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História Dominadores. - Firestone.


Escrita por: GessicaFrazo

Notas do Autor


1,2,3... Oi gente! *-* Quero agradecer imensamente a todos que favoritaram a fic. AMEI!
Eu tô morrendo de ressaca, então só tenho uma coisa a falar: HOJE EU TÔ ERÓTICA! Hehehe.

Nos vemos nas notas finais!

Capítulo 11 - Firestone.


Fanfic / Fanfiction Dominadores. - Firestone.

Chicago- Selena Gomez.

Uma semana depois...

Ignorei as cantadas de dois ciclistas que passaram por mim enquanto eu corria na praça que ficava pertinho de casa. Não prestei muita atenção no que eles falaram, pois estava com os fones ouvindo Work from Home no volume máximo.

Ultimamente estava com a cabeça cheia e precisava organizar minhas ideias. Manoela ainda não falava comigo, Bruce e tia Kelly andavam muito próximos depois do assalto e eu ainda não tinha descoberto absolutamente nada sobre a foto misteriosa. De todas as coisas, a última era a que mais me intrigava.

O celular começou a vibrar, interrompendo a musica antes de chegar ao refrão.

—Selena Marie Gomez, como assim? — A voz alta de Demi me fez abaixar o volume rapidamente. Antes mesmo dela começar a falar, eu já imaginava que o motivo daquela ligação as seis e meia da manhã era por eu ter lhe enviado uma mensagem dizendo que tinha perdido a virgindade. — Quem? Quando? Como? Vai contando TU-DO!

— Foi como eu disse na mensagem. — O euforismo em sua voz me fez sorrir fraco. Já sabia que ela reagiria assim.

— Você perde a virgindade e me diz isso pela porra de uma mensagem. Eu devia dá na sua cara lisa, Selena! — Sua tentativa de parecer brava me deixou com mais vontade de rir ainda, mas me contive. — Para de enrolar e desembucha!

— E o que você quer saber? — Parei de correr e passei apenas a caminhar.

— Absolutamente tudo. — Ela respondeu e eu esperei que minha respiração voltasse ao normal para poder voltar a falar.

— Hoje fez uma semana...

— E você só me conta agora? Ah! Eu vou dá mesmo na sua cara, sua vaca!

— Roubaram o meu celular. Esse aqui já é um novo.

—Isso não é desculpa. — Ela bufou do outro lado e deu uma pausa, esperando eu continuar. — Está esperando o quê para contar? Fala logo quem foi o sortudo. Já sei. Foi com o tal de Erick que você disse que era super gato?

— Não. Foi com o Bruce. — Apertei os olhos com força, já me preparando para o que estava por vir.

—O quê?! — Um som de espanto escapou de sua boca. — Bruce é aquele mesmo guarda-costas que você me mandava textos e mais textos xingando e dizendo o quanto ele era detestável? — O deboche em sua voz me fez corar. — É esse dona Selena?

— Para, vai! Eu não sei como isso foi acontecer. Parecia que eu estava hipnotizada ou possuída. Sei lá! — Continuei a conversa com Demi, tentando desviar de suas perguntas indiscretas, mas ela realmente queria saber de TU-DO. Eu não conseguia lembrar aquele dia sem que um calor insuportável tomasse todo o meu corpo.

—Ai meu Deus! Selena Gomez, logo você teve sua tão esperada primeira vez em cima de uma mesa na cozinha? — Ela caiu na gargalhada me deixando levemente chateada. — Se não fosse você me contando eu não acreditaria. Esse cara deve ser muito gostoso para ter conseguido fazer você esquecer os planos da noite perfeita.

— Para rir que não tem graça! — Fiz cara feia.

— Tem sim.

— Porque não foi com você. — Disse simples, mas ela me conhecia o suficiente para saber que tinha alguma coisa de errado.

— Você não está bem, né? Certo. Eu vou tentar não rir. TENTAR. —Soltou uma risadinha baixa e depois se recompôs. — Vocês agora tem um lance?

— Não. Aquele filho da puta mal fala comigo. Me trata como se eu não fosse ninguém e não faz questão de esconder que não dá a mínima para o fato de eu ter perdido a virgindade com ele. — Falei, claramente irritada com isso.

— Você vai começar a gostar desse cara. — Demi soltou a respiração como se aquilo fosse algo obvio para ela.

— Claro que não. — Forcei uma risada irônica. — Você não conhece ele. O cara é um grosso! Eu jamais gostaria de alguém assim.

— Eu te conheço até melhor que você mesma. Você se envolve demais. Se entrega demais. Tudo em você é demais, Selena. Se você está tão irritada assim porque o cara não se importa com o fato dele ter sido o seu primeiro é porque aí já tem coisa.

— Sinto muito, mas você está completamente enganada. — Disparei, fitando o chão. — Eu com certeza não gosto do Bruce e também não quero ter o meu coração partido por outro bad boy idiota. Meu ultimo relacionamento foi desastroso!

— Não chame aquele namorico com o Ben do terceiro ano de relacionamento. Aquilo entre vocês foi mais rápido que chuva de verão. — Ela voltou a rir e fiz o mesmo. — Estou com saudades de você!

— Eu também. — Cheguei a sentir os olhos lacrimejarem, então os esfreguei por um momento.

Acabei me chocando contra alguém e deixei meu celular cair no chão. Ergui o rosto e vi que era Bruce, parado no meio do caminho. Ver aqueles olhos mel tão depressa despertou em mim lembranças da noite na cozinha e para piorar a situação, eu estava praticamente colada nele.

 — Por que porra você fica saindo escondida? — Ele disse, com a maior cara feia. Isso foi ótimo, pois eu acabei despertando daquele encanto.

— Eu não saí escondida. — Revirei os olhos, respondendo no mesmo tom de voz seco que ele. — E também você não precisa ficar vinte e quatro horas atrás de mim o tempo todo.

— Diz isso ao seu pai. — Seus olhos semicerraram para mim. — Eu não gosto disso tanto quanto você.

— Isso é muito simples de resolver. Peça demissão. — Me abaixei para apanhar o celular e sem querer apertei em alguma coisa que deixou a ligação da Demi no viva-voz.

— Selena, você ainda está aí? — Disse ela, e eu respondi que sim, enquanto tentava fazer a ligação voltar ao normal, mas para o meu azar, a porra do meu celular travou.  — Me diz que a voz que eu acabei de ouvir não é do tal guarda-costas gostoso, porque se for minha filha... — Desesperada, apertei o botão de desligar antes que ela terminasse de falar. Bruce Ficou calado apenas observando, mas estava na cara que ele tinha percebido que era dele que a “Demi boca grande” estava falando.

