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História Don't Look Back In Anger - Cherik - Eu não vou tirar minha calça


Escrita por: 3366B

Notas do Autor


Gente não vai com entusiasmo pq não foi bem um lemon, vou deixar notas lá embaixo,
Sorry pelo tamanho do Cap

Capítulo 19 - Eu não vou tirar minha calça


cap 19 
Erik realmente foi considerado pro jogo, mas ele só entrou nos minutos finais, e graças a ele o time conseguiu garantir passagem para as próximas fases do campeonato. 
De repente, Erik que já era absurdamente popular, mas temido, se tornou o assunto mais falado na escola, e como ele havia feito os pontos finais e garantido a classificação. 
Mas Erik continuava sereno sobre essa perspectiva, e ainda com expressões pouco convidativas pra que alguém se aproximasse, o que não impediu Alex de ir parabenizá-lo enquanto estávamos comendo no intervalo. 
Quando Alex chegou gritando feliz da vida, Erik pode automaticamente identificar as semelhanças entre ele e Scott, então encarou Scott como quem espera uma explicação. 
Scott almoçava quase todo dia com a gente, e Erik passou a ser mais simpático com ele, mesmo que as vezes ainda caçoasse de algum comentário ingênuo ou classista do meu melhor amigo. 
Scott deu de ombros.
- Família não se escolhe. 
Assim que Erik notou que Alex e Scott não se davam bem considerando a resposta do meu melhor amigo, ele abriu um sorriso pro garoto mais novo e começou a conversar com ele como se fossem melhores amigos. 
Eu ri e Scott bufou. 
Erik continuou seu tratamento no AA, e eu continuei com o terapeuta, continuamos curtindo nosso relacionamento e as coisas que vinham com nosso tempo e dedicação, como a melhora no meu comportamento ansioso que culminava em vômito, e o comportamento agressivo de Erik que também finalmente tinha reduzido a resmungos e algumas tardes em silêncio. 
Em contrapartida com as corridas matinais e levando os treinos a serio, Erik estava sempre exausto, e por isso ao fim da aula ele sempre me esperava ao lado da porta do meu carro, implorando por uma carona pra casa. 
Ele simplesmente entrava e ia dormindo pesado todo caminho. Mas ele ainda tinha dias que precisava ir até o lar de idosos, e como ele sempre descia bocejando, eu sempre ficava completamente banana por ele. E por isso eu sempre ia busca-lo pra levar pra casa depois do serviço comunitário, mesmo que ele sempre dissesse que eu não devia fazer aquilo e deixá-lo tão mal acostumado. 
Eu só continuava indo, porque gado bom responde ao mínimo som do berrante. 
Eu também ficava apreensivo com a ideia dele continuar indo na igreja, ele continuava um pouco misteriosos sobre isso se abrindo pouco, eu me mantinha insistente pra continuar sabendo tudo que ele tava passando, mas ao mesmo tempo eu me sentia um pouco atado, porque Erik não me dava uma outra opção a não ser exclusivamente de ouvinte sobre aquela situação.
Comecei a verdadeiramente não gostar da mãe dele. Ainda bem não precisava conviver com ela. 
A vida foi passando, e desde o primeiro jogo que Erik participara passaram 5 meses, totalizando 7 meses que eu vivênciava a melhor coisa que tinha acontecido na minha vida, nós ainda tínhamos muitos problemas, inseguranças e mil DRs mas isso só fazia tudo valer a pena. 
