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História Dominadores. - Back To Black.


Escrita por: GessicaFrazo

Notas do Autor


Oie!
Voltei mais rápido do que o esperando, né?
Pessoal, prometo responder a todos os comentários antes do final de semana.
Bjs e boa leitura.

Capítulo 39 - Back To Black.


Fanfic / Fanfiction Dominadores. - Back To Black.

Las Vegas-Justin Bieber. 

 —Olha lá o que vai fazer, viu? —Chaz falou quando eu estava saindo do carro. —Estou falando sério, Justin. Você disse que iria conversar numa boa com e só por isso que eu contei onde ela estava, agora se passar dos limites... 

—Tá. Já entendi, agora cala á boca! —Aumentei os passos, entrando no prédio com ele na minha cola. 

—Só quero o bem dela. —O ouvi resmungar. 

—Pelo visto, vocês andam bem amiguinhos. —Meu tom de voz era acusador. 

Esperei impaciente que a porta fosse aberta e tomei sua frente, entrando primeiro no apartamento. Chamei por Selena, procurando em cada cômodo e nenhum sinal. 

—Cadê? —Segurei Chaz pela gola da camisa e o espremi contra a parede. —Você disse que estaria aqui. 

—Quando eu saí estava. Ela deve ter saído com a Vanessa. —Me respondeu chateado, livrando-se de mim. —Relaxa caramba! Desse jeito não vai conseguir chegar a acordo nenhum com Selena. —Continuou me dando bronca. —Vamos procurá-las. Bob deve ter visto alguma coisa. 

Ele começou a andar, saindo do apartamento e fui logo atrás. 

—Quem é esse? 

—O senhor que vende jornal aqui em frente. 

Quando deixamos o prédio, Chaz e eu fomos até o jornaleiro, que estava muito entretido folheando uma revista playboy.

—E aí, Bob! —Chaz o cumprimentou com muita intimidade. 

—Oi! O que vai querer hoje? 

—Nada. Na verdade, eu queria mesmo era saber se você não viu duas garotas saindo aqui do... —O velho o interrompeu, virando a página. 

—Uma morena e outra de cabelo amarelado? Vi sim. Elas foram para a lanchonete aí em frente e depois saíram. 

—Saíram para onde? —Decidi me envolver, sendo um pouco grosso. Chaz me olhou feio por isso, mas não me importei. 

—Para aquela direção. —Ele apontou com o dedão para o lado esquerdo. 

—Faz tempo? 

—Tem uns dez minutos. 

Comecei a ouvir a sirene da policia ao longe e logo depois, alguns disparos. 

—Isso foi tiro. —Chaz falou o óbvio. 

—Vem daquela direção. —Comecei a correr para lá, sendo seguido por Chaz. Algo dentro de mim dizia que tinha a ver com Selena. 

Passei pelas pessoas que corriam na calçada, desviando de um e outro até que avistei algo suspeito logo à frente. Um homem saiu de um beco e correu bastante apressado. Não cheguei a ver seu rosto, mas podia apostar que era culpado. 

Parei em frente ao beco estreito que ficava entre dois prédios e mesmo estando um pouco escuro, consegui avistar alguns corpos caídos no chão. 

Sem pensar em mais nada, eu entrei mais apressado do que nunca, com o coração na mão. Foi quando a vi ali, jogada de bruços e então me ajoelhei a seu lado. 

—Selena! Chamei desesperado, enquanto virava seu corpo, clamando mentalmente que não estivesse morta. 

Tinha sangue para todo lado e ela estava bastante machucada. Chequei seu pulso, sentindo um alivio que me fez voltar a respirar de novo. Os batimentos eram fracos, mas pelo menos não estava morta. 

Olhei para trás, onde Chaz estava com Vanessa. Seus olhos encontraram os meus cheios de pesar e então balançou a cabeça, dando a entender que nada poderia ser feito por ela. 

—Temos que sair daqui. Não vai demorar nada para a polícia chegar. —Falei pegando Selena em meus braços. 

—E ela? Não podemos deixar a Vanessa aqui.

Ele tinha razão. Se deixássemos o corpo de Vanessa, os policiais iriam investigar quem ela era e isso poderia ser um grande problema para todos nós. Comecei a colocar meu cérebro para trabalhar em uma solução. 

