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História Doce Surpresa - O Recomeço - Capitulo 4 (Revisada)


Escrita por: ShiroyamaLily

Notas do Autor


EDIT: EI! NYKARA DESU~
Então minna, seguinte: Antes de revisado, esse capítulo tinha 1882 palavras, mas agora revisado, ele tem um pouco mais de 6k de palavras.
"Mais nossa gente! Pra que esse exagero?!"
Eu e ShiroyamaLily decidimos cobrir algumas faltas que havia antes da revisão, acrescentar algumas coisas para evoluir melhor com a história, além de colocar mais POVs e tudo mais. Por isso que bem, aconselhamos que leiam pelo menos as revisões (ou releiam) para redescobrir o enredo e encontrar os detalhes que não tinham antes. Quem tá lendo agora, parabéns! Fique sussa e esperamos que curta conosco! :3
Este capítulo começa fofo, no meio fica tenso com a treta que tem e depois termina bem meladinho e gostosinho para os românticos de plantão. Por isso ficou grande.
Desculpem-nos por isso, mas estamos realmente nos esforçando para trazer algo bacana para assim seguir melhor com a história. É isso minna! Boa leitura e agradecemos pelo carinho desde já!

Capítulo 5 - Capitulo 4 (Revisada)


Depois do banho, coloquei a camiseta que ele tinha separado para mim, vestindo a minha calcinha que era daquelas tipo shortinho.

 

A camiseta não tinha ficado tão comprida já que eu tinha quase a mesma altura dele, pegando então as roupas molhadas e levá-las para a lavanderia e colocá-las na secadora para que elas estivessem secas assim que eu me fosse do apartamento dele, nisso, notando que ele ia ao quarto para pegar uma coberta, levando-a para sala para então seguir para a cozinha. Acabei voltando para o banheiro pentear o meu cabelo.

 

Com o cabelo decente e arrumado, fui até a cozinha, encostando no batente da porta para admirá-lo, me sentindo um tanto nervosa pois seria a primeira vez que ele me veria sem maquiagem, notando que ele terminava de preparar um chá de frutas vermelhas para nós, isso já passando do meio dia e eu não estava nem um pouco com vontade de comer. As palavras do pai de Kai... Infelizmente do nosso pai, ainda não tinham saído totalmente da minha mente, ainda machucavam, mas, recuperada de meus devaneios, encontrei seus olhos olhando para mim enquanto sorria, tão logo me entregando a xícara.

 

Aquele cheirinho do chá e o sorriso dele tiraram tudo de ruim da minha mente, retribuindo o sorriso de volta para então me deixar ser guiada por ele até a sala após pegar minha mão, puxando-me com gentileza.

 

Nos sentamos e ele colocou a coberta sobre nós, ficando então abraçados enquanto tomávamos o chá, desfrutando um pouco do silêncio e da companhia um do outro até terminarmos a bebida onde ele tomou a xícara que eu ainda segurava para colocá-la sobre a mesinha de centro que tinha ali para assim me puxar sobre seu peito e então me envolver num abraço aconchegante e cafunés tranquilizadores, sendo embalada num sono bom e gostoso como se nada de ruim tivesse acontecido antes.

 

Realmente me sentia bem nos braços de Aoi.

 

 

Aoi POV ON

Como alguém pode magoar ela de tal jeito? Ela não merece!

 

Sinceramente ficava perplexo ao imaginar como alguém pode ser tão vil em tratar uma mulher como a Lily desta forma se do tempo que a conheço, ela sempre fora gentil e amável. Não digo porque me apaixonei por ela já que dizem que a paixão é capaz de cegar a razão, mas digo pelo o que ela realmente demonstra ser para todo mundo. Os rapazes da banda são capazes de dizer por mim o quão Lily é realmente merecedora de coisas boas por sempre se dedicar da melhor forma possível e nisso, divagando sobre isso e muitas das coisas das quais nem já sabia mais por me perder em sua face tranquila já dormindo em meus braços, sorri-lhe enquanto afagava seus rosto... Seus lábios...

 

Ela é realmente tão linda, tão perfeita que cada vez mais que ganhava tempo em admirá-la, mais sentia vontade de protege-la de todo mal, não sabendo quanto tempo se passou naquele processo até realmente escutar meu celular tocar e notar no visor que era Kai. O homem devia estar preocupado e com razão já que tinha esquecido de ligar para ele dizendo que ele poderia vir vê-la como prometi.

 

Com cuidado, atendi o celular de forma calma e baixa para não acordar Lily, ainda me ocupando com uma carícia em seu braço e já recebendo a pergunta aflita do leader antes que eu dissesse o típico alô:  

 

Aoi, como ela está?  

 

– Calma Kai. Ela tá aqui do meu lado e tá bem. 

 

Eu estou indo para ai com os rapazes. Me aguarde.

 

– Kai, espe... 

 

O puto já tinha desligado, me fazendo suspirar pesadamente no automático, mas fazer o que? O cara era irmão dela então super justificável sua preocupação, restando-me então me afastar com calma de Lily para me levantar e rapidamente pegar em meu quarto um travesseiro para que ela ficasse mais confortável no sofá, afagando brevemente seus cabelos antes de depositar um beijo casto no topo de sua cabeça.

