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História Dois Reis (Sterek) - Mary e sua pata da morte pt2


Escrita por: Another_Girl__7

Notas do Autor


Hey!! Voltei!!

Gente, eu desmarquei uma parte na história que eu vou explicar nas notas finais. É que quando eu tava criando o universo dessa história, digamos que eu estava inspirada e fui longe demais, e explicar isso na história fugiria do foco. Enfim...

Boa Leitura!! ^-^

Capítulo 14 - Mary e sua pata da morte pt2


     Stiles podia sentir o calor de Derek contra o seu, estar tão próximo do moreno era assustador e confortável ao mesmo tempo. O cheiro de jasmim era forte e inebriante. Até mesmo poderia se esquecer que nunca havia tido interesse por homens, ou que o Hale o mataria na primeira oportunidade e esquentar aquela noite.

A luz da lua se infiltrava pelo quarto, deixando os olhos verdes de Derek ainda mais brilhantes, assim como a pele pouco bronzeada. Stiles olhava para o chão, impedido por seu bom senso de encarar o outro, e perder o pouco controle que tinha.

Afinal, ele era Stiles Stilinski, e não deveria ser tomado por sensação tão calorosas com um simples aperto em sua cintura e o hálito fresco batendo contra seu pescoço.

— Você é insuportável! — o rei Stiles resmungou depois de perceber que ficara muito tempo calado, deixando o sorriso de Derek crescer ainda mais.

— Antes do nosso casamento você estava me pedindo pra te chupar, estou disposto a fazer agora! — sussurrou Derek, se lembrando do momento em que ele havia ficado envergonhado.

Stiles se perguntou quando foi que os papéis se inverteram, era ele quem deveria estar provocando Derek, e não ao contrário. Foi o suficiente para voltar a si.

Com um empurrão forte, Stiles se viu livre e podendo respirar sem sentir o cheiro de jasmim entorpecer seus sentidos. O encarou com raiva e constrangimento.

— Vai se foder, Hale! E fica longe de mim, ou acordará sem seu pau amanhã cedo! — ameaçou, apontando o dedo indicador.

Com um sorriso impertinente, Derek se deitou sobre o colchão de penas. Stiles precisava descansar, mas preferiu passar sua noite na biblioteca rodeado de livros e protegido dos avanços de Derek.



O pátio de treinamento não era nada mais que um espaço lamacento com soldados de madeira e alvos. Era deprimente ter que treinar ali, e o próprio Stiles evitava aquela parte do palácio.

Parrish já estava com Liam e Scott, ambos acorrentados e vendados. O McCall tinha correntes dos tornozelos ao pescoço, pois Stiles sabia do que o amigo era capaz. Em um dos camarotes, Lydia estava debruçada sobre a balaustrada, observando apreensiva tudo o que acontecia.

— Pode tirar as vendas! — Stiles disse calmamente, se aventurando naquela lama.

O rei carregava dois arcos, o primeiro era o arco dourado de Liam, com suas setas pretas. O segundo era comum, usado por arqueiros do palácio.

Não demorou muito para o segundo camarote ser preenchido, Derek se apresentou, após uma bela noite se sono, algo que foi negado a Stiles. Junto dele estava Malia, que se recusara a deixar o primo sozinho naquela manhã, depois de ver os soldados de Stiles cada vez mais próximos do Hale.

Sem as vendas, Scott franziu o cenho confuso. Imaginou que seria levado a praça de execução, e abalou seus planos de fuga. Seus olhos foram diretos ao arco de Liam, que Stiles analisava.

— Vai nos matar aqui? — Provocou Scott, seguido por um muxoxo.

Foi ignorado. Stiles estava encarando o alvo mais próximo, tratava-se de uma enorme tábua com o desenho de uma águia pintada. Os furos próximos aos olhos do animal indicavam qual era o ponto mais desejado.

— Traga Scott aqui — sua voz saiu como se fosse um pedido simples.

A verdade era que Stiles estava esbanjando frieza. Seus olhos não tinham brilho de uma fúria contida, nem seus gestos eram explosivos. Parecia que o tempo para ele era mais rápido, deixando seus gestos devagar, até mesmo para piscar os olhos.

Apontou no chão uma marca onde o prisioneiro teria que ficar. Quase em frente ao desenho do alvo.

Caminhou preguiçosamente até Liam, tirando as correntes que juntavam suas mãos. Entregou a ele o arco e uma flecha apenas.

— Libertarei os dois e assumirei meu erro se você acertar o olho da águia — avisou, apontando em direção ao desenho.

