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História Dois Segredos E Um Destino - Capítulo 09: Praça e Conversa


Escrita por: Kaneki482412

Notas do Autor


Oi gente, desculpa a demora de um mês para postar,eu sei que foi realmente demais mas começo de ano somado com bloqueio criativo é realmente demais.

Bom, eu tentei escrever esse capítulo o mês inteiro mas simplesmente não deu, não ia, mas hoje de noite me deu um estralo e boom tá aí, um capítulo escrito as pressas kkkk

Não foi revisado direto porque tô com sono então qualquer erro desculpe-me e é isso, boa leitura.

Capítulo 9 - Capítulo 09: Praça e Conversa


Fanfic / Fanfiction Dois Segredos E Um Destino - Capítulo 09: Praça e Conversa

                       Matheus 

     Talvez, só talvez, eu tenha exagerado um pouco com o Samuel. 

      Mas foi o certo, eu e ele não vamos nos relacionar além do necessário.

       Bom, mas parece que Samuel ficou levemente mais irritado do que eu esperava. 

     E isso nos leva a ligação em que estou agora. 

     - Samuel tem certeza disso? Achei que seri- Fui interrompido bruscamente na minha fala. 

     - É o melhor para as crianças! Ponto final! - Ele gritou do outro lado dá linha, estávamos discutindo esse assunto a mais de uma hora. 

    - Mas eu acho que não é melhor, nós mal nos conhecemos, eu pretendia que eles me aceitassem melhor antes da guarda compartilhada. - Argumentei mas o ômega pareceu não querer dar o braço a torcer. 

      - É por isso que temos que ter guarda compartilhada! - O omega falou impaciente. - Assim você e as crianças passam mais tempo juntos, se conhecem melhorar, a relação de vocês melhora e, o principal, não temos que nós ver! - Samuel disse irritado e desligou antes de eu poder responder. 

      Suspirei exausto, segurei o volante do carro com força e apoiei minha cabeça nele, eu estava com o carro parado bem na frente do prédio onde Samuel mora esperando as crianças, ordens do Samuel. 

     Segundos depois eu levantei a cabeça e olhei por lado, vendo a entrada do prédio. 

     Um minuto depois duas pequenas figuras passaram pela porta do mesmo e eu abri um sorriso ao vê-las. 

     Abri a porta do carro e fui em direção a eles. 

     - Oi queridos tudo bem com vocês? - Perguntei sorrindo grande ao me encontrar com eles. 

     - Não. - Laura falou emburrada, me entregando sua mochila, que eu presumi que o Samuel arrumou com tudo o necessário para o fim de semana, meu primeiro fim de semana sozinho com as crianças, e em seguida ela passou direto por mim indo até o carro bufando. 

     - Já vi que ela não gostou dá mudança. - Falei sem jeito, depois olhei para o Arthur sorrindo e estendi os braços para pegar ele no colo mas o pequeno alfa desviou. 

     - Porque o Mama não quer ver o Papa? - Ele perguntou tristonho, me colocando em uma saía justa.

     - É complicado Arthur. - Falei tentando colocar um fim rápido a essa conversa. 

     - Tá bom. - O menino disse melancólico com a minha resposta, algo me diz que Arthur já fez essa pergunta para o Samuel e teve uma resposta muito parecida. 

     - Bom, então me dá essa mochila também e vamos com a sua irmã, vai ser um final de semana muito divertido. - Falei na tentativa de o animar mas ele apenas concordou com a cabeça com um sorriso tímido e forçado em seguida me entregando a cabeça e pegando minha mão para caminharmos até o carro. 

     Talvez esse final de semana não seja tão divertido no final. 

                    ~Quebra de Tempo~

     Bom, não sei se o resto do fim de semana vai ser legal mas esse começo não vai nada bem. 

    Como eu queria me aproximar das crianças por mim mesmo, tentei dar uma volta com eles, mas o resultado não foi bem o esperado. 

     Nada parecia os agradar, eu estava quase desistindo e indo para casa quando Arthur falou apontando pela janela. 

