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História Don't die yet! - O fim


Escrita por: Bikuta_IV

Notas do Autor


Yo!
Mil desculpas pelo atraso, ocorreram alguns problemas e eu só pude postar o capítulo agora.

Link da minha nova fanfic nas notas finais

Boa leitura, até as notas finais!

Capítulo 6 - O fim


       As coisas tem ido muito bem para Sokar e Nicolas, agora os dois trabalham fazendo com que a renda da casa crescesse e ambos pudessem desfrutar de mais conforto no lar. Sokar demonstrou melhora em se comunicar com outros e atualmente conversa com a maioria do pessoal do seu setor sem problema. Mesmo que um homem insista em manter distancia de si.

            — Porque Donn me evita? Eu mudei tanto para que comecem a me evitar sem nem me conhecer? — Sokar soltou um suspiro enquanto dirigia de volta para casa, no carro que pegou empresado com Nicolas.

       Sokar estacionou o carro na garagem da casa e entrou, estranhou ao ver tudo desligado, pois Nicolas estava em um dia de folga e havia dito que ficaria em casa assistindo series na Netflix.

— Nicolas? Está em casa? — Falou ligando a luz da sala e vendo um vulto correr em direção à cozinha, tendo um pequeno susto ao ver a cena — Nicolas, eu espero que isso não seja uma brincadeira de mau gosto.

        Adentrou a sala e viu um caminho de gotas que ia do centro da sala para a cozinha. O coração de Sokar começou a acelerar e pensamentos das piores situações possíveis invadiram sua mente.

          — Nicolas, para com isso, não tem graça! — Suas pernas começaram a fraquejar.

       Andou mais um pouco e viu o corpo de seu amigo caído no chão, com uma gigantesca mancha vermelha na área do pescoço e outra na região do abdômen. Vendo o amigo naquela situação Sokar se esqueceu de todas as precauções que estava tomando e apenas correu até Nicolas, ao se aproximar pegou o amigo. Sentiu o corpo do mesmo frio e morto.

           — Não, de novo não... — Seu corpo foi tomado por uma mistura de sentimentos: ódio, medo, tristeza, pavor, nojo, raiva, angustia — VIDA, VOCÊ TÁ DE BRINCADEIRA COM A MINHA CARA NÃO É?

     Sokar começou a chorar e xingar a vida de todas as formas possíveis. Havia esquecido completamente do vulto que seguiu para a cozinha e que agora voltava, indo em sua direção com uma intenção assassina.

     Quando o vulto estava prestes a descer uma faca nas costas de Sokar, o mesmo desviou, por muito pouco. Ao se levantar e vendo uma faca penetrar seu amigo mais uma vez, se afastou para encarar o vulto que agora estava iluminado, seus olhos se arregalaram e seu corpo foi tomado por um ódio incontrolável.

       — Donn?! Porque está fazendo isso?! — Sua voz estava claramente alterada.

       — Graças à sua família, meu pai foi preso e minha família viveu na miséria por anos, sabe como foi difícil sobreviver só com o dinheiro que minha mãe conseguia?

       — Não faço ideia do que você tá falando cara.

       — Não minta pra mim, minha mãe me falou que sua tia acusou meu pai da explosão acidental que matou seus pais!

       — FOI SEU PAI QUE CAUSOU AQUELA EXPLOSÃO, GRAÇAS A ELE MEUS PAIS MORRERAM E EU NEM PUDE DAR UM ENTERRO DIGNO PRA ELES!

       — EU NÃO VOU CAIR NAS SUAS MENTIRAS, EU VOU ME VINGAR PELO QUE FIZERAM A NOSSA FAMÍLIA — Na mesma hora Donn avançou na direção de Sokar com a faca, numa posição que não podia ser bloqueada com as mãos, forçando Sokar a se jogar no chão.

      Donn estava prestes a se jogar por cima de outro, para então lhe esfaquear nas costas. Mas, Sokar desferiu um chute na sua barriga, fazendo Donn perder o equilíbrio e cair no chão derrubando a faca.

        — Você tá louco? Me evitou na empresa por tanto tempo por causa de uma mentira?

        — NÃO É UMA MENTIRA, POR SUA CULPA EU QUASE PERDI TODA A MINHA FAMÍLIA! — Falou se levantando e pegando a faca mais uma vez.

     — Eu não tenho culpa se seu pai era um rejeitado, maníaco que queria se vingar da minha mãe!

