1. Spirit Fanfics >
  2. Dois Mundos >
  3. Capítulo 17

História Dois Mundos - Capítulo 17


Escrita por: webtinita

Notas do Autor


Oooi, como estão? passando rapidinho apenas para dar mais um mimo a vocês ❤️

Capítulo 17 - Capítulo 17


Violetta Castillo

Termino de colocar minha ultima peça de roupa na mala e torço muito para que ela feche, apesar da quantidade um pouco absurda de roupas que estou levando. Posso dizer que sou um pouco exagerada quando se trata de viagens, mas nada em comparação com a Ludmila. Garanto que se juntarmos todas as peças de roupas que ela está levando nas três malas, tenho certeza que dá para todas nós usarmos todos os dias. 

Lud: e essa merda que não fecha? – bufou praticamente se jogando em cima da mala.

Violetta: por que será, não é? – ri fechando a minha. Ainda bem que consegui fecha-la sem fazer esforço. 

Lud: af! – ri ouvindo suas reclamações. 

Violetta: deixa eu tentar...- me aproximei da sua cama e fiz força contra a mala e comecei a puxar o zíper devagar até fechá-la por completo – pronto, reclamona... Agora podemos ir, não é? todos já estão nos esperando lá no portão Ludmila. 

Lud: mas o charme é esse, chegar atrasada – piscou pra mim abrindo a porta do carro. 

Enquanto descia até o portão principal, onde praticamente todos nos esperavam para poderem entrar nos ônibus, enviei várias mensagens para os meus pais e para o Caio. Não sei se nesse acampamento haverá dados, suponho que não, e confesso que fico triste por saber que provavelmente vou ficar sem conversar com eles, mesmo que por dois ou três dias. 

Maxi: que demora... – resmungou, recebendo um olhar feio da Ludmila seguido pelo dedo do meio da mesma, erguido para ele.

Lud: idiotas – revirou os olhos e saiu puxando o Frederico pela mão até o portão que já estava aberto. 

Caminhei normalmente para o primeiro ônibus que vi e depois de entregar minha mala para um dos supervisores, sentei no último banco. Gosto de vim aqui atrás, ainda mais ouvindo minha playlist com os meus fones de ouvido enquanto observo  a paisagem. Minha mente pinta e borda quando faço isso. 

Observei cada uma das meninas entrarem e se sentarem com seus namorado e ri quando vi a Ludmila jogar o casaco do Fede no maxi, depois dele ter feito alguma brincadeirinha com ela. 

“Vai e não se preocupa, quero que você se divirta guria, e ver se não morre...  você é uma chata mas eu amo você” – Caio. 

Ele tinha seu jeitinho de demonstrar amor. Ainda mais comigo. 

- Violetta, está guardando lugar? – desviei a atenção do celular encontrando o Alex parado no corredor – está guardando para alguém? 

Violetta: eu... – ia negar, quando outro ser atrapalhou minha fala. 

Léon: obrigada por guardar pra mim, Violetta – Léon surgiu do nada e quase atropelou o Alex para se sentar ao meu lado – está tudo bem, Alex? – o palhaço ainda debochava. 

Alex: tudo ótimo Léon e com você? – a cara do alex não é uma das melhores – boa viagem brasileirinha, depois conversamos... – acenou e piscou pra mim e caminhou mais para frente, sentando em algumas fileiras antes da nossa. 

Violetta: desde quando eu guardei lugar para você? – encarei Léon com as sobrancelhas arqueadas. 

Léon: an... – pareceu pensar – não sei – deu de ombros conectando o fone no celular – ah violetta, somos parte da mesma roda de amigos e literalmente sobrou apenas eu e você, á que  maluquinha está com o outro ali – olhou em direção a cami que estava junto ao broduey rindo de alguma coisa – nada melhor que ficar por horas ao lado de um conhecido, não?

Violetta: o Alex me conhece muito bem – revidei, mesmo sabendo que estou tranquila em viajar com ele do meu lado. 

Léon: te garanto que não te conhece melhor que eu – ele desviou o olhar para a minha boca e depois de alguns segundos soltou um risinho idiota. 

Violetta: você é um idiota – retruquei. Mas não estou com raiva ou algo do tipo. Apenas gosto de irrita-lo. 

Léon: eu sei, já ouvi muito isso – sorriu de lado me fazendo sorrir. 

(...)

Por mais que eu tentasse e lutasse contra, o meu sono estava tentando ao máximo se apossar de mim. Não sei quantas vezes já perdi bocejei e tentei expulsar isso do meu corpo. Não quero dormir. Quero apenas observar a passagem e conhecer – mesmo que de passagem – um pouco mais da Argentina. 