 

Nisso, como os rapazes viriam e Lily dormia tranquila, preferi tomar o meu banho de uma vez já que antes estava tão preocupado em mantê-la bem que acabei esquecendo de mim um pouco, preferindo uma ducha rápida e me vestindo com algo confortável para assim esperar o pessoal ao lado de Lily, sentado no chão, velando seu sono enquanto eles não chegassem.

 

Não demorou muito para a campainha tocar, me obrigando a abrir a porta para dar passagem para os rapazes que entraram sem cerimônias, principalmente Kai que, ao notar a irmã deitada em meu sofá, seguiu como um raio até onde ela estava para averiguar por si só como ela estava, depositando um carinho singelo sobre a cabeça dela com um sorriso abatido nos lábios.

 

Dava para ver o quanto ele não estava bem também e temi que as coisas desandassem já que era ultra raro ver aquelas covinhas contagiantes de Kai perderem o brilho animado que normalmente ele emanava para o grupo todo, percebendo que Uruha me chamava para a cozinha, talvez para que fosse a minha vez de dar um tempo para os irmãos.

 

Sem pestanejar, segui com o outro guitarrista da banda, acompanhado de Reita e Ruki que com sorrisos e alguns tapinhas camaradas, tentava me transmitir calma.

 

Eles são realmente os melhores pois Uruha acabou lembrando de mim e até mesmo de Lily ao trazer Lámen, me obrigando comer, quase passando um sermão se eu não o fizesse, mesmo que não estivesse lá tão afim de comer, porém vencido, lá estava eu, sentando-me à mesa com os rapazes para beliscar o macarrão enquanto eles me perguntavam se foi tudo bem para achar Lily e se com ela estava tudo certo.  

 

Antes de me pronunciar devidamente, Kai se reuniu à mesa conosco, com aquele semblante pesado e que sinceramente refletiu em nós. Éramos como uma família, então quando um não estava bem, era normal que todos ficassem mal pelo outro.

 

– Eu vou confrontá-lo. – Kai foi quem disse repentinamente, chamando a atenção de todos nós.

 

Não deu nem tempo de alguém, além dele, dizer algo, pois ele parecia realmente decidido a fazer aquilo.

 

–  Ruki, Reita e Uruha, vocês vão comigo até a casa de meus pais e você Aoi, quero que fique para cuidar da Lily. Só não digo que vou sozinho pois juro que devo ser capaz de fazer alguma loucura depois de muito tempo engolindo as coisas que esse desgraçado vem fazendo.

 

– Claro que vamos! Não somos nem loucos de te deixar dirigir nesse estado.  – Reita acabou dizendo, já se levantando enquanto nosso outro guitarrista e vocalista o imitava, em concordância.

 

– Bem, quanto a mim, pode deixar que vou cuidar bem dela – Me manifestei logo para tentar tranquilizar Kai que com um sorriso abatido, apenas apertou um de meus ombros, talvez num cumprimento de despedida.

 

Nessa altura do campeonato, eu já tinha desistido do Lámen mesmo, não por fazer desfeita, mas agora não ia descer aquilo de jeito nenhum, acompanhando agora os rapazes até a porta e observar Kai primeiro seguir até a irmã, depositando um beijinho em sua testa e assim cobrir seus ombros para então ir embora com os demais.

 

Queria muito que Kai conseguisse resolver as coisas sem muitos problemas.

 

 

Kai POV ON

Sim, eu estava decidido.

 

Vamos dizer que em suma, nunca tive um caso de amor sincero com meu pai até porque, a única coisa que ainda existia que era o resquício de respeito, aliás, tolerância, se foi quando ele veio em meu apartamento simplesmente do nada, sem ser convidado, para maldizer sobre a minha irmã que até então, não fez nada para o velho.

 

Claro, até onde eu saiba, ele nunca deu assistência para ela já que bem, éramos irmãos porque ele pulou a cerca, mas ainda assim a culpa nunca foi de Lily.

 

Kami-sama deve ser o único a saber o que ela passou por não ter tido um pai presente, por não ter tido uma mãe amorosa como a minha e ainda me perguntava o porquê das implicâncias dele com ela se tudo o que ele fez como homem, esposo e pai só foram de atos baixos e terríveis.

 

Antes da minha mãe descobrir que meu pai teve um caso com outra, tudo seguia bem, mesmo que de forma fantasiosa pois minha vó sempre reclamou das condutas do velho e por ser tão novo na época, não entendia bem as motivações dela ao reclamar tanto de seu genro, porém, com o tempo, percebi o quão abusivo ele é.

 

O desgraçado trata minha mãe como se fosse nada, o típico machista que se a mulher não oferece tudo conforme ele quer, é capaz de fazer a cabeça dela no intuito de menosprezá-la, sempre diminuindo suas ações e atacando-a psicologicamente como se qualquer ato errado dele na verdade fosse culpa dela.

 

Talvez se não fosse pela minha vó, eu deveria ter sofrido ainda mais nas mãos do meu pai e talvez da minha mãe quando tinha alguns acessos de raiva e não sabia para onde recorrer, mas lá estava o ponto de apoio da casa para que tudo não desmoronasse.