[FLASHBACK ON]

      Sokar estava deitado no sofá da casa de sua tia quando ouviu a campainha tocar, rapidamente foi até a porta e atendeu o policial que estava lá.

      — Oi, eu causei algum problema? — Aquela vizinhança era pacifica, era raro ver um policial parar por lá fora das rondas que faziam.

      — Não, eu só vim falar com Martha, ela está? — Falou segurando a risada levemente.

      — Está sim, entre — Falou abrindo espaço para o policial entrar na casa e fechando a porta logo depois — Eu vou chamar ela, espere um pouco.

     Após alguns minutos, Martha e Sokar estavam sentados no sofá com o policial lhes repassando todos os detalhes do acidente que matou os pais de Sokar que havia ocorrido há algumas semanas atrás, o mais novo se segurava para não chorar ouvindo aquilo. Que lhe fazia relembrar de toda a agonia e confusão que sentiu ao presenciar aquela explosão.

        — Como ambos bem sabem, o causador da explosão foi preso e recebeu prisão perpetua, mas infelizmente nós demoramos algum tempo para descobrir a razão para ele ter feito aquilo.

        — Como assim? Minha irmã era um anjo, ele não tinha razão para fazer aquilo!

         — Descobrimos que ele era um amor rejeitado de sua irmã, quando os dois cursavam o ensino médio — O policial lia as folhas e falava o que estava escrito sem olhar no rosto dos outros dois — Ele queria se vingar, mas ela saiu da cidade e ele decidiu seguir a vida. Mas, no dia que ela voltou, ele ficou sabendo disso e faz de tudo para se vingar, mas seus planos falhavam um após o outro — Fez uma pequena pausa — Até o dia em que ele viu o acidente e... Bem, não vamos entrar em detalhes.

      Nessa mesma hora Sokar não pode se aguentar mais, começou a chorar apoiado em sua tia sentindo uma mistura de raiva e tristeza.

       — Desculpe, por não ser capaz de lhes fazer algo para pudesse consola-lós.

       — Só em saber que ele nunca mais sairá da prisão já basta pra mim — Disse Martha sentindo as lagrimas de seu sobrinho molhando sua roupa lentamente.

       — Entendo... — Falou olhando para Sokar com um grande pesar — Bem, eu tenho que ir agora, se me derem licença.

      — Claro, até mais senhor policial.

[FLASHBACK OFF]

       — MEU PAI ERA UM BOM HOMEM, E SUA FAMÍLIA QUERIA SE VINGAR DA MINHA!

       — Esse cara sabe do que está falando? Ele nem sequer foi atrás de saber o que aconteceu.

       Donn avançou na direção de Sokar mais uma vez. Conseguiu desviar com mais facilidade, pois o homem com a faca estava se cansando, seu corpo lhe respondia como queria.

        — Minha chance!

       Com um único movimento, Sokar imobilizou o homem que lhe ameaçava e o jogou com tudo no chão, emitindo um barulho muito alto, com certeza viriam perguntar o que houve. Donn sabia disso, sabia que tinha que sair logo dali, o mesmo começou a se debater e tentar desesperadamente se soltar, como havia derrubado a faca a chance de sair havia sido reduzida. Aos poucos as forças de Sokar se acabaram.

       Donn era forte e a adrenalina correndo por suas veias só o tornava pior, ele conseguiu se soltar de Sokar, pegou a faca mais uma vez e avançou na direção do homem, agora sem forças e levemente desnorteado, Sokar foi incapaz de esquivar, sendo acertado na região abdominal um pouco abaixo da caixa torácica.

        — Finalmente ganhou o que merece, sua peste! Achei que matar todos os que você amava seria o bastante, mas vê-lo morrer está sendo bem mais satisfatório

        — O que? — Falou com dificuldade, caindo de joelhos no chão com as mãos na ferida, tentando estancar o sangue.

        — Quem você acha que atropelou sua namoradinha? — Falou esbanjando alegria e uma risada maldosa que dava nojo de ouvir — Eu já estou te caçando há tempos, pena que sua tia morreu antes que eu pudesse matar ela.

       A visão de Sokar escureceu. Todas as boas memórias com sua tia e sua namorada se passaram pela sua cabeça, o ódio tomou conta de seu corpo. Ele tentou inutilmente atacar o homem que causou toda aquela desgraça, mas a dor em seu abdômen se intensificou, o fazendo cair no chão. As batidas de seu coração estavam parando, sua visão foi ficando cada vez mais turva e sentindo dificuldades para respirar.