— Falando de mim para as amiguinhas, Selena? — Disse todo convencido.

—Quando minha melhor amiga liga é para falarmos de coisas interessantes e não de você. — Voltei a colocar os fones e lhe dei as costas, começando a andar. Ele me acompanhou e me fez parar com um só puxão.

— Vamos embora!   

— Não. Ainda faltam duas voltas para eu terminar.

— Eu estou com fome, e ao invés de estar tomando café tive que sair para procurar você, então não torra ainda mais a minha paciência! — Ele cerrou os dentes, deixando bem claro o seu mal humor matinal.

— Isso não é um problema meu ou é? Eu só irei para casa quando eu bem quiser. — Ignorei seu olhar zangado e coloquei a música no volume máximo, só para não ter que o ouvir resmungar. — E não fala comigo. — Concluí, saindo dali e o deixando com cara de tacho.

Aquilo não era nem metade do que eu queria falar. Ele merecia que eu o tratasse mil vezes pior. Talvez até pisar e depois cuspir na cara dele. Se Bruce estava achando que eu era como as vadias que ele costumava se meter estava redondamente enganado. Até tinha deixado ele me tratar com indiferença nos últimos dias, mas não ia permitir que se sentisse o superior. Pelo menos não para cima de mim.

Dei duas voltas na praça enquanto Bruce estava sentado a baixo da sombra de uma arvore. A contragosto, ele resolveu me esperar e eu mesmo morrendo de cansaço, fiz questão de dar mais uma volta só para irritá-lo um pouco mais.Vi quando duas garotas que usavam roupa de ginastica assim como eu pararam perto de Bruce e ficaram jogando charme. Acho que ele deveria ter falado alguma coisa engraçada porque as vadias ficaram rindo quando passei. Só para não dar o gostinho de vê-lo se dar bem, parei perto deles e me deitei na grama. Estava tão ofegante que cheguei a pensar que meu coração iria sair pela boca a qualquer momento.

—Liga para a gente marcar alguma coisa qualquer hora dessas. — Uma garota negra lhe entregou uma folha de papel onde provavelmente estaria o número dela. Ela era linda e tinha um corpo tão perfeito que até cheguei a ficar com uma pontinha de inveja.

— A gente se ver, gato!  — A loira sorriu para Bruce, que estava com a maior cara de tabaco e depois me olhou feio. Ela e amiga saíram cochichando algo que não ouvi bem. Sorte delas!

— Coitadas! — Disse com a voz falha por ainda estar com falta de ar. — Elas sabem que você não presta? — Ele continuou em silêncio, o que me fez tirar a atenção das nuvens do céu para encará-lo. Bruce estava sentado no chão, encostado a arvore. Ele tinha uma perna estirada e a outra curvada com o rosto apoiado sobre o joelho. Achei muito estranho o jeito como ele me encarava e quando ia perguntar qual era o problema, senti algo subindo em minha perna. — Ai meu Deus!

Dei um grito ao ver uma cobra enorme subindo em cima de mim, então me levantei de supetão a jogando para o canto. Acho que fiz merda, pois o bicho pareceu se irritar e voltou a vir em minha direção.

— Faz alguma coisa. — Falei enquanto me arrastava para tentar ficar longe da serpente e Bruce apenas ficava olhando sem fazer nada para me ajudar. — Por que porra você não avisou que tinha uma cobra perto de mim?

—“Não fale comigo”. Foi isso que você disse, não foi? — Ele deu um sorriso irônico e pegou a cobra usando uma das mãos para segurar bem a cabeça dela.

—Tira esse bicho horroroso daqui! — Gritei feito uma desesperada quando ele esticou o braço para jogá-la em mim. — Para! — Gritei ainda mais alto, quase chorando.

— Tanto escândalo por causa de um bichinho? — Debochou. —Ela é inofensiva. Ou será que não...? — Ele deu uma risadinha maléfica, se divertindo com o meu tormento.

— Vai tomar no cu, Bruce! Tire logo esse bicho de perto de mim. — Gritei, e ele brincou um pouco mais para depois soltar a cobra que fugiu para longe de nós. — Uma garota para sair com você tem que ser muito demente. Só assim para te aguentar seu estupido!

Me levantei bufando e pronta para ir embora dali, mas ele me passou uma rasteira tão depressa que mal consegui registrar quando caí diretamente em seu colo. Comecei a me sacudir, tentando levantar e ele segurou firme em meus ombros fazendo com que eu ficasse imóvel. O seu olhar intenso fisgou o meu, deixando-me com a sensação de estar sendo hipnotizada. Eu que não duvidaria que ele fosse um dos vampiros do The vampire Diaries.

— No que você está pensando? — O senti apertar minha coxa e um calor incomum dominou todo o meu corpo.

— Mais respeito que eu não sou uma de suas negas! — Arrastei a voz bem lá do fundo, tentando parecer o mais seria possível e ele simplesmente gargalhou na minha cara. — Qual é a graça?

— Não banca a imaculada para cima de mim, Selena. — Seus olhos gozadores chegaram a brilhar mais intensos. — Você não é tão diferente das garotas que já peguei.

—É aí que você se engana. — Sai do seu colo com pressa e depois que consegui ficar em pé, coloquei as duas mãos na cintura e o encarei. — Não pense que me conhece só porque fez amor comigo uma vez. Aquilo foi um grande equívoco! Você me induziu e se eu te denunciar você será preso por estupro. — Concluí nervosa e fiquei ainda mais quando um meio sorriso apresentou-se em seu rosto perfeito.

Tente não babar, Selena!

—Primeiro, eu não faço AMOR. — Ele fez aspas com a mão, dando ênfase a última palavra. — Amor é coisa de boiola, eu fodo com força mesmo. E segundo... — Seu olhar desafiador me deixou ardendo. — Eu te induzi o cassete! Você fez porque quis e gostou MUITO que eu sei. 

— Aquilo nunca mais vai acontecer! — Falei com o rosto quente de tanta vergonha.

— Você teria que implorar para eu trepar com você de novo. — Ele levantou, dando de ombros e foi a minha vez de gargalhar.

—Eu implorar? Vai sonhando meu bem! — Me virei quase acertando o cabelo em sua cara e sai andando com ele me seguindo.

— É o que veremos. — Ele murmurou.

Ao chegar em casa levei uma bronca do meu pai por ter saído sem dizer para onde ia, mas deixei para lá e fui tomar café. Estava começando a perceber que ignorar era o melhor remédio. Como não tinha nada melhor para fazer mesmo, fui para a piscina e ao chegar lá encontrei tia Kelly estirada na espreguiçadeira.

