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História Doce Rendição - Entendimento e Cuidados


Escrita por: MrsFox_ e NutellaCruz

Notas do Autor


[Lee] ooooi galerinha !
espero que se divertam nesse cap tanto quanto eu kkk
aproveitem o cap *-* vejo vces nos comentários hahahah

PS: SORRY pelos comentários que eu respondi e ficaram zuados kk baixei programa novo no cel de teclado e estava testando as letras kk SORRY
#aproveitem Perdoem os erros e boa leitura - bejooooow ;*

Capítulo 9 - Entendimento e Cuidados


Acordei sentindo uma considerável melhora no meu caso, minha audição tinha voltado ao normal e o ollfato estava bem próximo disso, o tato ainda estava afetado, mas nada como antes e o melhor de tudo eram os meus olhos, ainda doíam, mas nada que me impedisse de mantê-los abertos mesmo com a ardência.

Me sentei na cama devagar, agora não haviam tantas máquinas e tubos conectados em mim como me lembrava do primeiro dia, somente a intravenenosa conectada em um soro, que por sinal tinha acabado, passei a mão no rosto afastando o cabelo que o cobria. Como nos outros dias não ousei mexer a prótese, por mais curioso que eu estivesse, era estranha a sensação de sentir algo colado ao meu corpo, fazendo parte dele, mesmo não sendo verdadeiramente dele, ainda mais ao perceber que a textura do lençol causava sensações em minha pele, por mais leve que fossem.

Ouvi o barulho irritante de saltos vindo no corredor, até pararem no que me pareceu próximo de minha porta.

- Agora ele está estabilizado, no primeiro dia seu Sharingan passou o dia ativado, - ouvi a voz do médico loiro - o que resultou em um grande gasto de chakra, seus nervos estavam tão tensionados que o fez chorar sangue, além que ele ficou agitado com a dor que sentia. Tivemos de chamar Tsunade-sama e deixá-lo sedado durante todo dia.

- Não imaginei que ele pudesse ter uma reação tão intensa no sistema ocular. - ouvi a voz de Sakura e notei um tom preocupado em todo seu profissionalismo - Continue.

- No segundo dia o mantıνemos sedado, o Sharingan não estava mais ativado, mas pela análise de Tsunade ele devia sentir uma dor quase tão intensa quanto no primeiro dia. Fizemos uma bateria de exames, que já devem estar prontos, vou pedir para uma enfermeira trazer.

- Arigatou. E ontem, como ele estava?

- Melhor. Continuamos ċom os analgésicos, mas ele não parecia estar com dor, só sedamos a tarde por pouco tempo para que a enfermeira pudesse lhe dar banho sem maiores transtornos.

- Vocês o sedaram somente para dar um banho? - notei a irritação em sua voz - Qual a necessidade de sedar um paciente para dar um mísero banho Akio?

- Ela estava um tanto receosa Sakura, para não falar que estava com medo, por isso mandei sedá-lo, evita transtornos.

- Medo do que? De um paciente que estava num nível de dor que talvez o fizesse incapaz de se levantar da cama? - mesmo que dentro do quarto, senti a irritação que vinha da mulher do outro lado da parede.

- Como eu disse, ele não parecia estar com dor.

- Claro, era lógico que ele não estava com dor. - notei a ironia em sua frase - Nós somos profissionais que cuidam da saúde e bem estar dos outros Akio, não dá para ficar com medo de nossos pacientes, a partir do momento que escolhemos fazer isso aqui temos que saber priorizar determinadas coisas.

- Eu sei disso Sakura, mas você não pode julgar a menina por ter medo do Uchiha, eu sei que você não concorda, que irá me dizer que ele não voltará aquele tempo, mas aqueles que conhecem o passado dele e sabem o quão poderoso é irão teme-lo, você não pode culpar alguém por isso depois de tudo que aconteceu. Além do mais, a menina começou faz duas semanas, ainda está se acostumando com suas obrigações.

- Como eu disse, temos que saber priorizar determinadas coisas. - ouvi um longo suspiro - Mande alguém entregar o resultados dos exames imediatamente e depois quero essa garota na minha sala.