E por isso eu queria dar um passo diferente naquele relacionamento, agora que eu sabia que não vomitaria na cara de Erik se ele dissesse algo... digamos... pervertido pra mim. 
Num fim de semana qualquer, eu tava muito feliz, porque Erik tinha participado um tempo inteiro no jogo do dia anterior, e ele tinha sido incrível, tinham olheiros lá e eu tava ansioso que ele pudesse receber um convite de bolsa pra faculdade. 
Eu o chamei pra dormir em casa, e em poucos minutos nos terminamos exatamente aonde terminávamos todas as vezes que estávamos sozinhos no meu quarto. 
Mal as coisas começaram a esquentar entre os beijos e apertos e eu olhei pro teto e fiquei ali alguns segundos em silêncio, e acho que esse silêncio foi completamente brochante, porque Erik parou os beijos e me encarou. 
- Charlie, o que acha da gente assistir tv? 
eu não sabia se ria ou chorava porque tinha sido completamente aleatório, Erik agia assim as vezes, nos meses que passamos juntos a gente já tinha terminado naquela situação algumas vezes, ou eu fazia comentários idiotas, ou eu dava desculpas que quase beiravam ao "preciso dar banho no peixe" e uma vez eu até chorei. Mas Erik não se importava eu percebia isso nele. Não importava quantas vezes eu o recusasse em nenhuma delas ele parecia frustrado. O que fazia de mim frustrado, quer dizer a gente era namorado, e  namorados namoram, me perguntava se em algum momento ele cansaria disso. 
ele pegou o controle e ligou a tv, colocou num Cartoon e ficou lá rindo do desenho como se fosse outro fim de tarde qualquer. 
Eu sei que não faz sentido, mas queria socar ele naquele momento, eu cruzei os braços e bufei. Ele me encarou oferecendo o controle. 
- Quer assistir outra coisa? 
eu não sei o que me deu, aquela paciência dele, a frustração que eu sentia, a irritação das inúmeras tentativas sem sucesso de ganhar alguma intimidade entre a gente, só sei que minha boca foi muito mais rápida que meu bom senso. 
- Não, Erik, eu quero TRANSAR! 
Agradeci que o tratamento vinha dando certo, e nem sequer um enjôo me afetou, o que só me fez mais certo de que eu estava pronto, o queixo dele caiu metros, as orelhas e bochechas incendiaram em vermelho, achei que ele não seria nunca mais capaz de fechar a boca, mais alguns segundos depois ele tampou a minha com uma das mãos, fechou os olhos e usou a outra pra esfregar a própria testa. 
- Não grita você vai acordar seus tios. 
Fiquei em silêncio e só o barulho de piano caindo no desenho sobressaia no ambiente.
Então depois do que pareceu pra mim uma eternidade Erik me encarou de novo e tirou a mão que tapava minha voz. 
- Charlie, deus amado, de onde veio isso? 
Eu já tinha passado do momento de ter qualquer vergonha, a merda já tinha sido feita, e eu já tinha passado por aquilo vezes de mais pra recuar. 
- Por que você sempre para? 
Ele pareceu razoavelmente surpreso
- Como assim? Você gritou que quer transar, mas se eu beijo seu pescoço você se assusta e tem reações muito estranhas pra quem realmente quer transar.
- Talvez eu só não goste de beijo no pescoço? 
ele levantou a mão e foi contando com os dedos
- E beijo na orelha, quando eu toco no seu mamilo ou aperto sua cintura, você também não gosta quando eu aperto sua bunda, ou acaricio abaixo do seu umbigo.