—Traga o carro para cá. —Ordenei e ele não perdeu tempo em obedecer. 

Olhei para aqueles dois homens no chão e percebi que um deles ainda respirava. Assim como o que fugiu, também não o reconheci. Eu teria o matado se não estivesse com as mãos ocupadas e apressado. 

Chaz não demorou nada para estacionar na frente. Ele pegou Vanessa e jogou no porta-malas, pegando a direção logo em seguida. Eu fiquei no banco de trás, com Selena deitada em meu colo, parecendo cada vez pior. 

—Liga para o Ryan. Ele vai saber o que fazer. —Chaz falou, dirigindo para bem longe e um pouco antes de virar na esquina, consegui ver a viatura chegando ao beco. 

***

Eu andava de um lado para o outro, bastante inquieto a espera de notícias sobre o estado de saúde de Selena. Nós estávamos em uma casa de lago, um pouco distante da cidade. 

O local era improvisado com alguns dos equipamentos necessários para ser usada em uma causa urgente como aquela. Dr. Bernard Thompson era um médico que havia sido proibido de exercer a função quando sua clinica clandestina foi descoberta. Não sabia de onde Ryan o conhecia, mas ele me garantiu que era excelente e muito discreto, já que costumava atender a criminosos procurados pela policia. Isso deveria me deixar mais tranquilo, mas eu não estava. Não me lembrava da última vez em que tinha me sentido tão nervoso assim. Ver Selena naquele estado e nada poder fazer me deixava uma terrível sensação de impotência. 

—Você vai acabar fazendo um buraco no chão assim. Sei que é difícil, mas precisa manter a calma. —Ryan pousou sua mão em meu ombro. —Bernard vai dar um jeito. Como já disse, ele é o melhor. 

Afastei-me de seu toque. Eu não queria ser consolado. Não queria ouvir e muito menos falar nada. Eu só queria Selena bem de novo. 

Virei para trás ao ouvir a porta ser aberta e avistei o senhor de cabelos bem grisalho vindo até nós. Não pude deixar de notar que havia sangue em seu jaleco branco e isso me deixou ainda mais tenso. 

—Como ela está? —O desespero em minha voz era evidente. 

Foquei um pouco mais em seus olhos castanhos a procura de qualquer sinal de notícia ruim. Ele abaixou a máscara, revelando um pouco mais de sua face séria. 

—Fala de uma vez seu decrépito! —Agarrei na abertura de sua camisa e Ryan veio logo me conter.

—Manera aí cara. —Disse, segurando firme no meu braço. —Agir desse jeito não vai ajudar em nada, muito pelo contrário. —Eu o encarei com raiva assim que ele se calou. Por mais que detestasse admitir, ele estava certo. Aliás, este maldito sempre estava.

Soltei o velho e ele alinhou a roupa, olhando-me feio pelo que fiz. 

—A moça fraturou a costela e teve muita sorte da vertebra lombar também não ter sido afetada, caso contrário, seria necessária uma cirurgia de risco que não poderia ser feita sem todos os equipamentos. —Falou cheio de calma. —Ela teve sorte de eu ter conseguido conter a hemorragia a tempo e o aborto foi inevitável. 

Eu congelei, sentindo a pior sensação do mundo por dentro. Fiz de tudo para não demostrar o quanto isso me doeu. 

—Ela está sedada e inconsciente no momento, mas creio que mais tarde irá passar o efeito do remédio. —Continuou ele e fiquei um pouco mais aliviado. 

—Sobre meus honorários... 

—Vamos acertar isso daqui á pouco, Bernard. —Ryan o interrompeu.

—Sabe dos riscos que corro, então já deve imaginar que não cobro barato pelos meus serviços. 

—Não importa o preço. —Entrei na conversa. —Você quer em cheque, cartão ou que deposite diretamente em sua conta? 

—Desculpe, mas aqui eu costumo trabalhar com dinheiro vivo. Ainda estou sendo monitorado, então é melhor não arriscar. —Pela primeira vez, ele sorriu para mim. Um sorrisinho ambicioso, esfregando uma mão na outra. —Cuide disso. —Ordenei a Ryan, pois não estava com cabeça para lidar com esse velho embuste. —Eu quero vê-la. 

