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História Dois lados - O novo normal


Escrita por: Yoshiokachan

Capítulo 7 - O novo normal


Fanfic / Fanfiction Dois lados - O novo normal

Dois lados

Escrita por Yoshiokachan

Capítulo VII

O novo normal

Por Ino;

Geralmente, quando alguma coisa saia do meu controle, em algum momento da minha vida, coisa que era bem rara, eles me apoiavam, me confortavam e me faziam ganhar força pra seguir e passar por cima de tudo. Com a ajuda de meus pais, eu podia tudo, podia resolver qualquer coisa, mas o que eu estava passando nesse momento, ia muito mais além do que uma nota baixa na universidade ou algum desrespeito com algum cliente mal educado no trabalho, minha situação era o limite, o fim do túnel, no qual eles estavam muito insatisfeitos em me apoiar, não por não gostar de mim, conseguia entender, era por não aprovar o que eu fizera, pois pra eles, isso significaria aceitar a situação.

Já havia se passado duas semanas na qual meu pai simplesmente jogou a notícia de que eu iria me casar com Sabaku no Gaara, o homem que propôs pra mim abortar, o homem em que me ofereceu dinheiro pra mim sumir do mapa, só para não estragar a vida que ele intitula perfeita. Já havia duas semanas na qual meus pais não falavam comigo, me evitando, porque fui contra essa palhaçada de casamento fingido, fui contra a entrar nessa brincadeira, mas não consegui me desfazer disto, segundo eles, muita coisa estava envolvida.

Eu podia entendê-los, isso era realmente difícil, a menininha deles, grávida, sendo que nem namorado eu tinha, grávida de um qualquer, era sem dúvida uma notícia nada agradável para se contar pra toda a família, mas eles, acima de tudo, eram meus pais, tinham que me apoiar mesmo se eu fosse a pessoa mais errada de todo o universo, deviam ficar do meu lado, tentar fazer o que eles achavam certo pra mim, não significava como um sinônimo de proteção, eles só estavam vendo o lado da aparência da nossa família.

Isso tudo estava me tirando o sono.

__ Boa noite senhorita Ino! - disse Ebizou, o segurança do restaurante, quando passei pela porta.

__ Boa noite senhor, como foi o seu dia ? - tentei perguntar com a mesma simpatia que ele transmitia.

__ Foi ótimo, passei com meus filhos, não poderia ter sido melhor. - ele dizia sorrindo mais do que o de costume.

__ Que ótimo, é muito bom vê-lo sorrindo assim, da pra ver que está muito feliz.

__ Sim, estou, a, senhorita Ino, o gerente quer que você vá direto a sala dele. - disse mudando um pouco o tom de voz e a sua expressão.

__ Sabe o que pode ser ? - perguntei meio nervosa, nunca tinha sido chamada pelo gerente e pelo que soube, os que já foram chamados, não saíram felizes.

O que será que ele quer comigo, será que nada pode dar certo?

__ Ei, senhora. - disse alguém me chamando atrás de mim.

Me virei e me deparei com meia dúzia de fotógrafos, todos adentrando o restaurante, fazendo com que todos do lugar nos olhassem, uma verdadeira algazarra. Mais um escândalo, tinha perdido a conta de quantas vezes isso já tivera acontecido, eu definitivamente não tinha mais liberdade em qualquer lugar que eu fosse, desde casa a qualquer canto que eu fosse nessa cidade, de alguma forma, eles sempre davam um jeito de me encontrar.

__ Parem com isso, vão embora. - disse tampando o rosto dos insistentes flashes.

__ Se retirem, por favor, se retirem, os senhores não podem permanecer neste local. - dizia Ebizou, enquanto empurrava os fotógrafos para fora, com a ajuda de outros seguranças.

__ O que é esse falatório ? - perguntou Yamato, o dono do restaurante, passando entre os fotógrafos, enquanto tentava entrar. - De novo vocês aqui ? Eu já proibi a permanência de vocês nesse recinto, vão embora antes que eu chame a polícia.

Depois disto, entre um murmúrio e outro, foram indo embora, sumindo pela rua afora.

__ Senhorita Ino, por favor, em minha sala, agora. - proferiu Yamato, sério, apontando para sua sala.

Adentramos a sala e me sentei, nervosa, esperando a bronca que com certeza estava prestes a receber.