— Que milagre você aqui na piscina!  — Parei próximo a ela, que tirou os óculos escuros do rosto para me olhar. — Você odeia o cheiro de cloro no cabelo.

— E odeio mesmo, mas como o dia hoje está belíssimo resolvi pegar um bronzeado. — Tia Kelly olhou para o lado disfarçadamente e só aí percebi que Bruce estava a poucos metros de nós conversando com um dos seguranças.

Ela esperou que ele olhasse em nossa direção para levantar e esbanjar suas belas curvas que estavam mais expostas que o normal em um maiô vermelho “bastante cavado”. Todos os seguranças pararam só para vê-la andar com toda a elegância e sensualidade até a piscina e mergulhar de cabeça.

Não tinha certeza se era coisa da minha cabeça, mas tinha a leve impressão de que tia Kelly estava dando mole para o Bruce. São pequenos detalhes. Uma mexidinha no cabelo, um sorriso discreto e já até cheguei a pegar eles conversando uma vez. Tentei ignorar, mas aquilo estava me incomodando demais. Era estranho pensar neles dois juntos. É tipo... Eca!

— Você não vem? — Tia Kelly me chamou para entrar na piscina e eu apenas neguei com a cabeça.

Querer eu até queria, mas fiquei sem jeito de ficar de biquíni perto dela. Era como tentar competir com a Gisele Bündchen e perder de goleada.  

— Eu vou passar o protetor e pegar um pouco de sol.

— Você está precisando mesmo. Está tão branca que mais parece um fantasma! — Suas palavras me fizeram encará-la imediatamente.

— Também não é assim. — Olhei para meu próprio corpo por um curto momento, me decepcionando comigo mesma. Branca de neve perdia feio!

— Então... — Voltei a encará-la e vi que tinha um pequeno sorriso em seu rosto. — O Erick é o cara que deixou aquelas manchas no seu pescoço? Vocês estão saindo é?

— Quê? — Quase me engasguei com aquela insinuação. Eu não poderia dizer que sim, pois seria mentira. Mas também não podia dizer que não, caso contrário ela ficaria me interrogando até descobrir tudo. — Não quero falar sobre isso.

— Certo. Mas se tiver rolando alguma coisa está tudo bem. Erick parece ser um bom garoto! — Ignorei sua tentativa nada discreta de me jogar para cima do Erick e tirei a blusa.

Timidamente, abaixei o short até o chão, revelando o biquíni branco de bolinhas pretas que estava usando. Saber que Bruce estava ali, analisando-me com aqueles olhos do demônio me deixava nervosa e até me recriminei por ter escolhido um biquíni tão pequeno. Tentei ignorar a presença daqueles abutres e coloquei o bronzeador, me deitando de Bruços na espreguiçadeira.

Point of view Justin Bieber.

— Essa Kelly é muito gostosa, meu irmão! — Fred (Um dos seguranças da casa) estava praticamente babando. — Olha as penas dessa mulher.

—Você viu as tetas? — Ri quando Ivan levou as mãos embaixo do terno tentando fazer parecer com os seios de uma mulher.

— E essa bunda?

—Se vocês deixarem cair baba no meu sapato vou dar uma surra nos dois! — Falei indiferente. —Ivan, pegue logo a porra do baralho e vamos jogar.

—Tanto vexame para perder? — Ivan tirou o baralho do bolso e nos sentamos ao redor da mesinha que sempre usávamos para jogar. — Vou descontar os vinte dólares que você ganhou de mim da ultima vez.

— Você disse a mesma coisa da outra vez... — Fred sacaneou e eu peguei a palavra final.

— E perdeu do mesmo jeito.

— Foi um golpe de sorte, Bruce. — Ele franziu a testa para mim. Pelo pouco tempo de convivência, percebi que Ivan não era bom perdedor.

— Isso é o que você diz. — Provoquei e depois começamos a jogar. Aquele era um dos poucos momentos de distração que eu conseguia ter naquela casa chata! Acabei me enturmando com Fred e Ivan apenas para não ficar o tempo todo sozinho. — Para de olhar a Kelly e presta atenção no jogo. —Repreendi Fred, que não parava de olhar em direção a piscina. — Depois você perde e fica chorando.

—Essa Selena também é a maior gata! — Tirei minha atenção do jogo e olhei para a mesma direção que eles. Selena estava falando ao telefone toda sorridente, um pouco afastada da tia. — Ah! Se me desse mole.

— O seu piruzinho enrugado não dá mais conta de uma novinha dessas não. — Ivan tirou onda da cara dele por ser o mais velho de nós. — E também, ela nunca que ia te dar condição.

— Você que diz. — Fred deu uma risadinha, se achando.

— Eu sei o que eu estou dizendo. Trabalho aqui há mais tempo que vocês dois e conheço ela. A garota é toda nojentinha do tipo “não me trisque”. Uma vez tive que barrá-la na porta para que não saisse e até hoje ela me olha feio por isso. — Ivan fez uma careta, mostrando não gostar muito da Selena. — É uma patricinha metida que só dá trabalho.

Dei um sorriso, concordando com ele. Selena fazia mesmo o tipo “nojentinha" e isso me irritava profundamente às vezes.

— O chefe que não me ouça, mas a filha dele é uma delicia!

—Você já provou por acaso? — Falei em um tom seco.

— Não, mas queria. — Ele deu uma gargalhada e Ivan acompanhou. — Queria eu ter a sorte que você tem de andar coladinho naquela ninfetinha gostosa o dia todo. — Apenas dei um sorriso de lado e coloquei as cartas na mesa mostrando que havia ganhado o jogo.

— Sorte do caralho, meu irmão! — Ivan esbravejou, fazendo com que eu e o Fred começássemos a rir de sua cara.

— Bruce! —Virei-me ao ouvir alguém chamar e notei que era a Kelly. Levantei e fui até ela, ignorando os caras.

— O quê é? — Me aproximei desconfiado, achando que ela tinha ouvido alguma coisa das merdas que aqueles dois estavam falando.

— Será que você poderia passar protetor em minhas costas? — Levei alguns segundos para assimilar aquilo. Selena parou a conversa no telefone e nos encarou parecendo tão confusa quanto eu. — É que Selena está no telefone há um tempo e eu preciso que alguém me ajude. Faria a gentileza?

Já tinha notado que Kelly estava me dando mole depois do assalto. Antes mal falava comigo e só se dirigia a mim quando era necessário, agora ficava tentando achar assunto e fazendo charminho para chamar atenção. Parece que o senador não estava dando conta do recado.

—E então? — Ela ergueu a cabeça, verificando o porquê de minha hesitação. Ignorei o olhar raivoso de Selena e peguei o protetor, colocando um pouco em minhas mãos e passando pelas costas de Kelly. — Você tem mãos firmes! — Kelly soltou um suspiro baixo quando sentiu minhas mãos massageando seus ombros.