- Tudo bem, Sakura.

A porta se abriu em um rompante, Sakura estava visívelmente irritada, seus olhos verdes pareciam pegar fogo, suas sobrancelhas estavam unidas e um pequeno bico se mantinһa em sua boca. Talvez percebendo que eu a olhava, tentou mudar a postura para uma mais relaxada e ainda assim sua irritação era bem perceptível.

- Desculpa Sasuke-kun, acho que te acordei. - ela sorriu tentando disfarçar, era lógico que eu não dormia, já que estava sentado.

- Eu já estava acordado.

- Ah, sim. - ela estava desconcertada. - Vou buscar um soro.

Alguns minutos depois Sakura voltava com uma bandeja metálica com o soro e umas seringas com líquidos transparentes, rapidamente ela trocou o líquido injetando os remédios pelo tubo.

- Esses remédios vão servi para dor.

Uma enfermeira entrou no quarto trazendo uma bandeja com o café da manhã e deixando uma grande pasta, saindo imediatamente do quarto. Sem falar nada, Sakura arrumou os alimentos e destampou todos os pequenos potes antes de entregá-los para mim e ir sentar no sofá que ficava de frente para a cama com a pasta que a mulher tinha lhe entregado.

Comecei a comer enquanto Sakura olhava atentamente para cada papel e radiografia, porém hora ou outra seu olhar parecia se perder no meio das palavras para retomar a irritação de minutos atrás quando ela tinha entrado no quarto, então balançava a cabeça de leve como se afastasse algum pensamento e voltava para o olhar concentrado. Daquela forma, me pareceu preocupada com meu caso, o que contrastava com a ausência inexplicável dos últimos três dias.

- Parece que seu chakra da região ocular reagiu com o pouco de chakra que haviam nas células do Hashirama-sama através do sistema nervoso, - ela falou enquanto olhava o exame contra a luz que vinha da janela e um outro papel em sua mão, mas parecia mais perdida dentro daquele seu universo do que explicando algo a mim - isso explica porque seu Sharingan se ativou no primeiro dia ao ponto de alguns vasos sanguíneos romperem.

- Hm. - murmurei já que não sabia direito o que dizer.

- Seu paladar está normal Sasuke-kun? - ela perguntou, se levantando para pegar a prancheta ao pé da cama.

- Sim

Por baixo do cabelo pude ver ela me analisando, abria a boca e logo voltava a fechar apertando os lábios com se tivesse em dúvida, franzia o cenho e olhava a janela, para logo repetir tudo de novo. Fingi não notar nada até terminar minha refeição, sem dizer qualquer coisa Sakura veio até mim pegando a bandeja do meu colo e a depositando na mesinha que ficava na cabeceira da cama antes de se virar para mim com um semblante decidido.

- Sasuke-kun, você está bravo comigo?

Arregalei um pouco os olhos antes de estreitá-los, ela tinha sido bem direta. Eu estava bravo com ela? Talvez não, mas me sentia incomodado com o fato de que ela tinha desaparecido por três dias sem motivo aparente voltando como se nada tivesse acontecido. Não era ela em si que me deixava irritado, mas a mudança de comportamento que me colocava em alerta com a nova situação.

- Por que acha que estaria bravo com você?

- Porque ontem à noite vim te ver e você parecia irritado. - ela mantinha a mesma pose, apesar da manter as mãos juntas nas costas, um sinal de nervosismo. - E não me lembro de ter feito nada antes de ir para a missão.

Uma missão, era esse o motivo de Sakura ter sumido por três dias, ela estava fora da vila. Quando a compreensão me atingiu, senti-me estúpido por não pensar naquela possibilidade e um pouco inconformado por nem Naruto ou Tsunade terem me avisado desse fato e sim Sakura, mas também eu não tinha porquê - ou direito - de tratar dos compromissos dela comigo, ainda existia uma barreira entre nós.

Ao menos senti um certo alívio em saber que não foi falta de cuidado de sua parte, nada intencional, nada tinha se tornado banal, nem tudo tinha mudado afinal.

