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História Dois passos do paraíso - Interrupção oportuna


Escrita por: MisawaNamikaze

Notas do Autor


Adeus, ano velho! Feliz ano novo!... Muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender e boa leitura! Kkkkkkk.

Capítulo 8 - Interrupção oportuna


 

-Por favor, diga que não vai pôr os dois para correr. – Retomei o assunto de nossa conversa quando ele se aproximou. O silêncio felino de seu movimento era perigosamente sedutor. Porque nenhum homem em meu tempo conseguiu fascinar-me tanto?

-Pôr para correr?

-Não vai machucá-los nem puni-los, não é?

-Nunca. No entanto, nem tudo está em minhas mãos.

-Como assim?

-Se isso se tornar um escândalo, não poderei protege-los.

-Você quer protege-los, apesar de tudo. – Constatei. – Eu vou ajuda-lo.

Ele soltou uma risada gostosa.

-Você é mesmo uma constante surpresa.

-O quê...? Não nos desviemos do assunto sim. – Eu disse ao vê-lo se aproximar mais. – Podemos dar um jeito nessa história. Tem que haver uma maneira de conseguirmos o que queremos. – O que eu queria era voltar para o meu tempo. Tem certeza? Também queria aquele homem. Mas, é aquele ditado: “querer não é poder”.

-O que eu quero agora é sentir os seus lábios.

-Não vou permitir que me use apenas para aliviar seu ego ferido.

-Eu amo Ino. Sei que amo. Mas, não consigo deter o que acontece. Essa atração que estou sentindo por você. Como é possível que eu a tenha desejado desde o primeiro momento em que a vi?

-Talvez porque tenha se apaixonado por uma mulher que é jovem demais para você.

-O que decerto, me torna um velho idiota.

-Não é velho, nem idiota. Ino é uma jovem linda. E eu acredito que o ame também. Vejo isso quando ela o olha. Ela o respeita e admira, e sente orgulho em ser a duquesa.

-Vê paixão quando ela olha para mim?

-Não estou aqui há tempo suficiente para analisar esse tipo de coisa.

Essa era a maior mentira que eu havia contado até agora. Quando Ino olhava para Sai, tudo que se via era desejo.

-Não está sendo sincera comigo.

-Então, posso ser direta?

-Mesmo que isso me cause dor.

-Acredito que ame Ino o suficiente para permitir a sua felicidade. A protege dos mexericos porque quer que ela tenha esses encontros e seja feliz. E aposto como não expulsou Sai daqui, porque sabe que os dois são felizes juntos. – Olhei-o. – Quer que eu continue para poder me expulsar pela manhã?

-Eu lutaria contra meus próprios homens para mantê-la aqui.

-Então, pergunte a si mesmo porque permite tal coisa.

-Não sou arbitro da felicidade. Ser o duque não me concede o direito de determinar quem deve e quem não deve encontrá-la. – Ele disse. – A verdade é que, por mais estranho que pareça, quero que Ino seja feliz.

-É um homem de bom coração.

-Mas com muitos defeitos.

-Tais como?

-Falta-me bom senso talvez.

-Está dizendo que querer me beijar é falta de bom senso? – Droga! Eu tinha que parar de pensar em voz alta. Agora não adianta lamentar. Pois é, já falei mesmo.

-De maneira alguma. Essa é, sem dúvida, uma das minhas decisões mais certas.

Nos olhamos por muito tempo antes que ele abaixasse a cabeça. Nossas bocas se encontraram tímidas a princípio, porém logo o fogo se alastrou. Antes que eu pudesse pensar no erro que estava cometendo, ele mergulhou uma das mãos em meu cabelo enquanto a outra descia pelas minhas costas, puxando-me para mais perto.

Ele interrompeu o beijo, apenas por tempo suficiente para olhar-me. Seus olhos procurando algum arrependimento nos meus. Poderia lidar com a culpa depois, no momento, eu só queria que continuasse a me beijar.

Sua boca desceu sobre a minha novamente, e fez tantas pequenas coisas com seus lábios que precisei me segurar nele. Aquele homem tinha gosto de sexo. Brincava com a minha boca como se estivesse fazendo sexo.

No momento em que parou de me beijar, eu estava em chamas. Meus joelhos não estavam em condições de me sustentar, e quando pensei que fosse desabar, ele me agarrou pela cintura e me puxou de volta.

