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História Don't be afraid - É o fim


Escrita por: anddarlin

Notas do Autor


Último T.T

Capítulo 12 - É o fim


Fanfic / Fanfiction Don't be afraid - É o fim


Sinto dores muito fortes no meu pulso, minha visão está embaçada, estou com uma vontade de vomitar tremenda. Quando me recupero vejo que Brad está me amarrando em uma cadeira no meio do porão, Anelize e Adam estavam amarrados também. Brad estava totalmente pálido, seus olhos estavam mais arregalados que o normal, sua boca estava suja com sangue. Anelize chorava como se não houvesse amanhã, e talvez não haveria mesmo...
- Brad, o que está fazendo? - pergunto com medo, ele não me responde e continua apertando o nó em que me prendia. Ele sobe e sai do porão.
- Eu estou com medo mamãe - Anelize fala entre seu choro.
- Não sinta isso Anelize! - digo firme - Pensa em um lugar bom, pense - digo e falo para Adam fazer o mesmo. - Agora conte para a mamãe no que você pensou - digo e Anelize sorri.
- Eu estava lembrando, de quando eu, você o Adam e o papai fomos no parque de diversões - diz e não contenho as lágrimas - De como o papai tinha medo de ir na montanha russa - Adam chora junto comigo, Anelize continua sorrindo mas logo surge lágrimas em seus olhos.
- Continue pensando nisso minha filha, vamos Adam você também - incentivo e ele assente com a cabeça, ele fecha os olhos e logo se pronuncia.
- Estou lembrando daquela vez em que fomos ao cinema e você não parava de rir de uma cena do filme, e você ficou assim o filme todo - diz e começamos a rir, mas Adam e Anelize cessam a risadas e ficam assustados.
- Ele está aqui mamãe - Anelize começa a chorar.
- Não sintam medo meus filhos, eles se alimentam disso! - afirmo
- Vamos nos alimentar do sangue de vocês - ouço uma voz atrás de mim.
- Se existe um Deus, ele não há de permitir isso - sussurro, um vento gelado passa por minha orelha.
- E se não existir ? - sussurram na minha orelha, eu não conseguia parar de sentir medo. Eu não conseguia. Olho para Anelize e atrás dela está a menininha, ou seja, eu quando criança.
- Seu medo irá os matar - ela diz, surgem mãos das paredes e a tentam pegar, ela olhava fixamente para mim e continuava a falar "seu medo irá os matar", quando as mãos a alcançam, ela desaparece. Agora tudo faz sentido, os sonhos que eu tive daquele massacre em família causado por mim, seria pelo meu medo. Eu vou ser a culpada de alguma desgraça se eu não me controlar, eu preciso me controlar.
- PAPAI - Anelize grita, não consigo olhar para trás mas parece qua alguém caiu da escada, e pelo visto era Brad. Tudo estava horrível, o choro de Adam e Anelize, aquelas vozes que não paravam de sussurrar. Parecia o pior pesadelo, e era mesmo.
- QUEM SÃO VOCÊS AFINAL!? - grito de desespero e todos os barulhos cessam, inclusive o choro de meus filhos. O porão começa a se contorcer e o local vai mudando bruscamente. O cenário estava mudando para um quintal, havia crianças brincando de pega pega, e também havia duas crianças conhecidas... Tobi e a menina loira que até então não lhe sei o nome. Mas eles não estavam com a aparência macabra que eu tinha visto, estavam como duas crianças normais. Percebo que não estou mais amarrada naquela cadeira então me aproximo, Tobi e a menina se separam do grupo de crianças e vão para um local afastado, decido os seguir. Eles chegam até uma árvore, mas logo em seguida vem um grupo de meninas, aparentavam ser uns 5 anos mais velhas que Tobi e a menina.
- Os irmãos aberrações trouxeram o que nós pedimos? - uma das meninas do grupo pergunta, e percebo que aquele rosto era bastante familiar... m-mãe? Sim, era a minha mãe quando adolescente. Reconheço por várias fotografias.
- Ah Marta, não insulte as aberrações - então todas começam a rir, menos Tobi e sua irmã.
- Não vamos fazer o que nos pediram! Isso é um crime - A irmã de Tobi diz.
- Seus pirralhos, vocês não podem ser presos - Marta, minha mãe diz.
- Não importa, não faremos tal ato! - responde Tobi ríspido. O grupo de meninas se enfurece e pega Tobi pelo braço e o começa a arrastar dali. Sua irmã gritava desesperada para que as mesmas parassem, mas em vão. Sigo o grupo de garotas e elas entram em um galpão abandonado.
- Sabe o que acontece quando não fazem o que nós pedimos? - minha mãe diz em tom de ameaça, Tobi por incrível que pareça, não aparentava medo. A ficava encarando em silêncio. Minha mãe pega um isqueiro e começa a acender e apagar na frente do mesmo. A expressão de Tobi mudou bruscamente, agora ele parecia assustado.
- O-o que vai fazer? - pergunta com medo. Minha mãe da um sorriso perverso.
- Acho que eles já aprenderam a lição, vamos embora Marta! - uma das garotas diz percebendo a tragédia que iria acontecer.
- Vá você, eu ainda não terminei - diz e acende o isqueiro novamente. Todas as garotas vão embora e só fica minha mãe e Tobi. - Você e sua irmãzinha, nunca existiram - diz e ela começa rir, nesse exato momento ela começa a jogar álcool em sua face, Tobi tossia e já estava chorando, ela acende o isqueiro e joga no mesmo.