novamente um silêncio estranho pairou entre a gente, fechei os olhos com força e minha voz saiu derrotada. 
- Por que isso acontece comigo? 
Erik se aproximou e me abraçou. 
- Eu não sei, mas isso não precisa ser um problema entre nós, Charlie! Tá tudo bem, se um dia acontecer, aconteceu, se não tá tudo bem também. 
comecei a chorar, porque eu sou uma vergonha nessas coisas mesmo. 
- Qual é, Erik? Namorados transam, então não somos namorados? 
ele me encarou meio assustado. 
- Eu que te pergunto? Você não me considera seu namorado? Porque pra mim não parece que essa afirmação tenha muita lógica. 
- Foi uma pergunta. 
- Charlie, ok. Vamos de novo, você se sente incomodado porque quer fazer mas não consegue, ou não quer e se sente pressionado? Consegue me responder isso com sinceridade? 
respirei fundo. 
- Definitivamente não me sinto pressionado, talvez se você me pressionasse...
ele me cortou
- Não é assim que funciona. 
- Esqueci que você é super experiente. 
ele riu, mas foi muito direto, eu me assustei um pouco. 
- Sai da defensiva, Charles, se isso tá te incomodando precisamos conversar sobre isso de forma madura, e eu tô surpreso que seja eu quem tenha que falar isso quando a outra parte é você. 
Então ele riu aliviando o clima, segurei a mão dele. 
- Eu não sei até aonde eu quero ir com você, nesse momento, mas definitivamente eu quero ir mais longe, é só que eu fico envergonhado, e inseguro e eu não sei como transpor isso.
- Seria legal falar com o seu terapeuta sobre isso. 
- Eu sei, Erik, e eu vou, mas não tem mais nada, sei lá, tipo tomar um Viagra? 
Erik gargalhou daquele jeito pffftt de quem tenta segurar a risada. Sr Xavier como você é imbecil, Viagra é algo físico não ia lidar com suas questões psicológicas. 
- Vem cá, Charlie. 
Ele me puxou pro colo dele. Ele tava sentado com as costas apoiada cabeceira, me arrumei entre as pernas abertas dele, encostando minhas costas no seu peito. 
Ele desligou a tv, e me abraçou. 
- Você gosta de ficar assim? 
- Uhum
respondi um pouco frustrado.
- Me diz o que mais você gosta?
- Eu gosto quando você beija meu pescoço, mesmo não parecendo. 
Ele colocou uma mão sobre os meus olhos, tapando a minha visão. 
- Me conta como você imagina que seria isso? como você gostaria de reagir quando eu beijasse seu pescoço. O que gostaria de sentir. 
- Eu fico normalmente...
ele me cortou de novo. 
- No mundo perfeito como seria? Pensa sobre isso, me deixa ouvir exatamente o que você pensa, se isso te faz constrangido você pode fingir que eu não tô aqui...
- Eu quero que você esteja. 
Ele usou a mão que me abraçava e apertou meu corpo sobre o dele. 
- Eu tô, Charlie, então me conta, como seria? 
eu comecei meio tímido mas era mais fácil falar que fazer.
- Você deitaria meu rosto pro lado, expondo meu pescoço, então você tocaria primeiro os lábios bem levemente, depois eu acho que você usaria uma mão pra apoiar minha nuca, pra acaricia-la...
ele subiu a mão até minha nuca e acariciou meu cabelo, mas era terno e não sexual então eu não me assustei, ele se aproximou e beijou minha bochecha me incentivando a continuar. 
- Você definitivamente colocaria alguma pressão nos seus lábios sobre a minha pele. você não é carinhosamente agressivo, mas você faz questão de se fazer presente, faz questão de que eu saiba que é você ali comigo. 
- E você gosta dessa atitude? 
- Com toda certeza, é sensual e assustador. 
- A intenção não é ser assustador.
- Mas eu já disse que gosto
- Quando eu sou assustador?
- Não, não exatamente, gosto de saber que você tá ali, que tá se dedicando ao momento, eu amo a forma intensa como você se dedica no momento. 
ele beijou novamente minha bochecha mais perto do queixo, dessa vez fazendo questão de deixar uma pequena força ali. Então ele perguntou.
- Além da mão no seu pescoço, aonde você gostaria que estivesse a outra? 
- Acho que na minha barriga, você sempre me toca com muito cuidado e leveza quando ainda tá na minha barriga, sua mão é... quente eu acho. 
Ele tocou meu braço com a mão livre e beijou minha orelha, aproveitou a boca ali, e falou ainda totalmente serio. 
- Tem alguma coisa que você gostaria que fizéssemos? Algo depois disso? 
suspirei um pouco vermelho, mas manter aquilo na minha mente parecia anular o nervosismo da realidade.
- Humm, você pode descer a mão agora. Eu acho.
- Descer pra onde? 
- Você sabe! 
eu respondi impaciente quase gritando, ele suspirou, eu podia ver ele revirando os olhos de tédio, tirei a mão dele de mim e bufei. 
- Eu definitivamente não sirvo pra isso. 
Ele riu, e encostou os lábios no meu pescoço, me calei no mesmo momento. 
Ele perguntou ainda próximo da minha nuca, e o ar quente da sua boca bateu ali e deixou meu braço arrepiado. 
- Por que você quer tanto transar? 
eu me virei um pouco, segurei no rosto dele, e plantei um selinho ali.
- Erik, você é muito gato. Eu sei que parece que tô fazendo isso como se fosse algo pra você, mas não é, eu realmente quero viver isso com você. 
- Você já assistiu pornô?

