- Mamãe, você não vai acreditar! – Exclamou Manon, com um enorme sorriso no rosto.
Nádia pôs a mochila da filha no banco de trás, ao lado da mesma, entrando no carro logo depois.
- O quê foi, Manon? – Perguntou, sem prestar muita atenção. Se concentrou em ligar o carro, checar os espelhos, conferir o celular, etc.
- A Marinette salvou um menininho no parque! – Disse, entusiasmada.
- É mesmo? – Falou em um tom que indicava que não estava processando o que a garota falava, mas Manon não se importou.
- É, sim. Todo mundo ficou olhando e bateu palmas. – Riu, alegre. – Ele ia se machucar muito, mas a Marinette subiu lá junto com ele.
As últimas duas frases prenderam a atenção da jornalista.
- Quem? Quando? Por que “todo mundo bateu palmas”?
Manon soltou o ar com força. Ela teria mesmo de repetir tudo aquilo?
- Um menininho ficou preso em uma árvore, Marinette salvou ele, todo mundo ficou feliz e fim. – Resumiu.
- Como ele subiu? – Nádia perguntou. Manon baixou o olhar. Ela não havia visto. – Tudo bem se não souber. Vou falar com Marinette. – A jornalista se animou. – Pode ser um furo e tanto.
A garotinha animou-se também por conseguir ajudar a mãe de alguma forma.
- Amiga, que horas são? – Perguntou Alya, já vestida e arrumada para ir à escola.
Marinette se esforçou para olhar o visor de seu despertador, sonolenta.
- São 8h e 35min.
- Eu sei. – Alya assentiu, sorrindo. Achou graça da demora da amiga em entender o que aquilo significava.
Passaram alguns minutos se encarando, até que Marinette arregalou os olhos e pulou da cama.
- Não acredito! Por que não me acordou? – A garota começou a correr pelo quarto, procurando suas roupas e sua mochila.
Alya riu.
- Bom, eu literalmente acabei de te acordar.
Marinette a fuzilou com o olhar, logo em seguida começou a rir também.
Adrien entrou na sala de aula bem cedo para encontrar Nino.
- E aí, cara? – Nino cumprimentou.
- Oi. – Respondeu Adrien, sentando-se ao lado dele.
O louro estava aéreo, pensando no que acontecera no dia anterior. Nem percebeu quando Nino o chamou duas vezes.
- Conheço essa cara. – Riu.
Isso ele ouviu.
- Hã? – Perguntou, voltando à realidade.
- É, vai me dizer quem é a garota? – Piscou discretamente.
- Não sei do que você tá falando. – Não conseguiu conter um sorriso.
- Você mente muito mal, sabia?
A conversa dos dois fora interrompida pela chegada de Juleka e Rose.
- Vai ter que ficar pra outra hora. – Sussurrou Adrien.
- Claro que vai. – Nino sussurrou em resposta. – Aposto que essa hora nunca vai chegar.
Alya estava praticamente arrastando Marinette pelos corredores.
- Corre! – Gritou Alya, fazendo a garota rir.
- Por que essa pressa toda? – Perguntou, tentando acompanhar os passos da amiga.
- Eu quero que dê tempo de falar com o Nino. – Ela soltou. – Eu adorei dormir na sua casa, mas me lembre de fazê-lo só nas sextas e sábados.
Assim que chegaram frente à porta da sala, Alya soltou o pulso de Marinette.
- Lembre-se de que tudo isso foi culpa sua. – Rebateu Marinette.
- Claro que foi. – Alya sussurrou ao entrarem.
Quando Marinette passou pela porta, com certa distância de Alya, Adrien não pôde deixar de acompanha-la com os olhos. A garota notou seu olhar imediatamente e não podia ter ficado mais vermelha.
- Oi, Nino. – Cumprimentou Alya, sentando-se no lugar de sempre.
Os dois começaram a conversar, enquanto Adrien só pensava em como Marinette ficava linda ao corar. Quando a garota passou por ele para se sentar, interrompeu o contato visual, afinal, seria estranho se ficasse assim pelo resto da aula. Depois de um tempo a aula começou, mas Adrien continuava sentindo uma sensação de estar sendo observado. Sorriu, lembrando que era uma sensação muito comum naquela sala. Pelo menos, agora ele sabia por que a tinha. Marinette também gostava dele, então? Infelizmente, não teria como ter certeza ainda.
Marinette suspirou. A aula finalmente havia acabado.
- Cansativo, não? – Perguntou Alya.
Marinette preferiu não responder. Na verdade, ela não sabia o que dizer. Não tinha escutado nada do que a professora falou, pois estava perdida em seus próprios pensamentos. Ela ainda estava tentando entender o que havia acontecido com Adrien no início da aula. Será que ele tinha visto algo no rosto dela? Se sim, ainda estava lá? Pegou o celular de Alya, analisando seu reflexo. Não havia nada de errado. Mas, então, o que prendera tanto a atenção de Adrien? Será que ele finalmente havia percebido como eram perfeitos um para o outro? Marinette riu consigo mesma. “Até parece.” Pensou. Era impressionante até onde sua imaginação poderia levá-la.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.