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História Doçura de Beta - EXTRA 02: Chenle e Jisung


Escrita por: palomamyo

Notas do Autor


OI GENTE! VEM LÊ AQUI!
Esse mês é um mês comemorativo pra mim, porque é o mês de lançamento do meu LIVRO FÍSICO, e estou trazendo alguns extras como forma de agradecer os que já estavam comigo antes, e também de apresentar o meu livro pra vocês. Você que gosta de romance e de belas histórias de amor, não deixe de ler as notas finais com mais coisas!

Capítulo 32 - EXTRA 02: Chenle e Jisung


Fanfic / Fanfiction Doçura de Beta - EXTRA 02: Chenle e Jisung

Doçura de Beta

EXTRA 02: Chenle e Jisung

A M A R O

 

910 D.C.

 

 

Kim Jisung amava Wu Chenle.

Ou algo parecido com isso.

Jisung rejeitou todos que caçaram por ele, ignorou todas as más línguas que diziam coisas ruins ao seu respeito, o tempo estava passando para ele, sua juventude e período fértil da vida estava passando, mas até então, Chenle não havia se interessado nele. Todavia, o ômega não iria desistir, ele amava aquele alfa e se casaria com ele um dia, independente do que precisasse fazer.

— Eu não acho uma boa ideia você ir para a festa da colheita. — Jongin não gostava que Jisung participasse de festas coletivas, onde toda a alcateia participava, haviam muitas pessoas bêbadas e perigosas — Mas não posso te impedir se quiser ir, só tenha cuidado.

— Não vou ficar perto de estranhos, eu prometo! — o mais sorriu e beijou as bochechas de seu pai, logo em seguida correndo na direção da saída.

Ele não pretendia ficar perto de estranhos.

Jisung procurou Chenle durante toda a festa, e depois de tê-lo encontrado, não o perdeu mais de vista. O viu beber e se divertir com amigos e parentes próximos, ria alto e também falava alto, cada vez mais sem controle e tomado pela bebida. Aos olhos de Jisung, Wu Chenle era o alfa perfeito para ser seu marido, ele era bonito e de boa família, além de ser muito disputado entre os ômegas e betas.

Wu Chenle era como um troféu.

Lá pela madrugada, quando a maioria dormia embriagada no chão ou sobre as mesas, o Kim foi sorrateiro até a mesa onde Chenle estava, o Wu ainda estava acordado, mas falava sozinho em vista de que os demais já cochilavam, ele parecia já não distinguir direito a realidade.

— Oi, Chenle. — o ômega parou ao seu lado e pôs uma das mãos em seu ombro — Acho que todos já estão dormindo, por que não conversa um pouco comigo?

O alfa piscou os olhos pesadamente.

— Jisung?

— Sim, Jisung. — em partes ele estava feliz em ser reconhecido — Vamos pra outro lugar.

— Mas aqui está bom.

— Não, aqui está chato. — o ômega insistiu — Vou te levar pra um lugar mais divertido.

O Kim insistia e puxava seu braço, foi difícil convencer Chenle a sair da mesa, mas depois de olhar os outros dormindo ao seu redor, o Wu acabou cedendo.

Foi puxado pelo mais baixo até estarem longe o suficiente dos outros, só se lembrava de ter entrado em uma cabana vazia com ele, ela parecia estar abandonada há muito tempo, tudo era velho e estava empoeirado. Chenle estanhava tudo aquilo, não estava achando nada divertido. 

— O que estamos fazendo aqui? — o alfa questionou — Vou embora.

— Não! — e mais uma vez teve seu braço puxado pelo outro — Você está cansado, precisa deitar um pouco para descansar.

— Não estou cansado.

— Deite um pouco, Chenle!

Ele insistia e empurrava o alfa na direção da cama até fazê-lo deitar.

Se perguntassem para Chenle o que aconteceu naquela noite ele jamais conseguiria contar a história toda, o pouco que se lembrava era Jisung tirando sua roupa, o beijando e passeando com as mãos em seu corpo. Suas memórias acabavam logo depois. Ele havia bebido demais para se lembrar, todavia, o que aconteceu na manhã seguinte não condizia com as primeiras memórias.

Quando acordou, Jisung estava chorando.