 

Não vou dizer que fechei os olhos para isso tudo depois que ganhei a banda e segui meu rumo como músico pois quis muito convencer minha mãe e minha vó a vir morar comigo, dando até a ideia do divórcio para que minha mãe finalmente fosse livre, mas parece que era difícil até para ela reconhecer que aquele casamento era tóxico, que talvez acostumada, não teria forças para fazer aquilo sozinha, mas ah! Hoje seria o último dia que aquele puto faria mal às mulheres da minha família e da minha vida. Eu já estava farto daquilo!

 

Em meio a esse devaneio, estava agradecido por Reita ter tomado conta do volante de meu carro enquanto Uruha estava ao seu lado na frente e Ruki atrás, tentando me distrair com alguma conversa aleatória que sinceramente não funcionou, mas me esforcei para ao máximo sorrir e fingir, sendo que na real seria capaz de cometer um homicídio se eu realmente não me acalmasse.

 

Minha mãe e vó deviam estar me esperando pois um pouco antes de seguir para o trajeto da casa em que elas ainda dividiam com o velho, liguei para elas apenas dizendo que estava com saudades e que queria visitá-las, mas francamente esperava muito encontrar com meu progenitor apenas para colocar um fim nisso tudo e tomar as devidas providências, mal reparando que em alguns minutos, já estávamos diante a fachada humilde e simplista da casa.

 

– Yuta... – Para Ruki me chamar pelo meu nome, mesmo que de forma sintetizada, ele estava realmente preocupado. – A gente vai entrar. Vai que ele está lá e você...

 

– Sim. Vocês podem entrar. Na verdade o medo de ser preso por querer matar o velho é maior, por isso quis companhia. – Disse sinceramente, rindo de novo, de nervoso, enquanto saía imediatamente do carro, mal esperando os rapazes.

 

Sem delongas, toquei a campainha, respirando fundo para não transparecer aquele nervosismo todo para minha mãe ou minha vó que não mereciam nem um pouco aquilo, mas para a minha surpresa, ouvi a voz dele ecoar alto, berrando algo para minha mãe como ela quem devia atender a porta pois ele estava ocupado demais para levantar a bunda do sofá. Clássico e até melhor ou ele já ganharia um soco logo de cara se viesse me atender.

 

Com algum tempo de espera, ouvindo o velho gritar umas três vezes que era preciso que atendessem a porta, já tendo os rapazes atrás de mim a espera para entrarem também, lá estava a minha mãe num avental todo sujo, mas com aquele sorriso lindo que posso dizer que tive o prazer de puxar pois insinuava aquelas covinhas num tom alegre ao me ver.

 

– Ah meu filho! Que saudades! Vamos, entre! Okaa estava fazendo um bolo para te esperar. – Ela me abraçou forte, demorando-se no gesto que aceitei de bom grado.

 

– Eu também estava com saudades, mãe. E a obaa-chan? Onde ela está?

 

– Ela saiu com uma conhecida dela. Mas ela disse que ainda vinha para te ver se você ficar mais tempo.

 

– Ah, claro!

 

– Oh tia, queremos bolo também. Vamos ter? – Reita disse atrás de mim, arrancando uma risada de minha mãe.

 

– Mas é claro! Senti falta de vocês também. Entrem! Vamos!

 

Naquela simpatia e carisma que só ela tinha, entrei um pouco mais calmo enquanto ela cumprimentava os rapazes à medida que eles iam ocupando a sala, percebendo que o velho estava mesmo assistindo TV, algum jogo de beisebol enquanto tomava cerveja e que ao notar que minha mãe estava próxima, não mediu esforços para dizer sem antes cumprimentar meus amigos:

 

– Vadia, traz mais uma lata de cerveja para mim, sim? Antes que...

 

Acho que ele estava tão distraído ou alterado no álcool que mal notou que tínhamos mais gente para perceber o quão podre ele era, só realmente ajeitando-se no sofá ao notar que os rapazes também estavam ali, nem se indignando em tentar consertar a forma com que se dirigiu à minha mãe, mas ah! Claro, ele nunca se importou mesmo.

 

– Levanta! 

 

Farto daquilo, simplesmente disse num tom mais alto, o que fez ele me olhar com certa descrença.

 

– Meu filho, deixa seu pai. É só uma cerveja e...

 

– Mãe, a senhora fica longe disso. Se puder, até veja o bolo que depois eu quero comer, mas vou ter uma conversa séria com o pai.

 

– Yutaka, por favor...

 

Minha mãe claramente estava nervosa, meu pai começava a rir e tudo o que pude fazer foi olhar para os rapazes para que algum deles fosse levar a minha mãe para longe pois as coisas iriam começar a serem colocadas em pauta, levantando mais uma vez minha voz já impaciente ao pedir que aquele desgraçado se levantasse.

 

O miserável fingiu que não me ouviu, continuando a assistir à TV enquanto procurava outra coisa para assistir, o que fez meu sangue ferver e pegar a primeira coisa que vi pela frente, que era o cinzeiro que ele costumava deixar ao seu lado para simplesmente atirar o objeto contra a TV, o que assustou o velho apesar de me encarar depois com um olhar frio e raivoso.