Fiquei atônito porque a pergunta veio inesperadamente, fiquei encarando ele por um tempo, então ele tirou o celular e fones do bolso. Ele me ofereceu um lado.
- Tá me convidando pra assistir pornô com você? 
- Charlie, ué, você não quer fazer? qual o problema de assistir? 
peguei o fone e coloquei no ouvido, ele puxou um vídeo da galeria e apertou play. 
- Você baixa vídeos pornôs? 
Ele me respondeu dando de ombros
- É difícil achar bons. 
respondi sincero
- Eu nunca achei. 
Nesse momento dois homens se beijavam e se tocavam, mas eu queria ser perfilador, não tinha como me sentir excitado vendo o quanto as expressões de indiferença estavam tão presentes. 
- Você tá vendo o lábio dele? Alii...
apontei enquanto continuava falando
- Quando ele ergue assim, é só um deboche, ele não tá excitado. 
- Você lembra que eu disse que é difícil achar bons? 
eu assenti. 
- Você acabou de estragar um dos poucos. 
eu ri, e ele me seguiu. 
Ele fechou o celular e novamente pegou o controle da tv. 
- E com isso, acho que podemos voltar pro desenho animado, né? 
segurei o controle da mão dele e o encarei. 
- E se tentássemos o inverso? 
- O que você quer dizer com o inverso? Acho que só faltou sermos o homem aranha e tentarmos de ponta cabeça. 
dei um soco no braço dele. 
- É sempre sobre sobre você me beijando, ou sobre aonde eu gostaria de ser tocado. E se eu te tocasse, ouvisse seus desejos, eu poderia ir no meu ritmo, você se sentiria confortável em me deixar guiar as coisas, mesmo sem ter ideia do que tô fazendo? 
ele me abraçou bem forte, e me beijou calmamente, soltou os lábios e me olhou sorrindo. 
- Charles, eu confio em você, você pode fazer o que tiver vontade. 
Eu saí da cama e fui pra minha cadeira, era meio loco mas eu me sentia seguro ali, eu podia dominar completamente meus movimentos e isso me fazia sentir mais livre. ele veio pro canto da cama, e sentou apoiando os pés no chão, me aproximei e encaixei meu joelhos entre suas pernas. 
estiquei os braços alcançando a barra da sua roupa. 
- Posso tirar sua camiseta? 
Ele assentiu e eu a puxei lentamente.
Ele se abraçou porque não era um dia muito quente, ele não tava constrangido mas tava com frio. 
coloquei as mãos no pescoço dele e puxei seu rosto em minha direção, encarei seus olhos por alguns segundos, então selei nossos lábios. Eu beijei Erik, com tudo que tinha que se resumiam em quase 17 anos de pura inexperiência, então usando uma única palavra eu diria que foi afobado. 
Erik era precioso demais pra mim, dentro de toda aquela confusão que éramos como indivíduos e que éramos como casal eu sabia que tínhamos potencial. Eu me sentia invencível do lado dele, e talvez por isso eu queria a liberdade de tocar seu corpo como se ele me pertencesse em algum nível. 
Ao mesmo tempo eu me sentia totalmente derrotado pela sua tranquilidade e auto confiança, o que exigia de mim afastamento. 
Eu vivia constantemente naquela contradição, e as vezes meu peito doía com aquela pressão. Mas tendo eu o controle do momento, eu me sentia capaz de domar aquela tranquilidade e auto confiança que ele expressava, sem me deixar intimidar por elas, eu sabia que podia dizer coisas que o fariam se sentir um deus, que explodiriam sua tranquilidade em fagulhas intensas, eu não tinha motivos pra me assustar, correr ou temer. 
Pensando nisso desci minha mão até seu pescoço e acariciei o queixo com o indicador enquanto o resto dos dedos abraçavam sua garganta sem qualquer força, com o mesmo dedo subi do queixo e acariciei seus lábios. 
Ele me olhava muito atento, mas um sorriso calmo continuava no seu rosto, ele inclinou muito levemente ao meu toque, deixando o pescoço um pouco mais exposto. 
Aproximei meu rosto e puxei o dele de encontro ao meu.
- Erik, você é tão lindo. Eu sei que você deve ouvir isso o tempo todo, apesar de todo mundo ter medo de tomar um soco de você na maioria das vezes... 
ele riu e eu continuei. 
- Mas você ainda é muito lindo. Você tem esse rosto, com os olhos constantemente estreitados, e suas sobrancelhas são arqueadas de um jeito que te fazem parecer que está desafiando o mundo constantemente. E você tem essa boca com lábios puxados num sorriso irritantemente predador, é no mínimo excitante. 
