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História Dois Reis (Sterek) - Não sinta saudade


Escrita por: Another_Girl__7

Notas do Autor


Olá!! Voltei!!

Gente os capítulos podem ficar um pouco menores esses dias, mas prometo não deixar a história parada.

Boa Leitura!! ^-^

Capítulo 20 - Não sinta saudade


  Hanna sorriu, mostrando que faltava dois dentes. Os grandes olhos castanhos brilhavam enquanto encarava sua mãe. Se orgulhava de ter a mesma cor de cabelo, mesmo que as crianças da aldeia próxima falassem que era uma cor amaldiçoada. Era nova, mas sabia que sua mãe erse a alguém importante para o reino, sua avó dizia várias vezes.

— Mamãe, você vai ficar o dia todo, né? — Perguntou pulando da cadeira para o chão.

Lydia mordeu os lábios sem saber o que dizer. Odiava ter que quebrar aquele sorriso toda vez que falava que iria embora. Hanna tentava esconder suas emoções, mas Lydia sabia o quão decepcionada a filha ficava. E aquilo doía.

Sentiu os olhos arderem enquanto abraçou Hanna, o corpo pequeno e frágil a lembrou que era para a segurança de sua filha, e desejava com todas as forças que Hanna não a perdoasse no futuro.

Parrish percebeu o que estava acontecendo e se aproximou

— Ei, sabe que sempre vamos voltar, não sabe? — Apertou a bochecha fofa da menina.

Hanna concordou com a cabeça, mas não sorria mais.

— Então vamos aproveitar agora que estamos juntos, sim?

A garotinha sorriu, abraçando o pai.



Stiles caminhou até a sala do relógio. Era um dos piores lugares do castelo, mas entendia por que Derek preferiu passar suas noites ali, não havia ninguém ao redor, os empregados espalharam histórias suficientes para afastar qualquer um dali. Isolado e com uma história terrível, era o tipo de lugar que Derek escolheria para se esconder.

Quando chegou até a porta de madeira escura, encostou a palma da mão contra ela, pronto para abrir. Mas alguma coisa o deteve. Não seria esse o momento ideal para se afastar, com a desculpa de um ego ferido? Sentiu os dedos trêmulos, quando perguntou sobre Derek não estava pensando direito, apenas era natural que ele fosse atrás do Hale.

Se ele abrisse aquela porta, seria como aceitar todos os sentimentos confusos que faziam seu coração acelerar e se sentir confortável ao mesmo tempo. Respirou fundo, encarando a porta que agora estava de tornando uma metáfora em sua mente.

Se lembrou de ter ouvido Derek chamando seu nome antes ficar completamente inconsciente. Sem hesitar, empurrou a porta pesada.

Dentro da sala não estava tão escuro. A claridade entrava pelas cortinas abertas e o relógio parecia menos barulhento. Não se lembrava daquela parte do castelo daquela forma. Olhou para a poltrona próximo a lareira. Derek estava adormecido, parecia tão calmo e relaxado que já não parecia tão assustador.

Se aproximou em passos cautelosos, mas esbarrou em uma mesinha e quase derrubou um vaso de prata. Felizmente Derek não acordou com o barulho, nem mesmo se mexeu. Stiles conseguiu respirar ao ver que o barulho não o acordou, continuou a se aproximar.

Se curvou em direção o rosto dele. Se viu atraído pelo rosto bonito, nunca escondeu o quanto achava o Hale bonito. Nem notou quando foi ficando cada vez mais perto. Seus olhos desceram até a boca dele, para o pescoço e um pouco do peitoral amostra pela camisa aberta.

Seu rosto corou, mesmo que não tivesse escrúpulos nenhum ficava tímido diante a beleza de Derek. O peito livre de pelos não era tão comum em Arietes, nem esculpidos tão divinamente.

Quando ergueu o olhar novamente, depois de perceber que estava quase babando, encontrou um par de olhos ocre o encarando. O susto derrubou Stiles para trás, agora não era só as bochechas avermelhadas.

— A quanto tempo está me encarando desse jeito? — Derek se levantou, arrumando a blusa e cobrindo seu torso.

— Alguns minutos... — saiu tão espontâneo e verdadeiro que Derek teve que segurar o riso.

O Hale encarou Stiles, a imagem de suas costas marcadas vieram em sua cabeça, não condizia com o homem de língua afiada e postura inabalável. E agora o rapaz vermelho depois de ser pego no flagra. Desviou o olhar quando Stiles se levantou, ficando extremamente perto.

— Por que veio aqui? — Perguntou ainda evitando encarar Stiles.

O Stilinski se recompôs. Aceitar que estava sentindo algo por Derek não era o mesmo que demonstrá-los tão descaradamente. Como se o observar de forma tão obsessiva e inadequada não fosse descarado.

— Adiantei os planos do baile, para que você não fique preso por muito tempo aqui em Arietes.