O problema era que Scott estava quase em frente o ponto, um erro e a flecha atravessaria a cabeça do McCall.

Todos ficaram confusos, Lydia apertava o tecido de seu vestido, sentindo seu coração ficando cada vez mais rápido. A ruiva queria descer e gritar com Stiles e Scott, dizer a eles que parassem com aquela briga estúpida e que ouvissem um ao outro para variar. Mas tinha muito o que perder caso o rei se voltasse contra ela.

Em algum momento, a Martins encarou Derek como se só ele pudesse impedir aquela atrocidade, o que a deixou ainda mais furiosa. Como se Derek tivesse mais influência sobre o Stilinski do que ela.

Até mesmo Parrish engoliu em seco, o comandante tinha certeza de que ele mesmo não acertaria. A precisão seria necessária, mãos firmes e um mira certeira.

— Por quê? — Liam perguntou, seus olhos já estavam vermelhos de raiva, e pronto para sair do controle.

Stiles se afastou alguns passos de Liam, pegando seu próprio arco. Posicionou a fecha e puxou a corda, seu alvo era Scott.

— Porque se você não atirar, eu vou.

Lydia pulou do camarote, se encharcando de lama, seu vestido ficou destruído. Estava prestes a socar Stiles quando Parrish a deteve.

— Stiles, para! — Gritava, temendo pela vida do amigo.

Um pensamento atormentou Derek, Liam estava próximo demais de Stiles e uma flecha ainda tinha uma ponta afiada. Apertou o concreto, seus dedos ficaram brancos pela força que aplicava.

— Por que não me mata logo? — Liam ralhou, olhando para o rei. — Eu tentei matar Derek naquela floresta, Scott não fez nada.

— Comovente — debochou, Stiles relaxou os braços. — Mas até ontem não sabia seu nome, você é irrelevante e sua morte também será. Essa redenção não é sua, é dele. — Apontou com a cabeça para Scott, que se mantinha no mesmo lugar. — Acerte o alvo e o salve.

O vento soprou forte, como se os deuses estivessem contra Liam. O mais novo ajeitou o arco, puxando a corda para trás, até sua bochecha. A raiva deixou seus olhos embaçados e os ventos poderiam desviar sua flecha até Scott.

Encarou Stiles, desejando poder mirar nele. Mas o rei continuava confiante, a certeza de nada acontecer a ele o mantinha com os olhos cravados em Scott.

O McCall não dizia nada. Sabia que Stiles tinha ido ao seu encontro no dia anterior porque já tinha preparado tal evento. E agora não tinha o direito de se opor.

— Eu não tenho o dia todo! — Stiles reclamou. — Vou contar até três e atirar.

Liam respirou fundo.

— Um — sua voz falhou.

Os braços de Stiles começaram a doer pela força que segurava a corda.

— Dois. — Stiles foi firme dessa vez, mordendo o interior de suas bochechas e pronto para soltar a corda.

Os dedos de Liam tremiam. A chance de acertar o alvo ia diminuindo a cada milésimo de segundo.

— Três!

A flecha cortou o ar com um zumbido. Estava tão rápida que a madeira se dobrou levemente, parecendo que era feita de borracha.

Scott não se mexeu. Viu a flecha indo em sua direção, seus reflexos diziam para ele se jogar no chão, mas se manteve firme, assistindo o tempo desacelerar. Apenas desejou poder ter se vingado pela sua mãe.

Então a seta negra acertou o alvo. Espetou a madeira, deformando o que era o desenho de um olho.

Lydia caiu de joelhos, aliviada. No camarote, Derek suspirou, sentindo um pouco de raiva do Stiles por ter se colocado em uma situação perigosa.

Enquanto o rei relaxava o braço, olhou para Liam. O loiro estava ofegante. Stiles não estava surpreso. Desde que foi atacado, percebeu que a pessoa que contratou um assassino experiente contratara Liam, e que o Dunbar deveria ser tão bom quanto.

— Eu estava certo, mais uma vez — tentou parecer calmo, apesar de estar agitado por ter quase atirado em Scott.

— O que? — Lydia gritou. — Você quase matou o Scott para provar que estava certo? Você ficou louco?

Com um salto, Derek esparramou lama por todo o lado. Batendo palmas, se aproximou de Stiles.

— Provou a inocência desse garoto e salvou seu amigo. Eu disse que te elogiaria quando merecesse, estou disposto a fazer a agora — o Hale sorriu.

A última parte fez Stiles se lembrar da noite anterior, que teve que se esquivar de Derek. Sua mente um tanto suja não o ajudou no momento.