Selena nem mesmo conseguia disfarçar o quanto estava irritada. Percebi que ela não gostava de me ver perto da tia. “Ciúmes talvez?” Mordi o lábio disfarçando o sorriso quando ela largou o celular em cima da mesinha com toda a força e sentou-se de costas para nós na outra espreguiçadeira. Ela apanhou uma revista de fofocas que estava no chão e podia ouvi-la passar as páginas com violência. Dessa vez não pude me segurar e acabei rindo baixinho.

—O que foi? — Kelly me questionou.

—Nada. — Disse, conseguindo me controlar e ainda provoquei Selena um pouco mais. —Sua pele é tão macia!

Selena me lançou um olhar fulminante, mas Kelly não percebeu. Ela estava tão entretida que nem mesmo se importou com o fato de eu estar massageando suas costas. Ela queria mais. Muito mais.

Pietra veio até nós com a cara azeda de quem chupou limão e chamou Kelly dizendo que John estava aguardando para falar com ela no telefone fixo. Muito a contragosto, ela levantou-se e acompanhou a governanta.

Olhei para trás vendo que Fred e Ivan já não estavam mais lá, então me aproximei de Selena, que continuava de costas tentando ignorar minha presença. Coloquei mais protetor nas mãos e apoiei um dos joelhos na borda da espreguiçadeira para ter um apoio melhor.

— Vai querer que eu passe o protetor em você também?

—Não. Dispenso! — A irritação em sua voz era nítida e ela tentou levantar, mas segurei firme em seus ombros a fazendo voltar ao lugar.

—Eu insisto. — Provoquei, passando a massagear seus ombros pequenos. Ela se encolheu toda ao sentir minhas mãos em contato com sua pele. — Do jeito que você é branquela, se não passar o protetor vai acabar virando camarão.

—Quê? Branquela é a sua... —Apertei um pouco mais forte acho que exagerei, pois ela deu um grito. — Ai! Você está apertando muito forte!

— Desculpe! — Debochei com o mesmo tom chorão que ela. — Às vezes me esqueço o quanto a boneca é frágil.

—Vai se foder! — Minha língua estalou no céu da boca e balancei a cabeça como se reprovasse sua atitude. Deslizei as mãos, contornando as curvas de seus braços e vi os pelos dos mesmos se arrepiarem.

—Por que está tão brava? — Falei pertinho do seu ouvido.

—Porque eu não suporto você! — Ela deu um supetão, livrando-se de minhas mãos e saiu correndo, deixando o seu celular e todas as outras coisas.

Me sentei e quase não conseguia parar de rir. Irritar Selena passou a ser um dos meus passatempos preferidos. Peguei o celular dela e vi que ainda não tinha senha, então comecei a olhas as fotos, musicas (que a grande maioria era Taylor Swift e Calvin Harris) até que cheguei as conversas no Whatsapp. O nome Bruce era bastante citado na conversa com uma tal de Demi e quando já estava chegando na melhor parte o celular vibrou, alertando que tinha uma nova mensagem de um numero que não estava salvo nos contatos dela.

Calvin Harris será uma das atrações do Lollapalooza e eu tenho os ingressos. E aí, você topa?

Depois que terminei de ler a mensagem foi que vi que se tratava do tal Erick. Respondi um educado “Vai tomar no cu” como se fosse a Selena e depois limpei toda a conversa. Não suportava nem a cara daquele sujeito.

Point of view Selena Gomez.

Entrei em casa ainda sentindo o coração batendo a mil por hora e minhas pernas estavam moles a ponto de quase não conseguir sustentar o corpo sobre elas. Eu odiava me sentir assim todas as vezes que Bruce colocava aquelas mãos pecaminosas em mim, mas já tinha virado regra. Ele encosta e eu estremeço.

Estranhei Felipa estar limpando as coisas sozinha e a questionei sobre onde Manoela estaria e ela respondeu  “no quarto”, então marchei até lá. Estava precisando de uma amiga para dividir tudo aquilo e com Demi não era a mesma coisa, já que ela estava tão longe. iria obrigar Manoela a me perdoar nem que fosse na marra.

— Agora não, por favor! — Ouvi a voz de Manoela sair chorosa assim que cheguei em frente a porta. — Não estou me sentindo muito bem.

— Você me deve ou será que já esqueceu vadia? — Assim que ouvi aquela voz não pensei duas vezes para invadir o quarto. Vi Jorge em cima de Manoela, com uma das mãos grudadas em sua coxa e tentava beijá-la á força.

Assim que notou minha presença, ele a largou e levantou, me encarnando espantado.

—O que acha que está fazendo com ela? — O enfrentei, morrendo de raiva e ele trincou os dentes em resposta.

—Não se meta garota estúpida! — Ele ameaçou se aproximar e dei dois passos para trás. — Isso não tem nada a ver com você.

—Você estava tentando agarrar ela á força dentro da minha casa. Isso tem tudo a ver comigo. — Respondi, indo de encontro a Manoela, que assistia a nossa discussão encolhida no canto da cama e com lágrimas escorrendo pelo rosto. — Some já daqui!

—Você não sabe com quem está se metendo garotinha. — Não só o tom de sua voz, como também o olhar eram ameaçadores e me causaram certo temor.

—Sai daqui agora! — Gritei e isso o deixou receoso em se aproximar novamente. Alguém poderia ouvir e eu não me importaria nenhum pouco em fazer um escândalo se fosse preciso.

—Isso não vai ficar assim. — Ele intercalou o olhar entre mim e Manoela, que ainda permanecia no mesmo lugar de antes, completamente paralisada. — Não vai mesmo. Vocês vão me pagar e bem caro! — Focou seu olhar frio apenas em Manu. — Você melhor do que ninguém sabe como as coisas funcionam.

— Eu vou gritar se você não sumir agora mesmo daqui seu cretino! — O ameacei pela ultima vez e ele deu um sorriso assustador do tipo (serial killer) e saiu do quarto. — Você está bem? — Abracei Manu com certa força, mas ela ainda não respondia nada. Estava completamente inerte a tudo. — Eu vou agora mesmo ligar para o meu pai e contarei tudo.

— Não, Selena! — Ela agarrou minha mão assim que tentei me levantar.

—Como não? Ele estava te assediando aqui dentro de casa e se eu não tivesse chegado a tempo teria acontecido um estupro. — Eu estava muito irritada.

—Você não pode falar nada a ninguém. Ele é um homem perigoso! — Passei a mão em seu rosto amedrontado, limpando suas lágrimas.