Observo com o maior cuidado cada rua, cada esquina, cada detalhe que vejo pela janela do ônibus. Quero absorver o máximo possível para que um dia eu lembre pelo menos de alguns detalhes como esses que vivi aqui. Daqui há cinco meses irei chegar no Brasil e pensar “eu realmente realizei o meu sonho” e terei certeza que não foi apenas um sonho. 

Conheci pessoas, fiz amizade, estudei em um colégio em Buenos aires, conheci um dos melhores advogados do país – vulgo os pais de uma das minhas amigas -, ri, chorei, brinquei, senti, beijei e o mais importante: vivi. Vivi tudo isso. 

E é exatamente por isso que devo aproveitar o máximo. Algum dia isso aqui será apenas boas lembranças...

Aliás, sempre devemos aproveitar o máximo de cada segundo das nossas vidas. Por mais que essa afirmação seja clichê, não deixa de ser verdadeira. Não temos controle remoto para pausar a vida, ela apenas deve ser vivida e aproveitada cem por cento por cada um de nós. 

Léon: ei... – me livrei dos meus pensamentos quando senti o seu toque na minha mão que está sobre minha coxa e o olhei – está tudo bem? Parece desanimada...

Violetta: estava pensando – forcei um sorriso que não foi nada convincente. Sei disso pela cara que ele fez.

Léon: posso saber em que? – ele retirou os fones do ouvido e guardou na pequena mochila que levava no colo. Ele realmente está interessado? 

Violetta: não precisa se preocupar... – e de fato não precisava. 

Léon: sabe como sou insistente,não vou te deixar em paz até falar – e sabendo o que conheço dele, sei que não iria mesmo. 

Violetta: eu só estava pensando que daqui há uns meses eu vou embora e que daqui uns anos tudo isso que estou vivendo aqui serão apenas lembranças e um sonho que realizei... é muito louco pensar assim. 

Léon: você não deve pensar no futuro, pelo menos não nesse tipo de futuro – desviei minha atenção rapidamente para nossas mãos quando ele apertou levemente a minha ma slugo encarei seus olhos novamente – aproveita cada minuto, é o seu sonho violetta, não fica pensando demais no futuro, só... curte. 

É exatamente nisso que estou pensando. 

Violetta: é exatamente nisso que estava pensando... tenho que aproveitar o agora porque sei que vou sentir muita falta depois.  

Léon: é disso que estou falando – piscou pra mim, e sorri. 

Voltei a prestar atenção na paisagem lá fora e lutei com todas as minhas forças contra o sono, mas não consegui vence-lo. 

(...)

Acordei assustada sentindo o motor do ônibus sendo desligado, e por causa do susto minha cabeça começou a latejar. 

Léon: dormiu bem? 

Violetta: não muito – a dor no meu pescoço é evidente – você descansou? 

Léon: fiquei lendo o caminho todo desde que você dormiu – ergueu o livro para mim e assenti – vamos? – olhei para frente, percebendo que a fila para descer do ônibus ainda está um pouco grande. 

Violetta: podemos esperar mais um pouco? – bocejei relaxando no banco. 

Léon: posso te perguntar algo? – olhei nos seus olhos e assenti – o que o Alex tem com você? 

Violetta: nada demais, por quê? 

Léon: só curiosidade... – deu de ombros e decidi fazer o mesmo – vamos agora? – apontou para o ônibus mais vazio e eu assenti. 

Violetta: o plano vai ser executado hoje? – segurei sua mão impedindo que ele se afastasse antes que me respondesse. 

Léon: vai, eu vou na sua cabana mais tarde, ok? Provavelmente você vai ficar com as meninas, o diretor nunca separa o nosso grupinho. 

Violetta: por que? – já percebi quem várias atividades escolares sempre ficamos juntos, indepentende do que for. 

Léon: digamos que minha mãe não gosta da ideia de ficarmos separados, então falaram com o diretor para sempre nos deixarem juntos – deu de ombros e eu assenti entendendo – eu vou lá te chamar quando estiver perto da hora, ok? 

Violetta: tudo bem – sorri. Ele olhou ao redor com as sobrancelhas arqueadas e soltou um risinho – o que foi? – não obtive resposta, fui surpreendida quando ele depositou um beijo muito rápido nos meus lábios. 

Assim que ele se afastou, abriu um sorrisinho idiota para mim e caminhou até a saída do ônibus. 

Não posso negar que estou ansiosa para esse fim de semana. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado ❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...