—Ela não está consciente. 

—Quero vê-la mesmo assim. —Fui irredutível e o médico se viu obrigado a aceitar. 

—Enquanto isso, eu irei até a mansão resolver a questão da grana e aproveito para ver como estão as coisas com o restante do pessoal. —Ryan foi se encaminhando para a porta, apressado.

Tinha até esquecido de que os outros ficaram lá em casa, vendo o que seria feito a respeito do corpo de Vanessa. 

Desci as escadas que davam acesso ao porão da casa e me deparei com um cenário bem diferente do que esperava. Era idêntico a uma sala de cirurgia como aquelas que se ver em series de medicina. Se não fosse tão pouco iluminado, acharia que era realmente em um hospital. 

Selena estava deitada em uma mesa, rodeada por equipamentos cirúrgicos e dois auxiliares que usavam um uniforme verde. 

—Seja breve. —Bernard falou por minhas costas e depois de fazer um sinal chamando seus ajudantes, todos saíram.

Me aproximei mais da mesa, vendo com mais clareza todos os seus hematomas. Me senti horrível, desejando que tivesse sido eu em seu lugar. Nada machucava mais que a ver nessa situação. 

Pousei a mão sobre sua testa, subindo por seus cabelos bagunçados. Imaginei logo como seria sua reação ao saber que perdeu a criança. Provavelmente iria precisar dar um calmante forte para ela. 

***

—Já conseguiu descobrir quem é aquele careca? —Questionei Ryan assim que atendeu o celular. 

—Até agora, a polícia não descobriu sua identidade. O cara começou a ser interrogado depois que saiu do pronto socorro, mas ainda não abriu o bico. Parece que vão encaminhar o caso para o FBI. —Ele fez um breve resumo sobre a situação. 

—Eu o quero morto. —Apertei os punhos, sentindo a raiva queimar dentro de mim. 

—Se o FBI colocar as mãos nele será um pouco difícil. 

—Não quero saber. Ele vai pagar pelo que fez nem que para isso eu tenha que ir buscá-lo no inferno! 

—Certo. Sendo assim, eu vou pedir para meu informante no FBI me deixar a par de tudo e se houver uma brecha, nós o pegamos. —Seu suspiro foi longo e cansado. —Mudando um pouco de assunto, precisamos decidir o que fazer com o corpo da Vanessa. 

—Vocês ainda não resolveram isso? 

—É complicado. Ela tem a tia e um irmão. Não é correto enterrá-la sem a presença deles. 

—Sem sentimentalismo, Ryan.  A garota está morta e nada vai mudar isso, então faça o que tem que ser feito. —Ele começou a retrucar, mas parei de dar ouvidos quando virei para trás depois de ouvir um barulho de vidro quebrando e me deparei com Selena. 

Ela segurava na parede para conseguir manter-se de pé e puxava a respiração cansada, fazendo uma expressão de dor. 

—O que pensa que está fazendo? —Larguei o celular no chão e corri até ela, ajudando para que não caísse. 

—Hey! —Bernard passou apressado pelo corredor, vindo em nossa direção. —Ainda não pode ficar de pé. 

—Você a deixou levantar? —Serrei os olhos para ele. 

—Eu? Claro que não. Acabei de ser informado pelos meus assistentes de que a paciente não estava no quarto. —Ele colocou o outro braço de Selena em seu pescoço, ajudando-me.

—Não era para ter a deixado sozinha. —Continuei o culpando. 

—Ela estava sedada e mesmo que não estivesse, não era para conseguir levantar agora, quem dirá andar. Estou surpreso! 

—Quero enterrá-la. —Ouvi Selena falar com a voz entrecortada. 

Não precisou dizer mais nada para eu entender que ela tinha ouvido um pouco da conversa que estava tendo com Ryan. 

—Eu cuido disso. Volte para a cama. —Falei tentando guiá-la na direção certa, só que ela não estava colaborando. 

—Quero ir... —Não conseguiu terminar, respirando cansada.

—Pode deixar que resolvo. 

—EU VOU! —Sua voz saiu um pouco mais alta e agressiva. 

