela estava tão próxima de mim.

Me aproveitando da distração que minha tia criou eu me levantei, meio cambaleante e sentindo dor no meu corpo roxo e machucado, mas mesmo mancando, mesmo de vagar eu me afastava, eu já estava próximo a porta e eu iria escapar. Quando minha prima resolveu me denunciar.

-Appa ele está saindo!

Meu tio se virou para mim e mais uma vez me pegou pela roupa com força e me sacudiu, eu o empurrava, me debatia, o estapeava, mas eu não tinha mais força para afasta-lo. O velho tinha um bom condicionamento físico, e eu estava machucado, minhas costelas doíam, meu rosto estava machucado, eu não tinha mais salvagão então mais uma vez eu simplesmente chorava como um bebe.

-Não adianta chorar seu insolente, agora vai aprender a lição por que eu não paguei aquela faculdade cara pra você virar bicha de esquina!

-LARGA ELE!

Tudo foi muito rápido, no momento seguinte a porta se abriu com força e por ela entrou Seohyun e junto dela meu Kyu. Estavam completamente molhados por conta da chuva forte que caia lá fora e só agora eu notava. Seria completamente heroico e romântico como nos belos romances que os livros contavam isso se não fosse tão trágico. Kyu me viu seguro pelas mãos fortes do meu tio chorando e fechou os pulsos com raiva se aproximando de pressa, mas meu tio me jogou no chão como qualquer coisa me fazendo bater forte com a cabeça, e por consequência  ela doía, achei que estava sangrando mas minha visão estava tão turva que eu não podia ter certeza alguma. Ouvi o gritinho agudo de Seo que veio correndo até mim, e eu senti suas mãos delicadas me segurando, tentando me tirar dali, mas era obvio que ela não suportava meu peso.

-Mas que merda é essa na minha casa SAIA!

-Não vou a lugar algum sem leva-lo comigo.

Kyuhyun resistia bravamente o ódio presente em sua voz, e sem medo Seo  me soltou por um tempo e se colocou entre ele e o meu tio tentando impedir que qualquer briga acontecesse ali e piorasse a situação.

-Por favor, não briguem!

Pediu exasperada.

-Se não sair da minha casa agora eu vou chamar a policia seu trombadinha! Se quiser fazer seu programa de viado faça lá fora.

-Pode chamar até a S.T.A.R.S* se você quiser.

-O que?

- Dane-se o senhor e o seu preconceito nojento!

Era isso mesmo que eu estava ouvindo Kyuhyun estava me defendendo, estava se assumindo e me defendendo? Eu não podia acreditar nisso.

-Acha que vão acreditar em você? Vou dizer que tentou me roubar e que sequestrou meu sobrinho. E vai ser a sua palavra contra a minha!

-Não, vai ser a sua palavra contra as provas das suas agressões no corpo dele se não me deixar sair. E estou certo de que não quer manchar sua reputação com isso não é?

Meu tio não se moveu apenas segurou a minha tia e a mandou subir, e ordenou que minha prima e levasse para o quarto mesmo a contragosto. Minha tia chorava em desespero e dava sinais de que sua pressão estava caindo, ela estava aflita por mim e eu no fundo me sentia muito culpado por isso. Kyuhyun se virou para mim me peou por um ombro e Seohyun pelo outro então saímos os três pela porta da frente da casa do meu tio.

-Seohyun volte já aqui ou ficara sem emprego!

Meu tio chegou à porta e a ameaçou.

-Tudo bem Seo eu agradeço a ajuda, posso dar um jeito sozinho.

-Então senhor Kim eu me demito.

Ela disse decidida e continuou me carregando junto do Kyu deixando meu tio para tras mas eu não podia ver mais, eu só podia ver borrões, Meu corpo doía, minha cabeça doía, o inchaço do meu rosto ardia forte debaixo da agua pesada da tempestade que caia mas eu não me importava por que me senti a salvo, eu me sentia protegido nos braços do meu amor.

-Kyu...?

-Eu to aqui Minnie, estou com você e vai dar tudo certo, apenas aguenta firme docinho.

Me chamou como me chamava quando eu me vestida de Sohee o que me fez sorrir, meu coração palpitava rápido com a energia que faltava em meu corpo.

-Você é... O meu herói.

Após estas palavras minhas forças para seguralos se esvaiu, minha cabeça latejava era uma dor tão intensa que eu mal podia aguentar. Eu não podia pensar, eu não podia falar, só apertei os olhos e minhas lágrimas escaparam se misturando com a chuva e se tornando imperceptíveis. Exceto aos olhos de Kyuhyun que me conhecia como eu mesmo próprio não podia, isso por que nossos corações estavam conectados a um único sentimento. Que agora eu sentia que era verdadeiro, agora eu sentia que era para sempre. Se eu saísse vivo disso tudo eu só tinha uma única certeza na vida, e ela era que eu desejava viver este amor que eu sentia, ao lado dele, intensamente e para sempre.