— Como sabia que ele iria acertar? — Scott perguntou, inocente das investidas de Derek.

Stiles, voltando de seus devaneios, respirou fundo. Iria poupar a todos da constrangedora parte em que Mary teve que o salvar de um assassino.

— Ontem fui atacado, era um lutador das arenas da quinta cidade. Ele era bom, o que não fazia sentido. Por que alguém com dinheiro que contratou um bom lutador não contratou um bom arqueiro? Porque ele achou que tinha contratado. Mas Liam não queria matar nos matar de verdade. Foi mais um aviso. 

 Liam era mais que capaz de usar um arco e flecha, mas não seria capaz de matar Derek e Stiles, sabendo do problema que estaria lidando. Afinal, era só um rapaz pobre da quinta cidade que não teria meios de se defender daqueles próprios que queriam a morte do rei. 

— Como pode ter certeza? — Liam perguntou.

— Porque você não atirou em mim agora que teve a chance. Quem quer Derek e a mim mortos?

O mais novo olhou em volta, como se estivesse sendo vigiado. Não tinha ninguém além de grandes muros, camarotes vazios e lama.

— Deucalion, monge do Templo do Sol. Ele quem me pagou. Por favor me mate agora, se ele souber que entreguei, matará toda minha família! — Liam praticamente implorou.

Havia algo em sua voz que despertava a compaixão de Stiles, ou apenas fosse o olhar crítico de Scott. Com um aceno, sem olhar para o McCall, mandou que Parrish tirasse as correntes e deu alguns passos se afastando de todos tentando pensar.

Deucalion era o tipo de pessoa que não era bom amigo, mas era ainda pior como inimigo. Suas ordens foram acatadas por três gerações do trono, apenas por ser um sacerdote do Deus-Sol. E ter a morte de Liam em suas mãos não iria ajudar nada entre ele e Scott.

Parrish ainda intrigado, indagou:

— Por que aceitou esse trabalho?

Liam suspirou pesadamente, como se a resposta fosse óbvia.

— Você acha que eu tive escolha? Deucalion ameaçou minha família, deixando bem claro que se eu não aceitasse mataria a todos.

Ainda pensativo se virou. Seus olhos buscaram Derek quase que imediatamente. Se perguntou o que ele faria.

— Noites em claro estão me deixando louco! — murmurou a si mesmo, balançando a cabeça com veemência. Endireitou a coluna e encarou Liam, tomando sua decisão final. — Você morre hoje!



Uma coisa era certa, Arietes não conhecia meios de diversão que fosse além de bebedeira, sexo e violência. Nos pés do monte Escarlata, todos os cidadãos se encontravam, bêbados demais para lembrar seus próprios nomes, mas excitados com o evento que veria a seguir.

Havia sete exércitos, usando elmos diferentes e com core impossíveis de se confundir. Brandiam espadas e batiam com lanças em seus escudos, ecoava os gritos de guerra, enquanto a multidão explodiam em palmas e gritos de incentivos.

Dois tronos foram construídos, simples e de madeira, para que Stiles e Derek assistissem tudo no maior conforto. O torneio começariam após o rifar dos tambores. Não era algo que Stiles estava disposto a assistir, considerava apenas a perda de bons homens para entretenimento. Lembrar da Queda de Alcônis¹ o deixava ainda mais desconfortável.

Por outro lado, Peter estava extasiado, as apostas era impossível de conter, mesmo que proibidas. Todos acreditavam que o exército de Danny Mahealani seria o vencedor, afinal usavam de todos sujos de trapaças.

— Agora que sabe sobre Deucalion, isso não se torna uma batalha? — Derek sussurrou para Stiles.

— Para de falar tão perto da minha orelha, me dá agonia! E não, não é uma batalha porque eu supostamente não sei que ele tenta me matar! — Stiles respondeu de mal humor, se afastando.

Um bardo cantou uma música sobre o torneio, escarnecendo daqueles que um dia havia perdido o torneio, sendo maldoso até mesmo com Cillian.

— Vai conseguir não levar isso para o lado pessoal? — Derek tornou a se aproximar de Stiles.

Entre os setes exércitos, estava a Guarda Real, de Stiles, e a Guarda Dourada, de Deucalion.

Stiles não respondeu.

O som dos tambores sobrepôs a voz do bardo. Os guerreiros corriam montanha acima, prontos para se encontrarem no topo e começar a batalha.

