1. Spirit Fanfics >
  2. Dont Let Me Go >
  3. Palavras Simples

História Dont Let Me Go - Palavras Simples


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Olá, flores!
Desculpem-me pela demora, mas essa semana meu livro novo chegou e eu fiquei muito entretida com ele.
Bem, quero agradecer a todos que comentaram e favoritarem! Um grande beijo para vocês.
E, espero que gostem desse capítulo.
Boa Leitura.

Capítulo 25 - Palavras Simples


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - Palavras Simples

− Harry, o que você faz aqui?

Aquela foi a única frase que saiu de meus lábios, quase instantaneamente, enquanto eu continuava a encarar Harry e seu misterioso embrulho de presente. Hazel parecia ser a única a estar se divertindo com aquela situação, pois ela lançavas sorrisos sugestivos tanto para mim, quando para Harry, mas o sono ainda me impedia de tentar entender o que se passava ali.

− Eu cheguei em uma má hora? – Ele perguntou, sem jeito, coçando a nuca e fazendo uma careta. – Sei que vocês duas tem muito o que conversar, já que a Hazel está indo embora e...

Ele parou bruscamente de falar, virando a cabeça em direção à Hazel, encarando-a como se ela fosse algum tipo de fantasma ou assombração.

− Por que você está me encarando assim, garoto? – Ela perguntou, assustada, afastando-se de Harry, no sofá.

− Ela não deveria estar na Espanha? – Harry olhou para mim confuso, apontando para Hazel, enquanto eu segurava o riso.

− Agora que você percebeu que eu estou aqui, gênio? – A ironia na voz de Haz era evidente, e ela revirou os olhos, sussurrando baixinho para mim – Ele é bem lerdo, às vezes.

− Eu ouvi. – Harry protestou, enquanto eu ria abertamente, balançando a cabeça freneticamente, enquanto me aproximava do sofá, sentando entre os dois, apenas para prevenir que eles não começassem a discutir sobre a inteligência de Harry.

− Certo. – Arrastei a palavra, olhando com cara feia para Hazel, mas ela apenas deu de ombros. – A Hazel decidiu não ir para a Espanha, Harry.

− Isso é ótimo, eu acho. – Ele riu baixinho. – Mas fico feliz por ver que vocês duas se acertaram.

− Nora me deu um pouco de trabalho, mas ela não resistiu muito tempo aos meus charmes. – Hazel se gabou, envolvendo meus ombros com seu braço, e eu apenas revirei os olhos para Harry, que riu.

− Mas por que você ficou, Hazel? – Harry nos olhou, de forma curiosa.

− Não vou repetir toda a história, talvez se você chegasse mais cedo, saberia. – Deixei um tapa em Hazel, que soltou um gritinho de dor. – Você já está me batendo? Vou começar a ameaçar ir embora mais vezes, assim você fica mais bondosa comigo.

− Cale a boca, Hazel. – Ralhei com ela, voltando-me para Harry, que assistia toda àquela cena, rindo.

− Mas, o que você veio fazer aqui tão cedo, Harry? – Perguntei, curiosa, mexendo nervosamente na barra da minha blusa do pijama, que se resumia à uma regata estampada com várias borboletas.

− Eu queria conversar com você... – Ele murmurou, passando as mãos pelos cabelos, e automaticamente, tanto eu como ele, olhamos para Hazel, que parecia muito entretida com suas unhas para nos perceber.

Demorou alguns segundos para ela perceber o que nós queríamos, e rapidamente levantou-se do sofá, com um pulo, levantando as mãos para o ar, em um ato de redenção.

− Ok, entendi! – Ela revirou os olhos. – Vocês querem privacidade e “blábláblá”, tudo bem, eu sei quando não sou bem-vinda, acho que vou ligar para o Simon... Lá da escadaria. Sabiam que o sinal lá é muito melhor que aqui no apartamento? Incrível!

Enquanto Hazel tagarelava, ela ia em direção à porta, pegando seu celular em cima da bancada da cozinha, juntamente com um pacotinho de bolachas integrais. Mas só quando vi a porta sendo fechada e ouvi os passos de Hazel ressoando para longe do corredor, que eu me voltei para Harry, olhando-o de forma afobada.

