1. Spirit Fanfics >
  2. Dois Reis (Sterek) >
  3. Pássaro da Morte.

História Dois Reis (Sterek) - Pássaro da Morte.


Escrita por: Another_Girl__7

Notas do Autor


Olha quem votou mais cedo.

Esse capítulo fora de dia é a forma como achei de agradecer cada leitor. Obrigada por todos os favoritos, comentários e visualizações. Eu fico muito feliz em saber que vocês estão gostando, e amo interagir com vocês. Não poderia pedir por leitores melhores.

Muito obrigada mesmo!! ♥️♥️♥️💖💖

Boa Leitura!!

Capítulo 26 - Pássaro da Morte.


     Após a visita a Christoffer, Stiles se arrumou para o cortejo. Preferiu não deixar Hanna acompanhar, a garota acabou caindo no sono quando o dia estava amanhecendo, e ela já havia visto muita coisa ruim. Esperou estar fazendo a coisa certa, enquanto esperava pelo exército que servia a família Martins se reunir.

O cortejo foi grande, mas Stiles não passo pela cidade, como seria o costume. Ele achou que ela merecia um descanso do povo depois de morta. Apenas aqueles que a serviram em vida foram convidados, e Norman, apesar de ser tão culpado quanto aquele que a matou, foi impedido de assistir o cortejo, mesmo que ele fosse abençoado pelo Deus-Sol.

O último a se juntar ao cortejo foi Deaton. O conselheiro pareceu realmente abalado com a partida de Lydia e Parrish, e fez várias rezas durante a noite para que seus corpos fossem levados a Requien Agris. Seus olhos estavam inchados pela falta de descanso, mas ele não se importava, iria rezar até que os três dias se cumprissem.

— Eu sinto muito... — Melissa abraçou Stiles, indo contra todas as regras que uma pessoa comum não deveria tocar o rei em público.

Ele retribuiu o abraço, sentindo um pouco do calor materno que lhe fez falta em horas como aquela. A mulher se manteve ao seu lado todo o caminho, enquanto seguiam em silêncio. Stiles evitava olhar para Lydia, sentia que seria a gota d'água.

Seu vestido foi costurado, reparando todos os cortes. Seu corpo foi ornado com prata e sua espada foi colocado ao lado de seu corpo, como uma verdadeira senhora de guerra. Parrish estava vestido com sua armadura, sua espada ao lado. Os dois tinham as marcas da trindade pintada em seu rosto em tinta dourada.

Ao chegarem no Memorial de Sedna, Deaton deu início ao ritual da inscrição dos nomes. No lugar mais alto, para que os deuses não se esquecessem.

A cerimônia foi um pouco demorada, pois os soldados que morreram também foram apresentados, junto com suas famílias. Stiles viu um menino pequeno chorando, pedindo para que o pai levantasse ou ele acabaria no rio, e aquilo o deixou ainda mais enfurecido.

A mão de Melissa descansou em seu ombro, acolhedora. Stiles olhou para Scott de solsaio, o moreno parecia estar aguentando bem, embora os nós de seus dedos estivessem machucados.



Duas semanas se passaram. Stiles manteve a mão firme em relação ao assassinato da família de Christoffer, dizendo que não se arrependeria e foi justiça. Um homem que simplesmente acaba com a família alheia deve estar sujeito a sofrer do mesmo mal. Mas apenas por diversão manteve Christoffer vivo, na cela da prisão.

Os seus machucados estavam apodrecendo por falta de cuidados, o que causava uma dor insuportável e um mau cheiro terrível. Stiles as vezes descia até às masmorras apenas para assitir ele sofrer, seja com um dente arrancado a força ou lascas de madeiras sob a unha. Tudo o que causa uma dor imensa e nenhum risco de morte. Apenas as infecções, que acabaria matando ele cedo ou mais tarde.

Seu real problema era Hanna. A garota tinha puxado toda a personalidade da mãe e nenhum bom senso do pai. Ela teimava em querer ir embora, corria pelos corredores de noite, gritando para que ninguém fosse capaz de descansar, e evitava se alimentar.