- Só não gosto de hospitais. - falei julgando uma resposta satisfatória, não era uma mentira, mas também não chegava ser o motivo. - Não tenho motivos para ficar bravo com você.

Virei o rosto para Sakura, ela piscou os olhos surpresa para logo sorrir, o que levou uma coloração avermelhada para seu rosto, dando o assunto por encerrado.

- E-eu vou começar a te examinar.

Silenciosamente Sakura começou seu trabalho, acumulou chakra nas mãos passando por diversas partes do meu braço e rosto, quando pousou as mãos no meu rosto senti um alívio gradual na ardência, até o ponto que minha pele estava quase dormente.

- Estique o braço, vou verificar sua pressão. - fiz o que ela pediu, enquanto ela me mandava abrir a boca para colocar o termômetro - Sua pressão está normal, mas você está com febre, sente frio Sasuke-kun?

- Não. - menti.

- É claro que você não sentiria. - ela resmungou baixinho para si com irônia, mas não tinha como deixar de ouvir.

Sem falar nada Sakura saiu do quarto levando a bandeja consigo, fiquei alí parado sem entender, até que ela entrou novamente no quarto resmungando lamúrias indo diretamente para o banheiro, logo ela estava novamente no quarto colocando a mão no meu rosto e no pescoço.

Ao contrário da dor que vinha toda vez que alguém tocava no meu rosto desde a cirurgia, os dedos de Sakura deslizavam lentamente pela minha pele, trazendo uma sensação que causava um pequeno arrepio.

- Acho que a febre está subindo, o remédio que eu te dei já deve estar começando a fazer efeito, mas é melhor você tomar um banho gelado para ajudar. - ela respirou fundo, desviando os olhos para janela - Seu tato ainda não está recuperado, então irei ajudá-lo.

- A cirurgia foi em um dos braços, posso muito bem fazer isso sozinho.

- Como eu disse Sasuke-kun, seu tato não está recuperado, com uma sensibilidade baixa assim você pode cair e acabar sendo em cima da prótese, então vou sim acompanhá-lo. - ela olhava para o topo de minha cabeça ou a parede atrás de mim enquanto falava, mas nunca nos meus olhos.

- Sempre achei que isso fosse obrigação de enfermeiras, não de médicos. - falei analisando sua reação, ela finalmente me olhou, um pouco irritada e um pouco triste.

- Estou sem pacientes no momento e estamos com poucas enfermeiras no hospital hoje. - poderia até ser verdade, Sakura não costumava mentir, mas ambos sabíamos que só era uma desculpa para eu esquecer a conversa dela no corredor com Akio.

Sakura tirou o jaleco o jogando no sofá antes de colocar o soro em um apoio de metal, afastei o cobertor para descer, por sorte não fui obrigado a usar aquelas batas de hospitais e estava com uma bermuda cinza e camiseta, assim que me levantei senti as pernas fraquejarem, não por falta de força, mas era como se elas estivessem dormentes, Sakura logo veio me segurar com um olhar que dizia  “Eu avisei.”, fiz uma careta involuntária e virei o rosto focando meu olhar na porta, era estranha a sensação de andar sem sentir direito meus membros sendo essa a primeira vez que eu andava desde a cirurgia.

Quando entramos no banheiro vi que ela tinha deixado tudo organizado, um banco debaixo do chuveiro com todos produtos de higiene ao alcance, uma muda de roupa estava junto de uma toalha pendurados em um cabide perto de outra cadeira. Sakura estava nas minhas costas enquanto me ajudou a tirar e roupa e me levou até o banquinho, mesmo sendo uma pessoa reservada eu não me importava em ficar nu na frente de alguém quando a situação exigia, porém o fato de estar assim junto de Sakura era um tanto quanto diferente.

Sentia o olhar dela gravado no meu pescoço conforme me emburrava delicadamente para me sentar no banco, não parecia nervosa - afinal o corpo humano devia ser aquilo que ela melhor conhecia.