Olhei para o médico, esperando uma resposta se poderia levá-la ou não e ele pensou um pouco. 

—Bom, não é indicado que faça esforço agora, mas se insistir em levá-la, não me responsabilizarei. 

Olhei para Selena que estava de cabeça baixa. Ela certamente não desistiria da ideia e eu não podia me dar ao luxo de lhe dizer não agora. Tinha que melhorar as coisas entre nós, então acabei fazendo a sua vontade. 

Avisei a Ryan que estávamos de saída e pedi que já deixasse tudo pronto. Durante todo o trajeto até o cemitério, Selena não deferiu uma única palavra. Pior que isso, estava bastante quieta e pensativa, fitando as próprias mãos como pretexto para não ter que olhar para mim. Também preferi não falar nada. Sabia bem o quanto ela ainda deveria estar magoada comigo e isso certamente levaria algum tempo para mudar. 

Parei em frente ao cemitério onde reconheci os carros de Ryan e Khalil. Olhei para o lado quando a porta foi aberta e Selena deixou o carro usando de muito esforço. Recusou minha ajuda e passou a se mover devagar, utilizando as muletas que o Dr. Bernard lhe deu.

 Point of view Selena Gomez. 

A cada passo que eu dava, era como se recebesse uma descarga elétrica em meu corpo. Tudo doía, mas ainda assim, continuei. Essa dor não era nada comparada a que eu sentia no coração. 

Avistei o pessoal ao lado de uma sepultura e chegando mais perto, notei o caixão branco no chão. 

Respirei fundo e me aproximei, encontrando o olhar de Ashley. 

Seus olhos estavam vermelhos, entregando que havia chorado. Parecia visivelmente abalada e não era para menos. Além da parceria, elas tinham um vinculo forte. 

—Acho que já está na hora de enterrar. —Foi Chaz que falou. 

—Ainda não. Estamos aguardando a família dela chegar. —Ryan explicou e o silêncio reinou ali. 

Podia ver em seus rostos que todos sentiam muito por sua morte, principalmente eu, que fui incapaz de fazer algo para ajudá-la. Só Deus sabia o quão culpada eu me sentia. Foi na intenção de ajudar a mim que isso acabou acontecendo. 

Quando a tia de Vanessa e seu irmãozinho chegaram, meu coração ficou espremido. Ver a angustia deles chorando sobre o caixão era muito triste. Desviei o olhar da cena, observando Khalil ali, sozinho no canto. Estava cabisbaixo como nunca havia visto antes e tive a ligeira impressão de ver uma lágrima escorrer por seus olhos, mas ainda não tinha certeza.

Eu por outro lado, não conseguia chorar. Essa dor estava travada em meu peito, sufocando-me de um jeito que era angustiante e ainda assim, as lágrimas não desciam. Quando começaram a enterrar, meus olhos se fixaram no caixão, onde assim como os outros, joguei uma rosa sobre ele, dando o último adeus silencioso para minha heroína.

—Parece que vai chover.—Ouvi Justin dizer, olhando para o céu que estava escuro. —Venha, Selena! Vamos para casa. —Ele me estendeu a mão e como eu não movi um musculo se quer, continuou. —No estado em que se encontra, você não pode ficar sozinha. Precisará de repouso e de alguém para cuidar de você até que se recupere.

—Posso cuidar de mim sozinha. —Fui seca ao falar.

—Dessa vez, eu vou ter que concordar com ele, Selzinha. Você ainda está toda arrebentada, não sei nem como é que consegue andar assim. Precisa descansar e ter todos os cuidados necessários. —Chaz se envolveu para lhe dar razão.

—Depois que se recuperar, pode fazer o que quiser. —E mais uma vez, Justin falou e eu apertei os olhos.

Não estava suportando nem ouvir sua voz, porém, sabia que estava certo. Do jeito que me encontrava, seria difícil me virar sozinha. Ainda não tinha olhado em seus olhos desde que acordei e também não fazia a menor questão disso. Dei-lhe as costas e saí acompanhando os outros, ignorando por completo sua existência.

Chegando a mansão, tomei um banho com muita dificuldade tendo a ajuda de Dorothy e depois fui para o quarto de visitas que antigamente era meu.