     - Papa, podemos ir alí? - Ele perguntou e eu olhei rapidamente na direção que ele apontava vendo a praça pública. 

           - Claro. - Falei sem ânimo de verdade mas consegui forçar um sorriso. 

     Então estacionei o carro e logo saímos dele, Laura não parecia muito contente, já Arthur saiu correndo alegre. 

    - Está bem animado não? - Falei sorrindo de canto, olhando para o Arthur, ele estava desanimado até agora pouco. 

    - Já faz tempo que Mama nós trouxe aqui pela última vez. - Arthur disse animadamente.

     - Ele leva vocês nessa praça? - Perguntei curioso olhando ao redor. 

      Era uma praça como qualquer outra, grama verde, algumas árvores, uma calçada ao redor da praça, alguns pequenos caminhos cortavam a praça e se encontravam ocasionalmente, os clássicos bancos de praça estavam espalhados pelos caminhos e pela calçada, avia algo familiar ali.

     - Espera, esse lugar. - Em uma estralo dá minha mente me lembrei porque aquele lugar era familiar. 

     Essa praça comum e sem graça é onde eu e o Samuel, vínhamos nós esconder quando queríamos paz. 

    Ele tinha me apresentado esse lugar na época do colégio. 

     - Isso é muito nostálgico. - Disse sorrindo de canto ao olhar a paisagem e relembrar das vezes que eu e Samuel estivermos ali. 

       - Papa também já tinha vindo aqui? - Arthur questionou me encarando curioso. 

     - Sim. - Falei baixo ainda relembrando os bons momentos do passado. - Já estive aqui muitas vezes, com o Samuel, mas isso foi a muito tempo atrás. - Disse saindo de minha nostalgia, retornando a realidade.

     - O Mama nunca contou essas histórias. - Laura comentou me encarando com curiosidade. 

     - Não são realmente histórias muito importantes, ele deve ter esquecido. - Falei com um pequeno sorriso, e vi os dois gêmeos me encarando com expectativa. - Estou falando sério, não são histórias importantes, nós vínhamos aqui quando estávamos cansados de tudo, e passávamos a tarde toda relaxando, nada além disso. - Falei calmamente mas os dois continuaram a me encarar querendo mais explicações por algum tempo. 

     - Decepcionante. - Falou Laura quebrando o silêncio e foi se sentar em um dos bancos da praça. 

     - Eu disse que não eram histórias relevantes. - Falei sem jeito e um pouco envergonhado. 

     Não ouve resposta, Laura só ficou quieta sentada no banco e Arthur só deu de ombros e saiu pra brigar por ali. 

     - Não vá muito longe! - Falei quando o vi se afastando e ele apenas concordou com a cabeça brevemente.

     - Não se preocupe. - Laura disse chamando minha atenção. - Ele pode ser meio cabeça de vento, mas é bem comportado. - Ela falou calmamente e eu sorri. 

     - Obrigado. - Disse me sentando ao lado dela no banco. 

     Ficamos em silêncio por um longo tempo, Laura olhando pra tudo, menos para mim, e eu fiquei olhando atentamente para Arthur que de divertia pela pequena praça, as vezes eu gritava para ele não se afastar quando ele se distraia e começava a caminhar para longe. 

      - Por que você voltou? - Laura perguntou do nada quebrando o silêncio que avia entre nós. 

     - O que? - Questionei não entendendo a pergunta. 

     - Porque teve que aparecer de volta? - Ela questionou irritada e eu fiquei ainda mais perdido. 

      - Como assim? - Disse a encarando confuso e ela ficou ainda mais irritada. 

     - Nós estávamos muito bem sem você aqui!! - Ela gritou enfurecida repentinamente me assustando. - Eu, Arthur e o Mama, somos mais que o suficiente uns pelos outros, não precisamos de você! - A pequena continuou sua fala ainda mais furiosa.

     Fiquei sem palavras por um momento, apenas encarei a expressão do rosto dela, a fúria, irá e raiva eram evidentes mas além dessas eu poderia ver outros sentimentos por baixo de sua expressão, ressentimento, mágoa e tristeza.