-Você é bonita demais, Sakura. Sua pele é tão suave e seu perfume é doce e inebriante. – Elogiou-me, mas ao invés de cobrir meus lábios com o seus novamente, tapou-me a boca com a mão. – Shh. Algo está errado. – Antes que eu soubesse o que estava acontecendo, ele me puxou para trás enquanto encarava a escuridão dos arbustos ao longo do jardim. – Quem está ai? – Exigiu.

-Sou eu, Naruto. – Respondeu uma voz além das lanternas. Quanto a mim, não sabia se corria, se me escondia ou se fingia ser um poste. Porém, o sujeito a minha frente não me deu nenhuma escolha, segurou-me com tanta força que eu não poderia me mover, mesmo que quisesse.

-Diga-me porque veio até aqui me procurar.

Quando espiei por trás de Sasuke, a expressão de Naruto passou de preocupada para maliciosa.

-Senhora baronesa! – Saudou-me.

-O-oi.

-Receio ser obrigado a ter uma conversa com o duque, senhora. Em particular.

-Pode falar qualquer coisa diante da baronesa, Naruto. Eu confio nela, assim como confio em você.

Ah, aquilo era muito gentil. Mas insensato. Eu mesma não tinha certeza se poderia confiar tanto nele após tão pouco tempo. Desvencilhei-me dele e me pus a seu lado.

-Estou certa de que o que Naruto tem a dizer não é da minha conta. Por favor, permita que eu os deixe à vontade.

Ele segurou minha mão.

-Seja o que for, sei que estará a salvo com você.

Naruto tinha curiosos olhos azuis e cabelos que pareciam nunca ter sido penteados desde que era criança. E quando ele olhou de um para o outro, tive a certeza de que ele sabia o que havia acontecido há poucos minutos entre nós.

-Vou retornar aos meus aposentos. – Decidi, mais uma vez tentando me desvencilhar.

-Por favor, fique. – Pediu ainda segurando minha mão. – O que queria me dizer, Naruto?

-Itachi está aqui.

-No meio da noite?

-É o que ele costuma fazer, como bem sabe.

-Itachi. – Repeti o nome abobada. Oh, sim. Porque aquele era mais um de meus sujeitos de pesquisa. Itachi Uchiha, o Conde de Harewood. Esse, que também era o irmão mais velho de Sasuke.

-Providenciou-lhe acomodações? Perguntou a Naruto.

-Não tinha certeza se era bem-vindo, então o deixei esperando-o no salão principal.

-Sabe que eu não posso manda-lo embora.

-Ele pede ajuda para o cavalo, que ele garante ter ficado coxo durante a viagem.

-Meu irmão adora um bom pretexto para uma visita desnecessária.

-Isso não está escrito nos livros. – Murmurei.

-O que disse? – Indagou o homem.

-Não quero ser intrometida, mas o senhor não parece feliz com a chegada de seu irmão.

-Prefiro não a expor a essa relação conflituosa e desgastante, milady. – Ele disse. – Devo ir recebe-lo agora. Naruto irá acompanha-la até os seus aposentos.

-Não é necessário. – Recusei. – Eu conheço o caminho.

Enquanto retornava para o meu quarto, pensei que aquela havia sido uma interrupção oportuna. Afinal não só havia ido contra meus princípios, como não pensei nas consequências que aquele pequeno deslize acarretaria. E se aquilo acabasse mudando a história? Eu não podia me envolver com ele, não só por ser um homem casado, mas porque eu não pertencia aquele tempo. Adentrei o quarto e após fechar a porta atrás de mim, olhei o fogo que crepitava na lareira. Eu precisava encontrar uma maneira de voltar ao meu próprio tempo o mais rápido possível.

-Perguntava-me quanto tempo você demoraria para voltar ao quarto. – Olhei rapidamente na direção da voz e avistei uma mulher parada próxima a penteadeira. Era a mulher do espelho. – Precisamos conversar, Sakura. – Ela pôs-se a caminhar em minha direção, caminhar não, parecia estar flutuando. Misericórdia! Tentei abrir a porta, mas não consegui. Virei-me novamente para a mulher que estava agora muito perto e seus olhos foram a última coisa que vi.  


Notas Finais


Até a próxima vez!


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