—Tem certeza de que preferi ficar aqui? —Dorothy tentava me convencer a voltar para o quarto de Justin, só que isso certamente não iria acontecer. —E se você precisar de algo?

—Eu chamo.

—E se eu não ouvir?

—Eu dou um jeito. Não estou inválida a ponta de não conseguir nem ir ao banheiro sozinha. —Respondi sendo um pouco rude, mas não me retratei por isso.

—Você está meio estranha agora. Parece seca. —Ela me analisou por alguns instantes. —Se prefere assim, tudo bem. Tenho que voltar para a cozinha, mas se precisar de qualquer coisa, é só falar.

Quando a porta do quarto se fechou, passei a mão sobre minha barriga. Era exatamente assim que me sentia por dentro. Seca.

Fechei os olhos tentando dormir, mas em todas as tentativas meus sonhos eram invadidos por lembranças do que aconteceu. Sentia aquele cara me espancando, ouvia os gritos de Vanessa ao ser furada e tudo parecia tão assustadoramente real que era como se eu estivesse revivendo outra vez.

Quando meus olhos se abriram arregalados, eu puxei a respiração, sentindo o corpo meio mole. Minha roupa estava encharcada de suor e eu tremia como se estivesse febril. Ascendi a luz do abajur, apanhei as muletas que estavam perto e me levantei da cama fazendo um esforço que me fez contorcer o rosto por causa de tanta dor. Abri a gaveta, pegando a cartela de comprimidos que o médico me deu. Ele disse que aliviaria as dores.

Saí me arrastando com aquelas muletas pelo corredor, levando uma eternidade para conseguir chegar até o fim dele já que eu tive que parar umas três vezes para descansar. Comecei a ouvir vozes alteradas vindo da sala.

—Ainda não conseguimos descobrir nada além do que já disse. Um foi morto, outro está preso e parece que um deles conseguiu fugir. —Pacientemente, Ryan tentava acalmar os ânimos do restante do grupo.

—Eu vou entrar naquela porra de delegacia e esfolar esse verme!

—Acalme-se! —Parei no topo da escada, vendo Chaz segurar no braço de Khalil. —Agir de cabeça quente não vai resolver nada agora.

—Fácil falar quando não é um amigo seu que foi morto de maneira tão covarde! —Ashley passava as mãos pelos cabelos loiros, nervosa e revoltada. —Concordo com o Khalil. Vamos arrastar aquele filho da puta para fora da delegacia e fazê-lo entregar os outros.

—Vamos fazer as coisas com cautela. Eles são peixe pequeno nisso. Precisamos saber quem é o mandante por trás de tudo e só depois, tomar uma atitude mais drástica. —Quando Ryan fechou a boca, foi minha vez de falar.

—São russos. —Todos os olhares se voltaram para mim. —E eu sei quem os mandou. —Comecei a descer o primeiro degrau e vi Justin levantar do sofá, correndo até mim com toda pressa.

—Você vai acabar caindo. Deixa que te ajudo. —Me esquivei antes que pudesse por as mãos em mim. —Não seja teimosa, Selena!

—Não quero sua ajuda. —Respondi com toda a frieza que ele merecia e comecei a descer, ignorando a dor que cada passo me causava. Quando estava chegando ao último degrau, minhas pernas enfraqueceram de vez e senti os braços de Justin me amparando antes que caísse no chão. —Tira as mãos de mim. —Fui hostil ao me afastar, começando a andar para o mais longe possível dele.

—Você sabe mesmo quem é o mandante, Selena? —Ashley me questionou e confirmei, balançando a cabeça.

—Um deles disse com todas as letras: “Tubarão mandou mostrar o que acontece quando mexem com o lado dele”. —Sentei no sofá, relembrado cada expressão daquele homem enquanto falava isso.

—Mas por que ele mandaria matar vocês?

—Foi uma retaliação. —Ryan afirmou, olhando diretamente para Justin.

—Por que você e a Hailey mataram aquele cara que era subordinado dele. A culpa é de vocês! —Ashley gritou nervosa.

—Não fale besteira. Fizemos o que tinha que ser feito. —Justin se pronunciou, sendo indiferente a situação.

