História Dominus - Domine seu lado obscuro (Imagine Kim Taehyung) - À Flor da Pele

Eu já havia dado voltas por toda cabana umas 50 vezes.

Eu dizia pra mim mesma que era pra poder reconhecer o local, mas nenhum ser humano decente precisaria saber quantos azulejos um banheiro tem e quantos talheres existem disponíveis na cozinha.

No fundo eu sabia o real motivo do meu tour.

Eu estava com medo.

E não, não é o que estão pensando, eu não estava com medo do que Taehyung poderia fazer comigo numa mesma cama a noite inteira, ah não…

Eu estava com medo do que eu poderia fazer com ele, das coisas que eu poderia deixar escapar da minha boca sem querer, eu não sabia me controlar com ele tão perto assim, e depois de todas aquelas frases de duplo sentido...eu não sei se seria capaz de simplesmente deitar e dormir.

Eu estava protagonizando um documentário da selva agora, eu era uma leoa faminta e Taehyung um belo pedaço de carne definido esperando por mim naquela cama enorme…

E por isso eu decidi que ficaria rondando a cabana até que ele finalmente dormisse, assim eu poderia me sentir mais preparada pra simplesmente cair no sono, afinal eu esperava que meus instintos não fossem tão malucos a ponto de abusar de um cara dormindo.

-Pelo amor de Deus, dá pra você parar de andar?!- Tae pedia, já deitado na cama, me olhando como se eu fosse maluca de estar verificando quantas persianas existiam na cozinha, o pessoal tinha caprichado na arquitetura pra uma simples cabana.

-Eu só estou...tentando relaxar tá legal?!- eu dizia, não conseguindo controlar meu coração ao vê-lo saindo debaixo das cobertas, já usando o pijama de cetim da escola.

O tecido era tão fino que parecia que eu estava vendo todo seu corpo nu. A definição dos braços, os ombros largos, pernas torneadas, e finalmente o...ei! Se controla garota!

-Com a sua tentativa de relaxar você está me deixando tenso, eu não consigo dormir!- ele reclamava, vindo até mim na cozinha.

Ah não, proximidade não, proximidade não…

-Eu não tô com sono tá legal?- eu dizia, tentando focar em qualquer coisa na cabana que não fosse ele, isso com certeza me acalmaria. 

-E por que está sem sono?- ele perguntava, aquele tom grave, como se ele no fundo soubesse que era dono da minha inquietude, os botões do pijama se contraindo quando ele apoiava as mãos nos quadris, eu fitando as frestas abertas, ansiando ver mais.

-E-eu…- pensa rápido S/n! Pensa rápido! -Estou pensando na invasão de amanhã…- boa! -Só estou tensa…

Ele arqueou as sobrancelhas. -Eu sabia que você ainda não estava pronta pra entrar com tudo nisso, eu avisei a JungKook que não deveria ter feito essa oferta- ele dizia, aquele olhar que reprovava completamente minha decisão de ter entrado para ajudar a causa dos renegados.

-JungKook só quer que as coisas sejam mais justas, ele só pediu ajuda porque precisa- eu dizia, o olhar de Tae mudando novamente ao me ver citando Kook.

-Por que está defendendo ele?- perguntava, um tom estranho em sua voz, era uma mistura de raiva e algo como...não sei...não podia ser o que eu estava pensando.

-Não estou defendendo ele, só estou dizendo a verdade…

-Você está o defendendo sim...na verdade, acho que deve ter algum motivo por trás disso…

-O que quer dizer?

-Você não deve ter aceitado entrar nisso tudo só pelo mundo mais justo, eu vi a forma que ele olha pra você, o jeito que ele fala com você, sempre com segundas intenções…- eu abria a boca, indignada com o fato dele achar que eu só estava fazendo aquilo porque supostamente gostava de JungKook.

-Não ouse questionar minhas intenções!- eu exclamava, morrendo de raiva.

-O que? Vai me dizer que você não sabia? Olhe nos meus olhos e diga que Jungkook nunca tentou se aproximar de você de um jeito diferente…- ele dizia, me fitando firmemente.

Eu não conseguia negar, JungKook realmente havia flertado comigo várias vezes…

-E daí se ele se aproximou de mim dessa forma?! O que você tem a ver com isso?! Se já esqueceu, não é meu namorado de verdade!- eu revidava, ele sempre me tirava do sério, eu nunca conseguia ficar em paz e plena por muitos minutos quando ele estava no mesmo lugar que eu.

-Eu não gosto do jeito que ele olha pra você!

Suspirei. -Por que isso te incomoda?! 