 

– Agora você levanta ou levanta na base do pontapé.

 

– Ah Yutaka! Agora você vai dar uma de machão para me enfrentar? Não estou fazendo nada além de ficar na minha enquanto você paga esse papelão na frente de seus amigos, huh?

 

– Que se foda isso! Levanta e some da minha frente, some dessa casa e se possível, some do mapa!

 

– Hum? Isso é uma intimação? Por que isso do nada? Hum... Ah! Foi porque eu disse sobre aquela piranha que você chama de irmã para lá e para cá sendo que na verdade só estava te protegendo de um problema maior?

 

– Piranha? Ah...

 

Eu já me sentia fora de mim, eu já estava realmente esgotado de aturar aquelas babaquices dele, mal percebendo que minha perna criou vontade própria e chutou o peito do homem que arfou com o golpe, mas fui segurado para não repetir o ato, ouvindo Reita pedindo calma para mim enquanto Uruha ficava na minha frente, como que me impedindo de me aproximar de meu genitor, contudo, mal me importava, queria socar a cara daquele desgraçado e descontar toda a raiva que sentia por ele ter feito a minha mãe sofrer por todo esse tempo, por ele ter desrespeitado minha vó que deu o seu melhor para cuidar de sua filha e neto e ainda por ter machucado Lily daquela forma. Eu queria...

 

– EU ESTOU FARTO DE VOCÊ AGREDIR MINHA MÃE DESTA FORMA, DE ESTAR PRESENTE NA MINHA VIDA COMO SE FOSSE A PORRA DE UM VERME SANGUESSUGA E QUE TEVE A AUDÁCIA DE ME DIZER QUE...

 

Já estava gritando a plenos pulmões, ainda sentindo Reita me segurar com mais força pois faltava pouco para conseguir me soltar e partir para cima do homem que começou a rir de mim, rindo de forma tão maquiavélica que acabou dizendo quase no mesmo tom que eu usava, depois de sorver o último gole de sua cerveja:

 

– Ah, o bom moço querendo defender as mulheres como se fosse o herói. Você não acha que isso é ridículo? A vadia da sua mãe continua sendo uma imprestável, mesmo que ainda dê para o gasto nas fodas que temos e a piranha da sua irmã... Hum... – Ele riu de novo, me deixando ainda mais perplexo. – Aquela outra vagabunda que permitiu essa piranha nascer devia tê-la abortado, só vivia me enchendo o saco dizendo que iria entrar na justiça se eu não desse dinheiro... Hum... Não era mais fácil prostituir a menina que bem, é até bonita, então daria...

 

Aquilo realmente ultrapassou mais do que ele já havia conseguido quando persistentemente mencionava minha mãe e agora Lily, mas deste jeito, como se elas fossem uma puta? O fato de ter colocado todas as qualidades negativas que na verdade eram dele em Lily quando veio ao meu apartamento e agora dizer aquilo... Criei mais forças, derrubando Reita sem querer no chão e empurrando Uruha para alcançar o velho, começando com os golpes com toda a raiva e ódio que sentia no momento, ficando realmente cego pelo sentimento pois mal pude ouvir o que com certeza gritavam, sentindo braços me agarrarem para me afastar do que eu fazia, mas realmente só me dando conta de que arranquei muito sangue e realmente machuquei para valer o mais velho quando Uruha e Reita me puxaram e entender que Ruki, gritando enquanto abraçava minha mãe, anunciou ter chamado a polícia.

 

Pronto! Eu estava fodido! Mas, mesmo sabendo que não resolveria nada ter agredido o velho, me sentia num misto de calma e ainda nervosismo porque temia que as coisas só piorassem, desabando em choro enquanto era amparado pelos meus amigos.

 

– Calma. Por favor, calma...

 

Reita me abraçava forte no processo, não percebendo mais nada além de sentir os braços dele me consolando enquanto eu chorava, praticamente sendo envolvido como uma criança que havia machucado o joelho e sentia a ferida arder como se fosse a coisa mais mortal do mundo, não sabendo quanto tempo se passou até notar que Uruha e Ruki pareciam mais agitados do que o normal.

 

– Mas eu só gritei que eu chamei a polícia para ver se tudo se acalmava, merda! – Ruki dizia alterado para Uruha.

 

– A gente tem que chamar é a ambulância agora! – Quando percebi e parei para olhar os dois, Uruha disse aquilo andando de um lado para o outro enquanto a porta de casa estava aberta.

 

– Mas foi o que eu chamei!

 

– Menos mal, eu acho. O velho acabou de ser atropelado.

 

Que? Como assim? Ele não estava no sofá todo machucado e aparentemente desacordado?

 

Me desvencilhei dos braços de Reita e sem acreditar, segui a passos vagarosos até a porta para constatar o que fora dito, percebendo então um carro que não o meu parado alguns metros à frente enquanto um homem estava analisando o corpo estirado de meu genitor e sacando o celular rapidamente para prestar socorro.

 

Aquilo tudo... Aquilo tudo parecia surreal demais.

 

Acabou que quem apaziguou tudo fora meus três amigos que explicaram o ocorrido a meu favor quando os paramédicos chegaram, aceitando o chá calmante de Ruki que no momento estava comigo e com minha mãe na cozinha enquanto Reita e Uruha terminavam de recepcionar os paramédicos.