Quando o chuveiro ligou, senti o gelo da água escorrer por meu corpo e logo ser substituída pela buchinha que Sakura passava por minhas costas, me arrepiei quando sua respiração bateu no meu pescoço ou conforme sua unha arranhava de leve minha pele ao esfregá-la e agradeci pela água fria caso houvesse alguma reação involuntária.

Depois de lavar meus braços e o meu cabelo - esfregando com tanta calma que parecia mais um afago delicado de seus dedos para me relaxar, - ela me entregou a esponja dizendo que eu poderia cuidar das coisas a partir dalí. Conforme terminava de me limpar, virei a cabeça discretamente para vê-la, ela estava de costas para mim se escorando na parede pelo ombro. Abri o chuveiro sentindo novamente a água arrepiar meu corpo e com um pouco de dificuldade consegui me levantar, logo as mãos de Sakura estavam novamente nos meus ombros me empurrando até me fazer sentar na cadeira novamente.

- Você pode se secar sozinho, - ela tinha se encaminhado diretamente para porta sem nenhum momento olhar para trás - quando estiver vestido me chame, vou estar esperando aqui fora.

Me vesti, mas contrariando o que Sakura disse saí do banheiro sozinho, mesmo tendo que me segurar na parede. Abri a porta, Sakura estava no meio do quarto colocando o jaleco e a primeira coisa que passou no seu rosto foi surpresa seguido de uma mistura de raiva e preocupação enquanto corria até mim.

- Eu falei pra você me chamar. - ela envolveu o braço na minha cintura, o calor que vinha dela era agradável de se sentir após o banho frio.

- Posso andar sozinho. - retruquei já me sentando na cama.

- E pode cair sozinho também, deixe de ser teimoso Sasuke-kun. - ela falou cruzando os braços, virei o rosto para janela, não acreditava que Sakura estava dando uma bronca em mim - Até o Naruto se comportava na hora do banho.

- Não me compare com ele. - franzi o cenho em sua direção, porém ela não se incomodou.

- Então não faça por onde. - depois de um suspirou, Sakura sorriu como se lembrasse de alguma coisa. - Apesar que ele tinha os seus motivos pra se comportar.

Sakura começou a rir e balançar a cabeça levemente, notando meu olhar curioso ela parou o riso para se explicar, se sentando ao pé da cama.

- Naruto achava a enfermeira que ficou responsável por cuidar dele extremamente bonita, aquele baka fazia questão de tomar dois banhos ao dia, fingia estar pior do que realmente estava e ficava se apoiando nela. No quinto dia de internação quando fui examiná-lo vi ele fingir escorregar e a coitada da garota sofrendo para segurá-lo, no outro dia dei banho nele, depois disso milagrosamente ele estava conseguindo andar sozinho.

Sakura ria contando a história, seus pés balançavam como uma criança, era interessante a mudança que aconteceu na relação de Sakura e Naruto depois que saí da vila na primeira vez, fora uma rápida evolução para uma amizade bem sólida, mesmo que ainda continuasse o Naruto sendo um idiota e ela o repreendendo, um cuidava do outro. Acabei rindo, mesmo que rápido e discretamente da história, logo depois ela saiu pois tinha que verificar se estava tudo em ordem no hospital.

Nos dias que se seguiram Sakura aparecia todos dias no quarto para me examinar, tinha me trazido um livro, mas nunca passava mais tempo que o necessário, porque no dia seguinte enquanto Sakura me examinava, entrou uma médica no quarto perguntando sobre a planilha do estoque de ervas que tinha se perdido e após isso ela havia resmungado que “Precisava dar um jeito na bagunça que Tsunade havia lhe deixado.”.

Por outro lado as enfermeiras que foram designadas para me verificar de hora em hora dando horríveis cutucões não pareciam ter nenhum tipo de problema ou medo em estar perto de mim e eu sabia que aquilo tinha sido obra dela, afinal, o que Sakura sempre quis era me ver bem.


Notas Finais


[Mariana] Oooiii pessoas, espero que vocês tenham gostado desse capitulo. Beijos e até domingo.


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