1. Spirit Fanfics >
  2. Dont Ever Let It End >
  3. Capítulo 5 - Leave ur heart open

História Dont Ever Let It End - Capítulo 5 - Leave ur heart open


Escrita por: Rocker-

Notas do Autor


Eu sei, demorei bastante com esse novo capítulo, mas ando meio ocupada para resolver algumas coisas aqui, além de que há outros projetos e tudo mais. DELIE é uma fic complicada de se escrever, porque eu tento não exagerar nas emoções da Bea, mas ainda assim deixar intenso o suficiente para que vocês entendam que as marcas do passado ainda estão ali. E tudo isso sem dar spoiler antes da hora. E também sei que não posso obrigar ninguém a comentar, sei que existem mais leitores fantasmas do que aqueles que comentam e eu realmente gostaria para que aparecessem para que me ajudassem a saber como a fic está andando.

Capítulo 6 - Capítulo 5 - Leave ur heart open


Fanfic / Fanfiction Dont Ever Let It End - Capítulo 5 - Leave ur heart open

Capítulo 5 – Leave ur heart open

Se eu dissesse que não me importava com o olhar de Luke sobre mim, eu estaria mentindo. Mal conseguia completar uma única estrofe na música em potencial sem que eu tivesse vontade de socar a cara dele. Era desconfortável e parecia queimar minhas costas. Se ele me ignorasse depois de tudo, seria tudo mais fácil, mesmo que talvez doesse mais. Mas eu não queria saber de possibilidades. Eu queria saber de certezas, como a que eu tive que tudo acabara quando ele parou de responder minhas mensagens e ligações seis meses depois de eu ir embora.

Doeu.

Doeu para caralho quando isso aconteceu, e tudo o que eu tive após isso foi um longo período de quase depressão, sendo sustentada apenas pelo apoio da banda, meus irmãos, minha melhor amiga e sessões semanais na psicóloga. Nem mesmo os garotos eu tinha, pois todos eles se afastaram quando comecei a perguntar porque não conseguia mais falar com Luke.

Então, como se já não bastasse estar na mesma sala que aquele que se tornara o personagem principal dos meus pesadelos, ele ainda tinha que estar sempre me olhando com aquela cara de cachorro abandonado, quando quem fora abandonada era eu. Enquanto todos estavam espalhados pelo estúdio, Emma permaneceu comigo, como apoio moral, mesmo que não compusesse nada. Em certo momento, tornara-se até difícil de respirar pela pressão, então Emma se oferecera para buscar uma garrafa de água para mim. Aquela pareceu uma péssima ideia segundos depois, quando o loiro se aproximou de mim, dizendo meu nome de maneira quase implorante. Eu havia então me levantado quase imediatamente e fui até tio Chad para saber sua opinião sobre a música.

- Sabe que não pode fugir para sempre, não sabe? – meu tio tinha dito depois que aprovou o início da letra.

Franzi o cenho. – O quê?

- Deles. – ele indicou sutilmente com a cabeça os garotos sentados em círculo não muito longe dali.

Respirei fundo antes de responder-lhe.

- Não foi o senhor mesmo que disse que os Kroeger são mais fortes que isso? – apesar de não ter sido minha intenção, meu tom de voz acabou saindo um pouco mais rude.

- Sim, eu disse. – ele assentiu. – E nós realmente somos mais fortes, e é justamente por isso que acho que não deve fugir para sempre. Enfrentar de frente talvez seja melhor do que levar uma facada nas costas futuramente.

Fiquei pensando em suas palavras nos minutos seguintes. Odiava admitir, mas ele tinha razão. Se eu conseguisse a coragem suficiente para escutar o que Luke tinha a dizer, talvez eu pudesse amenizar a dor em meu coração e costurar a ferida em meu peito. Mas tanto eu quanto ele e tio Chad sabíamos que não seria assim tão fácil. A ferida era profunda demais para ser reparada tão repentinamente e eu mesma era orgulhosa demais para tentar ouvi-lo por apenas um segundo sequer – orgulho, um defeito de família.

E foi por causa desse defeito que quando o produtor anunciou um intervalo, eu praticamente saí correndo.

- Bea! – infelizmente parecia que Luke não me deixaria espairecer como eu precisava.