  __ Bem, eu estava realmente tentando evitar esta conversa ao máximo, pro bem de ambos os lados, mas chegou a um ponto em que eu não posso mais fingir que não estou vendo. - dizia ele com as mãos entrelaçadas, me olhando.

__ Não estou entendendo senhor, fiz algo de errado? - perguntei confusa.

__ Desde o seu envolvimento público com o Sabaku, não temos mais sossego nesse lugar, seja por pessoas cochichando desde os fotógrafos, não posso mais tolerar isso, tenho que prezar pelo bem estar dos meus clientes.

__ O senhor está me demitindo?

Não podia acreditar naquilo, me negava a acreditar, não podia estar acontecendo, a minha única segurança de tentar ir adiante com isso tudo que estava acontecendo acabara de escorregar de meus dedos.

__ Infelizmente sim, me desculpe, sei que gosta deste trabalho, mas tente me entender, não posso mais tolerar isso.

Eu não sabia o que falar, ele estava certo, toda aquela situação também estava me incomodando, não queria ser alvo de fofocas de ninguém, nunca quis. Não podia pedir para ficar, eu realmente estava gerando tumulto para a imagem do restaurante.

__ Eu compreendo senhor. - disse abaixando minha cabeça.

__ Mas fique tranquila, você receberá tudo que tem direito, eu garanto.

__ Obrigado. - disse forçadamente.

__ Ino, não fique assim, eu não queria isso, você é uma ótima recepcionista, nunca deixou a desejar, mas devido a estas circunstâncias...

Eu não queria ficar mais ali, queria me esconder de todos e chorar, colocar tudo que estava preso aqui dentro pra fora.

Me levantei sem olhá-lo e me dirigi a porta.

__ Ino, espero que tenha muito sucesso e felicidade na sua nova vida daqui pra frente com a sua nova família.

Claro, até ele já sabia que eu iria me casar com o futuro dono das empresas Sabaku's, mas era de se esperar, esse era o motivo dele estar me despedindo.

Estava com raiva, com muita raiva, de tudo. Sai e não me despedi de ninguém, não gostava de despedidas e também não queria dificultar uma coisa que já estava ruim.

A ficha ainda não tinha caído, a minha única salvação acabara de acabar, o trabalho que eu iria sustentar o meu filho, e agora, o que eu iria fazer, a última coisa que eu queria é alguma ajuda do pai dessa criança.

Meu celular vibrou anunciando uma mensagem de um número restrito. Abri a mensagem.

"Ino, amanhã um carro irá buscar você e sua família às 11:00, não se atrase. Gaara."

Ri debochada, agora ele achava que podia ditar o que eu iria fazer, quando ele achasse melhor?

Apertei o botão para responder, digitei "Vai a merda." e enviei.

***

Por Kankuro;

A manhã começara movimentada na casa dos Sabaku, nossa mãe colocara todas as empregadas para trabalhar, havia contratado fotógrafos, buffet e música ao vivo, todos os amigos próximos da família e os acionistas da empresa estavam aqui presentes, porque segundo ela, precisávamos bolar um plano perfeito para que todos ficassem sabendo do relacionamento de Gaara, seu noivado, para que em um futuro breve, um casamento as escondidas pudesse acontecer para limpar a imagem da empresa na mídia.

Gaara, relutou muito por tudo isso, resistiu até o último momento, discordando da opinião de nossos pais, não queria esse noivado de jeito nenhum, mas mesmo sabendo que isso seria o melhor a se fazer, fiquei do lado dele.

__ Onde está o seu irmão, aquelazinha já vai chegar e eu não quero correr o risco dela fazer algum escândalo em frente as câmeras. - dizia Karura, revisando as flores em cima do mármore do corredor.

__ A última coisa que não irá acontecer hoje é ela ficar sozinha, tem muita gente aqui, não achei que viesse muito.

__ Ainda chamei poucas pessoas, só o bastante para comprovar o envolvimento com aquela...

A interrompi.

__ Precisa aprender a dizer o nome dela na frente das outras pessoas.

__ Filho, até parece que você não conhece a mãe que tem, serei um doce de pessoa, agora vá chamar o seu irmão. - disse por fim antes de sair ao encontro dos garçons que a esperavam.