      - Laura, eu sei que vai ser difícil pra você e seu irmão se acostumarem com isso, mas eu quero estar presente em suas vidas. - Falei tentando me explicar mas ela balançou a cabeça em negativo. 

      - Não precisamos de você em nossas vidas. - Ela falou enraivecida, eu não entendia o motivo disso, o que eu fiz de tão mal a ela? 

     - Me fala, por que você me detesta tanta afinal? - Perguntei indignado com o ódio que a menina direcionava a mim, e ela pareceu ficar chocada com a pergunta e depois me olhou como se disse "É sério que perguntou isso?"

     - Você magou o Mama. - Ela falou como se isso explicasse tudo, e eu senti meu coração se apertar ao relembrar mais uma vez as últimas conversar que tive com o Samuel antes de viajar anos atrás. 

     - Aquilo... - Tentei falar mas minha boca secou, o que eu poderia dizer? Como me explicar? - Foi a muito tempo, eu estava irritado e confuso. - Disse desviando o olhar daqueles pequenos olhos e olhando rapidamente para Arthur que brincava distraidamente com um galho a alguns metros dali e depois encarei o céu quando continuei. - Mas eu sei que isso não é desculpa. - Falei e voltei a encarar a menina ao meu lado. 

     A expressão dela, severa e imutável continuava a me olhar com julgamento, eu conhecia aquela expressão, mas não era uma expressão que Samuel fazia, não, eu não conhecia aquela expressão por a ver no rosto de outra pessoa, eu conhecia aquele olhar do meu próprio reflexo, era a mesma expressão que eu fazia quando um babaca, normalmente o Rafael um dos seus colegas, ia incomodar os meu amigos no colégio, por um momento senti um calor em meu peito, pode ser estranho nessa situação, mas ainda sim fiquei feliz, minha filha, era isso, mesmo depois de todo esse tempo a fixa aí da estaca caindo, eu era pai, eu tinha filhos, lindos filhos. 

      Mas não é hora para isso, aquela expressão dela era a prova disso. 

     - Eu devia ter ouvido ele naquele dia, antes de tudo ele era meu amigo, mesmo com o que aconteceu o mínimo que eu devia ter feito era o ouvir. - Falei sentindo o ressentimento subindo pela mim garganta, as escolhas não feitas rodavam minha mente e as feitas pesavam em meu coração. - Se eu tivesse o ouvido, poderia ter estado com ele durante tudo que ele passou, poderia ter visto vocês nascerem, tudo poderia ter sido diferente. - Falei enquanto as fotos e vídeos que Samuel me deu vieram na minha cabeça, os meses de gestação, os primeiros passos, as primeiras palavras, eu poderia ter estado em todos esses momentos...

      - Mas você não ouviu. - Laura falou irritada chamando minha atenção.- E não a como mudar o passado, até uma criança como eu sei disso. - Ela falou me repreendendo. 

      - Mas podemos mudar o futuro. - Argumentei encarando a menina que mantinha a mesma expressão. - Eu quero estar no futuro de vocês, e eu entendo sua raiva mas será que não pode me dar uma chance de ser seu pai pelo menos? - Perguntei sem desviar o olhar da minina que agora mudou sua expressão, deixando sua raiva ainda mais evidente. 

     - E o futuro do Mama? - Laura perguntou furiosa e me deixou sem reação, mas eu engoli em seco e respondi.

     - Não quero intervir maus que o necessário na vida do Samuel. - Falei com sinceridade, por mais que sentisse o peso em meu peito aumentar. - Mas temos filhos juntos então não podemos ignorar a existência um do outro, por isso vou tentar ter um rela- 

    - "Relacionamento amistoso" - Laura completou minha fala com sarcasmo e raiva. - Sabe eu sempre tive uma dúvida sobre as histórias que o Mama nós contava, mas só você pode me responder, então eu vou te perguntar. - A menina falou me olhando séria. 

     - O que você quiser eu respondo. - Falei receoso tentando imaginar o que a garota me perguntaria. 