Empurrei seu queixo pra trás expondo ainda mais sua garganta, enquanto com a outra mão toquei seu peito, senti ele respirar profundamente, lidando com minha mão ali. 
- E seu corpo, Erik, puta que pariu, eu não sei como lidar, simplesmente não sei se quero adora-lo ou possui-lo. 
Dizer aquilo me deixou extremamente envergonhado, mas eu não era o centro da atenção naquele momento, era Erik, e essa verdade me fazia corajoso de falar ou fazer coisas que eu já imaginava há um bom tempo sobre nós. 
o silêncio provavelmente fez Erik pensar que eu novamente estava desconfortável, porque senti seu corpo ir gradativamente tensionando, ele não baixou o rosto pra me encarar, só disse baixinho tentando me incentivar a continuar. 
- Gosto quando você fala essas coisas, e gosto que você toque meu peito. 
As palavras eram tranquilas e ele jogou os braços pra trás, deixando seu peito ainda mais pra frente, como se me desafiasse a continuar. 
usei a mão que segurava seu rosto, pra expor totalmente sua garganta numa posição que em que minha boca podia alcanca-la com facilidade.
Eu avancei no seu pescoço, porém não comecei beijando, porque me senti um tanto quanto afobado, era estranho pensar que eu tinha Erik, o mesmo Erik indomável ali, sentado sobre a cama totalmente entregue aguardando minhas investidas, na verdade notadamente ansioso por elas, eu não sei o que era aquilo, se era um beijo, uma mordida, uma lambida, uma sugada, talvez fosse tudo ao mesmo tempo, era gostoso pra mim e eu continuei atento aos sons que a boca de Erik começava a produzir, tentando garantir que aquilo também fosse gostoso pra ele.
Subi só um pouquinho a boca até sua orelha, e cochichei ali enquanto mordiscava o lóbulo. 
- Me conta o que mais você gosta...
- Você não quer ser perfilador? então você pode ir testando até descobrir.
aquele desafio me fez rir de um jeito estranho, minha mão que estava no corpo de Erik pousou acima do seu coração, ele batia forte e rápido. 
- Seu coração, Erik, ele tá bastante acelerado. 
ele deu um risinho baixo antes de responder. 
- Meu namorado gostoso pra caralho, tá me tocando como se eu fosse um pedaço de carne num jantar fino. O que você espera que eu faça? 
voltei a segurar o rosto dele com as duas mãos, forçando nossos olhos a se encontrarem. 
- Erik, eu amo você. Não quero que você sinta um pedaço de carne, quero que você se sinta bem, o que eu devo mudar, pra que você se sinta melhor? 
Ele levantou a mão e tocou meu peito. 
- Se eu não for o único despido aqui acho pode ajudar, então me deixa tirar sua camiseta também? 
Tirei sua mão do meu peito, e puxei minha própria camiseta pra fora do corpo, então coloquei minhas duas mãos uma em cada um dos joelhos dele. 
- Tá se sentindo melhor agora? 
ele sorriu, continuou encarando meu corpo, mas não ergueu a mão pra toca-lo, como se sentisse que ainda não tivesse permissão. Falei baixinho. 
- Vou tirar suas calças, tá bom? 
- Charlie você não precisa narrar e pedir tudo, eu já disse que estou confortável com o que você quiser fazer. 
coloquei a mão sobre o botão da calça dele e enquanto trabalhava nisso, falei. 
- O que eu quero fazer, é ouvir seu consentimento em cada passo que formos tomar, é a nossa primeira vez juntos, Erik, é importante pra mim saber que eu tô fazendo isso direito, que nossos limites estão sendo respeitados. 
- Charlie, você quer ter uma DR enquanto tira minha cal...
Eu acho que ele ia concluir com calça, mas minha mão meio imprecisa com todo o nervosismo do momento escorregou e eu agarrei outra coisa, bem maior que seu botão. 
Eu abri a boca pronto pra pedir desculpa, mas ele jogou o rosto todo pra trás e soltou um gemido muito audível, aquele som entrou pelos meus ouvidos e eu demorei alguns segundos pra reagir, ainda no automático senti que queria ver seu rosto, queria ler suas emoções quando soltava aquele som, puxei seu rosto pra baixo com a mão solta, e apertei novamente o volume entre as calças dele. 