         Encarava o homem que causou aquela ferida mortal com o mais puro ódio, a respiração pesava e a dor crescia a cada segundo, sua morte estava cada vez mais próxima. Entretanto, ele não podia morrer agora, não agora que achou um sentido para a vida... Matar o homem parado em sua frente, tentou se levantar  inúmeras vezes, porém sem sucesso. Sua dor apenas se intensificou e quando achava que já não havia mais forças para levantar Sokar houve uma voz conhecida.

“Força filho, sua hora não chegou ainda!”

        — Mãe? É você?

        — Já está até ouvindo os mortos?! — Gargalhou — Já não tem mais volta, vai morrer mesmo

        — Mãe me ajuda, por favor. Eu não quero morrer. Eu não posso morrer ainda.

        — Mas vai, agora para de chorar seu lixo! — Chutou Sokar com extrema força, atirando-o para um canto da sala. Fazendo uma trilha de sangue por onde rolou, o chute também foi acertado no local que foi perfurado pela faca, tornando a dor ainda mais intensa e piorando o sangramento.

“Amor, essa é sua chance! Pegue a faca e mate esse homem que tanto te causou dor”.

         — Beatriz? Onde você está, por favor, aparece pra mim — Sokar se mexia no chão em busca de sua amada.

“Cara, pare de nos procurar, reúna forças e cumpra sua vingança!”

         — Nicolas, onde que eu vou achar forças pra isso?

         — Tá conversando mesmo com os mortos!? — Riu brevemente — Então eu irei embora, esse já está com o pé na cova — Se virou e foi andando.

“Não morra ainda, esse é o filho do homem que me matou, mate-o Sokar!”

      Ao ouvir tais palavras, Sokar sentiu suas forças voltarem, agarrou a faca que foi descuidadamente deixada lá e começou a se levantar, sentindo ainda mais dor, fazendo-o gritando no processo.

“Não morra ainda! Ele quem me atropelou e me levou a morte, mate-o Sokar!”

      Cada frase era uma nova fonte de força para o homem, que sangrava e tossia sangue descontroladamente.

“Não morra ainda! Esse é o vagabundo nos enganou, manipulou e que me matou sem um pingo dó, mate-o Sokar!”

       Ao ouvir a última frase, Sokar correu com a faca em mãos na direção de Donn, o mesmo estava de costas, pois decidiu ignorar os gritos de dor de Sokar e seguir em frente... Péssima ideia.

“NÃO MORRA!” — As três vozes na cabeça de Sokar falaram ao mesmo tempo — "MATE ESSE HOMEM!"

       Sokar segurou o ombro de Donn e puxou, fazendo o homem se virar surpreso sem entender como aquilo era possível, mas antes que qualquer ação vinda de Donn fosse tomada, Sokar enfiou a faca na garganta do homem. Deixando o mesmo se engasgando com seu próprio sangue e incapaz de respirar.

       — De... Des... G-gra — Tossiu uma quantidade absurda de sangue e caiu no chão ainda agonizando.

      — Xeque mate seu desgraçado — Falou ofegante com um sorriso — Agora eu posso enfim, morrer... Pai, mãe, tia, amor, Nicolas…Eu estou indo, me esperem — Sua visão ficou turva mais uma vez.

     Sokar viu o homem causador de toda a sua desgraça parar de se debater lentamente. Pode sentir o sangue que escorria por sua garganta lhe alcançar fazendo uma grande poça no corredor que dava na porta acesso a casa. Sokar respirou profundamente e fechou seus olhos. Se entregando, enfim, aos braços da morte.

 

F I M


Notas Finais


E acabou... Originalmente essa seria apenas uma shot com menos de 2 mil palavras centrado na história do capítulo 4, mas as ideias foram surgindo, eu decidi por no papel e bem, esse é o resultado, mesmo sendo meio pesado eu espero que tenham gostado e que eu tenha entretido vocês

Eu não paro nunca e já estou postando outra fanfic aqui no spirit, e dessa vez sobre BTS, se você não me segue eu deixarei o link abaixo com a sinopse

Isso é tudo, ficamos por aqui com esse final
Pane desligando!

Link: https://www.spiritfanfics.com/historia/midnight-warrior-11005873
Sinopse: Assombrações noturnas ameaçam o sono de todos e apenas Park Jimin é capaz de salvar os sono de seus amados amigos.
Como ele fará isso? Da mesma forma que qualquer pessoa normal faria
Usando o único material que protege os humanos das assombrações, o lendário lençol


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