− Acho que agora podemos conversar em paz. – Ri baixinho, colocando atrás da orelha, uma mecha de meu cabelo que insistia em cair. E só então fui perceber que eu me encontrava na frente de Harry apenas de pijama, com os cabelos bagunçados e um provável mal hálito matinal. – Espere! Eu vou me arrumar, e...

− Nora, você dormiu quase a semana inteira na minha casa. – Ele disse, rindo. – Já te vi acordar de jeitos piores.

Harry riu mais alto, enquanto tudo o que eu fazia era olhá-lo de forma incrédula, abrindo a boca várias vezes para tentar falar algumas coisa, mas não tendo sucesso em nenhuma delas, então acabei bufando e cruzando os braços sobre o peito.

− Ótimo, senhor engraçadinho, o que você quer aqui em um domingo de manhã? – Perguntei, resmungando, enquanto via ele abrir mais um sorriso com covinhas.

− Não fique brava comigo, Nora. – Ele sussurrou roucamente, ficando cada vez mais próximo de mim, até que eu pudesse sentir nossas respirações sendo misturadas, e institivamente, fechei os olhos, mordendo o lábio inferior quando senti Harry depositando um demorada beijo em meu pescoço.

− Por que eu deveria? – Perguntei ofegante, com o resto de voz que me restava, enquanto segurava um pequeno gemido, sentindo os lábios de Harry subindo até meu queixo, onde ele deixou uma mordida leve.

Harry não respondeu, apenas levou suas mãos até minha cintura, pressionando aquela região com força, fazendo-me gemer baixinho. Abri meus olhos lentamente, apenas para encarar as íris verdes de Harry e seu sorriso extremamente malicioso. Ele beijou o canto direito do meus lábios, mordendo rapidamente aquela região.

− Bem, talvez eu não esteja brava com você. – Sussurrei, com meu próprio sorriso malicioso. E em um movimento rápido, envolvi o pescoço de Harry com meus braços, e puxei-o para mais perto, acabando com o mínimo de espaço que havia entre nós, selando nossos lábios apressadamente.

Sem muita espera, Harry pediu permissão para aprofundar o beijo, passando sua língua lentamente em meus lábios, fazendo com que eu os abrisse. Senti o gosto maravilhoso de Harry, misturado com o gosto fraco de café preto.

Já me encontrava praticamente sentada sobre o colo de Harry, enquanto minhas unhas arranhavam sem dó a nuca dele, enquanto seus dedos deixavam carícias provocantes por de baixo da minha regata. Um pequeno arrepiou tomou conta do meu corpo, e provavelmente Harry percebeu, pois ele abriu um pequeno sorriso por entre o beijo, sem parar por um segundo a batalha lenta que nossas línguas travavam.

Eu precisava de mais de Harry, e o desejo já começava a queimar por meu corpo, fazendo com que em um impulso, eu empurrasse levemente seus ombros, fazendo com que ele deitasse no sofá, deixando-me deitada sobre seu abdômen.

Harry sorriu, separando nosso beijo com alguns selinhos, jogando sua cabeça contra uma das almofadas, enquanto segurava meus quadris com força, olhando-me com desejo e malícia.

− Você me deixa maluco, Nora. – Ele murmurou, ofegante assim como eu. – E mesmo eu querendo muito continuar com isso, nós precisamos conversar.

As palavras de Harry me fizeram lembrar da minha enorme curiosidade em saber o que ele havia vindo fazer em minha casa, curiosidade que evaporou em algum momento durante o nosso beijo.

Sai de cima de Harry, sentando-me no sofá e segurando suas mãos, puxando-as para ajudar ele a se levantar, ajeitando-se ao meu lado logo em seguida.

− Pode começar. – Disse, mexendo em minhas mãos nervosamente quando o vi pegando o enorme embrulho, que estava no chão.

− Bem, Nora, você saber que eu... Você... Nós. – Tive que segurar o riso fortemente, pois nunca havia presenciado a cena de um Harry tão nervoso e descontrolado.