— Ela precisa de ar, comer bem, brincar. Ela é uma criança, Stiles! — Melissa o repreendia sempre que visitava o palácio.

Stiles somente suspirava. Não sabia mais o que fazer. E quando a serva bateu na porta de seu quarto com uma bandeja de comida intocada, ele revirou os olhos e saiu, pensando numa única solução.

Desceu até a cozinha, onde nunca havia estado antes. Ao ver o rei, todos os empregados arregalaram os olhos e se curvaram, tinham medo de Stiles estar ali para pegar um pobre coitado para condenar.

O Stilinski percorreu os olhos pelo cômodo. Encontrou a pequena garota com a cabeça baixa, uma mulher ao seu lado apertava sua mão, trêmula.

— Você! — Apontou para a garota.

A mãe da pequena serva se jogou aos chãos de joelhos, batendo com as mãos em sua testa pedindo misericórdia.

— Eu vou devolver o dinheiro! — A mulher dizia, assustando tanto a garota quanto Stiles.

Pensou em dizer que era um presente, contudo não queria que os outros empregados começassem a cobrar por seus presentes apenas por ele ter dado a garota. Stiles se aproximou devagar, um pouco desconcertado.

— Eu só preciso que ela me faça um favor — disse calmo, tocando o ombro da mulher, que sem entender nada levantou o rosto banhado em lágrimas. — Venha.

Estendeu a mão para garotinha. A menina aceitou, não estava mais assustada quanto antes e até mesmo esboçou um sorriso. Stiles procurou por algo em cima da mesa, e encontrou a bandeja com a refeição que ele havia solicitado mais cedo.

— É o meu prato? — Perguntou a um homem que parecia ser o cozinheiro.

— Eu já ia mandar para o senhor, majestade! — Disse tremendo mais que vara verde.

Stiles apenas pegou seu prato, e mais uma bandeja montada que encontrou sobre a mesa. Os empregados pareciam perdidos, deixar o rei carregar bandejas parecia inapropriado demais para deixar acontecer. Stiles saiu da cozinha antes que alguém o impedisse de andar também.

Quando chegaram a um corredor, ele se virou para a pequena.

— Qual o seu nome? — Perguntou, um pouco envergonhado por não saber.

— Darya! — A garotinha sorriu animada.

Chegaram ao quarto de Hanna. Stiles bateu na porta e entrou. Teve que respirar fundo e se lembrar de todos os ensinamentos da trindade, assim como que aquela criança era filha de Lydia.

O quarto estava completamente destruído. Cortinas rasgadas, a cama havia sido quebrada, os vestidos rasgados no chão, os móveis revirados e uma grande quantidade de tintas na parede. Hanna estava sentada no meio de tudo aquilo, com um sobrancelha erguida encarando Stiles.

— Você destruiu seu quarto... de novo! — Suspirou, colocando a bandeja de comida na mesa que era pesada demais para ela virar. — Olha, você lembrou de rasgar as cortinas dessa vez.

Não era primeira vez que ela fazia algo do tipo. Dessa vez ela pareceu mais ousada e caprichou na sua revolta.

— Eu quero ir pra minha casa! — Hana gritou.

Ela se sente abandonada, os pais escolheram tudo antes dela e a deixaram, ela vai se revoltar, tente se aproximar dela! — Stiles se lembrou das palavra de Melissa.

Com paciência, colocou a cadeira jogada em pé e se sentou.

— Venha, vamos jantar — Chamou.

— Eu não quero jantar, quero ir pra casa! Eu já disso, quero minha casa!

— Eu entendo que queira ir pra casa, mas não posso te levar lá. Não hoje. Trouxe alguém para você conhecer. — Chamou por Darya.

A pequena serva pareceu um pouco tímida, entrou no quarto sem saber se deveria estar ali. Hanna a olhou com curiosidade, apesar de seus sentimentos estarem fervilhando em uma caldeira de confusão, conhecer alguém da sua idade a fez se acalmar um pouco.

Darya acenou timidamente. Hanna olhou para Stiles.