-Porque eu não quero que você sorria pra outra pessoa…- ele dizia, me fazendo franzir o cenho, sem entender nada. -Não quero que faça piadas com outro, nem que brigue com outra pessoa além de mim- eu ri.

-Você está soando como um psicopata possessivo agora- Tae pegou em minha mão rapidamente, a colocando no meio de seu peito.

Arregalei os olhos, em surpresa com o gesto, sentindo seu coração acelerado, batendo forte contra a palma de minha mão.

-Está sentindo isso?- perguntava, dando um passo à frente ficando mais perto. -Esse é o efeito que você tem em mim- ele completava, eu extremamente confusa, onde ele queria chegar? Que eu dava ataques de raiva nele?

Ele riu. -Você ainda não entendeu? É muito lerda mesmo…- ele sempre encontrava algum jeito de me xingar, com isso sim eu estava acostumada.

-Eu não achei que ia precisar dizer com todas as letras, estava esperando que você entendesse sozinha, mas acho que não vai rolar- ele dizia, eu ainda sem compreender.

-O que eu quero dizer, é que eu quero continuar sendo alguém com quem você se importa, mas de uma forma especial…- ai meu Deus...ele não estava se referindo ao que eu achava que era né?

Eu só posso estar sonhando, isso não deve ser real…

-Ninguém nunca tentou me conhecer melhor, eu passei a vida toda achando que a única pessoa com quem eu realmente poderia contar era comigo mesmo...depois que fiz o acordo e que matei aquele garoto, nunca ninguém me perguntou diretamente o que aconteceu, ou procurou saber se aquilo que todos pensavam era realmente verdade...até que você chegou…- eu não conseguia nem respirar direito mais, meu foco agora era só nele e nas palavras que saíam de sua boca.

-Eu sempre coloquei um escudo perto de qualquer pessoa que tentasse se aproximar demais, porque eu tinha medo de ser uma maldição pra ela também...mas você não estava nem aí pra isso- ele sorriu, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, me dando arrepios.

-A primeira vez que eu te vi fiquei imaginando que tipo de pessoas malucas eles tinham passado a aceitar na seleção, com você invadindo minha sala de treinamentos e eu quase morrendo com meu próprio leão de fogo- eu ri, lembrando do nosso primeiro encontro.

-E você não parava de me surpreender, aparecia sempre nas piores horas, me fez dar aulas pra você, me acusou de assassinato...mas diferente de toda escola, você me deu o benefício da dúvida, e confiou em mim pra descobrir o verdadeiro assassino- eu nunca havia imaginado como seria as coisas do ponto de vista dele…

-Você e sua teimosia te levaram a descobrir todos os acordos obscuros de Dominus, sua coragem te fez me substituir no Abdurandan mesmo sendo seu primeiro ano na escola, e sua vontade insana de saber mais sobre mim te levou a descobrir tudo que eu nunca tive coragem de falar pra ninguém...e, quando achei que você se afastaria depois de saber quem eu era de verdade e o que eu havia feito, em vez de correr você disse que se importava comigo- eu não sabia o que esperar, minha mente estava explodindo tentando captar tudo que ele estava dizendo.

-Eu estava certo de que nunca mais deixaria ninguém entrar na minha vida, mas quando menos eu esperei, você estava ali, presente...comecei a me pegar sentindo falta de te irritar e de rir com você, comecei a me sentir ansioso para nossas aulas, a ficar extremamente preocupado com seu bem-estar e segurança, e a me sentir extremamente incomodado quando via qualquer garoto conversando com você…- ai meu Deus...aquilo realmente não podia ser real…

-Quando eu menos esperei você já era parte da minha vida...mas ainda não está no papel que eu queria...um mais próximo- tudo bem, as chances d’eu ter um ataque cardíaco agora são enormes.

-Se você ainda não entendeu, deixe-me esclarecer…- ele colocou a mão no canto de meu rosto, me fazendo mirar seus olhos. -Eu gosto de você...de verdade...e não queria que isso fosse só um fingimento- tudo bem, hospital? Beleza, reserva um leito aí pra mim que eu já posso ter uma parada cardíaca.

-Eu quero que você seja minha…- ele sussurrava, colocando a mão em minha cintura, me trazendo pra bem perto, meu corpo agora colado no seu.

-Pensei que não quisesse se envolver em outro relacionamento...não foi isso que me disse naquele dia?- eu perguntava, usando os últimos suspiros de vida que eu ainda tinha, meu coração em uma loucura completa, minha mente pifando, os pelos do meu corpo se eriçando, o ar ficando cada vez mais quente.

