1. Spirit Fanfics >
  2. Dois Reis. >
  3. Uma noite confusa.

História Dois Reis. - Uma noite confusa.


Escrita por: Takkano

Capítulo 2 - Uma noite confusa.


Fanfic / Fanfiction Dois Reis. - Uma noite confusa.

Sentiu uma fisgada na cabeça, e uma forte dor em sua têmpora o impediu de abrir os olhos. Uma sensação incômoda, porém, deliciosa, confundia seu corpo.

Embora não tivesse experiência alguma, sabia que, de alguma forma, aquilo estava ligado ao sexo.

Abriu os olhos devagar, mas sua visão ainda permanecia turva e sua mente muito torpe para assimilar a realidade.

Estava deitado no chão, e havia uma enorme árvore sobre eles.

Sim, não estava sozinho. Passou uma das mãos sobre o braço do homem que o prendia ali.

A situação era desconfortante. Não pretendia que sua tão esperada primeira vez fosse com outro homem, e que provavelmente, nem conhecia. Já se pegou algumas vezes pensando em como seria dormir com Daryun. Daryun era muito belo e Arslan gostava muito da sua companhia, mas nem por isso jamais se atreveria a tentar algo com seu melhor cavaleiro e amigo.

É lógico que era um homem ali, com ele. Sentia-se empalado, sendo puxado com muita força em direção aos quadris do outro, que parecia querer se enterrar em seu corpo de tão fundo que ia.

Sentiu-se vibrar quando seu amante se abaixou capturando seus lábios, que foram oferecidos com vontade. O homem gemeu dentro da sua boca. Fosse quem fosse, parecia estar amando tê-lo daquela forma. Não resistiu e segurou a nuca do rapaz aprofundando ainda mais o beijo.

Embora aquilo tudo estivesse sendo realmente divino, o melhor sonho que já teve até agora, começou a ficar preocupado. Tudo parecia tão intenso, tão real.

Ainda sentia seu corpo febril, mas não era mais a mesma queimação desagradável de antes. Agora era bem mais leve, se concentrando em alguns pontos específicos; principalmente onde o outro rapaz o tocava.

Quando o homem soltou seus lábios a fim de sugar a pele de seu pescoço, Arslan conseguiu finalmente focar seu olhar sobre o rapaz. O rosto do outro permanecia oculto, escondido na curvatura de seu pescoço, mas conseguia ver a pele exposta do ombro dele.

Estava muito escuro ainda, por isso não conseguiu identificá-lo somente com essa visão. Com um pouco de receio – e muita vergonha pelo que iria fazer – passou a descer as mãos pelas laterais do corpo acima do seu, na tentativa de poder identificá-lo.

Era inútil. O homem, com certeza, tinha o corpo bem forte, a pele possuía algumas cicatrizes de batalhas; características óbvias para muitos homens, o que não ajudava muito.

Lembrou-se que estava com o ombro enfaixado, e apesar das fortes investidas que o rapaz dava, ele o tocava com extremo cuidado e carinho; até mesmo o tinha beijado. Isso só poderia significar uma coisa; seu amante sabia perfeitamente quem ele era.

— Da… Daryun? - resolveu arriscar. Passou tanto tempo tendo pensamentos errados com Daryun que talvez estivesse enlouquecendo de vez.

— Não…

Sentiu o rapaz suspirar frustrado e parar de lhe beijar o pescoço.

A voz. Com certeza não pertencia a Daryun. Tentou se concentrar no timbre. Com certeza reconhecia aquela voz… ela pertencia a…

— Jaswant… - sorriu aliviado voltando a relaxar o corpo. Na verdade ficou com medo de que pudesse ser algum desconhecido; teria sido bem pior.

— Como se sente Arslan-dono? - a voz de Jaswant soava quase tão tímida quanto a de Arslan.

— Ah… bem, como posso dizer… com muita vergonha? - o jovem príncipe agradeceu por estar tão escuro, impedindo que o outro visse seu rosto rubro.

— Oh, não! Não isso. Eu… me referia ao envenenamento. Já passou o efeito? - o moreno deu as mesmas graças que o garoto, pois corava tanto quanto ele.

Arslan o olhou com um misto de dúvida e alívio. Então havia sido envenenado? Isso seria até bom, porque assim teria uma explicação para o que eles estavam fazendo, não é?