A visão ficou completamente escura e sua voz me chamando em desespero foi a ultima coisa que ouvi antes de perder completamente os sentidos.

-SUNGMIN...!

Disse e me desprendeu se Seohyun me segurando com os dois braços me carregando, sem saber para onde debaixo da chuva que não dava trégua um minuto de quer.

-Seohyun, corra, peça ajuda deixa que eu seguro ele.

-Está bem!

E então ela correu e gritava socorro, mas àquela hora não havia ninguém na rua, seria difícil.

-Sungmin, não me deixa agora... Não me deixa como todo mundo me deixa. Eu sei que eu não fui corajoso para te dizer isso antes, mas eu te amo.

XXX

HyukJae

Nossos rostos estavam muito próximos, e eu tinha consciência que nunca tivemos coragem antes de nos beijarmos em publico, mas naquele momento não estávamos enxergando nada além de nós mesmos e a nossa vontade. E faríamos isso se o escândalo de Sora não nos assustasse e nos trouxesse de volta para a realidade.

-HENRY!

Ela gritou e me fez desviar os olhos, logo abri um sorriso ao notar que Henry estava realmente ali. Quase esqueci que quase todos os anos ele se apresenta tocando piano ou violino, e provavelmente ele ia tocar antes da apresentação final. Alias, já havia outros talentos mirins cantando e tocando instrumentos mais clássicos neste intervalo. Donghae sem demora desviou também os olhos, agora vendo pela primeira vez meu amigo pelo qual ele tanto brigou comigo a um tempo atrás. Engraçado que eu fiquei de apresenta-los a um bom tempo e só aqui em Busan foi que por acaso eles vinham a se ver pela primeira vez.  Donghae deu alguns passos  para o lado desfazendo a distancia desconcertante a que estávamos, e Henry vinha cumprimentando os outros aos quais já conhecia no caminho logo por fim chegou até nós. O abracei forte e ergui seu corpo minimamente, com facilidade mesmo que basicamente tivéssemos o mesmo tamanho. Quando o coloquei no chão seu sorriso de orelha a orelha acabou me fazendo sorrir também. Segurei a mão de Henry e o levei até Donghae antes que este começassse qualquer birra pela falta de atenção em si, mesmo que por míseros segundos.

-Hae, este é meu amigo Henry.

-Não me disse que ele viria.

-Ele não sobia.

Henry sorriu sem graça e se curvou levemente para cumprimenta-lo.

- Muito prazer Henry.

- O prazer é meu Donghae, sempre ouvi muito falar de você.

-Ouviu é?

Donghae desviou os olhos para mim por instantes e eu só fiz assobiar e fitar outro canto qualquer.

-Sim, mas falou bem não se preocupe.

-Então tudo bem.

-Não acredito que pensou que eu falaria mal de você.

-Vai saber não é Hyukjae?

O empurrei por brincadeira e acabamos rindo os três.

-Hey galera junta aqui!

Taemin nos chamou e eles haviam juntado duas mesas para que sentássemos todos juntos para conversar. Assim o fizemos escolhendo cuidadosamente nossos lugares, exceto Hyoyeon que ficou de pé apenas olhando incerta sobre se deveria sentar ou não. Suspirei  não sabendo se de fato a conversa que tivemos realmente a tranquilizou. Eu estava entre Donghae e Henry, os garotos a chamavam, mas ela nem se movia. Donghae olhou para mim e subitamente estalou a língua imaginando que eu me sentia mal com aquilo, então se levantou e foi até ela a puxando para um canto. Ok, agora sim eu imaginei que devia me alarmar. Espero que ele não vá contar, mas nenhuma historia, ou pior que não vá brigar por qualquer besteira.

Em um ato de nervosismo meus dedos tamborilavam a mesa sem parar, isso até que surpreso eu os vi se abraçare. Sério, será que o Hae pediu desculpas? Eu simplesmente não acredito que aquela criança birrenta foi capaz de pedir desculpas. Mas de qualquer forma eu estava feliz, tanto que nem desfarcei o sorriso quando ele veio com ela até a mesa e se sentou onde estava, de forma que ela se sentou ao seu lado e a conversa fluiu animada. Junsu falou um pouco sobre o seu casamento e convidou a todos, Minho e Taemin ficaram mais se beijando, mas Tamin sempre arranjava um tempinho pra fazer seus comentários espirituosos, nos fazendo engasgar de rir. Hae, Hyo e Sora também estavam bem intretidos no assunto, Kai e Luhan estavam apostando um vira básico e Henry contava como fora seus dias em Seul. Inclusive conseguimos arrancar dele que ele estava ficando e gostando de alguém. Pode ser impressão minha, mas Donghae parecia stranhamente feliz com isso, e sinceramente não acredito que ele ainda acreditava em algo entre eu e Henry.