-Você me fez fazer coisas que eu nunca pensei que faria desde que chegou aqui...isso só seria outro item pra adicionar na lista- ele sorria, eu ri.

-M-mas você não está curioso pra s-saber o que eu acho também? S-sobre você…- para de gaguejar cérebro! Volte ao normal agora mesmo! Você tem que ser capaz de formular palavras ainda!

Ele deu aquele sorriso malicioso. -Não preciso que você diga que me quer...eu vejo nos seus olhos- dizia, eu mordendo o lábio instintivamente, a voz dele me excitava completamente. -Mas acho que você precisa que eu diga claramente…- ele veio até meu ouvido, mordiscando o lóbulo de minha orelha.

Estremeci.

-Eu quero você…- disse, eu ainda achando que estava sonhando. Por mim poderia dormir eternamente.

Depois de ouvir tudo que ele sentia sobre mim, de finalmente entender a forma como ele agia, isso tudo apenas fomentou minha paixão por ele, o quanto eu o queria, o quanto o amava…

Quando ele voltou a me olhar, não consegui evitar dizer o que eu queria desde o início daquela viagem em voz alta:

-Eu também te quero...muito- aquilo foi como um sinal verde pra ele finalmente vir de encontro aos meus lábios, dessa vez sem nenhum inconveniente ou interrupção de merda pra nos atrapalhar.

Quando seus lábios tocaram nos meus foi como se faíscas tivessem sido acesas por todo lado, meu corpo completamente energizado, eu me sentindo completamente viva na maior potência pela primeira vez.

Com um movimento rápido ele me colocava em cima do balcão da cozinha, diminuindo um pouco nossa diferença de altura.

Suas mãos habilidosas percorriam desde o fim da minha perna, subindo, subindo e subindo, levantando ainda mais a minha saia do colégio.

Sua boca se abria lentamente, enquanto eu permitia sua língua explorar todo o interior da minha, os beijos ficando cada vez mais intensos e frenéticos. 

Era um encaixe perfeito.

Foi aí que eu tive certeza que ele me queria na mesma intensidade que eu, que não foi loucura da minha cabeça todos aqueles duplos sentidos…

-Porra...eu esperei tanto por isso…- ele dizia entre os beijos com aquela voz grossa e potente, pelo visto aqueles olhares misteriosos que ele me dava queriam dizer muito mais do que eu imaginava.

Se ele estava esperando muito imagina eu…

Mas eu ia fazer valer a pena cada segundo que perdemos longe.

Ele descia os beijos ardentes até meu pescoço, o acariciando com sua língua, enquanto eu passava a mão por seu cabelo macio, sempre bagunçado e charmoso do jeito que eu adorava.

Ele abria os botões de minha camiseta, dando um beijo em minha pele nua para cada botão que abria.

Eu estava ofegante, quase caí pra trás quando ele chegou no meio do meu peito, enfim deixando a blusa toda aberta.

-Você realmente é uma bruxa poderosa…- ele dizia, olhando pro meu corpo cheio de desejo e urgência. -Que tipo de feitiço lançou sobre mim?- perguntava, dando uma leve puxada em meu cabelo, me fazendo olhar pra ele.

-Você é má S/n…- sua mão apertava minha coxa, me fazendo arfar. -Não deveria ter usado seus poderes em mim…- ele dizia, seu olhar numa mistura de maldade e maliciosidade.

Eu adorava.

Sua mão chegava a parte mais sensível de minha coxa, entre as pernas. -Acho que precisa ser punida por isso…- apertei seus ombros, mordiscando meus lábios em expectativa, já sentindo meu corpo reagir aos toques dele.

-Não sei se posso ser bonzinho…- continuava, colocando o dedo na alça de minha calcinha, me deitando no mármore do balcão, a retirando de mim lentamente, me fazendo sofrer de desejo no processo.

Ele me puxou para ficar sentada novamente, meu olhar quase implorando que ele continuasse.

Mas ele queria me provocar, a saia permanecia, só havia retirado a parte debaixo, apenas olhando sem fazer absolutamente nada.

Mas se ele não ia fazer algo eu ia.

Comecei a abrir os botões de sua camisa freneticamente, ele parando minhas mãos logo no início, como se quisesse que eu esperasse mais.

Mas eu não esperaria um minuto a mais sequer.

Com um comando sussurrado, fiz com que cada um dos botões de sua camisa de cetim do pijama se derretessem sob meu poder, ele logo tendo que retirá-la por estar quente demais.

Deu um meio sorriso.