— Deve estar ansioso por isso.

— Não! — Stiles confessou. Sustentou o olhar de Derek sem corar ou querer correr dali. — Não é esse o caso. Preferia que ficasse aqui até sabermos a motivação do Deucalion, mas sei que não é possível.

A resposta pegou Derek de surpresa. Esperava que Stiles recuasse, contudo manteve a postura e pareceu sincero. E Stiles estava sendo sincero.

— Isaac está voltando, após o baile vocês podem partir para Lupus, eu mesmo vou organizar uma escolta de elite e garantir sua segurança.

— Por que eles estão voltando? — Derek perguntou desconfiado.

— Provavelmente tenham encontrado alguns cartazes e agora os guardas já sabem o que procurar. Não precisam ficar lá. De qualquer forma, não quero mais ser bonzinho e ficar recuando.

O rosto de Derek enrijeceu. Ao olhar Stiles teve um sentimento que intalou em sua garganta. Stiles se virou e saiu da sala, deixando um Derek confuso para trás.

Aceitar que gostava de Derek era assumir riscos. Iria aniquilar Deucalion para ficar livre para discernir o que sentia por Derek, e deixar o sentimento crescer. Não poderia dar uma de apaixonado com Deucalion enchendo seu saco.

Voltou para seu quarto, onde começou a revisar alguns documentos dos três conselheiros. Eles deveriam estar do lado de Deucalion, e provavelmente se tornariam cada dia piores, além disso era uma vingança pelo o que aconteceu ao seu pai. Stiles estava pronto para jogar sujo, e não esperaria por exército nenhum.



Quatro dias sem comer nada foi insuportável. A sede era a pior coisa, sentia necessidade de tomar um pingo de água que seja. Kali estava sentindo a garganta arranhar, o estimado revirava e a dor da fome foi transformada em fadiga, loucura, desespero.

Ethan sentia a culpa pesando cada vez que Jackson aparecia com um prato de comida, deixando a garota assistir enquanto comia. Tinha que dar um fim aquilo.

Quando ouviu os passos de Jackson, Ethan se levantou. Agarrou as grades com fúria, tinha que admitir a vitória do outro.

— Hoje você está animado, sabia que eu iria trazer carne? Quem foi que contou? Eu disse que era surpresa! — Gritou para os guardas.

— Eu vou falar. Se você alimentar Kali, dê água e comida. — Ethan disse com firmeza, deixando Jackson nada surpreso.

O loiro fez um sinal para que guardas fossem até a garota. Abriram a cela e colocaram o prato de comida e uma caneca de água. A morena avançou na água, sentindo o estômago revirar enquanto tomava, mas ao mesmo tempo parecia aliviada.

Jackson se voltou para Ethan. Apontou para ele, com uma sobrancelha levantada.

— Vai dizer o que tem a dizer para Stiles. E não pense em mentir, matar de fome não é a única maneira cruel que existe. Posso fazer qualquer coisa com ela se mentir — ameaçou. Ordenou que abrissem a cela de Ethan e o escoltou para fora dela.

Antes que fossem embora, Jackson parou, apontando para a garota, se virou para Ethan.

— Sabe porque eu não escolhi ela? — Perguntou.

Ethan, cansado dos joguinhos, apenas negou com a cabeça, se controlando para não voar no pescoço de Jackson e quebrar ali mesmo.

— Porque ela não contaria, deixaria você morrer de fome.



Stiles estava usando a coroa. Embora fosse uma audiência privada, queria mostrar que ainda era o rei e que nenhuma ameaça tiraria sua coroa tão facilmente. Derek estava presente, ficou um pouco desconcertado a ficar no trono da rainha no camarote principal, era estranho ver tudo de lá de cima, quando ele era quem ficava no trono real.

Jackson estava presente, apenas para manter Ethan controlado. Stiles desejou que Lydia estivesse ali, mas ela não foi encontrada no castelo.

— E então? — Perguntou, um pouco impaciente pois estava realmente ocupado naquele dia.

Houve um minuto de hesitação. Ethan tinha um motivo para manter segredo, ele sabia o que acontecia com línguas soltas. Deucalion não era misericordioso com os traidores, e ele saberia que Ethan revelou seu plano.

Encarou Stiles.

— Ele inicialmente queria matar Derek, colocar a culpa em você e de matar durante a guerra que aconteceria. Isso não aconteceu, então ele ficou com raiva e quis matar você.

— Eu já percebi que ele queria me matar e matar meu marido também, mas quero saber o porquê! — Stiles perguntou, já sentindo a última gota de paciência se esvair. Não queria ouvir o óbvio.

— Ele é um devoto dos antigos deuses. Ele quer voltar a louvar esses deuses, e quer que todos se curvem diante deles.

— Um monge do templo do sol, devoto aos deuses alconianos? Meio difícil de acreditar.

A feição de Ethan não mudou. Ele estava seguro do que disse e não iria voltar atrás.