Não demorou minutos para primeira cabeça rolar morro abaixo. O soldado havia sido decapitado com tanta facilidade que parecia ser encenação. Uma garotinha se aproximou, deixando todos pasmos quando pegou a cabeça ensanguentada com as mãos, levantando com um sorriso no rosto.

— Meu próximo decreto vai ser banir imediatamente esses torneios — Stiles estava horrorizado.

Derek se virou para ele, com um pequeno sorriso no rosto.



Isaac bocejou. Ele havia aproveitado as comemorações mais do que ninguém, o cheiro forte de vinho estava impregnado em suas roupas. Havia sido acordado em um beco ainda pela manhã, e agora parecia pronto para mais uma hora de sono em vez de uma missão importante.

Para Scott aquilo era o pior do castigo, o mau humor causado por uma quase morte logo pela manhã o deixava ainda mais irritado com Isaac. O Lahey por outro lado estava tão despreocupado quanto sonolento, e tudo o que interessava a ele era terminar logo aquela tarefa e caçar algum lugar onde pudesse descansar.

O cavalo que os acompanhava carregava um corpo na esteira, um homem que havia morrido com as tropas de Valeri. Seu rosto estava deformado, mas seus cabelos lembrava os de Liam, como na altura. O arco dourado foi jogado ao lado, junto com as inconfundíveis flechas escuras.

— Por que Stiles não o matou logo? Nos pouparia tanto trabalho! — Isaac resmungou.

— Você se esforça para ser desagradável ou é um dom? — Scott perguntou, se segurando para não avançar no loiro.

Estava aliviado por Liam estar vivo, e Stiles ainda considerar a amizade que tinham. Mas estava claro que o rei não queria o McCall por perto, pois assim que deixasse o corpo do impostor na floresta, onde fora atacado, deveria deixar a capital.

— Sou desagradável com quem não gosto! Se te tratei bem em Lupus foi apenas pela situação delicada e por Allison.

— Talvez eu deixe seu corpo aqui!

Isaac sorriu, inclinando a cabeça para Scott.

— Sou muito mais bonito e mais alto do que aquele pirralho, não vai enganar ninguém.



O fim do torneio chegou. Stiles já estava enjoado de ver tanto corpo esparramado por todo lado. Seu exército estava dizimado, sendo pisoteado pelos sobreviventes da Guarda Dourada. A cena era grotesca e sem sentido.

Olhou de solsaio para Deucalion, vendo que o mais velho estava satisfeito com o resultado.

— Isso não é bom para um casamento! — Derek sussurrou, temendo que as pessoas ouvissem e sua cabeça também fosse cortada fora.

Stiles concordava, mas era uma tradição Alconiana que ninguém queria abandonar, de alguma forma ver todas as mortes faziam que se sentiam mais vivos que nunca.

— Prefere bailes abafados e com cheiro de urina?

— Sem dúvidas!

O rei de Arietes riu, chamando a atenção dos súditos que pela primeira vez pararam para observar os dois reis como um casal. Burburinhos começaram a surgir, desde as moças dizendo que ambos eram lindos, até os mais velhos ainda surpresos por um casamento tão incomum.

Lydia, para surpresa de ninguém, havia sumido durante o torneio. Por algum motivo, Stiles já não esperava encontrar ela entre a multidão, nem mesmo sentia sua falta.

— Um homem santo está tentando nos matar, e parece poder fazer isso...

— Mas não vai. Vou me preparar para que tudo ocorra bem. E agora, temos que retornar ao palácio.

Após saudações e agradecimentos, Derek e Stiles foram seguidos por um cortejo até a carruagem real. As comemorações chegaram ao fim, e todos voltariam com suas vidas e obrigações.

Não demorou muito para que se vissem dentro da segurança do palácio, onde os muros eram altos e besteiros bem treinados preparados para atirar em qualquer movimento suspeito.

Stiles estava fadigado, não podia se dar ao luxo de brigar pela cama com Derek novamente, então apenas se trocou e deitou-se, dormindo logo em seguida.

Numa sala mais afastada e reservada, Peter analisava um cálice de vinho, o cheiro do gengibre era agradável. Derek já se encontrava impaciente andando de um lado para o outro.

— Você está me irritando! — Um lampejo de irritação envolveu a voz, que costumava sempre soar calma, de Peter.

Por alguns segundos Derek se conteve, observando o tio com fúria.

— Você acha que me importo com isso? — Questionou, levantando uma sobrancelha. — Você viu aquela cena hoje, as mortes eram brutais, nossos homens não estão preparados para isso. E eu odeio ter que admitir isso.