-Isso é jogo sujo S/n...usando seus poderes?- ele dizia, eu estava adorando aquele joguinho.

-É a penalidade por não me punir corretamente- o provoquei, ele parecia surpreso com minha iniciativa.

-Ah é?- perguntava, colocando a mão sob minha saia novamente, me dando arrepios até que finalmente chegou onde eu queria. -Então eu acho que tenho que fazer isso direito…- seu dedo começou a me massagear, eu soltando um pequeno gemido com o gesto, o que parecia ter o incentivado a continuar. -Eu não vou parar…- dizia, entrando mais uma vez, agora com dois dedos, apertei sua nuca. -Até que você diga que estou fazendo certo…- continuava, indo cada vez mais fundo, me enchendo de um prazer indescritível.

Eu gemia cada vez mais alto. 

-O que? Não estou conseguindo entender- ele dizia, indo mais rápido. Gemi mais alto. -Está correto assim pra você?- perguntava. 

-S-sim…- consegui responder com muita dificuldade. 

-Estou fazendo certo?- perguntou, mordi um dedo, tentando controlar minha reação, não conseguia dizer nada, ele foi ainda mais rápido. -Estou?- insistia.

-S-sim...está certo...muito certo…- eu dizia, o abraçando e dizendo em seu ouvido:

-Ah...Taehyung...eu acho que...eu quero…- ele parou no mesmo instante.

-Não...você não pode gozar ainda- ele ordenava, como se ainda fosse meu treinador me dando uma de suas instruções.

Ele me levantou em seus braços, me levando finalmente até a cama, se sentando comigo ainda em cima dele.

-Eu quero mais…- pedi, me movimentando em cima dele, sentindo seu membro rígido tocando minha parte desprotegida, que ansiava por mais depois de ter sido atiçada por ele.

Ele deu um pequeno gemido, me fazendo sorrir.

-Já não é o suficiente?- perguntava, eu negava, fazendo movimentos circulares ainda mais fortes.

-Não...não é- respondi, o tecido de cetim e seu membro enrijecido acariciando minhas partes baixas, eu achando extremamente sexy o jeito que ele tentava esconder o gemido, baixinho, só me incentivando a fazer mais.

Ele me virou, me colocando sobre a cama, mais excitado que nunca.

-Não deveria ter feito isso S/n...não tem mais volta agora- ele avisava, como se eu realmente fosse querer parar.

Ele retirava a calça de cetim, quase como se eu estivesse em um strip tease depois de pagar pelo garoto mais caro do catálogo, a cueca demarcava com exatidão o volume com o qual eu teria que lidar, ainda maior do que as expectativas que eu tinha colocado ao olhar descaramente pra ele no ônibus.

Seu físico era tudo o que eu imaginei e ainda mais, eu estava praticamente babando nele, admirando cada centímetro de seu corpo, o peito, a barriga, as pernas torneadas...ele era um sonho.

Voltei pra cima dele, animada por ele estar quase nu, deixando uma linha de beijos que vinham desde seu pescoço, passando por seu peito, sua barriga, descendo…

Ele gemeu.

Massageei seu membro ainda escondido, assistindo em completo prazer ele se contraindo na cama com os toques, gemendo.

-S/n…- o som dele chamando meu nome daquele jeito...era impagável.

Agora sim ele estava impaciente.

Se levantou, pegando em minha bunda, me sentando em cima dele novamente, ele a apertava, a pressionando contra seu membro, me fazendo ansiar por mais.

Arranhei suas costas em resposta, tentando extravasar todos os meus sentimentos de alguma forma.

Ele finalmente se livrou da minha camiseta já aberta, abaixando a alça de um sutiã, deixando um de meus seios à mostra, levando sua boca até ele.

Arfei, sentindo sua língua quente enrijecer meus mamilos enquanto ele apertava o outro seio.

-Você realmente quer isso?- eu quase ri, era fofo ele perguntar, mas meu corpo já havia respondido aquela pergunta por si só.

-Mas é claro que eu…- de repente comecei a sentir uma dor insuportável no meio do peito.

Ótimo momento pra querer enfartar S/n, ótimo mesmo! Perfeita escolha!

-S/n?- Taehyung perguntava, seu olhar extremamente preocupado agora.

-Ai…- ele me retirava de cima dele, enquanto eu me contorcia em dor.

-S/n?! O que está acontecendo?!- ele exclamava.

Hospital, quando eu disse do leito era brincadeira tá?

A dor não parava de aumentar, ela me consumia, inundava todo meu ser, queria me sufocar…

Tudo que eu sabia é que estava sentindo minha vida sendo retirada de mim.