− Por que você não pula a parte dos pronomes e diz logo o que quer? – Perguntei calmamente, levando minhas mão até a dele, que não estava sendo passada freneticamente pelo cabelo, e entrelacei nossos dedos.

− Certo, eu só... – Ele suspirou pesadamente. – Estou nervoso e parecendo um idiota.

− Se te faz sentir melhor, passo me esconder. – Disse, pegando a primeira almofada que encontrei, e escondendo meu rosto, ouvindo a risada rouca de Harry.

− Acho que isso não ajuda muito. – Harry tentou parecer triste, mas não conseguia esconder o sorriso.

− Tenho outras ideias, se você quiser tentar. – Dou de ombros, jogando a almofada para o lado.

− Só não sei se consigo falar isso. – Ele abriu um sorriso de lado, segurando minha mão novamente, fazendo aspirais imaginários com os dedos.

− Por favor, diga que o Louis não está esperando um filho seu. – Fiz uma careta, e abri um sorriso bobo logo em seguida, quando ouvi a risada estridente de Harry preencher a sala.

− Como você descobriu? – Harry fez uma voz afetada, levando sua mão até a testa, em um ato dramático.

− Estava com as minhas suspeita. – Foi minha vez de fazer uma cara dramática, ouvindo novamente a risada de Harry.

− Você está feliz hoje, isso é tão bom. – Ele murmurou, passando os dedos levemente por minhas bochechas, fazendo-me corar levemente.

− Tudo está, finalmente, começando a dar certo. – Murmurei, cobrindo sua mão com a minha, que ainda se encontrava em meu rosto.

− Eu me incluo nesse tudo? – Harry perguntou, tombando a cabeça para o lado.

− Claro! Hazel não vai nos deixar, papai está se dando tão bem com Martha, Cassie parece tão feliz nesses últimos dias e eu tenho você. – Abri um sorriso enorme. – Acho que poderia viver dessa maneira para sempre.

− Então você acha que não gostaria de “mudar” nada?

Olhei para o rosto de Harry e ele parecia um pouco nervoso, até decepcionado, e eu repassei rapidamente minhas palavras mentalmente, tentando encontrar o que eu havia dito, que havia feito ele ficar daquele jeito, mas nada para mim parecia errado.

− Não acho que preciso, ou quero mudar algo. – Murmurei lentamente, sentindo meu peito apertar ao vero rosto de Harry perder o sorriso.

− Eu entendo. – Sua voz saíra tão baixa, que caso eu não estivesse tão perto dele, não ouviria.

Um silêncio horrível caiu sobre nós, deixando aquele ambiente tão pesado como se nós acabássemos de brigar, mas tudo o que falei foi o motivo de eu estar contente, não tinha dito nada maldoso. Meu cérebro trabalhava fervorosamente, tentando encontrar motivos para Harry estar daquele jeito, mas acho que eu ainda estava muito afetada pelo sono para pensar em algo.

Olhei-o mais uma vez, e percebi seu rosto com uma expressão séria e pensadora, enquanto seus longos dedos faziam desenhos imaginários no embrulho de presente.

A curiosidade surgiu mais uma vez.

− Então, você vai falar o que é isso, ou você vai me deixar corroer de curiosidade? – Murmurei, remexendo meus dedos nervosamente.

− Ah! Isso é um presente para você. – Ele disse, abrindo um pequeno sorriso, na tentativa de esconder sua evidente frustração. – Fiquei pensando nisso depois daquele dia na Modest!, e achei que você fosse gostar.

Harry entregou-me o enorme embrulho, encarando-me com expectativa, enquanto eu olhava o grande presente com de todos os lados possíveis, voltando meus olhos para Harry no final, abrindo um sorriso.

− O que é? – Perguntei, aflita.

− Abra. – Ele cruzou os braços sobre o peito, fazendo a manga da camisa branca marcar mais seus músculos.

Passei as mãos pelos cabelos, antes de começar a rasgar o embrulho colorido, como uma crianças no dia de Natal. Depois de picotar todas as partes do papel que ainda grudavam no presente, olhei para a case de violão escura com a boca aberta, sem acreditar.