Abatido e com o rosto molhado, o ômega dizia que não queria ter feito nada daquilo, mas havia sido forçado por ele. Dizia que se sentia péssimo e sujo, além de colocar toda a culpa no alfa. Chenle sentia-se confuso, sua cabeça doía e ele não conseguia pensar direito.

— Você abusou de mim. — o ômega repetiu mais uma vez — Tirou a minha honra e a minha pureza, que alfa vai querer se casar comigo agora?

— Eu não me lembro de nada disso.

— Claro que não se lembra. — ele chorava, mas todas as suas lágrimas eram falsas — Estava bêbado, o cheiro da bebida ainda está por toda parte, por favor, me mate e jogue meu corpo no mar, não vou poder viver com isso, minha vida está acabada!

Jisung havia ensaiado todas as suas palavras com muita antecedência, e pelo visto, era ótimo em fingir, pois o Wu o olhava desesperado.

— Eu vou resolver isso... eu vou, eu vou! — ele dizia — Eu vou me casar com você, vou me redimir pelo que eu fiz, vou restituir sua honra, eu prometo que jamais te farei algum mal de novo!

Jisung havia vencido.

Chenle se casou com Jisung poucas semanas depois. O alfa havia sido enganado e o Kim sentia que nada mais poderia pará-lo depois daquilo. Ele agora tinha a marca de Chenle, e estava preso a ele pelo tempo que desejasse. Seu casamente seguiu bem até a sua primeira gestação.

Deu à luz a um ômega.

Wu Minhyun nasceu saudável e sua aparência muito assemelhava aos Kim, algo que o desagradava, queria que seu filho nascesse com as feições de Chenle. Foi quando as coisas começaram a desandar, Jisung desejava a todo custo ter outro filho e desprezava o que já tinha, algo que muito desagradava seu marido.

Chenle foi se afastando.

— Tio, faz tempo que não o vejo.

E era muito tempo mesmo, tempo o suficiente para Seokmin já ser um adulto.

— São muitos problemas, alcateias inimigas, Jaehyun consegue ser mais odiado do que o Jongin. — o que era algo bom, grandes líderes sempre eram odiados por lideres menores — E outras coisas, mal tenho tido tempo para visitar a família.

— Já conheceu o Chan?

— Seu pai teve outro filho? — já não era mais novidade — Não sei se eu e o Jisung teremos mais filhos, nosso casamento não anda tão bom.

— Nem sei porquê se casou com ele. — o mais novo pensou alto — Quer dizer, quando o ômega se oferece, conta como desonra?

Chenle franziu o cenho.

— Se oferece?

— É, o senhor sabe, ele apareceu e te levou para aquela cabana. — Seokmin tinha certeza de que Chenle já sabia disso, por isso contava pouco se importando — Quer dizer, ele insistiu muito para que fosse com ele, então eu acho que ele queria muito fazer aquilo, e depois aparece com essa de “restituir honra”.

— Foi ele quem me levou pra cabana?

— O senhor não sabia?

Foi quando tudo desabou de vez.

Aquela havia sido a pior briga que já havia tido com Jisung, forte o suficiente para que o ômega desmaiasse pela forma como sua marca doeu. Tudo foi piorando cada vez mais, o Kim o manipulava com suas dores para evitar mais brigas, e as palavras de ódio passaram a ser substituídas pelo silêncio.

Enquanto isso, Minhyun crescia no meio do fogo cruzado.

Como se separar de um ômega que se recusava a quebrar a marca? Pela lei ele não podia abandonar Jisung, ainda mais com uma criança pequena.

Foi quando ele conheceu Xiening, apenas Xiening, sem nenhum sobrenome e tendo apenas a mãe como família. Xiening vivia a dura vida de uma bastarda, que nada tinha na vida além das próprias mãos para tirar o sustento. E ela foi, por aquele curto tempo, a calmaria que Chenle precisava para sua vida.

No começo, ele não queria se envolver tanto, mas não demorou muito até se ver completamente apaixonado por ela, tinha planos de ficar ao seu lado pelo, de se casar com ela. Todavia, ele ainda tinha que servir a alcateia e isso muitas vezes o levava para longe por longos meses. E fora em um desses retornos, que recebeu uma das notícias mais felizes de sua vida.