- Charlie!

Ele pontuou meu nome de um jeito muito intenso, sua voz parecia quase irritada, eu quis rir, mas mantive a seriedade. Eu gostava de ver Erik sob aquela ótica, o jeito que sua boca abriu de leve e ele expeliu o ar um tanto quando surpreso me deixou interessado. 

Puxei seu rosto de encontro ao meu, não foi proposital porque eu tava nervoso mas fui meio rude no puxão, isso pareceu fazer ele voltar a realidade e seus olhos focaram nos meus. 

- Erik, podemos continuar? 

Ele assentiu e se aproximou ainda mais, nossas bocas quase coladas, 

- Sim, Charlie, e por você? Você quer continuar? 

A forma como ele me olhava, a pergunta, eu sentindo ele crescer na minha mão, foi um pouco assustador, eu nunca tinha segurado outro penis na mão, então minha verborragia atacou sem que eu pudesse me conter. 

- Só porque seu penis é grande não quer dizer que eu esteja assustado. 

Demorou uns segundos até Erik conseguir se concentrar porque minha mão continuava lá, e eu fiquei tão nervoso com o que tinha dito que apertei ainda mais o que tava segurando, apertei tanto que Erik encarou o teto metade em dor metade em excitação. 

- Charlie, você não precisa me castrar só porque ele é grande. 

- E você não precisa falar do seu penis em terceira pessoa, ele também não é grande o suficiente pra isso. 

Erik riu. Falou bem baixinho próximo da minha boca. 

- Você tá nervoso, e disparou a dizer coisas sem sentido, ou realmente menosprezou o tamanho do meu pau? 

- Você pode dizer penis, você sabe né? 

Sr Xavier, apenas diga que está constrangido.

Erik sorriu, e gemeu ao mesmo tempo porque apesar de toda conversa sem sentido eu me recusava a recuar e tirar a mão de lá. 

- Sabe, Charlie, toda vez que você fica nervoso e começa a falar tudo que vem a sua cabeça, eu sei que você sente mal com isso, mas eu acho fofo. Quer dizer, suas bochechas ficam vermelhas, seu olhar fica focado em algo sem sentido, como se sua vida dependesse de encontrar um detalhe na parede ou no lençol, eu gosto disso. 

Respirei fundo tentando relaxar, nós estávamos juntos por um tempo, Erik sabia quem eu era, de verdade, e eu me sentia bem com ele, sentia que não existia nada que pudesse acontecer ali entre quatro paredes que faria Erik se envergonhar ou se afastar, nós havíamos atingido o conforto de estar perto um do outro, de dizer o que pensávamos ou como nos sentíamos, nós não éramos um casal de capa de revista, nós éramos melhores porque éramos de verdade, e eu sabia disso, e ele também. eu acreditava que ninguém no mundo poderia me olhar com tanto amor, ternura e desejo como Erik fazia, eu era apaixonado por ele e era recíproco, por mais que isso não fosse o suficiente pra anular o medo, era pra eu ter coragem de seguir em frente sabendo que eu nunca me arrependeria de nada que acontecesse entre nós, mesmo que em algum momento não estivéssemos mais juntos eu ainda guardaria todas as nossas lembranças com carinho e amor. 