− Você não fez isso... – Murmurei, sem conter o enorme sorriso.

Harry me observava, e ele parecia orgulhoso de si mesmo por aquele presente, e tudo o que fez foi olhar para mim e me incentivar a continuar abrindo o presente. Levei as mãos até o pequeno zíper na lateral da case, abrindo lentamente até encontrar um belo violão de um marrom escuro e opaco, com cordas contrastando com a cor do violão em um dourado fraco. O instrumento parecia completamento feito para mim, e não consegui conter o impulso de pular no colo de Harry mais um vez, envolvendo seu pescoço com os braços e puxando-o para um beijo demorado.

Tentei colocar ali o tamanho da minha felicidade que estava com aquele presente, e eu podia jurar que meu coração estava prestes a pular para fora. Os braços fortes de Harry me envolveram-me em um abraço, enquanto ele me puxava para mais perto de si, deixando o beijo ainda mais profundo.

Queria poder ficar ali para sempre, mas senti meus pulmões reclamando por ar, e rapidamente nos separei, sorrindo e roubando um último selinho dele, que passou o nariz pela minha bochecha, em um ato carinhoso.

− Harry, é lindo! – Disse baixinho, mas com empolgação. – Mal sei como agradecer.

− Acho que você já agradeceu com esse beijo. – Ele sorriu malicioso e eu deixei um soquinho em seu ombro. – Mas sério, não precisa agradecer, fico feliz em saber que gostou tanto.

− Você não precisava fazer isso, eu... – Comecei a falar, ainda sentada em seu colo, gesticulando com as mãos freneticamente, quando fui calada pelos seus dedos, que pressionavam meus lábios.

− Não comece com essa de “Não precisava”, eu quis dar isso para você. – Ele sussurrou, puxando-me mais contra o seu peito.

Aquele presente tinha realmente mexido comigo, pois mostrava quanto Harry se importava comigo, pois ele sabia o que a música tinha sido para mim anos antes. E eu queria mostrar a ele o quão agradecida eu estava, e sabia que só tinha uma forma de realmente expressar aquilo, e para mim, parecia a hora certa.

Mordi meu lábio inferior, sentindo meu coração bater mais rápido apenas com o pensamento de dizer aquelas palavras. Olhei fundo nos olhos verdes de Harry e entrelacei nossos dedos, soltando um longo suspiro.

− Harry, eu te... – Comecei a dizer a frase de olhos fechados, apertando os dedos de Harry, e senti a respiração quente dele bater em meu pescoço.

− Ei! Vocês já terminaram essa conversa “íntima”? Eu preciso muito ir ao banheiro. – A voz de Hazel me assustou, fazendo com que eu pulasse no colo de Harry, olhando assustada para a porta, onde ela nos encarava com um sorriso malicioso. – Sabe, necessidades naturais não dá para segurar.

Olhei para Harry e vi que ele parecia um pouco surpreso, pois ele me encarava com os olhos um tanto arregalados, fazendo com que eu corasse violentamente. Suspirei pesadamente, saindo do colo de Harry, sem olhá-lo nos olhos, voltando-me para Hazel.

− Desculpe, Haz, te deixar tanto tempo lá fora. – Murmurei, coçando a nuca.

− Ah, a conversa com Simon estava legal, mas acho que tomei muito suco hoje de manhã. – Ela disse, fazendo uma careta e contorcendo as pernas.

− Vá logo para o banheiro. – Gritei, rindo enquanto empurrava ela em direção ao corredor. – Vou estar no meu quarto, com Harry.

− Não aprontem! – Ouvi ela gritar, antes do barulho de uma porta sendo batida violentamente enchesse a casa.

Ri mais um vez, balançando a cabeça antes de me voltar para Harry, mordendo meus lábios com força. Ele me encarava com um olhar carinhoso, e por um momento tive vontade de gritar as palavras que ficaram presas em minha garganta.

− Você vai embora, ou... – Apontei meus dedos em direção ao corredor, indicando meu quarto.