O problema é que eu conhecia muito bem a mãe que eu tinha e nunca havia conhecido uma pessoa tão teimosa quanto ela, o que me deixava com uma pulga atrás da orelha e com um certo receito pela garota que estava prestes a chegar, a senhora Sabaku, não dava ponto sem nó, disso eu tinha certeza.

Subi as escadas e entrei no quarto de Gaara sem bater, todos já estavam lá embaixo, começariam perguntar onde ele estava.

__ Gaara? - perguntei assim que entrei.

__ Como ta lá embaixo ? - perguntou ele enquanto saia do banheiro com uma cara péssima.

__ Avisei pra não beber ontem.

Gaara me lançou um olhar de reprovação pelo meu comentário e se sentou na beirada da cama passando a mão no rosto.

__ Nunca pensei que estaria nessa posição, na verdade nunca pensei em me amarrar em mulher nenhuma.

__ Isso não é de verdade, seu casamento só vai ser de fachada, não vai se prender a ninguém.

__ Não vou mesmo. - disse se levantando e indo em direção a porta - Preciso de uma bebida.

__ Você ta de porre cara, devia tomar um café bem forte. - falei o seguindo pela escada.

__ Nada como curar uma ressaca com uma bebida, não é mesmo ?

Minha premonição de que esta festa de noivado seria um fiasco estava mesmo pra acontecer, não poderia dar certo, não tinha nada para dar certo, ambos os lados não estavam a favor. Mas, como um bom tele espectador, assistiria tudo de camarote.

***

Por Ino;

O dia amanhecera péssimo, estava em um mau humor terrível, totalmente ao contrário de meus pais, que festejavam em poder vivenciar uma festa de tamanho tão alto na sociedade, que passaria em todos os noticiários, seria comentado em revistas e jornais, seria um dos eventos da semana, e para eles, isso seria o bastante para esconder o fato da filha deles ter engravidado de um qualquer, seria como uma realização de um sonho que eles esperavam para a filha deles.

Minha mãe havia comprado um vestido novo para mim, com medo da minha escolha de roupa para o evento, ri internamente por esse pensamento e tive de concordar com ela, uma calça jeans, camisa e um tênias seria de bom tamanho para mim. O vestido era para o dia, pegava até a metade da minha cocha, era bege bem clarinho e havia flores bordadas por todo vestido em rosa, tinha de confessar, era realmente muito bonito, mas ainda achava que ela não precisava ter gastado seu dinheiro com isso.

Logo após me vestir e descer, meus pais dividiram sua felicidade contagiante comigo, tentaram me fazer mudar de expressão e se desculparam por não terem conversado comigo nessas semanas.

Eu não estava esperando esse noivado, na verdade tudo foi rápido demais, fiquei sabendo da "minha" festa de noivado, por um noticiário de TV, ninguém teve a capacidade de me contar, de perguntar se era isso que eu realmente queria. Estava com raiva, com receio de tudo que poderia acontecer de agora em diante, estava prestes a me comprometer com uma pessoa que mal conhecia e que já odiava e ao mesmo tempo perdida, não tinha mais emprego, não podia contar com meus pais para me sustentar, isso já era muito, eles se sacrificavam muito para me dar o que davam, não poderia pedir mais. Não sabia mais nada da minha vida.

Chegamos na mansão dos Sabaku exatamente as uma, hesitei quando fui sair do carro, coisa que eu já previa, mas meu pai segurou minha mão, me passando um pouco de conforto.

Passei os olhos por todo o local e estava tudo bem harmonizado, podia escutar música clássica e o som de muitas pessoas conversando, quando fui chegando mais perto com meus pais do meu lado, me deparei com os anfitriãs da festa no centro da respectiva sala, o que fez minha espinha gelar.

__ Olá - me cumprimentou uma mulher bem vestida do meu lado - Você é a noiva do Gaara, não é? - ela me perguntou, fazendo as outras pessoas que estavam com ela olharem para mim, esperando a resposta.

__ S-sou eu mesma. - respondi em um tom desconfortável.

Eles me olharam de cima em baixo, me deixando totalmente desgostosa com a situação, alguns cochichavam alguma coisa enquanto os outros assentiam com a cabeça olhando para mim.