Eu não sentia a necessidade, curiosidade ou a ansiedade que sentia no começo com Erik, depois daqueles meses eu me sentia a vontade, me sentia feliz e confortável, eu queria estar com ele, apenas e simplesmente isso. 

Meu silêncio fez Erik se aproximar mais de mim, ele segurou minhas mãos na sua. 

- Charlie, nós podemos parar… 

Tampei a boca dele com a minha, e beijei ele com todo amor que tinha, eu dominei aquele beijo fazendo a língua dele buscar a minha dentro de sua boca, foi afobado como sempre, não me importei, era Erik ali, ele gostava simplesmente de quem eu era, não precisava me conter. Encarei ele meio esbaforido. 

- Você me lê meu silêncio errado, Erik, não é medo, eu só quero ir refletindo por cada passo, pra me sentir 100% confortável com eles, tipo com esse aqui…

Então agarrei entre as pernas dele de novo, sem tanta força, mas muito confiante. 

- Entende, Erik? Esse é um passo que eu posso dar a qualquer momento agora. 

Subi a mão e abri o botão da calça dele, então apoiei mas mãos na barra decidido em usá-las de apoio para deixá-lo apenas de cueca. 

- Erik, você vai ficar chateado se for o único a tirar as calças hoje?

Ele tirou as próprias calças ficando apenas de boxer preta 

- Charlie, um dia mais cedo ou mais tarde vou tirar suas calças. Se não for hoje, tudo bem. 

Sorri pra ele, então coloquei as mãos uma em cada uma de suas coxas. E fui apertando e explorando 

- As corridas antes do treino estão fazendo efeito. 

- Você gostou do que sentiu? 

Eu não sei porque, mas ao invés de responder eu abaixei o rosto e mordi um pouco acima do joelho, não foi uma mordida avassaladora, agressiva e não iria deixar qualquer marca, mas eu queria sentir a textura da sua perna na minha boca. 

- Puta que pariu! 

Ri porque percebi que ele tinha tomado o maior susto da sua vida, mais o volume na sua cueca fazia parecer que ele tinha gostado. Então decidi continuar. 

Mordi a parte interna da coxa mais pra cima, mas considerando a altura da cama e da cadeira, aquele era o máximo que iríamos naquela posição, a partir dali não se sentia seguro. Encarei Erik e sua boca aberta num estado quase de torpor. 

- Erik, Você precisa levantar. 

- Que? Por que?

- Porque eu tô pedindo e você disse que eu podia fazer o que quisesse. 

Ele levantou, com as pernas meio trêmulas, quando ele se postou sobre mim, eu estava na altura do seu umbigo, então lambi lentamente sua barriga. 

- Charlie, eu acho que não consigo ficar de pé! 

- Erik, segura mais um pouco, vai valer a pena. 

- Parece que minha cueca vai estourar só com você falando, eu não sei se vou aguentar. 

- Então vamos te aliviar 

Realmente aquela noite era quase um apanhado de palavras descontextualizadas que acabavam se encaixando em contextos aleatoriamente sexuais. 

beijei na altura da cueca, então com as mãos fui abaixando o tecido, enquanto a boca aproveitava a pele recém descoberta pra tocar. 

Eu não encarei “aquela parte”, eu tentei não pensar sobre aquilo, eu fechei os olhos e me concentrei em pequenas coisas, a textura, o gosto, a temperatura de Erik, os pequenos movimentos involuntários de seu corpo a cada beijo, os resmungos desconexos que saiam da sua boca, entre sussurros com o meu nome. 

E assim fui deixando minha língua descobrir Erik, para além dos meus olhos. 

Quando eu finalmente criei coragem e definitivamente beijei uma parte muito íntima de Erik, senti meus ombros relaxarem enquanto ele se tensionava, senti uma de suas mãos segurar minha nuca e acariciar meus cabelos calmamente. 

Parecia que ele buscava em mim uma calmaria que eu mesmo não estava disposto em oferecer. 