— Vai ficar tudo bem, Manu. O meu pai vai demitir aquele idiota e tenho certeza que ele não irá permitir que o Jorge te faça mal.

—Não seja tola, Selena! Entre mim e o Jorge, quem será que seu pai vai escolher? Ele não pensaria duas vezes para me escorraçar daqui.

—Não é só isso, não é? Eu ouvi bem quando ele falou: “Você me deve” e “Você melhor do que ninguém sabe como as coisas funcionam”. — Sua expressão mudou drasticamente, aumentando minhas suspeitas de que existia algo de muito errado. — O que você está escondendo?

—Esqueça, por favor! Nada disso é problema seu e já basta você ter enfrentado o Jorge para me defender. — Ela fechou os olhos com força e afundou o rosto entre os joelhos, então me sentei ao seu lado.

—Pode confiar em mim, Manu. —Toquei uma de suas mãos e apertei. —Eu quero ajudar.

—Você não pode. Ninguém pode. — Disse, com a voz embargada.

—Mas você pode pelo menos desabafar comigo. Eu sei que errei em te esconder sobre o que rolou entre mim e o Bruce, mas não significa que não te considero...

—Você não fez nada de errado, eu que fui uma idiota ciumenta. Queria o Bruce primeiro e me senti passada para trás quando soube que vocês ficaram. Idiotice a minha ficar com raiva de você por isso.

—Vamos esquecer o que passou. — Achei melhor esquecer aquele assunto. — Agora me conte o que faz o Jorge achar que tem poder sobre você.

—É uma longa história, mas eu vou tentar resumir ao máximo para você... — Ela soltou a respiração de vez, como se estivesse ganhando tempo para se recuperar e depois prosseguiu. — Eu era uma prostituta.

—Quê? — Não consegui esconder o espanto em minha voz e ela deu uma risadinha amarga, como se já esperasse aquilo.

—Mas antes que você me julgue uma vadia, vou adiantar que nem sempre foi assim. Eu e minha família sempre passamos necessidade lá no Brasil e tinha um desejo absurdo de mudar de vida. Ser pobre é uma droga! — Ela riu pelo nariz, mas eu não via a menos graça naquilo. — Ai um belo dia, um gringo apareceu na favela onde eu morava dizendo ser um “caça talentos” a procura de modelos para trabalharem nos Estados Unidos. Lógico que eu pirei, né? Eu era uma menina cheia de sonhos. Queria ser famosa e tirar a minha família daquela miséria. Viajei com ele e quando cheguei aqui, descobri que era tudo uma grande mentira. Ele me jogou em um caminhão com várias outras garotas que caíram no mesmo golpe e fomos jogadas em um bordel de luxo.

— Meu Deus, Manuela! Que horror! — Levei às mãos a boca, completamente espantada. — E como você conseguiu escapar?

—Eu não escapei. Pelo menos não completamente. —Ela deu uma breve pausa como se lembrasse do passado. — Jorge gostava de mim ou pelo menos dizia gostar. Ele falava que eu era sua garota preferida. Eu me aproveitei disso para convencê-lo a me tirar dali. Aquele lugar era horrível! Você não tem noção do inferno que era. — Ela começou a chorar e afaguei seus cabelos, tentando acalmá-la.

—Então ele te tirou de lá e trouxa aqui pra casa. — Falei, já tendo uma noção do final da história.

—Ele disse que ia me colocar em um trabalho um pouco mais digno. Mas sei que ele queria mesmo era me deixar em baixo de suas vistas, pois tinha medo que eu fugisse ou que tentasse denunciar a quadrilha.

—E todo esse tempo ele abusou de você? — Tentei segurar as lágrimas, mas era impossível não me comover com aquilo.

—Ele me deixou de lado por um tempo. Cheguei até a pensar que finalmente estava livre daquele nojento, mas hoje... Hoje ele resolveu lembrar o passado.

—Agora mais do que nunca você precisa contar isso a alguém. — Fiz uma ultima tentativa ao ver o quão grave era a situação. — O Jorge tem que pagar caro pelo que fez com você.

—Não. — Ela apertou minha mão, me olhando nos olhos. Pude ver o medo que existia dentro deles. — O Jorge não é nada comparado às pessoas para quem ele trabalha. Ninguém nunca saiu com vida do lugar onde eu estava e se eles descobrirem o meu paradeiro... —A voz lhe faltou. —Eu estou morta. Por favor, não conte nada a ninguém. Você disse que eu poderia confiar em você e estou confiando. Você jura? —Eu apenas acenei com a cabeça, pois já não tinha argumentos diante daquela situação.

Muitas horas depois...

Tomei um banho demorado e me preparei para dormir depois de ter passado o resto do dia com a Manoela. Eu simplesmente não podia evitar não me sentir angustiada com sua revelação. Pensava na dor de sua família por não ter noticias dela por todo esse tempo, também não queria nem imaginar o que ela tinha passado no lugar onde estava. Se antes já não gostava do Jorge, agora que descobri que ele era um cafetão imundo ficou mil vezes mais difícil de olhar na cara dele. Pior era aquele sentimento de impotência que estava me matando. Não podia fazer nada contra ele sem afetar Manoela.

Deitei na cama, tentando afastar aqueles pensamentos ruins de minha mente. Eu precisava focar em outra coisa que não tivesse nenhuma relação com aquilo. Coloquei os fones no ouvido e comecei a ouvir Firestone. A letra daquela musica bagunçou todos os meus pensamentos, me fazendo lembrar o Bruce. Seu toque em minha pele, aquela voz rouca falando em meu ouvido, era tudo o que eu não devia pensar. Meu corpo inteiro se arrepiou como se eu estivesse sentindo as mesmas sensações da noite na cozinha. Estava sentindo tanto desejo que até doía. Um monte de recordações invadiram minha mente tão rápido quanto pedras de fogo.

“Diz isso porque nunca fez, mas se fizesse entenderia quando eu falo que sexo é tipo droga. Gostoso e viciante”.

“Primeiro, eu não faço AMOR. Eu fodo com força mesmo”.

“Você vai pensar nisso todos os dias. Vai querer fazer de novo e de novo e de novo”.

Levantei-me apressada e fui lavar o rosto na pia do banheiro. Passei as mãos molhadas ao redor do pescoço tentando diminuir aquele calor. Era como se eu tivesse menopausa ou nadando dentro de um vulcão.

Tudo isso era culpa dele. Mesmo longe aquele desgraçado conseguia me atormentar. Eu ficava vendo aquele sorrisinho cafajeste e me irritava cada vez mais. Não poderia deixá-lo tomar conta da situação e se sentir o tal.