     - Você sabia que o Mama te amava naquele época? - Indo direto ao ponto a menina me questionou sem emoção e me deixou paralisado sem palavras. 

     - Eu... - Tentei dizer não mas olhando nos olhos dela eu não consegui. - Sim, eu sabia... - Falei com sinceridade me sentindo aliviado por falar aquilo. - Mas eu fingi não notar, menti até para mim mesmo, nós éramos amigos a anos, e eu não podia corresponder seus sentimentos, não queria que isso atrapalhasse nossa amizade, não queria o magoar. - Falei calmamente mas a tristeza era perceptível em minha voz. 

     - E como isso acabou? - Laura perguntou séria. - Conseguiu não o magoar? Conseguiu continuar sua amizade? - Ela perguntou irritada. 

     - Não, mas isso fo- 

     - Você o feriu bem mais do que entendeu, se tivesse sido sincero, mesmo que não sentisse o mesmo, vocês tivessem conversado sobre suas emoções as coisas teria sido diferentes, mas invés disso você se fingiu de cego, já imaginou como o Mama se sentiu? - Ela perguntou irritada e eu não tinha palavras para a contrariar. 

     Era verdade? Se eu tivesse falado com ele as coisas teriam sido realmente diferentes? Nunca tinha pensado nessa possibilidade...

     - E só mais uma coisa. - A menina chamou minha atenção, sua expressão se suavizando ao me olhar diretamente. - O Mama ainda gosta de você, mesmo depois de tudo, e enquanto vocês não se resolverem ele vai gostar de você, vai se culpar pelo aconteceu. - A menina falou e se levantou do banco. - E eu não sei o que você sente por ele, mas por favor, seja sincero com ele, ele já escondeu esse sentimento por tempo demais, já sofreu demais, já se magou demais. - A menina disse tristonha, e eu finalmente entendi. 

     Laura não me odeia, por que não quer ver o Samuel se machucar, é por isso que ela não quer eu por perto, ela sabe que isso machucaria o Samuel, no fim ela só está tentando o proteger....de mim. 

       - Sabe pequena. - Dei sorriso e me levantei calmamente. - Você parece muito mais velha do que é. - Falei e coloquei a mão em sua cabeça afagando levemente os fios macios de seu cabelo. - Tão madura e inteligente nessa idade e ainda quer proteger as pessoas especiais para você. - A elogiei com sinceridade enquanto afagava seu cabelo e avi ficar rubra de vergonha. - Sei que talvez não signifique muito para você, mas quero que sabia que tenho muito orgulho de você e nunca poderia pedir uma filha melhor que você. - Disse sorrindo e notei a menina ficar completamente envergonhada, e um segundo depois tirou a minha mão de sua cabeça e desviou o olhar para lado, ficando emburrada e murmurando baixinho, sarri satisfeito, no fim ela ainda era um criança. 

     - Papa, não é justo Arthur também quer carinho na cabeça! - Arthur apareceu do nada atrás dá gente me assustando brevemente mas depois eu ri alegre e acaricie seu cabelo. 

     - Sim, sim meu garotão, então se divertiu? - Perguntei sorrindo, o clima de antes sumiu completamente, o menino acenou positivamente animadamente e começou a contar sobre as "aventuras" que teve na praça agora a pouco, depois decidimos ir tomar um sorvete.

     Vou aproveitar esse fim de semana, pois agora eu sei o que devo fazer, o que vou fazer quando me encontrar com o Samuel, para que ninguém mais se magoe ignorar esses sentimentos não é mais uma opção. 

               ~Fim do Capítulo~

                    ~Contínua~

     


Notas Finais


Espero que tenha gostado do capítulo, alguém chuta o que o Matheus vai propor ao Samuel? Já aviso que não vai ser algo grandioso, mas vai mudar muito coisa, além disso gostaria de avisar que estamos nos aproximando do fim da história.

Se tiverem vistos alguns erros por aí me avisem.

Então, é isso pessoal, não tem data pro próximo capítulo sair, mas juro que vou me esforçar pra escrever logo, até o próximo bjs 😘💕❤️


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