− Estou de folga hoje, então espero que não ligue se eu ficar com você. – Ele sorriu, levantando-se.

− Como se eu me incomodasse com sua companhia. – Revirei os olhos, rindo também, já sentindo a tenção do momento se esvair.

Fui em direção ao sofá, fechando o case do meu novo violão e o colando nos ombros, pegando a mão de Harry e o puxando para fora da sala, em direção ao meu quarto. Enquanto passávamos pela porta do banheiro, ouvi alguns gritos de Hazel, e percebi que ela conversava com Simon.

− Como esses dois podem namorar? – Harry perguntou, rindo baixinho enquanto passava pela porta do meu quarto bagunçado.

− Eles se entendem de um jeito estranho. – Dei de ombros, fechando a porta com o pé, passando a chave, apenas para garantir mais nenhuma invasão de Hazel. – É até fofo.

− Que bom que nós somos mais normais, não é? – Ele perguntou, jogando-se deitado em minha cama, lançando uma piscadela.

Minha cabeça gritou para mim que aquilo era uma indireta sobre namoro, mas eu fiquei paralisada demais para fazer alguma coisa, ainda insegura.

− Não acho que somos totalmente normais, Harry. – Murmurei, depois de alguns segundos, indo me sentar na cama, ao seu lado. – Principalmente você.

− Ei! – Ele protestou, agarrando minha cintura e me puxando, fazendo-me cair deitada ao seu lado, com os cabelos todos em meu rosto. – Não me chame de esquisito.

− Olhe o que você fez com o meu cabelo! – Ri alto, jogando todos aqueles fios loiros para trás, encontrando os olhos de Harry me observando.

− Você que pediu, por me chamar de esquisito.  – Harry fez bico, envolvendo minha cintura com seus braços.

− Não fique chateado, Harry. – Murmurei, roubando-lhe um selinho. – Gosto de você assim.

Harry abriu um enorme sorriso, com covinhas, e acariciou minhas costas com movimentos circulares, estudando meu rosto com bastante atenção, fazendo com que eu praticamente me sentisse nua em sua frente, devido a intensidade daquilo. Senti seus lábios em minha testa, em um beijo terno, antes que ele me soltasse e se levantasse.

− Toca para mim? – Ele perguntou, me pegando de surpresa.

− Como? – Minha voz saiu meio aguda, e já sentia minhas mãos suando.

− Desde o dia na Modes!, eu fiquei querendo que você tocasse algo para mim. – Ele tirou meu violão da case, estendendo para mim, que peguei com um pouco de receio, sentindo aquele novo material em minhas mãos.

− Harry, eu não sou muito boa. – Fiz careta, sentando-me com as pernas cruzadas, apoiando o violão em minha pernas, passando os dedos pela corda para ouvir a afinação.

− Se você tocar, eu te acompanho com a música. – Ele sorriu, deitando na parte das minhas pernas que não estavam servindo de apoio para o instrumento.

− Certo. – Suspirei, pensando em alguma música da qual eu gostasse. – Conhece The Samples?

− Could It Be Another Change? – Ele perguntou, praticamente lendo os meus pensamentos.

− Como você adivinhou? – Ri baixinho, já começando a tirar algumas notas das cordas, e logo, a melodia doce da música já tocava em meu quarto.

As primeiras letras da música também vieram, e eu não consegui não arrepiar ao ouvir a voz rouca de Harry, cantando baixinho para nós, fazendo com que a música ficasse muito mais bonita do que já era originalmente.

− Could it be another chang? To come and rearrange. Why can’t she just feel the way I do? – Harry olhou em meu olhos naquela parte, que para mim, era a mais bonita da música, e rapidamente senti minha respiração acelerando, e sem perceber, acabei me confundindo com as cordas do violão.

Meu coração batia rápido, e eu estava totalmente confusa, sem realmente saber o que fazer naquela situação. Não sabia se aguentaria segurar aqueles sentimentos por muito mais tempo, mas tinha medo de me entregar. Nada tinha sido tão arrebatador como estava sendo com Harry.