 

A quentura do chá em minhas mãos agora doloridas depois do que eu fiz só me fez pensar no próximo passo que queria tomar e finalmente preservar minha mãe, minha vó e agora Lily da melhor forma possível.

 

– Mãe...

 

Chamei calmo, observando-a olhar o bolo que fez com capricho, de forma desanimada. Nisso acabei pegando sua mão, com carinho, reparando que ela havia feito uma careta de dor com aquilo, notando que de seu pulso para cima havia uma marca estranha de queimadura e que ela imediatamente escondeu com a manga longa de sua blusa.

 

– Mãe, o que é isso?

 

– Ah, não é nada meu filho.

 

– O que aconteceu? – Pedi com calma, puxando-a devagar num abraço, o que fez ela chorar imediatamente. – Conta pra mim, por favor...

 

– Por que a gente não pode esquecer um pouco isso e tentar viver feliz?

 

– Mãe, com a presença dele, nunca fomos felizes e a senhora sabe.

 

– Eu sei, mas...

 

– Essa marca... Foi ele?

 

Num curto silêncio e um manear em positiva, eu entendi. Não sei quando as agressões evoluíram para as físicas, mas eu daria um basta.

 

– Independente do estado dele no hospital, eu vou entrar com uma ação judicial. Quero tirar a senhora e a vó daqui para que morem comigo, ou pelo menos perto das minhas vistas. Eu quero cuidar melhor da senhora como um homem deve fazer e...

 

– Eu não quero. Não quero ocupar sua vida. Você já tem uma, com uma banda incrível e maravilhosa, então...

 

– Não, mãe! Eu quero cuidar da senhora e da vó. De jeito nenhum a senhora vai me dar trabalho. Viveremos mais felizes agora, junto com a Lily-chan.

 

– A Lily...

 

Ela acabou murmurando, preferindo se afastar de mim, o que me deixou um tanto aflito e temeroso já que por enquanto ela ainda não teve um contato efetivo com minha imoto, apesar de nunca ter dito mal ou ter brigado comigo quando disse que a coloquei em minha casa para morar comigo.

 

– Outra pobre criança... Ah... – Ela então riu suave, mais ainda dava para observar seu semblante triste e pesaroso. – Meu filho, não vou mentir que quando descobri que seu pai me traiu, desejei que tudo de ruim acontecesse para ele e a pessoa com quem ele se envolveu por ter ficado com raiva, achando que realmente o amava tanto... Mas depois, no fundo de meu coração pedi para Kami-sama me perdoar porque, pelo menos por parte da menina, ela não tem culpa de nada, não pediu para nascer no meio de uma grande discórdia. Eu... Eu ainda não disse nada porque estava ainda tentando lidar com seu pai que, depois que você me disse ter pedido para ela vir morar contigo, se tornou ainda mais...

 

– Violento?

 

– Sim... Mas Yuta-chan, saiba que em meio as coisas que passamos, quero que me desculpe se em algum momento fui uma má mãe para você e que me desculpe por um dia odiar a irmã que não pude te dar. Mas estou disposta a ser uma mãe melhor e te amar como você merece, além de amar sua irmã como a filha que nunca tive.

 

– Ah okaa... – Meus olhos ficaram rasos, aproximando a minha cadeira da dela para conseguir abraçá-la melhor, contente por aquilo. – A senhora sempre foi uma boa mãe e tenho certeza que Lily-chan se sentirá honrada em ter a melhor mãe do mundo.

 

Apesar dos pesares, me sentia mais calmo, um tanto entorpecido após uma dose repentina de adrenalina, mas satisfeito por sentir que as coisas tomariam um rumo melhor, quase me esquecendo que os rapazes estavam por ali, mas só notar mesmo que todos eles estavam reunidos na cozinha comigo e minha mãe quando escutei a pergunta descarada de Reita:

 

Etto... Hoje foi um dia complicado para todo mundo, né? Mas por que a gente não adoça um pouco a situação amarga com o bolo da tia?

 

Esse Reita não presta mesmo! Mas era o melhor, realmente nos fazendo rir e assim relaxarmos um pouco, provando do bolo que minha mãe fez para nós.

Kai POV OFF

 

 

Aoi POV ON

 

Depois que os rapazes saíram, tudo o que me restava era torcer para que as coisas ficassem bem para o Kai e assim voltar a zelar por Lily que ainda dormia, querendo passar no mercado para que ela comesse algo pelo menos, mesmo que tivesse o Lámen que o Uruha trouxe, mas... Nah! Macarrão frio não é tão gostoso como alguns diziam.

 

Com esse pensamento, me aproximei dela com calma, primeiro depositando um beijo em sua testa para depois lhe sussurrar:

 

– Lily, eu vou ao mercado.

 

Com um jeitinho meigo e dengoso, ela me sorriu, ainda com aquela carinha de sono, tão logo me respondendo:

 

– Eu farei o jantar. É o mínimo que eu posso fazer. O que vai querer, hein?

 

Apesar de sonolenta, ela depositava uma carícia suave em minha face, na qual não resisti e depositei um beijo em seus dedos como que agradecido por aquilo. Mas bem, sei que poderia ser exploração da minha parte, mas não resisti em pedir.