Calmamente, Peter chacoalhou o copo, se divertindo vendo o líquido girar sem derramar.

— Então siga com o plano. Ache os pontos fracos de Stiles e quando essa briga interna acabar, abuse deles.

Aquela era parte que irritava Derek. Ele poderia ser tudo, um bárbaro, um rei, um guerreiro, mas não conseguia ser um traidor. Esfaquear alguém pelas costas era repulsivo.

Não tinha a mesma natureza de Peter, não conseguia chegar a ser tão frio.

— Não está voltando atrás, está? — Peter perguntou ao perceber certa hesitação no sobrinho.

— Eu vou continuar, apenas porque está sendo divertido. Mas quando Deucalion sair da jogada eu vou fazer as coisas do meu jeito.

— Derek, você não...

— Não esqueça que sou seu rei, antes de ser sobrinho. Eu não peço sua permissão — Derek o interrompeu saindo do quarto.

Talvez teria sido mais fácil seguir o plano de Peter se os pontos fracos de Stiles não fossem tão inocentes, de certa forma. Enquanto voltava para o quarto, apenas se certificou que Malia estava bem acomodada.

O cômodo não estava nada iluminado, nenhuma vela sequer fora acessa. Teve que tomar cuidado para não tropeçar em nenhum móvel, e se jogou na cama assim que a encontrou.

Ouviu Stiles se mexer ao seu lado, o que o deixou surpreso. Se virou para encarar o mais novo. Seus olhos se acostumando com a escuridão teve o vislumbre de um Stiles dormindo tranquilamente. Derek simplesmente fechou os olhos e dormiu.



Danny Mahealani acordou com Ethan ao seu lado. O observou por alguns instantes, antes de se levantar e vestir suas roupas. Olhou uma última vez antes de fechar a porta de seu quarto, e indo para o balcão da estalagem onde ficaram.

Reconheceu rapidamente a garota sentada sobre o balcão, com as pernas cruzadas e um olhar doce. A morena sorriu para ele, com simpatia.

— O que Stiles quer? — Perguntou evitando conversas paralelas.

Kira saltou do balcão. Apesar de suas roupas masculinas, não carregava nenhuma arma consigo, provando que estava ali apenas para um recado.

— Ele quer que Ethan transmita uma mensagem para Deucalion.

— Como ele sabe que Ethan trabalha pro Deucalion? Eu não reportei isso a ele, ainda.

A menor deu de ombros, fingindo não saber de nada.

— Estou apenas transmitido a mensagem. Há dois corpos na floresta que rodea o Memorial de Sedna. São homens dele. E, Stiles também quer se assegurar de sua lealdade.

Danny suspirou.

— Seria burro se fosse desleal ao meu rei, não acha? Diga a ele que voltarei em breve para minha cidade, com a lista de todos os envolvidos com Deucalion — Danny olhou a porta do quarto onde estava, engolindo em seco. — Tenho que cuidar de uma coisa antes.



Quando Stiles acordou, por sorte, Derek não estava lá. O Stilinski agradeceu, pois algo mais abaixo estava mais animado do que deveria. A culpa foi de um sonho nada decente que tivera, e ficou feliz em não lembrar quem era o protagonista.

Correu para a sala de banho. Se lavou em água fria e colocou sua roupa mais simples. Planejava ir até a quinta cidade para saber tudo o que precisa sobre Deucalion, algo que nenhum nobre diria sobre uma autoridade religiosa.

Antes que pudesse sair da sala de banho, um empregado entrou as pressas. Parecia ter visto um fantasma, e estava com uma carta em suas mãos. Stiles a pegou, dispensando o pobre homem antes que ele desmaiasse em sua frente.

A carta vinha das Câmaras dos Loucos, onde seu pai exigia sua presença. 


Notas Finais


¹ A Queda de Alcônis: então, eu acho que já disse aqui que Arietes Collis eram dois reinos, Alcônis e Venis. E eram inimigos.

Alcônis começou uma guerra contra Venis, na esperança de tomar o rio Desstra e forçar o outro reino a se render a eles, para poder usar a água do rio. A primeira batalha Alcônis saiu vencedora, e Cillian, sendo um rei muito orgulhoso e soberbo, planejou um torneio como o do capítulo para comemorar. Só que em proporções maiores, tipo, ali tinha sete exércitos de vinte homens, nesse torneio de Cillian era mais de quinhentos.

Então Venis esperou que o troneio terminasse e atacou na mesma noite. Alcônis enfraquecida foi derrotada.

Bom, foi isso. Espero que tenham gostado!! Até ao próximo.


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