− Nora, eu tenho que te dizer uma coisa. – Harry me tirou dos meus devaneios, e quando percebi, ele estava sentado em minha frente, ainda me olhando fundo nos olhos.

Senti todos aqueles sentimentos malucos se agitarem dentro de mim, e não consegui segurar as palavras que escaparam por minha boca, interrompendo Harry.

− Harry, eu amo você.

Não tinha certeza se ele havia entendido, pois as palavras saíram embaralhadas e corridas, como se eu fosse um criança aprendendo a falar. Senti meu rosto todo esquentar e não consegui o olhar de Harry, pois ele parecia em choque e aquele silêncio estava me incomodando.

“Quem mandou você se abrir, idiota? Essas simples palavras vão acabar com você!”

Estava em um luta interna, apenas para fazer meu cérebro parar de gritar aquelas coisas confusas para mim, mas depois de alguns minutos de silêncio pela parte de Harry, comecei a achar que aqueles pensamentos estavam certos.

Fui pega de surpresa, quando senti os dedos de Harry em meu rosto, acariciando-o levemente, e quando olhei para o seu rosto, percebi que ele tinha um sorriso carinhoso no rosto, e sem esperar muito, ele selou nossos lábios em um beijo calmo.

Acho que poderia explodir de felicidade naquele momento.

Harry nos afastou rapidamente e de forma afobada, sem tirar as mãos de meu rosto. Mas mesmo depois daquele beijo, eu ainda me sentia confusa.

− Harry... – Tentei falar, mas fui calada, quando ele levou seus dedos até meus lábios.

− Nora, namore comigo. – Percebi que aquilo não era uma pergunta, e ele parecia sério.

Eu não esperava por aquela pergunta – ou afirmação −, na verdade não sabia o que realmente esperar, mas aquilo com toda certeza me deixou sem palavras.

− Como? – Sussurrei, olhando para Harry, que sorria.

− Eu preciso que você seja minha, Nora. Preciso muito. Já não aguentava mais ignorar isso, e hoje resolvi que falaria com você, mas como você percebeu, não sou muito bom com palavras, e me enrolei... – Ele fez careta e eu ri baixinho. – Pode parecer bobo, mas eu queria ter dito isso primeiro.

− O que? – Perguntei confusa.

− Que eu amo você. – Ele sussurrou roucamente, esbarrando nossos lábios ao falar, e eu acho que poderia ter um pequeno ataque cardíaco ali, pois meu coração batia acelerado. – Então, por favor, diga que você será minha.

Mordia meu lábio inferior para conter o enorme sorriso que insistia em querer se abrir em meu rosto, mas eu não poderia mais me segurar, pois todo o meu corpo já gritava para que eu me entregasse à Harry.

E foi o que eu fiz.

− Acho que, ser sua é uma ideia muito boa. – Sussurrei baixinho, levando meus braços até seus ombros e o empurrando contra a cama, sentando-me em seu peito, antes de selar nossos lábios em um beijo intenso, colocando ali tudo o que eu sentia. – E isso, com certeza, foi um “sim”.

Ele sorriu, enquanto eu murmurava aquilo, acariciando levemente minha cintura. E em um movimento rápido, Harry nos virou na cama, me fazendo ficar por baixo dele, enquanto ele deixava um beijo demorado em meu pescoço.

− Eu amo você, Nora, e pretendo falar isso toda hora. – Ele sussurrou, fazendo carinho em minha bochecha com o nariz.

− Acho que aceito essa condição. – Respondi, rindo baixinho, sendo acompanhada por Harry.

Sorria de forma abobada para Harry, e com certeza se Hazel estivesse me vendo, ela diria que eu estava apaixonada.

Mas pelo menos, dessa vez, eu teria que concordar com ela.

Continua...


Notas Finais


Bem, espero que tenham gostado do capítulo, e que não tenham achado chato ou cansativo.
Não sei quando vou postar de novo, pois semana que vem minhas aulas começam, mas tentaria escrever sempre que der.
Não deixem de dar um olhada da minha OneShot com o Louis, chamada Against the Wall. Acho que vão gostar.
Xoxo, Gabi G.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...