—E a Vanessa morreu por isso, mas é claro que você não liga, não é? —Ashley fez partida para ir até ele de punhos serrados, mas Ryan a segurou por trás. —Me larga idiota! —Ela se debateu ainda mais irada. —Agora se fosse a Selena no lugar dela, tenho certeza de que não estaria com essa cara de paisagem seu grande imbecil!

—Chega, Ash! —Ryan exclamou alto. —Ninguém queria que isso acontecesse com a Vanessa, mas estamos em guerra e você sabe bem que perdas são inevitáveis.

—Foda-se você também seu merda! —O grito de Ashley foi choroso e de partir o coração.

Olhei em direção a Bieber, sentado no outro sofá com os braços apoiados sobre as pensas, apenas assistindo. Ele não se importava com nada. Seu coração era gelado demais para que se comovesse com a dor de outras pessoas. Cansada disso, eu entrei na cozinha, tomei meu remédio e depois fui para o quarto com a ajuda de Chaz.

Estava verificando se as janelas estavam bem fechadas para que não chovesse dentro do quarto, quando ouvi a porta ser aberta e logo depois fechada. Não precisava olhar para trás para saber de quem se tratava.

—Não quero que entre aqui. —Falei sem nem mesmo me dar ao trabalho de virar.

—Sei que está chateada agora, mas isso vai passar e você vai entender depois. —Senti sua presença logo atrás de mim.

—Chateada? —Apertei os punhos, trincando os dentes. —Eu estou é morrendo de ódio da sua cara e não tenho certeza alguma de que isso um dia irá passar.

—Não exagera, Selena. —Foi quando sua mão tocou meu ombro que resolvi virar, com sangue nos olhos, dando um supetão em seu braço para que me largasse.

—Tudo o que aconteceu é sua culpa. —Apontei o dedo para o rosto dele, fervendo de raiva. —Se não tivesse feito tantas idiotices, Vanessa estaria viva agora e meu filho... —Apertei minha barriga com desespero. —Você conseguiu ferrar com tudo.

Olhou-me nos olhou, deixando transparecer uma tristeza que estava certa de que era tão falsa quanto ele. Justin desviou o olhar, ficando pensativo até que voltou a se manifestar. 

—Há males que vem para o bem. —Sua voz saiu baixa como se não quisesse que eu ouvisse, mas para o azar dele, eu ouvi sim.

—Há males que vem para... —Soltei todo o ar, desistindo de repetir tamanho absurdo. —VOCÊ É UM FILHO DA PUTA IMBECIL! —O empurrei uma vez, depois outra, mas ele continuou imóvel. Não fez cara feia, não abriu a boca, não fez absolutamente nada para impedir e isso me deixava ainda mais irritada. —SOME DAQUI! SAI AGORA DESTE QUARTO! VAI! —Ele olhou uma última vez, abaixou a cabeça e foi embora.

A mágoa que estava sentindo era bem maior que qualquer sentimento que tinha por ele. Nada tirava da minha cabeça que Justin era o principal culpado de tudo isso e não tinha certeza se poderia perdoá-lo algum dia.

 Autora.

No dia seguinte...

Enquanto assinava alguns documentos importantes, Erick vez ou outra passava o olhar pelo celular que estava sobre sua mesa. Selena não havia mais dado notícia desde a última vez que se falaram e em sua cabeça, estava repleta de teorias sobre o motivo de seu sumiço.

Suspirou, carimbando um papel quando sua atenção se voltou para a porta no momento em que uma loira alta entrou na sala, sendo seguida por sua secretária, que parecia extremamente brava.

—Eu falei a ela que não podia entrar aqui sem agendar antes. —Lara serrou os olhos para a invasora. —Eu vou chamar a segurança.

Sendo completamente ignorada, a loira aproximou-se da mesa de Erick, fazendo o barulho de seus saltos ecoarem.  

—Erick Dover. —Sentou-se em uma das cadeiras, cruzando as pernas de um jeito sedutor.

Erick a olhou com a testa franzida.

—Isso. Mas quem é você?

 —Meu nome é Hailey. —Respondeu retirando seus óculos escuros. —Mas pode me chamar de: A solução de seus problemas

 


Notas Finais


Erick e Hailey juntos?
DEUS, ISSO NÃO VAI PRESTAR.
O que acham?


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