Quem ele achava que era para pegar minha calcinha? Não posso deixar que fique com ela como se fosse um troféu. Não mesmo. Coloquei o robe e vaguei até o quarto dele cheia de coragem para lhe dizer algumas verdades. 

—Eu quero a minha calcinha de volta. — Entrei como se fosse um tornado, o surpreendendo. Ele parou as flexões que estava fazendo, levantou e me encarou. Estava sem camisa “pra variar né” com uma calça moletom cinza e levemente suado, o que lhe deixava visualmente irresistível.

Tente não babar! Tente não babar!

Minha mente gritava para eu me manteasse firme diante daquela tentação demoníaca, mas daí ele começou a andar vagarosamente em minha direção com a face completamente seria. Essa não!

Point of view Justin Bieber.

Já estava quase chegando às duzentas flexões quando fui interrompido pela entrada abrupta de Selena em meu quarto. Lutei para manter meu equilíbrio ao vê-la tentando dar uma de bravinha para cima de mim, e aquele robe bege atiçava minha mente a imaginar o que ela estaria usando por baixo.

—Sai daqui, Selena. — Tentei fazê-la ir embora antes que eu perdesse a cabeça.

—Eu saio, mas exijo minha calcinha de volta. — Ela cruzou os braços e começou a bater o pé direito, fazendo um biquinho que me levou a rir.

—Você não está aqui atrás de uma calcinha. — Voltei a me aproximar e ela andou para trás começando a ficar nervosa, só parando quando esbarrou na porta.

—Não se atreva a chegar perto de mim. Hoje eu não estou com a menor paciência para suas brincadeiras.

—Eu sei. Todo mundo está falando que você anda muito estressada ultimamente. — Dei um sorriso de lado enquanto lhe encarava feito um animal faminto. — Sei bem qual é motivo de todo esse mau humor e também conheço o remédio.

—Eu... Só quero a porra da calcinha, então me entregue logo. Se quiser usar calcinha que compre a sua. — Era engraçado a forma como sua voz sempre saía trêmula quando eu me aproximava. Encostei um pouco mais, ficando a poucos centímetros de distancia do seu corpo e a deixei cercada entre meus braços.

—Sei bem o que você quer. — Meu nariz encostou-se ao dela e pude sentir sua respiração ofegante. — Eu disse que você ia ficar louca pra fazer de novo, Selena.

—Para! — Ela murmurou com os olhos fechados, lutando para resistir.

—Mas eu nem comecei. — Dei uma risadinha e fui logo para seu pescoço. Já tinha percebido que era um dos seus pontos fracos. Selena suspirou ao sentir minha boca roçar contra sua pele macia. Ela estava usando aquele mesmo perfume que me deixava acesso.  — Quer mesmo que eu pare? — Subi até sua orelha e a mordi de vagar. — O que veio fazer em meu quarto tão tarde?

— Eu não... — Calei sua boca com um beijo ardente, enquanto puxava seu corpo contra o meu. Ela nem se quer lutou para resistir e retribuiu o beijo, passando uma mão por minhas costas e a outra foi parar em volta do meu pescoço.

Passei a mão por baixo do seu cabelo e o puxei fazendo com que nossas bocas se afastassem. Seus olhos se abriram imediatamente e ela não escondeu seu desapontamento. 

—Hey! Calma... — Falei baixinho, sem desviar os olhos dos dela. — Primeiro eu preciso ouvir você dizer em alto e bom som que está morrendo de vontade. Admite que está doidinha para dá pra mim.

Seu rosto ficou completamente vermelho e eu adorava vê-la assim toda tímida e constrangida. A carinha de anjo dela me deixava tão louco de tesão que até doía. Ela mordeu os lábios enquanto pensava e saber que eu era o motivo do seu tormento me divertia ainda mais.

—Não tenho o resto da noite para esperar você desentalar, Selena. — Provoquei, mordendo o seu queijo sensualmente. — Fala!

—Sim. Eu quero... — Ouvi somente aquele fio de voz não era suficiente para mim.

—Agora implora. — Ela tentou se afastar depois da minha exigência, mas a mantive presa a mim.

—Não.

—Vai sim. Se você quer que eu te jogue em cima daquela cama e te foda com força vai ter que engolir o orgulho e implorar. —Sentia seu coração acelerado contra o meu peito e aquele era um sinal de que ela estava fraquejando. Faltava pouco. Apenas um pequeno empurrão e ela estaria comendo na minha mão. — Vou te dar tanto prazer que você não vai ter nem tempo de pesar em se arrepender.

—Por favor. —Ela disparou.

—Por favor, o quê? — Adorava prolongar o seu sofrimento.

—Me deite naquela cama e me foda. — Ela tentava me beijar, mas me afastava torturando a pobrezinha.

Dei um sorriso vencedor e puxei sua boca contra a minha com violência, mas ela não se importou. Apertei sua bunda a fazendo soltar o ar de vez contra minha boca. Desatei o nó do robe com maestria e o joguei no chão para logo em seguida matar minha curiosidade.

—Ora, Selena. Tudo isso é pra mim? — Sorri de canto vendo a lingerie que tinha escolhido naquela loja emoldurando seu belo corpo. Realmente eu não estava errado quando disse que ficaria bem nela. O vermelho intenso destacava sua pele branquinha e delicada.

Com apenas um movimento, a empurrei sobre a cama de solteiro fazendo ela cair meio desajeitada. Voltamos a nos beijar, enquanto sentia uma de suas pequenas mãos apalpando minha bunda e a outra me massageando as costas.

—Sem marcas, por favor! — A ouvi dizer entre suspiros, enquanto eu beijava e mordia seu pescoço. Só para pirraçar, comecei a dar alguns chupões, deixando-a ainda mais louca.

Abri o fecho do sutiã com toda facilidade do mundo, deixando seus lindos seios a mostra. Eu poderia os olhar por horas. Eram redondos, durinhos e na proporção certa. Ela voltou a ficar vermelha com a forma como eu olhava para seu corpo. Percebi que ela tinha certa vergonha ainda de ficar nua na frente de um cara. Chegava a ser até sexy de certa forma.

Seus seios estavam inchados e sensíveis e ficaram ainda mais quando comecei a lamber seus mamilos, saboreando cada gesto de deliro que ela fazia e depois abocanhei um deles de vez. Desci da barriga até o umbigo distribuindo beijos por todo o caminho e a vi estremecer quando puxei sem aviso as amarras de sua calcinha fio dental. Ficar cara a cara novamente com aquela buceta pequena e perfeita fez meu pau latejar ainda mais em protesto. Estava demorando, mas era preciso. Tinha que prepará-la bem antes de chegar aos finalmente. Selena tinha uma buceta apertada e precisava de cuidados especiais se não quisesse machucá-la. Eu tinha prometido uma noite de prazer e seria isso que eu lhe daria.