 

– Ah, eu queria provar nhoque, tu pode fazer? Quer dizer, você sabe fazer?  

 

– Claro que faço! Sei fazer sim!

 

Lily então acabou se sentando no sofá, me pegando desprevenido quando simplesmente decidiu me roubar um selinho, parecendo fingir que não tinha feito aquilo pois acabou por apontar para minha calça, mais especificamente para meu bolso, o que me fez ficar um tanto enrubescido, mas foi então que notei que era do celular que ela queria já que se pronunciou dizendo que anotaria as coisas que ela precisaria para a receita em meu celular.

 

Espero não morrer do coração antes disso, mas digamos que após ter o meu celular de volta, roubei um selinho mais rápido e depois outro, um pouquinho mais demorado de propósito como troco, já que foi ela quem começou.

 

Acabamos rindo disso, claro, mas era melhor ir logo para o mercado antes de desistir da ideia para poder agarrá-la num beijo mais decente, pegando as chaves da minha moto e assim partir.

 

 

 

Acho que não demorei muito para ir e voltar, ou demorei? Bem, acho que demorei porque ou ela era muito rápida para as coisas ou fui lerdo demais pois quando cheguei, a casa parecia mais... Organizada? Bem, não que eu fosse bem um homem desordeiro demais, mas talvez com o seu toque feminino, a casa estava com uma leveza sem igual, seguindo então para a cozinha para deixar as compras ali, distraído, estatuando em seguida ao notar seu corpo inclinado, seja lá para o que estava fazendo porque por céus! Me senti hipnotizado quando inevitavelmente sua bunda estava em destaque por usar aquela espécie de shortinho diferente, além da blusa que emprestei para ela estar com um nó, dando-me o vislumbre de adoráveis covinhas que jaziam no final de suas costas.

 

Esperei que ela se erguesse para que eu pudesse abraçá-la por trás, depositando um beijo em sua bochecha após deixar as sacolas sobre a mesa e assim lhe sussurrar, anestesiado com a visão e com a sensação de seu corpo colado ao meu daquela forma:

 

– Não sei se tenho uma princesa ou uma felina linda aqui.

 

No processo, não resisti em tocar sua cintura com a destra e com a outra, lhe tocar o rosto. Ela não parecia nem um pouco incomodada com meus toques, me deixando realmente satisfeito e otimista em avançar caso fosse.

 

– Acho que tô mais pra felina dengosinha hoje.

 

Ela me sussurrava de volta, virando-se para mim enquanto envolvia meus ombros com seus braços, mirando-me com um sorriso nos olhos e um ainda maior em seus lábios atrativos.

 

Aquilo me fez suspirar, muito mais pela felicidade que sentia em estar na presença dela, em tê-la em minha vida...

 

– Então minha felina, obrigado por ter devolvido a alegria para a minha vida. – Acabei confessando, com certeza com um sorriso bobo nos meus lábios. – Antes de você, eu apenas sorria. Contigo, eu sou pleno – Não resisti em lhe roubar vários selinhos. – E minha camiseta ficou perfeita em você!

 

Empolgado, acabei lhe abraçando e lhe girando no ar, roubando-lhe mais selinhos que se não fosse pela nossa barriga anunciar que devíamos comer, com certeza teria se tornado um beijo mais intenso, mas bem, já que estávamos na cozinha, tratamos logo de fazer o jantar que apesar de um pouco demorado, um pouco mais pois acabamos virando duas crianças cozinhando, finalmente poderíamos comer, me sentindo realmente mais faminto do que esperava pois o que preparamos juntos ficou com um aspecto bem convidativo.

 

Apesar da fome, decidi fazer uma coisa diferente, mesmo que não fosse tão surpresa já que ela estava presente e me observava pegar algumas taças de vinho que tinha guardado para ocasiões mais especiais, além de um vinho caro que comprei sem muitas expectativas e que talvez fosse tomar sozinho se não fosse por ela me lembrar que eu poderia aproveitar sua companhia para tal, dizendo que eu arrumaria a mesa quando estendi a minha melhor toalha para o objeto, dispondo as taças, o vinho, a travessa que arrumamos do inhoque com os pratos mais apresentáveis que eu tinha e bem, fiz uma pequena graça em colocar algumas velas para acompanhar.

 

Seria legal se elas iluminassem por si só e deixasse o jantar apenas sobre a luz delas, mas ficou muito escuro, então não, mas deixei as velas mesmo assim para ficar legal. Bem, estava tentando ser romântico, oras!

 

Apesar da sutileza, por não ser lá uma preparação mais minuciosa pois particularmente daria para acrescentar outras coisas para compor a minha humilde arrumação, fiz de tudo para tornar aquele momento especial, talvez dando certo por reparar nos olhinhos dela brilharem, sorrindo boba quando puxei a cadeira para ela e lhe servi vinho.

 

Ah! Para fechar, deixei rolar uma música mais romântica que achei no celular só para fazer aquele clima mais gostoso, sabe? Acho que agora vai...