Ele teria um filho com ela.

— Vou conseguir me separar do Jisung. — ele estava muito confiante disso — Estou resolvendo tudo para não ter problemas com a lei, não valerá de nada se eu acabar sendo preso no fim.

— Não tenho tanta pressa, já estou feliz só em poder ver você.

Xiening deu à luz pouco tempo depois.

Fora um parto difícil, aos gritos ela trouxe a criança ao mundo, mas nem mesmo sua dor e sua fraqueza diminuíram sua felicidade de ver seu menino saudável e tão bonito. Ele tinha fios dourados em sua cabeça, era loiro como a deusa, porque nasceu sendo um lindo presente dela.

Mas Xiening estava morrendo.

— Eu quero que ele se chame Wonsik, como o meu pai. — sua voz estava fraca, ela estava pálida e seus lábios estavam secos e rachados — Quero que ele seja feliz, e viva a vida que nenhum de nós pôde viver.

— Do que está falando?

— Chenle, cuide do nosso filho. — já agora, ela mal conseguia falar — Ele... ele não pode ficar sozinho, não o deixe sozinho.

— Nós vamos cuidar do nosso filho.

Com a pouca força que tinha, a mulher esticou os dedos para poder tocar pela última vez no rostinho de sua criança, que dormia depois de muito ter chorado. Aos poucos sua mão deslizou de volta para o lugar.

— Eu ainda os amarei em Valhala.

E depois disto, seu rosto pendeu para o lado.

Chenle sentiu suas forças se perderem, e a única coisa que o manteve de pé foi seu filho, que precisaria dele, e não podia decepcioná-lo.

Sepultou Xiening à noite, passou horas com Wonsik em seus braços, vendo o corpo de sua amada ser levado pelo mar e por fim desaparecer. Ao seu lado estava a mãe da mesma, quem ela dizia ser sua única família. A senhora estava abatida, parecia até pior que o Wu, ela mal falava e conseguia ouvir apenas o som leve de sua respiração, junto com as lágrimas grossas caindo em sons abafados pela areia da praia.

— Eu preciso levar Wonsik para um lugar seguro. — ele disse — Se Jisung encontra-lo, eu não sei o que ele é capaz de fazer.

— Deixe que ele fique comigo. — a mulher entrou em sua frente, o encarava quase desesperada — Sou a avó dele, vou cuidar dele como eu cuidei de Xiening, ele ficará bem comigo.

— Não vou deixar o meu filho para trás.

— Não estará deixando. — ela insistiu — Resolva o que precisa ser resolvido, por enquanto deixe-o comigo, ele estará seguro e será tratado com muito amor, confie em mim.

E talvez esse tenha sido o seu maior mal.

Chenle deixou Wonsik com a avó para poder retornar para sua casa. Mas as coisas já haviam saído de seu controle mais uma vez. Quando retornou, descobrira que Jisung já sabia sobre a gravidez de sua amante, e com raiva havia quebrado muitas coisas pela casa.

Minhyun havia sumido.

— O que você fez com o meu filho? — quando encontrou o ômega, o segurou com força pelo braço.

Mas a dor não incomodou Jisung.

— Por que você se importa? — estava cheio de ódio em seus olhos — Vai ter outro filho, Minhyun não é mais importante para você.

— Ficou completamente louco? É claro que Minhyun é importante! — gritou com ele novamente e apertava seu braço com mais força — Onde está o Minhyun, Jisung?

— Você pode provar que realmente o quer de volta?

O alfa o soltou de forma bruta, praticamente o atirando no chão. Inquieto e se sentindo encurralado, deu as costas para não mais ter que olhar para o Kim.

— O que você quer?

— Jure! — ele disse — Jure que não vai mais ver sua amante e que vai ficar ao meu lado até que um de nós venha a morrer.

O que mais Chenle tinha a perder? Xiening estava morta e Minhyun lhe havia sido tirado, ele não podia cometer mais erros. Jamais veria Xiening de novo, e sendo assim, jamais amaria outra pessoa. Jisung lhe estendeu um punhal afiado, precisaria jurar pelo seu sangue.

— Jure pelos seus e pela vida dos seus. — ele continuou — Jure que ficará comigo, eu te amo, Chenle, eu sou o único que pode ficar com você.