— Qual o nome dela? — Perguntou, se vencendo pela curiosidade. Stiles sorriu.

— Pergunte a ela. Talvez ela queira jantar com a gente.

Passou alguns minutos e Hanna já estava servindo um pouco de suas frutas a Darya, enquanto elas conversavam sobre as brincadeiras que mais gostavam.

Stiles ficou contente com o pequeno avanço, pelo menos Hanna estava comendo bem e estava se distraindo com sua nova amizade.


Rei de Arietes Collis, Mieczyslaw Stilinski II,

Nada mudou desde a última carta, infelizmente não posso me ausentar de Lupus durante um tempo, mas espero que esteja conseguindo lidar com a saudade. Isaac está indo para Arietes para qualquer ajuda que ele possa oferecer.

Sinto muito não estar do seu lado, os deuses sabem o quanto eu gostaria de voltar para Arietes. Assim que as coisas acalmarem entre Lupus e Assie, retornarei.

Por que não ensina Hanna a montar, lutar ou arco e flecha? Isso a manterá saudável, distraída e ficará mais apegada ao palácio.

De Derek Hale, rei de Lupus.

Stiles sorriu com a carta, era breve e nada sentimental, digna de uma carta do Hale. Estava contente por ele sempre escrever, e preocupado. Desde a renuncia ao noivado com a filha da família Blake, o reino de Assie se sentiu ofendido, e começou a ameaçar o território de Lupus.

Sabia que Derek lidaria com aquela questão rapidamente, mas não podia negar a falta que sentia do Hale. Desde sua partida, o manteve informado sobre o tudo o que acontecia. E consequentemente contou sobre Hanna. Derek ficou curioso em a conhecer, levantando em consideração o jeito de Lydia.

Não parou nem mesmo para escrever a resposta. Saiu de seu quarto e bateu no quarto ao lado, onde Hanna ficava.

A menina abriu a porta. Dessa vez o quarto não estava destruído, mas Hanna continuava pálida e com aspecto doente.

— Quero te apresentar alguém! — Se animou.

Antes que saíssem do castelo, Hanna insistiu em levar Darya, dizendo que não iria abandonar a amiga em um lugar chato enquanto ela saía para se divertir. Stiles teve que aceitar e pediu a Kira que os acompanhasse.

Seguiram até aos estábulos. Hanna já estava animada para conhecer os cavalos.

— Hanna, Mary. Mary, Hanna! — Stiles tirou a égua de uma das cabines, estava majestosa com seus pelos recém escovados e um pouco mais gorda.

Os olhos das duas garotas brilharam.

— Darya, Mary. Mary, Darya! — Apresentou, corrigindo seu erro de excluir Darya.

Mary pareceu enteder e balançou a cabeça. Sua crina balançou, chamando mais a atenção das crianças.

Ensinar as duas a montar num cavalo foi a parte difícil. A primeira, Mary não parava quieta, animada por rever seu dono depois de tanto tempo e ansiosa com suas novas amizades. E segundo, as garotas eram pequenas demais para um cavalo de grande porte. Tinha que usar todos os tipos de apetrechos para facilitar. Terceira, Hanna conseguiu disparar com Mary pelo pasto, com Stiles correndo atrás delas com seu cavalo para ter certeza que ela estaria em segurança, embora a própria Hanna estivesse se divertindo.



Jackson e Scott se encararam. Os dois não se davam bem, o que era mais que óbvio, se perguntavam de onde veio a ideia ridícula de Stiles nomear os dois como capitão, sendo que nenhum deles queria o posto e muito menos ficar perto um do outro.

— Isso não vai dar certo! — Scott resmungou, cruzando os braços e virando para o lado aposto do colega.

Seguindo o mesmo exemplo, Jackson se virou de costas. Pareciam duas crianças emburradas e a semelhança aumentava quando Hanna e Darya se desentendia no treinamento. Stiles levava as duas pelo menos três vezes na semana, o que garantia Hanna dormir a noite inteira e não ficar fazendo bagunça pelo castelo. Estava passando quase um mês desde a morte de sua mãe, e ela estava superando aos poucos. Quando acordava de madrugada chorando, começava a correr pelo corredor.