 

De toda forma, comemos conversando sobre amenidades, realmente me deliciando com o tempero daquela porção, pegando um pouco mais e bem, quando quase terminando o jantar, acabei lhe dizendo, feliz:

 

– Lily, tá maravilhoso esse jantar. Adorei! Mas... Quer saber de uma coisa?

 

– O que? – Ela me perguntou enquanto limpava o cantinho da minha boca. Devia estar sujo sem eu ter notado, mas aceitei o mimo.

 

– Tu cozinha melhor que o Kai

 

Acabei confessando, o que de fato não era mentira ou puxa-saquismo, arrancando dela uma risada divertida, me fazendo rir junto, deveras animado e contente por estar na presença dela. Por estar mesmo tão contente, acabei me levantando, estendendo minha mão para ela para que fôssemos dançar ao som da música ainda lenta e calma, dançando conforme enquanto colava nossos corpos e nossas testas, curtindo o momento e bem, dançar desta forma pelo menos era mais fácil, pois nunca fui um pé de valsa.

 

– Ei. – Ela acabou murmurando, me chamando a atenção. Nem reparei que estava de olhos fechados curtindo a sensação de estar daquela forma com ela.

 

– Diga. – Abri meus olhos para encará-la, só afastando um pouco minha testa com a sua.

 

– Obrigada por me deixar ficar aqui. – Ela então deitou sua cabeça em meu peito, preferindo então passar seus braços sobre meus ombros para me abraçar.

 

A cada momento com ela, cada coisinha tornava-se especial para mim, dançando por alguns minutos mais até lhe dizer que só iria arrumar as coisas para não ter preguiça para amanhã de manhã, deixando-a no sofá e a convencendo que iria fazer tudo rapidinho para que ela descansasse, pelo menos guardando o que sobrou do inhoque, lavando as poucas louças que usamos para comer no jantar já que as do preparo estavam limpas e com tudo guardado, exceto pelo restante do vinho, peguei o cobertor que vi que ela deixou no quarto de hóspedes para nos cobrir como fiz a tarde; antes, lhe entregando uma taça com vinho para assim, alinhá-la em meus braços, sugerindo um filme para assistirmos na TV mesmo, o que foi bem aceito.  

 

Quer dizer, na verdade só terminamos de tomar o vinho e assim que as taças estavam vazias e deixadas sobre a mesinha de centro da sala, lá estávamos nós, mais interessados em trocar carícias do que realmente saber sobre o que era o filme, sentindo seus dedos delicados percorrem a minha face, meus lábios, como se estivesse estudando as linhas de minhas feições. Eu estava praticamente fazendo o mesmo, mas seus lábios, por mais que estivessem apenas curvados num sorriso meigo, me hipnotizavam a ponto de me tentar e fazer com que eu me aproximasse, depositando ali um selinho, dois, três... O quarto acabou sendo uma passagem para um beijo profundo, calmo, porém que transmitia muita coisa, coisa boa com certeza.

 

Quando dei por mim, havia a deitado sobre o sofá para intensificar o ósculo, sentindo aquele calor gostoso subir, vezes beijando seu pescoço e depois voltando para seus lábios para aproveitar o momento, porém, num estalo, acabei decidindo por envolver suas coxas apenas para ficar mais fácil de leva-la comigo até meu quarto, quase que as cegas se eu já não soubesse até de olhos fechados aonde era o cômodo, deitando-a então sobre a minha cama, ainda devorando seus lábios com mais devoção.

 

Ah Yuu! Espera! Eu devia estar sendo apressado, não? Tá que ela parecia muito receptiva agora e tudo mais, mas... Será que... Aquele pensamento acabou me freando um pouco, cessando aos poucos o beijo até que efetivamente conseguimos nos separar, observando sua face ruborizada enquanto ofegava baixinho.

 

Sorri com aquilo, acariciando sua face e assim decidir perguntar:

 

– Lily, desculpe a pergunta, mas você...?

 

Ok, eu fiquei sem jeito de terminar a pergunta, nisso acariciando um de seus braços, procurando me acalmar.

 

– Não. Eu estava à espera da pessoa certa para mim.

 

Parece que ela entendeu o que eu queria perguntar, me puxando para que eu me deitasse ao seu lado e assim feito, se alinhou em meu peito num abraço carinhoso, além de me roubar um beijinho suave e travesso, porém não menos doce.

 

É a menina mulher que superou todas as minhas expectativas para uma parceira ideal.

 

– Então eu prometo. – Acabei dizendo enquanto afagava seus cabelos. – Prometo que vou fazer tudo para te ver feliz e para que a nossa primeira vez seja inesquecível, mas não será hoje. Quero fazer isso direito e vou planejar tudo com todo amor e carinho.

 

Pude vê-la então sorrir e fechar os olhos, podendo sentir o seu perfume natural e agora me sentir pleno, como se... Sei lá! Se o nirvana existia, diria que o alcancei hoje pois, depois do grande susto, pelo menos sentia que tudo terminou bem, acabando por pegar no sono com ela.

 

Minto! O sono profundo realmente não aconteceu porque ouvi meu celular tocar, não sei porque, deixando então Lily tranquila em minha cama para assim seguir para a sala e pegar o aparelho.