Adiantei meus passos, tentando abrir uma boa distância entre nós dois, mas eu sabia que ele estava quase me apanhando. Desta vez, não fui até os elevadores, pois isso daria tempo de Luke alcançar-me. Quando eu estava perto da saída para as escadas, porém, senti meu braço sendo segurado com forca e fui puxada até a copa que tinha naquele andar. Soltei um grito fino de susto – o que não me honra em nada –, mas Luke logo tapou minha boca com a mão. Quando minha visão se focou em meio à relativa escuridão, a primeira coisa que vi foram seus olhos azuis cintilantes. E então seu cheiro inundou minha respiração. Doce, forte e masculino. Seu perfume natural misturado com alguma colônia confundiu meus sentidos e agradeci mentalmente por ele ter me jogado contra a porta quando me levou até ali.

- Beatrice, por favor, me escuta. – ele pediu, sua voz tão mais rouca do que eu me lembrava e eu quase surtei. Mais do que já tinha.

- Não, me solta! – reclamei, empurrando sua mão para longe. – Perdeu todo esse direito já tem algum tempo, sabe. Um ano e meio, talvez.

Luke revirou os olhos e eu aproveitei para realmente dar uma boa olhada nele. Havia crescido mais do que imaginei e seu corte havia mudado. O loiro de seus fios havia escurecido um pouco e o que antes formava um redemoinho lateral com uma franja agora estava espetado num topete. Ele estava lindo.

- Parece que sua ironia continua intacta. – ele resmungou.

- Que bom que percebeu isso, bonitinho. – abri um sorriso maldoso, dando um tapinha leve em sua bochecha. – Agora, se me dá licença, eu tenho coisas mais importantes a fazer.

Empurrei-o, abrindo a porta atrás de mim rapidamente e saí, ouvindo-o me chamando. Droga, eu precisava sair dali!

- Bea? – ouvi uma voz familiar à minha frente que se sobrepujou à de Luke.

Levantei meu rosto antes de trombar com Avril Lavigne saindo do elevador.

- Avril, tia Avril, meu doce, me socorre! – meu sussurro implorante escapou de meus lábios, enquanto arregalava os olhos. – Luke está aqui.

- Aquele Luke? – ela perguntou baixinho e logo depois focou seus olhos claros e cheios de maquiagem na figura que possivelmente vinha atrás de mim. – Venha, meu anjo. – ela me puxou e me fez entrar na primeira sala de gravação vazia que encontramos.

Avril fechou e trancou rapidamente a porta, segundos antes de ouvirmos batidas que pareciam desesperadas. Depois de mais algumas, houve um suspiro pesado do outro lado e corredor ficou novamente silencioso.

- Aposto que veio aqui para ver o tio Chad, né? – perguntei, começando a me sentir envergonhada por tirá-la de seus objetivos, mesmo que já tenhamos nos tornado amigas.

- Na verdade eu vim. – ela disse, mas se contradisse quando sentou-se no pufe e me puxou junto. – Mas no momento isso é mais importante. Como assim aquele Luke está aqui?!

- Eu não sei! – exclamei, sentindo tudo o que eu tinha segurado até ali desmoronando em forma de lágrimas. – Meu plano era fugir o máximo possível até nós sairmos da Austrália, mas eu não tinha a menor ideia que eles eram a nova colaboração da banda do papai!

- Calma, Bea. – Avril abraçou-me de lado e permitiu que eu chorasse minhas mágoas em seu ombro, pois sabia que não estava sendo fácil para mim. Até porque ela disse para mim uma vez que já havia passado por algo assim. – Vai tudo ficar bem.

- Como alguma coisa pode ficar bem quando toda vez que ele chega perto eu tenho vontade de beijá-lo?!

Juro que não queria ter falado tal frase mais alto que um sussurro.

- Então quer dizer que ainda gosta dele? – Avril me afastou delicadamente e olhou-me com malícia.

Revirei os olhos. – Não é simplesmente fácil esquecer o único amor que já tive na vida.

Arregalei os olhos quando percebi o que havia dito e ela soltou uma risada.

- Mas não é isso que importa. – resmunguei, bufando.

- E o que importa, no caso? – ela perguntou, acariciando meu cabelo como uma mãe de verdade faria. Diria que ela seria uma mãe melhor do que a minha foi.

- A ferida ainda dói demais. – respondi, limitando-me a fechar os olhos e tentando não pensar na dor fresca em meu peito. – Sofri mais no último um ano e meio por não ter contato com ele do que nos primeiros seis meses por não ter estado perto. Meu orgulho é grande e preciso ter amor próprio ao menos uma vez na vida. – suspirei e ela voltou a me abraçar. – Não sei se estou preparada para ouvi-lo, quanto mais perdoá-lo.

- Essas coisas levam tempo. – ela sussurrou. – Mas quando se sentir pronta, deixe seu coração aberto. Coisas boas podem surgir com isso.

 


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...