— Ele carrega uma estatueta como pingente, se não acredita.

— E ele quer me matar por isso?

— Se morrer agora, não haverá herdeiros. Um dos conselheiros se tornará rei, e ele controla os dois como brinquedos.

— Os dois?

— O único conselheiro que ele não conseguiu controlar é Deaton, quando tentou Alan o fez tomar um veneno que o cegou. Quando você morrer, ele vai fazer as piores coisas com Deaton e qualquer um que foi contra ele.

A última parte fez Stiles se levantar. Se aproximou de Ethan, Jackson ficou tenso, com medo do prisioneiro tentar ferir Stiles e ele sair como o culpado. No camarote, Derek se inclinou para frente, observando cada ação do rei.

— Então acho que isso te coloca na lista dele, não é? Pode se esconder em Lupus se fizer uma última coisa.

— O que?

— Quero que roube todos os ídolos dele, e traga até mim.

Ethan recuou.

— Ele vai ficar furioso. — Sussurrou, um pouco assustado ao imaginar o que Deucalion faria.

O sorriso de Stiles cresceu.

— Eu já estou furioso. Ele colocou Derek na mira de uma flecha, uma corda no meu pescoço e é uma ameaça para todos os cidadãos. E acredite, posso ser bem pior que Deucalion, e os deuses não terão nada a ver com o que farei.



A audiência terminou. Ethan deu nomes e descreveu cada esquema de roubo. No final, teria que cumprir sua tarefa final. Stiles tinha confiança que ele não iria entregar Stiles a Deucalion, seria como assinar sua sentença de morte caso o fizesse. Deucalion o mataria da pior forma possível.

Enquanto se trocava, pois a noite estava começando a dar as caras e tinha planos a cumprir, ouviu a porta sendo aberta. Derek entrou no quarto, se jogando na cama. Suas costas doíam por dormir de mal jeito na poltrona.

Seus olhos cansados analisou Stiles. A roupa que ele usava não era parecida com a de um camponês, era escura e justa, algumas partes feita de couro. A bota que usava tinha duas facas de arremesso embutidas.

— Onde vai? — perguntou, se levantando. Não precisava ser um vidente para saber que Stiles estava prestes a fazer merda.

O mais novo ajeitou a espada fina em sua bainha.

— Atacar o círculo de Deucalion.

— Não vai. Stiles, tem um grupo de assassinos esperando a oportunidade de te matar.

Stiles encarou Derek.

— Ethan contou onde ele contratou esses assassinos. Sei que posso matar eles quando estão bebendo e apostando por aí. Melhor do que sermos caçados.

A pouca luz que tinha no quarto deixou os olhos de Stiles escuros, e enquanto encarava Derek, o Hale sentiu uma agitação. Seus olhos estavam perigosos e muito mais atraentes.

Quando se aproximou, Stiles não recuou. Aquela confiança fez Derek querer se divertir. Uma parte racional dizia que ele nem deveria estar naquele quarto, enquanto a outra apenas queria sentir os lábios de Stiles novamente. Quando mais tentava se afastar mais difícil era.

— Você vai se machucar — disse baixinho, a voz rouca contra o ouvido de Stiles.

— Você poderia confiar um pouco mais em mim.

Embora sua voz falhasse um pouco, sustentou o olhar de Derek, lutando para não descer até os lábios.

— Só não quero que se machuque...

Stiles ficou se perguntando se Derek estava apenas o provocando ou se aquela declaração era sincera. Apertou os lábios, sem saber como reagir aquilo. Embora não pudesse dizer que não gostou de ouvir aquela frase.

Pela primeira vez alguém parecia mais preocupado com ele do as consequências de seus atos.

Jogando pra longe todos os pensamentos importunos, Derek se aproximou um pouco mais. Mais tarde teria a desculpa pra si mesmo que fez apenas para provocar Stiles, e não porque queria mais que tudo naquele momento.

Foi surpreendido quando Stiles acabou com a distância entre eles. Sentiu as mãos firmes de Stiles o puxar para mais perto, enquanto juntava suas bocas em um ritmo nada inocente. Sorriu quando sentiu os dedos de Stiles puxar seus cabelos, estava adorando aquele atrevimento.

O baque da espada caindo no chão fez Derek se afastar. Stiles o empurrou contra a cama, montando em cima de Derek. Se inclinou e voltou a beijá-lo. Sentiu o Hale apertar sua cintura com uma mão enquanto a outra estava em sua nuca, deixando ele cada vez mais próximo. Esparramou suas mãos por debaixo do tecido que cobria o abdômen de Derek, arranhando até a virilha.

Derek arfou com a dor prazerosa, sentindo seu pau endurecer. Stiles notou a ereção e se afastou, se levantando e arrumando sua roupa.

— Eu tenho que ir. Não sinta saudade.



Notas Finais


Bom gente, foi isso. Espero que tenham gostado. Até ao próximo


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