 

Engraçado que era uma notificação aleatória, mas ao ver o símbolo da banda na tela de bloqueio, aquilo me fez lembrar que eu precisava mandar notícias para o Kai já que o pobre homem saiu daqui desnorteado e esperava muito que ele tivesse conseguido resolver suas questão com o pai. Então escrevi:

 

"Amanhã, ás 9:00, estaremos ai. Lily está bem, já jantou, e agora está dormindo. Não se preocupe. Boa noite"

 

Não esperava que em questão de minutos Kai me respondesse, enquanto eu desligava a TV: 

 

" Que bom. Fico mais tranquilo. Já resolvi tudo e até amanhã." 

 

Com tudo resolvido, voltei para o quarto e coloquei o despertador para às 8h, observando Lily encolhida, talvez com frio, restando-me então cobri-la com cuidado para não acorda-la, mas lá estava eu, tentado em toca-la, deslizando minha destra sobre sua perna, contornando a coxa devagar e assim preferir ir para debaixo da coberta com ela, envolvendo-lhe então a cintura para assim depositar alguns beijinhos sobre seu pescoço e finalizar com um em sua testa.

 

– Perfeita, linda, pura e tão minha... Somente minha Lily.

 

Acabei murmurando, já me sentindo embriagado com seu cheiro e me deixando levar pelo sono que sentia, antes, percebendo que Lily se moveu como que para se ajeitar melhor ao me abraçar, deitando sua cabeça sobre meu peito e repousando sua mão sobre meu coração, até realmente apagar, embalado com a mulher da minha vida.

.

.

.

.

O despertador tocou e bem, por mais que fosse normal eu reclamar nessas horas, ter dormido com Lily em meus braços e ter tido uma noite tranquila, só me fez sorrir, despertando já animado e pronto para mais um dia.

Percebi que ela despertava também e assim que vi seus olhinhos me encarando com certo esforço por ainda estar com sono, depositei vários selinhos para acordá-la melhor, o que arrancou uma risada gostosa dela.

– Dormiu bem, minha gatinha? – Perguntei, vendo-a se espreguiçar manhosa, na verdade mais me abraçando do que realmente se espreguiçando a parte.

– Melhor impossível. E você meu gatinho?

 

– Dormi maravilhosamente bem.

 

Sem cerimônias, trocamos algumas carícias, depois um beijo mais profundo além dos selinhos que trocávamos anteriormente, para então, decidir ficar um pouco a mais na cama por pura preguiça, só não contando que ela repentinamente fosse sentar em meu colo, o que não vou mentir que causou uma reação automática em deslizar minhas mãos sobre suas coxas, algo que não foi negado. Tenha calma Yuu!

 

– Eu poderia ficar horas assim, olhando teus olhos que são lindos.

 

Ela então me encheu de beijinhos, parecendo mais uma criança do que uma mulher querendo me tentar, o que me fez relaxar um pouco pois eu ria da forma como ela fazia aquilo, acabando então por lhe fazer cócegas e a derrubando na cama, roubando-lhe beijinhos no pescoço e assim dizer:

 

– E eu poderia ficar te observando por horas. Cuidado, hein? Com essa beleza, vão querer te roubar de mim e como eu vou ficar sem você? – Fiz um biquinho no processo.

 

– Nunca irão me roubar de você, Shiroyama Yuu. Nunca. – Ela me sussurrou e mordiscou a minha orelha, me deixando arrepiado.

 

– Que bom! Afinal, eu não vou desistir tão fácil de ti.

 

Muito bem. Era realmente difícil manter uma sanidade meio que santa perto dessa mulher, lhe sorrindo safado para assim tomar coragem para tirar a camisa que ela usava minha e notar o seu corpo lindo, mesmo que vestido ainda com as peças íntimas. Ah...

 

Mordi o lábio inferior, realmente me controlando, preferindo então lhe abraçar e dizer, mesmo que minha voz tivesse sido abafada pois estava colado com seu pescoço:

 

– Como consegue ser tão perfeita? Você me deixa louco, mulher! Mas vou respeitar teu tempo, o nosso tempo. Mas só te digo uma coisa: Eu te amo Lily!

 

Disse sincero, parando para mirá-la nos olhos e afagar sua face, roubando-lhe mais um beijo com ternura que, assim que me dei conta, lá estava ela chorando, o que me fez ficar preocupado.

 

Será que fiz algo que a deixou desconfortável ou algo assim?

 

– O que foi, princesa? – Decidi perguntar de uma vez, mesmo que num murmúrio, realmente preocupado.

 

– Eu te amo. Eu te amo com todas minhas forças, Aoi. – Foi então que eu sorri, aliviado, selando seus lábios para ouvir num sussurro, antes de aprofundar o beijo. – Meu único príncipe. 

 


Notas Finais


Sugiro que ouçam Somewhere over the rainbow da Celine Dion ou além do arco iris com a Luiza Possi, é a mesma música, mas a segunda é da novela chocolate com pimenta (mt amorzinho era essa novelinha, sdds) e da bem o clima para o jantar deles <3

EDIT: Lily-chan talvez me mate, mas acabei ouvindo Rise of Sodoma and Gomorra do Therion + Ascendead Master do Versailles pra escrever a treta. Bem, fica a dica ai :3


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