— Agora me lembro de ter sentido algo muito estranho enquanto cavalgava, mas depois – Arslan levou uma das mãos até a cabeça – tudo sumiu de repente.

— Era uma droga muito forte. - a voz de Jaswant tinha uma pesada nota de desculpas – Eu realmente sinto muito, Arslan-dono! Não conhecia outra saída… me perdoe!

Jaswant se abaixou em direção ao corpo de Arslan em uma reverência, como se pedisse perdão, porém se esqueceu que ainda permanecia “unido” ao garoto e acabou se afundando ainda mais no corpo do futuro rei.

Arslan soltou um gemido um pouco exagerado, para um homem, e teve certeza que desta vez corou tanto, que nem mesmo a mais profunda escuridão poderia ocultar. Ainda por cima, acabou apertando a mão que havia “esquecido” na cintura de Jaswant – que por sinal estava “bem” abaixo da cintura – fazendo-o gemer também.

A luz da lua acabou sendo inconveniente naquela hora.

Ambos se encaravam e pareciam não desgostar tanto assim do momento.

— Meu corpo dói assim… - Arslan quebrou o silêncio constrangedor entre eles.

— Perdão Arslan-dono, vou sair agor…

Jaswant teve o corpo preso por uma das pernas de Arslan, o que o impediu de deixar seu corpo. O jovem sentiu o rosto arder mais que seu traseiro, de tanta vergonha, mas agora o estrago já estava feito.

— Você é… muito… pesado, deixa … euficarporcima agora. - pediu tão rápido para trocar de posição, que Jaswant levou um tempo até entender o pedido do garoto.

Girou rapidamente os corpos deixando o garoto sobre si; antes que ele desistisse.

Arslan se moveu meio que por instinto, não sabia fazer aquilo e tudo ficava ainda mais difícil com o olhar atento de Jaswant sobre ele. O moreno segurou sua cintura e começou a auxiliar seus movimentos, até que estivessem praticamente perfeitos.

— Que estranho… - o moreno surpreendeu Arslan que estava concentrado demais no que fazia.

— Desculpe, mas eu não tenho muita experiência nisso.

Jaswant corou novamente.

— Não, eu me referia ao envenenamento de novo… - achou fofo a forma como o futuro rei de Pars desviou o olhar com vergonha, por estar apenas pensando em sexo a todo momento. – É que o efeito já deveria ter passado… - fez uma pausa olhando para o lado – você já foi tantas vezes quanto é humanamente possível.

— Talvez não tenha passado todo o efeito.

— Me perdoe por desperdiçar assim a sua primeira vez. - Jaswant tocou de leve a face do príncipe.

— Como sabe que é minha primeira vez, eu só disse que não tinha muita experiência…

— Seu corpo é muito honesto! Deu trabalho entrar em você, embora você implorasse por mim, seu corpo me recusava.

— Não diga essas coisas… - Arslan afundou o rosto no pescoço de Jaswant, que suspirou excitado com a respiração do menor contra sua pele.

— Desculpe! Talvez eu apenas seja a pessoa errada.

— Ah? Por que diz isso? Por que somos homens?

— É, também… mas… deixa para lá. - Jaswant novamente inverteu as posições. – Vamos terminar com isso, logo teremos que voltar.

O moreno voltou a investir contra o albino com força. Ficava hipnotizado vendo Arslan corar e jogar a cabeça para trás em deleite. Sentiu-se no limite quando as mãos do menor subiram por seu peitoral acariciando-o com desejo.

Com uma última investida, preencheu Arslan fazendo-o gritar e se derramar mais uma vez desmaiando logo em seguida.

Jaswant cobriu o garoto com o manto e foi se lavar em um lago próximo dali. Vestiu sua calça e ficou ali mesmo observando o luar.

Acordou com o barulho de cavalos e uma enorme lança apontada para seu pescoço. Daryun e toda a guarda pessoal de Arslan estava ali; exceto Narsus.

— Onde está Vossa Alteza?

— Dormindo ali na orla da floresta. - Jaswant respondeu tentando transparecer uma calma que não sentia.

— Não, não está! Não tem ninguém lá só o seu cavalo e o dele. E como explica isso!

Daryun jogou a Jaswant a delicada blusa de seda que Arslan sempre costumava usar; manchada de sangue.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...