Me deitei na cama com a cabeça no meio de suas pernas e a senti ficar quieta e apreensiva. Talvez nem entendesse o que eu ira fazer e pensar no quanto ela era boba me fez rir. Minha língua tocou seu clitóris e comecei a passear por ele. Percorri tudo a provocando, enquanto ela estremecia de prazer. Selena agarrou meus cabelos com força, empurrando meu rosto contra sua intimidade e segurando-se ao máximo para não gritar. Vendo que ela já estava excitada o suficiente para me aguentar, livrei-me de minhas roupas e abri suas pernas um pouco mais, colocando-me dentro dela vagarosamente.

—Sua bocetinha é tão doce. —Ela soltou um gemido envergonhado quando comecei a me movimentar dentro dela na velha posição papai e mamãe. Era ótimo pra começar! — Você me deixa louco gemendo baixinho assim.

Mordi o lábio com força com aquele prazer maluco que estava me dominando. Meu corpo inteiro vibrava a cada estocada que eu dava nela. Estava tão bom que tinha que me concentrar para não ter uma ejaculação precoce.

—Eu quero te comer de quatro. — Disse enquanto a colocava na posição certa e ela fez o que mandei sem reclamar. — Empina assim pra mim, vai! — A visão daquele bumbum perfeito era tudo o que eu precisava ver para perder a cabeça de vez. Me coloquei novamente dentro dela e comecei a penetrá-la com violência. Os gemidos dessa garota era enlouquecedores. Quase inaudíveis e contidos. — Está gostoso, tá? — Falei com a voz mais rouca que o normal.

—Tá. — Respondeu quase que imediatamente, suspirando e murmurando coisas sem nexo, que me fizeram rir.

—Você gosta assim? —Aumentei as força e velocidade da estocadas, fazendo com que ela soltasse um gemido alto.

—Gosto assim. —Respondeu com muita dificuldade. Estava tão entregue a mim que não se importava mais com nada e nem ninguém. Confesso que o mundo podia desabar lá fora que eu não perceberia.

—Gostosa! —Lhe acertei uma tapa forte na bunda, deixando a marca dos meus dedos perfeitamente em sua pele. Senti que estava chegando perto do meu ápice e não queria encerrar a brincadeira tão rápido, mas já não dava para segurar. Isso nunca tinha acontecido comigo. Agarrei sua cinturinha fina com as duas mãos, puxando seu corpo contra minhas bombadas. — Goza pra mim, Sel!

Chegamos ao êxtase do prazer quase juntos e nossos corpos caíram completamente suados sobre a cama. Demorei a recuperar o fôlego e ela mais ainda. Depois coloquei meu braço atrás do pescoço e fiquei encarando o teto por um tempo até que a ouvi ressonar do meu lado. Selena tinha acabado de cochilar e parecia tão angelical dormindo que quase tive vontade de beijá-la.

—Hey! Acorda. —Falei baixinho.

—Eu quero dormir. — Ela murmurou sonolenta.

—E você vai. —Mordi sua orelha e ela abriu os olhos se encolhendo toda. —Mas é no seu quarto.

—Por que eu não posso dormir aqui?

—Por dois motivos. (1) porque ninguém pode te ver aqui e (2) eu não durmo com ninguém. — Ela ficou pensativa por alguns instantes, depois se levantou apanhando suas peças intimas e saiu enrolada apenas no robe.

Point of view Selena Gomez.

No dia seguinte...

—Caramba! — Foi tudo o que Manoela conseguiu dizer depois que contei tudo. Não queria cometer o mesmo erro de novo. — Ele praticamente te expulsou do quarto.

—Eu sei. — Fiz cara feia. — Tão romântico não é mesmo?

—E você esperava o quê? Flores e declarações de amor? — Seu tom era de deboche com uma mistura de diversão. — Isso não parece fazer o tipo dele.

—Para de rir. —Me joguei sobre a cama com os braços abertos, ficando ao lado dela. — Quando não te conto as coisas você reclama.

—É engraçado. O cara te dá uma noite de prazer avassalador e depois te dispensa.

—Não disse que foi avassalador. — Dei de ombros, tentando convencer a mim mesma daquilo e minha mente gritou: MENTIROSA!

—Você não está com cara de quem achou ruim. —Ela sorriu e me encarou com aqueles olhos debochadores. — Bem que eu disse que ele tinha cara de quem fodia bem. Dá uma nota de zero a dez.

—A nota para ELE é zero. — Fiz um circulo com as mãos.

—E para o SEXO COM ELE? — Fiquei pálida e comecei a gaguejar. Aquele filho da mãe era perfeito nesse quesito e eu não conseguia mentir sobre isso.

—Vinte. —Disparei.

—É, dá pra perceber pelas marcas que ele deixou no seu pescoço. —Ela deu uma risadinha.

—Mas que droga! Eu falei para ele não fazer isso. — Resmunguei enquanto olhava meu reflexo no visor do celular.

—Só toma cuidado. —Seu alerta me fez encará-la. —Conheço o tipo dele e não é daqueles que se envolvem.

—Eu não vou morrer de amores só por que transei com ele. —Retorqui, achando que toda aquela implicância era porque ainda estava chateada.

—Ele é ruim! — Ela paralisou o olhar, lembrando alguma coisa. — E também parece ser perigoso.

—Tudo bem. —Bufei, começando a me chatear. —Eu sei me cuidar. Não sou nenhuma criança.

—Só estou dizendo para tomar cuidado. — Ela deu de ombros e eu resolvi mudar de assunto antes que começássemos a discutir novamente.

—Mas e você? Está melhor?

—Estou. Já passou e não quero mais falar sobre isso. — Um largo sorriso se formou em seu rosto, mas eu conseguia perceber que era falso. — Não gosto de ficar na bad e quando estou triste consigo ser até mais chata que você. — Sua risadinha me fez jogar o travesseiro em seu rosto.

Bateram na porta e depois que eu disse um “entra” Pietra adentrou meu quarto trazendo algumas roupas limpas e olhou feio para Manoela assim que a viu esparramada na cama junto comigo.

—Será que é por falta de trabalho que você está aí? — Ela implicou, ranzinza como sempre. — Garanto que tem serviço na cozinha esperando por você.

—Ela estava me ajudando com algumas coisas, Pietra. — Falei para que não continuasse a reclamar. Ela me encarou com uma cara que dizia: “Sei que você está mentindo” e suspirou.

—Onde eu coloco suas roupas?