— Isso não é amor.

— Claro que é, eu sacrifiquei tudo por você.

— E o que te faz acreditar que eu queria esse sacrifício?

Mas nada iria parar Jisung.

Foi quando o alfa cortou sua mão de uma ponta a outra e a fechou, fazendo o sangue escorrer por ela até pingar no chão. Jisung pôs as mãos sobre a sua e sorriu, estava satisfeito.

— Minhyun estará em casa amanhã pela manhã.

 

 

[... Doçura de Beta ...]

 

 

Mas Chenle não abandonou Wonsik.

Ele foi vê-lo sempre que podia, fingia-se doce para Jisung acreditar em tudo o que dissesse e não mais ameaçar Minhyun ou seu outro filho. Em casa, nunca falava sobre Wonsik, mas sabia que Jisung já descobrira tudo sobre ele. Enquanto permanecesse ao lado do ômega, ele não iria ferir seus filhos.

Chenle era infeliz com Jisung, sua única alegria estava em Minhyun e Wonsik, no tempo que passava com eles, mesmo que fosse muito pouco em vista de sua rotina cheia.

Mas tudo desandou novamente.

Com as invasões veio a Era da Monarquia, Kim Mingyu se tornou Rei, mas para mantê-lo no trono era necessário conter os que opunham contra. A Guerra entre os Reinos arrancou toda a paz e os Lobos já não podiam dormir. Precisava treinar os novatos, precisava ir para batalhas, precisava proteger seu povo, e a cabeça de Chenle agora se via ocupada por cada vez mais problemas, estes cada vez piores.

Vieram as Leis do Novo Mundo, Leis que protegiam os Ômegas mais ainda, Leis que deixavam Jisung cada vez mais fincado em sua vida.

Visitar Wonsik ficava cada vez mais difícil, então mandava quantias mensais para que seu filho tivesse comida e roupas para vestir, para que nada faltasse em sua vida. A Guerra o levou para longe novamente, e quando tornou para a Cidade Capital, tudo estava mudado.

Descobriu que seu filho já era um garoto crescido e não se lembrava mais dele, o viu magro e aos farrapos, agarrado a um pão velho e sujo. Aquilo quebrou seu coração, a mãe de Xiening havia quebrado sua confiança e não estava mais cuidando dele, Chenle precisava fazer alguma coisa para cuidar de seu filho, precisava deixá-lo com alguém que realmente pudesse confiar, ou melhor, alguém que não pudesse falhar.

— Jun Hui. — era manhã cedo quando o mais velho adentrou a casa do sobrinho — Preciso que faça um favor pra mim.

O outro parou que estava fazendo para atende-lo, preocupado com a súbita aparição do tio, ainda mais para lhe pedir algo.

— O que quer que eu faça, tio?

— Você se casou com um alfa e não podem ter filhos, por isso vim pedir para que cuide do meu.


Notas Finais


Primeiro: Jisung, você tem probleminhas.
e Segundo: A História do Wonsik é contada em Herança dos Alfas, que inclusive já tá quase finalizado.

VEM CÁ VER ISSO!
Então, minha linda capivarinha, quero apresentar meu livro pra vocês, ele é muito legal e super engraçado, é muito bom pra aliviar o estresse do dia a dia, você vai rir muito lendo ele, tenho certeza! (Além disso, é ótimo para ler e aliviar a dor do seu coração depois de ler um capítulo triste da Saga, afinal, tem tanta desgraça vindo por aí mesmo u.u brincadeirinha ksksks, mas tem mesmo)
Aqui está o link: https://www.editoraflyve.com/product-page/como-n%C3%A3o-ser-a-mulher-perfeita
ele tá com 20% de desconto esse mês, é mais barato que o livro de MDA, que inclusive não vai mais ter esse ano, caso fosse isso que você ia perguntar, ele tá esgotado >-<
MAS
compre Como Não Ser A Mulher Perfeita que vai me deixar muito feliz
você gosta de me ver feliz? Eu gosto de escrever quando tô feliz.
fala comigo aqui se tiver problemas: https://www.instagram.com/palomamyo/ (palomamyo)

beijos e amo vocês <3


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