__ Você é uma jovem linda, Gaara escolheu muito bem. - comentava ela com o homem do seu lado, que parecia ser o marido.

__ Muito obrigado. - respondi sorrindo.

__ Nunca a vimos por aqui, onde se conheceram ? Em alguma festa de inauguração ? - perguntou outra mulher.

Não sabia o que iria responder, dizer que foi em uma boate é que eu não poderia, mas ao mesmo tempo dizer que foi em alguma festa de gala seria o cúmulo.

Me preparei para falar quando de repente Gaara chega enlaçando sua mão em minha cintura, me chegando para perto de si.

__ Gaara. - a senhora disse. - Estava perguntando para esta jovem como se conheceram, não me lembro de tê-la conhecido.

__ Bem - começou ele. - A conheci em uma festa beneficente que fiz em São Francisco.

__ Que ótimo, então além de bonita, se importa com o próximo, tenho de confessar que acertou em cheio. - ela dizia dando um sorrisinho.

__ Ela é muito bonita mesmo Gaara. - outro comentou.

Fiquei constrangida com todos me olhando, pareci algum produto em que as pessoas rotulavam se era bom ou não.

__ Eu sei, por isso a escolhi. - disse enquanto me olhava, me deixando sem graça.

Como poderia ser tão falso. Bem, pra dizer a verdade, agora, me veio a cabeça se todos ali estavam realmente falando a verdade.

__ Bom, se me deem licença, minha mãe quer cumprimentá-la. - disse ele balançando a cabeça se despedindo do grupo de pessoas.

Meus pais estavam do outro lado da sala, conversando com pessoas que eu nunca vira na vida.

__ Vamos querida. - disse ele.

__ Não sou sua querida. - falei e tirei sua mão de minha cintura, sem me importar se alguém estava olhando.

Não o olhei, mas ouvi que bufou com a minha atitude.

__ Mãe. - disse ele a chamando.

Karura  e Rasa cumprimentaram mais alguns convidados e se dirigiram a mim. Nesse momento queria sair dali, tudo estava me deixando desconfortável.

__ Ino. - disse Rasa, com uma cara na qual eu não conseguia distinguir qual expressão era.

__ Minha nossa. - disse Karura assim que olhou para minha barriga.

Eu estava de quase três meses e meio, minha barriga já estava apontando, não conseguia esconder, mas quem olhasse, não diria que eu estava grávida.

__ Não temos muito tempo antes do casamento, olha essa barriga. - falava reclamando com o marido.

__ Vamos dar um jeito. - dizia ele.

__ Daqui a pouco os fotógrafos irão tirar algumas fotos de vocês dois, mas antes, Gaara precisa conversar com vocês sobre como vai ser daqui pra frente, já conversamos com seus pais e eles estão de acordo.

Assenti com cabeça, mas não gostei de saber que meus pais sabiam de alguma coisa relacionada a mim que eu desconhecia.

__ Use o escritório. - comentou Rasa com Gaara, sério.

Comecei a seguir Gaara no meu daquelas pessoas rumo ao escritório, quando chegamos, o mesmo fechou a porta e foi encher um copo de whisky.

O mesmo se sentou na ponta da mesa, bebeu um gole do líquido marrom e olhou para mim, o que me fez desviar o olhar.

__ O que foi, não consegue olhar pra mim ? - perguntou debochado.

__ Consigo. - respondi rapidamente, envergonhada. - Só não quero.

__ Eu sei que esse não é um assunto em qual nós gostamos de falar, mas, como a minha mãe disse, sua barriga está crescendo e todos, do país e até mesmo d outros países estão comentando. - fez uma pausa para beber mais um gole. - Minha família resolveu que o melhor a se fazer é que você venha morar aqui, nesta casa.

__ O que ? - perguntei surpresa.

Eu sinceramente não sabia o que pensar do que eu acabara de escutar. Eu ainda não tinha pensado nisso, em morar junto ele, com uma pessoa que eu mal conhecia, o que dirá com uma família inteira que não gostava de mim.

__ Eu não quero morar aqui, nunca, mal os conheço. - disse indignada.

__ Creio que não tenha escolha, seus pais já aprovaram e...

__ E o que ? - o apressei.

__ Você está prestes a se casar comigo, isso iria poupar muito assunto de fofoca xula por ai.

__ Como meus pais aprovaram isso sem me consultar, eu não sou mais nenhuma garotinha de 16 anos.

__ Nosso casamento vai ser daqui a duas semanas, você já fica a partir de hoje nesta casa.

Eu não podia acreditar nisso, eu estava sendo intimada nesse exato momento que iria ficar presa ali, sem ao menos ter o direito de escolha.