Logo Sora e Hyo acabaram bebendo um pouco também, mas não muito e foram para a pista dançar feito duas louquinhas. Ousei posar minha mão por cima da do Hae por baixo da mesa e ele ficou um tanto sem jeito e desfarçou, e o papo rolava até que as meninas voltaram à mesa e Henry teve de se levantar para se apresentar e todos prestamos atenção a sua apresentação. Henry era tipo um garoto prodígio. Mesmo ainda muito novo falava coreano, mandarim e inglês perfeitamente. Gostava de variados estilos, sabia cantar dançar, e tocar muita coisa. Se ele investisse na carreira artística posso apostar que seria um grande sucesso. Primeiro começou sua performance tocante no violino, depois cantou uma musica lenta ao piano, o que fez com que todos nós aplaudíssemos de pé.

Quando nos sentamos percebemos que faltavam Taemin e Minho na mesa.

-Cade o casal 20?

-Não sei Hyuk, devem estar se comendo por ai.

Kai respondeu dando de ombros em seguida.

-Mas agora? Assim que o Henry descer nós temos que subir.

-Caralho, é verdade!

Respondeu e levou um tapinha na boca da minha irmã mais velha pelo palavrão proferido no calor do momento.

-Vamos procura-los.

A Hyo se manifestou e já estávamos nos separando para isso até que Taemin voltou sozinho.

- Gente aconteceu uma catástrofe.

- Mas o que é agora?

Donghae perguntou afobado.

- O Minho bebeu demais, e está vomitando muito. Ele não vai poder se apresentar!

-Mas ai vai faltar um na nossa equipe e automaticamente vamos perder.

Hyo completou.

-Fazer o que né?

Luhan disse com um sorrisinho vitorioso já tomando seu caminho para o palco.

- Eu quero ganhar, mas por merecimento não assim.

-Concordo com o Kai.

-E o que vamos fazer Taemin?

-Tenho uma idéia.

Donghae se meteu chamando a atenção de todos de uma vez só para si.

-Uma vez você me disse que o Henry sempre ensaiava com você e sabia maior parte dos passos que você aprendia. Será que ele não poderia substitui-lo?

-É uma boa idéia! Quer dizer, o Henry não pode ocupar qualquer lugar no podium por que não era aluno, mas pode evitar que sejamos desclassificados.

Hyo constatou parecendo aliviada.

-Então falem com ele que eu já to indo me preparar.

Kai subiu e puxou Taemin pelo braço meio que contra a sua vontade. Ao mesmo tempo Henry vinha descendo então eu não podia perder tempo tinha que falar com ele.

-Henry, por favor, você precisa me ajudar!

-O que foi que houve?

-Minho não ta legal, minha irmã foi ficar lá com ele. O caso é que sem ele seremos desclassificados. Você lembra quando ficou acordado comigo ensaiando para a formatura que eu acabei não indo por só conseguir passagem para Seul antes do previsto? É aquela musica, você tem que substitui-lo.

-O que, mas eu nunca mais dancei e se eu errar?

- Ao menos você tentou Minho não é um grande dançarino.

Hyo completou querendo encoraja-la.

-E para falar a verdade Luhan erra demais.

Contei a ele como um segredo o que o fez rir. Logo minha irmã vinha com o Minho segurando em seus ombros e Junsu resolveu ir ajuda-la afinal ele é muito grande e pesado para ela. O sentaram a mesa e foram comprar uma agua com gás para ver se a situação melhora, mas era claro que ele não poderia se apresentar. No palco já nos anunciavam, disse para a Hyo ir subindo na frente enquanto eu esperava pela resposta de Henry.

-Mas meus pais estão ai, eles acham que isso é coisa de marginal você sabe.

-Ah... Tudo bem. Vou avisar a Hyo.

Suspirei conformado e já ia subindo, mas Henry me segurou pelo pulso.

-Tudo bem eu to dentro.

E sorriu me fazendo sorrir de volta, mas logo fomos empurrados pelo Hae até o palco então ele voltou e se sentou junto dos outros para assistir. Tive de ir para os bastidores e trocar a roupa às pressas, enquanto isso os outros já iam entrando no palco, seguidos de Henry que não teve alternativa a não ser ir com a roupa que estava mesmo e em seguida eu entrei. As luzes brilhavam sobre nós seis, a Youniq unit, os melhores dançarinos da escola de Busan, e quem sabe da coreia inteira. Não importa em que lugar no podium ficaría depois dali, para mim já eramos todos vencedores, mesmo que eu deva admitir que quando se trata de dança eu definitivamente não gosto de perder.  Eu sentia que meu sonho estava cada vez mais perto, e o meu amuleto estava bem ali na primeira fila, torcendo por mim.

-Senhoras e senhores tenho a honra de lhes apresentar os melhores dançarinos que esta instituição já formou. Com vocês Younique unit!

O apresentador saiu e nos deixou para o nosso show, o que preparávamos a muito tempo e eu sinceramente espero continuar dando orgulho a Donghae, eu quero sempre ser o numero 1 para ele, em tudo.

-MAXTEP...CAMON, CAMON... HA!