- NÃO - tento impedir mas o cenário já havia mudado, eu estava no topo de um precipício e do lado estava a irmã de Tobi, havia hematomas por todo seu corpo e seu rosto havia uma tristeza indescritível. Vejo uma lágrima sair de seu olho esquerdo e ela se joga. Fico apavorada e começo a chorar, minha mãe era um monstro! Por que fazer tamanha maldade com duas crianças!? Por que!? Um desespero toma meu corpo, agora eu estava dentro do quarto em que minha mãe morreu, eu estava viajando e não pude ir, nunca fiquei tão triste em uma viagem. Meu pai estava do seu lado segurando sua mão. Ele chorava e minha mãe encontrava forças para dizer algo.
- É... minha..culpa- diz ofegante. - Eles ... existem - chora. Me aproximo e fico de frente a ela.
- Como pode ser tão cruel!? Como!? Pra mostrar superioridade!? Eram apenas crianças! Duas crianças normais! - grito.
- Não era bem assim - ouço e me viro rapidamente, vejo minha mãe com uma aparência péssima, estava pior que em seu leito de morte. Uma raiva me subiu pelo corpo, me viro e a imagem de minha mãe deitada ainda estava lá.
- Como teve coragem? - pergunto entre as diversas lágrimas que desciam pelo meu rosto.
- Tobias, ele se chamava Tobias. Sua irmã se chamava Clara, mas quase ninguém sabia o nome dela - explica com o olhar cabisbaixo.
- Por que? - pergunto me virando para ela.
- Ela era filha de uma bruxa, a mãe foi morta queimada. - suspira - e sua mãe se chamava Clara, mas ela era pra ser sacrificada em um ritual que sua mãe fazia, mas descobriram o esconderijo dela e impediram tal atrocidade - explica e eu dou uma risada sarcástica.
- Quem é você para falar de atrocidades!? - digo e ela desvia o olhar. - E só porque a menina era filha de uma Bruxa, vocês a maltratavam? - pergunto incrédula, ela volta a me olhar.
- Nós achávamos que ela iria ficar igual a mãe quando crescesse - responde e eu a olho aterrorizada.
- Você é um monstro! Um monstro! - choro de raiva.
- Tobias, os pais dele eram irmãos, mas ela não nasceu com nenhuma deficiência física e sim mental. Ele falava que era o próprio filho de satanás. Em uma festa para os vizinhos, ele perfurou seu próprio braço com um dos garfos, e falava que não sentia dor... Talvez ele não sentisse mesmo. - explica.
- Isso não é explicação para o que você fez! ELE TINHA PROBLEMAS! - grito. - Então por que os chamavam de irmãos sendo que eles não eram? - pergunto
- Porque eles eram os únicos que tinham histórias estranhas... então para todos eles eram irmãos. - diz e eu a olho com desprezo.
- E quando eu falava pra você que os via, você insistia que era invenção!? Como você pode!? - pergunto indignada, ela abaixa seu olhar.
- Para você não sentir medo, para eles irem embora. - diz chorando.
- E olha agora!? É tudo culpa sua. Você é a verdadeira aberração dessa história toda! Só você - cuspo as palavras em sua face e o cenário vai mudando, estou de volta ao porão, presa naquela cadeira. Começo a chorar e Anelize e Adam estavam desacordados. Tobi e Clara estavam na minha frente.
- Por que Jimmy não os vê? - pergunto enquanto choro.
- Ele nunca nos viu, Jimmy era um garoto solitário e se aproveitou da situação para ter sua amizade. - Clara diz sorrindo. - Mas não se preocupe, nós já cuidamos dele - complementa ainda com seu sorriso.
- Não sabe como sua mãe nos fez sofrer - Tobi diz, ela não sorria, ele estava com uma expressão furiosa. - Então para o sofrimento dela ser maior, nada melhor que fazer a filha dela sofrer - diz e seu sorriso volta ao rosto.
- Nos alimentamos do medo, do seu medo. Você nunca conseguiu se livrar dele Heloísa, você só se esqueceu dele. E você sempre irá ter medo, assim como todo ser humano insignificante - Clara diz, sinto as cordas que me prendiam se afrouxaram. Ela estava certa, eu sempre iria ter medo, sempre. Então é melhor acabar com tudo, que eles vençam. Olhava para Anelize e Adam, eles não mereciam isso, eles mereciam o melhor, meus filhos. Eles não tem culpa de nada, eu vou acabar com o sofrimento deles, eu vou acabar com tudo isso. Havia uma calibre 38 em cima da escrivaninha. A pego e miro em Adam. Tobi e Clara olhavam tudo atentamente, mas eles não sorriam.
- 3 balas - sussurro. Estou tremendo como nunca havia tremido antes. Lágrimas escorriam pelo meu rosto constantemente. - Me perdoem - atiro em Adam, o tiro pega em sua garganta, e logo seu corpo está coberto de sangue. Quando vou mirar em Anelize, ela estava acordada e me olhando. Ela chorava quieta. Fecho os olhos e atiro. Não consigo mais olhar a cena então aponto a arma para minha cabeça.
- Meu medo os matou - e logo aperto o gatilho.
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*-Chefe, os corpos estão no porão.*
*- Como está a situação?*
*- Deplorável, parece que a mãe era louca e conseguiu fugir do hospital em que estava internada. Voltou para a casa e matou a todos.*
*- Por Deus... e aonde ela está?*
*- Se eu não estiver enganado, ela se matou logo em seguida.*


Notas Finais


Até mais galera, comentem haha


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