__ Ninguém me perguntou se era isso mesmo que eu queria. - falei me exaltando.

__ Você não é a única injustiçada aqui, então não comece a encher minha cabeça. - falava ele tomando todo o líquido em uma golada só.

__ Podemos fazer com quem ninguém saia prejudicado sem que precisemos nos casar.

__ A equipe do meu pai já pesaram todos os prós e os contras, se casar comigo, segundo eles, é a melhor opção. - falou e em seguida encheu mais um copo.

__ Como vou fazer com a minha faculdade, não tenho nenhuma roupa aqui, não quero ficar aqui. - disse com lágrimas nos olhos, que eu tentava ao máximo segurar, mas estava apavorada.

__ Seus pais separaram uma mala pra você, que já se encontra no quarto que você vai ficar.

__ Não acredito que eles fizeram isso comigo, meus próprios pais.

__ Seus pais se importam com você, só querem o melhor.

__ Eles nem sequer me disseram nada, não me perguntaram se era isso que eu queria.

__ Meu pai achou melhor eu me casar pra poupar algum futuro vexame pra sua empresa, não iria suportar mais alguma rebeldia e vergonha que eu poderia causar pra sua imagem.

Sua voz estava carregada, eu podia sentir.

__ Licença, senhor Gaara, sua mãe está chamando para se dirigirem ao centro pra tirarem algumas fotos. - disse uma senhora, que parecia ser a empregada dali.

__ Já estou indo.

Ele virou o copo cheio o bebendo em um só gole e abriu a porta esperando que eu passasse. Então o fiz.

Chegamos ao meio da sala, meus pais apareceram do meu lado e os de Gaara do lado dela, e quando olhei para frente, o fotógrafo já estava ali, esperando um sorriso meu para que a foto pudesse ser tirada. Fiz o melhor que eu conseguira, um sorriso tímido e ao mesmo tempo carregado de tristeza.

Em seguida todos saíram de perto da gente e Gaara em um impulso se abaixou, ficando se joelhos, abrindo uma caixa, que após alguns segundo revelava um anel de pedras brilhantes.

Eu já havia imaginado por diversas vezes essas cena em minha cabeça, era um sonho bobo de criança, mas não nessas circunstâncias, queria que esse momento fosse uma consequência de um amor, não uma obrigação de dois completos estranhos.

__ Quer se casar comigo ? - ele perguntara me fitando, com seus olhos grandes e verdes.

Eu não queria aceitar, queria botar um fim nessa baboseira toda de uma vez, na frente de todos, mas, aqueles olhos, não me deixavam fazer aquilo.

__ Sim. - disse, por fim, para a felicidade de todos ali presentes e para meu próprio espanto.

Gaara tirou o anel e o enfiou delicadamente em meu dedo, se levantando em seguida. Segurou minhas mãos e me encarou, pedindo permissão para que se aproximasse, hesitei, mas balancei a cabeça positivamente. Gaara chegou perto e rapidamente selou nossos lábios, começando uma leva de aplausos.   

Pude ver Karura e minha mãe colocarem a mão no peito de alívio pela minha resposta.

Depois, vieram todas as pessoas me desejarem felicidades ao casal e por incrível que pareça, não senti um pouco de sinceridade venda de ninguém, devia ser pelo patamar que estavam, ou uma desculpa.

__ Oi princesa - disse meu pai surgindo na minha frente com minha mãe. - Sinto muito por não ter dito nada antes, foi pro seu próprio bem, sabíamos que você não viria se soubesse.

__ Filha, esse é o melhor lugar para você, terá muitas coisas.

__ Vocês sabem que eu nunca quis muito pra ser feliz.

__ Nos desculpe filha, fizemos isso pensando em você, nós te amamos. - dizia meu pai, emocionado.

__ Eles irão garantir o seu futuro, o nosso futuro. - falou minha mãe.

Então era isso, eu havia sido vendida pela minha família, como se eu fosse um peso pra eles agora. 


Notas Finais


Quem entendeu a referência bate aí o/
Bem, queria pedir desculpas pelo imenso atraso pra atualizar a fic, estava muito enrolada com a faculdade e não tive tempo nenhum.
Espero que gostem! Até breve, chuchus!!


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