— Achei que eu era seu único rival, estou com ciúmes! — Isaac provocou, assustando Scott que não sabia sobre sua viagem.

Embora feliz em ver um rosto familiar, Scott engoliu o sorriso.

— O que faz aqui? — Perguntou fingindo estar ainda mais emburrado.

— Parece que precisavam de um reforço.

— Conhece? — Jackson indagou, encarando Isaac de cima embaixo.

O Lahey apenas revirou os olhos. Ele estava sozinho, a viagem foi perigosa dadas as circunstâncias, ele não parou em Amíssi como o convencional.

— Ele vai nos ajudar a treinar todos os batalhões — Scott respondeu, aliviado por ter ajuda.

Descobriram que além de paciente, Parrish era um ótimo capitão. Treinava os exércitos, planejava batalhas junto com Lydia, além de cuidar dos recrutamentos e treinar o exército de elite que Stiles requisitou há algum tempo.

Sem a ajuda de Isaac, Jackson e Scott não conseguiriam executar tudo com perfeição.



Estava quase anoitecendo quando Stiles desceu até às masmorras. Christoffer estava um verdadeiro bagaço. O cheiro em sua cela estava insuportável, e havia larvas devorando seus machucados. Deaton o mantinha vivo através de remédios, apenas para que Stiles pudesse se divertir mais um pouco.

Aquela seria a última noite de Christoffer. Stiles estava acompanhado por Scott e Allison, a Argent exigiu estar presente quando o assassino de sua amiga pagasse pelo seu crime.

— Sabe, existe uma técnica que caberia muito bem na sua situação! — Stiles disse a Christoffer, passando uma lâmina em seu peito, apenas causando um arranhão. — Chama pássaro da morte. Suas costas serão cortadas e as costelas esticadas para fora. Uma pena que você já esteja fraco para aguentar mais algumas horas nessa posição, mas Deaton vai garantir que aguente a parte mais divertida.

— VOCÊS VÃO PAGAR POR ISSO, DEUCALION VAI TER SUA VINGANÇA! — Christoffer conseguiu achar forças para gritar.

Allison quem se aproximou, sorrindo.

— Ele vai ter um fim pior, não se preocupe — Sussurrou.

O carrasco da prisão, um homem bruto e mal humorado começou a operação depois de Deaton conseguir fazer Christoffer engolir um líquido marrom.

Allison tentou manter o olhar, mas acabou cedendo e escondendo o rosto no peito de Scott. O moreno apenas a abraçou, mas não sentiu nada com aquela aproximação, e culpou a situação em que estavam.

O McCall também desviou o olhar algumas vezes. Já Stiles teve vontade de vomitar, fechou os olhos se contentando em ouvir apenas os gritos de dor.

Quando tudo acabou, o trio voltou para seus respectivos quartos. Stiles antes passou para ver como Hanna estava, a garota dormia tranquilamente, depois de um dia de equitação. Apenas cobriu o corpo pequeno e fechou as cortinas para que sol não a acordasse muito cedo.

Ao parar em frente seu quarto estranhou a porta aberta, se lembrou de ter trancado antes de sair. Desarmado e sem saber o que esperava, abriu a porta com tudo. Derek estava sentado na poltrona próximo a cama enquanto remexia na lareira. 

Sorriu quando Stiles entrou, surpreso com sua presença. Antes de qualquer coisa, sentiu o corpo de Stiles próximo ao seu, selando os lábios sem hesitar. Abraçou o Stilinski, o puxando para mais perto, sentindo seu corpo aquecer. A sensação de alívio o deixou arrepiado. Ele precisava de Stiles, e estava feliz por finalmente tê-lo em seus braços. 


Notas Finais


Se quiserem saber mais sobre a tortura de Christoffer é só pesquisarem Águia de sangue, mas aviso que não é bonito de saber não.

Bom gente, foi isso. Espero que tenham gostado do capítulo!! Até sábado!! Bjsss 💖💖


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...