—Na primeira gaveta a direita. —Assim que respondi, ela se encaminhou até meu closet. — Espera! Deixa que eu guardo. — Falei enquanto corria até ela ao lembrar que tinha colocado a foto do homem misterioso lá dentro, mas foi tarde demais. Pietra já estava com a droga da foto nas mãos.

Estranhei por ela ter ficado mais pálida que o normal e seus olhos claros pareciam espantados.

—Como conseguiu essa foto? —Disse ela, sem desgrudar os olhos da mesma.

—Eu achei. Por quê? Você por acaso conhece esse homem? —Seu silêncio me fez voltar a insistir. — Quem é ele Pietra?

—Não sei. — Ela largou a foto no mesmo lugar que estava e se recompôs. —A foto é sua e não minha. —Ela guardou minhas roupas apressada e deixou o quarto com mais pressa ainda.

—O que foi isso? — Manoela me questionou assim que ouviu a porta bater. Voltei até a cama e contei tudo sobre minhas suspeitas para ela, que me ouviu pacientemente. — Acha que esse cara pode ser amante da sua mãe?

—Juro que não sei o que pensar. Você viu o que estava escrito no verso daquela foto. — Respirei fundo, tentando manter a calma. — Por que ela esconderia em baixo do piano?

—Por que não pergunta a seu pai?

—Mas é claro. Vou chegar nele e dizer: Oi, pai! Você conhece o homem dessa foto? É que estou suspeitando que ele pode ter colocado um par de chifres na sua cabeça orgulhosa. — Ironizei. — Não posso levantar uma dúvida dessas e sujar a memória de minha mãe. É a honra dela que está em jogo.

—Tem razão. Foi uma ideia estúpida. — A vi coçar o queixo, enquanto pensava. — Uma vez eu vi umas coisas guardadas lá no porão. Pietra disse que pertenciam a sua mãe e a Kelly pediu que ela as escondesse lá para o seu pai não jogar fora.

—Então vamos lá! — Saltei da cama e ela permaneceu imóvel.

—Espera! Não é tão fácil assim. Só quem tem as chaves do porão é a Pietra.

—Droga! Se eu pedir ela vai desconfiar na hora. Eu nunca entrei naquele porão. — A desanimação em minha voz era nítida.

—Mas e se a gente não pedir? — Ela deu um sorriso travesso. — Eu posso tentar pegar a chave do quarto dela.

—Ela te mataria.

—Eu sei. Depois não diz que eu nunca fiz nada por você. — Eu a abracei forte antes mesmo dela terminar de falar. — Tá. Eu sei que você me ama, mas não precisa me enforcar. Ninguém garante que vamos encontrar nada lá.

—Mas também não custa tentar.

—Assim que der eu entro no quarto da megera e procuro a chave para você.

Horas depois...

Tomei banho, coloquei um vestido azul de mangas cumpridas e gola alta que ficava perfeito em mim. Estava calor, mas eu tinha esconder as marcas que Bruce deixou em minha pele. Calcei meu sapato vermelho, completamente feliz por já poder usar salto. Me sentia muito mais feminina. Uma verdadeira mulher fatal! Flagrei-me pesando no que Bruce acharia daquela roupa e me recriminei por isso. A opinião dele não importava. Ele me fez implorar. Onde eu estava com a cabeça quando fiz aquilo? Teria mesmo era que socar a cara dele por ter me feito de idiota depois de me usar.

Desci para jantar e planejava sair depois com Manoela. Seria bom ter uma noite só de garotas, mas já sabia que o maldito do Bruce não iria largar do nosso pé. Meu celular começou a vibrar na bolsa e vi que não tinha aquele numero salvo em meus contatos. Assim que falei “alô” reconheci logo de cara aquela voz suave.

—Erick? — Um sorriso se abriu em meu rosto. Cheguei a pensar que ele não me ligaria.

—O que foi que eu fiz de errado para você me tratar com toda aquela grosseira? — Ele disparou, parecendo chateado.

—Como assim? — Sorri, confusa.

—Você me mandou... —As palavras pareciam ter engasgado e ele limpou a garganta antes de concluir. — Tomar naquele lugar.

—É o quê? — Minha voz saiu espantada. — Eu nunca mandei você... —Fiquei sem jeito de repetir.

—Mandou sim. Ontem, no whatsapp. Se não queria ir comigo era só falar.

—Ir para onde? Eu não estou entendo nada... —Pausei ao recordar que tinha deixado o celular na piscina e as coisas começaram a se esclarecer. —Mas é claro...

—O quê?

—Será que a gente pode se falar depois, Erick? Eu tenho um assassinato para cometer agora. — Não esperei sua resposta e desliguei na cara dele.

Mas que filho da puta!

Subi a escadaria correndo e marchei até o quarto de Bruce. Estava bufando de raiva e aquela vontade de socar seu lindo rosto multiplicou-se em mil vezes. Ele não tinha o direito de mexer em minhas coisas. Por que ele tinha feito aquilo? Claro. Para zoar com a minha cara.

Empurrei a porta já preparada para começar a gritar pelos quatro ventos, mas o quarto estava vazio. O chuveiro estava ligado, o que significava que o miserável estaria tomando banho, então me sentei a borda da cama e cruzei os braços, aguardando ansiosamente por sua saída. Três minutos esperando foi o suficiente para me deixar impaciente e ainda mais irritada.

Já me preparava para esmurrar a porta daquele banheiro quando ouvi o celular que estava sob o criado mudo vibrar. Me aproximei e vi o nome “Chaz” na tela. Tentei ignorar nas duas primeiras chamadas, mas na terceira vez resolvi atender e dizer que o Bruce estava no banho. Nem mesmo tive tempo de abrir a boca, pois o cara começou a falar sem parar.

—Caralho, Justin! Por que porra você não atende esse telefone? O Ryan pediu para avisar que a parada já está toda armada meu irmão. Aquele nerd descobriu que o tubarão já confirmou a presença em vários eventos em Chicago e ele tem toda a agenda do cara. Agora está mais fácil de você eliminar o alvo e a grana cair na sua conta. Está feliz? — Fiquei paralisada e as coisas pareciam estar dando voltas em minha mente. — Justin? Fala alguma porra. Eu estou ouvindo a sua respiração.

—Justin? —Murmurei completamente confusa.

—Você não consegue mesmo ficar longe de problemas, não é? —Soltei o celular no chão tamanho foi susto ao ouvir aquela voz rouca e me virei rapidamente, encontrando um olhar frio que me fez arrepiar de medo. — É uma pena, pois agora eu vou ter que te matar! 


Notas Finais


Comentem, comentem, comentem! Eu juro que sou legal! *-* e respondo a todos os comentários.
Bjs e até o próximo domingo!


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