Então era isso? Apenas beijar meu namorado, quer dizer todo ele. 

Eu sabia que ele estava ficando impaciente pelo quanto sentia suas coxas tensionavam sob meus dedos. 

Continuei lambendo até me sentir confortável pra abrir os olhos, e finalmente abocanhá-lo. 

Foi um tanto surpreendente ver Erik finalmente vacilar em direção a cama, mas ele fixou os pés no chão como se sua vida dependesse disso, eu ri daquilo, mas lamber, chupar e rir ao mesmo tempo, não eram habilidades que eu tinha, mesmo assim Erik pareceu gostar. 

Os sons que saíram da sua boca eram manhosos, como se ele quisesse mais, como se estivesse ansioso. 

- Charlie, se acalma, vai com calma. 

Respirei fundo, pelo nariz e me concentrei, lembrei do vídeo pornô e tentei repetir o ritmo, normalmente eu só reparava e julgava as expressões, eu nunca tinha usado um vídeo pornô como fonte sexual de estudo. Me senti razoavelmente estranho naquele momento, um misto de ansiedade por ser tão novo naquilo me atingiu, mas eu tentei continuar concentrado. 

Erik continuava acariciando meu rosto. 

- Meu Deus, Charles, meu Deus. Você tem jeito pra isso. 

Eu quis gargalhar com esse comentário. Mas eu continuei concentrado no que eu tava fazendo. 

Existia algo sobre ver Erik ir perdendo a compostura que me fazia manter a seriedade. 

Pensei em como ele se sentia, e involuntariamente desci minha mão até o meio das minhas próprias pernas, passei por dentro da calça, e gemi. 

Era muita coisa pra controlar ao mesmo tempo, mas quando Erik percebeu que eu me tocava, o seu rosto mudou totalmente, ele tava em um quase êxtase, isso foi mais estimulante que assustador, então eu só continuei sincronizando o movimento da minha mão e minha boca, atingindo o ritmo perfeito. 

Eu eu já tinha visto outros vídeos pornôs além do que Erik havia me mostrado, mas era a primeira vez que eu tocava o penis de alguém além do meu, e foi um pouco triste pra mim constatar o quanto eu não tinha a capacidade de ficar tão intensamente duro, independente disso eu não me abalei, Erik não tocava meu pinto meio murcho isso era um problema só meu por enquanto eu não precisava compartilhar isso ainda. 

Mas será que isso seria brochante pra ele se ele soubesse. 

- Charles, o que você tá fazendo? 

A voz dele meio assustado, meio ansiosa me atingiu e eu percebi que pensava sobre isso com a boca parada ali, no meio do negócio. 

Coloquei todos os pensamentos de lado, mas tirei a mão de dentro das minhas calças e voltei minha atenção pra ele. 

Agarrei suas pernas e estabeleci um ritmo constante, acho que eu já tinha estimulado Erik demais, demorando uma eternidade pra chegar até ali, então parando e voltando e sendo desengonçado demais, que não demorou muito tempo pra sua mão adquirir força sobre a minha cabeça enquanto ele puxava ela pra fora, pra ejacular e cair sobre a cama sem força nas pernas. 

Eu peguei lenços umedecidos numa gaveta e joguei pra ele. 

Eu sempre achei que essas coisas seriam mágicas, românticas ou sei lá. 

Enfim eram divertidas, mas com certeza não eram nada mágicas. 

Erik passou alguns poucos segundos se restabelecendo e se limpando, depois me encarou. 

- Você tá bem? Você disse que tá pensativo mas   não sei, você não parece ter gostado muito. 

Tentei ser sincero 

- Acho que estou com problemas pra lidar com as consequências que minha deficiência tem na minha sexualidade, acho que é por isso que não consigo explorar tanto isso.

Erik se aproximou e segurou minhas mãos 

- Charlie, eu não tenho uma deficiência. Então obviamente eu não sei o que você tá passando mas eu tô aqui pra te ouvir, você se sentiu pressionado durante? Por que não me disse? Eu me sinto péssimo agora, porque foi uma merda pra você… 

- Não foi! Foi divertido mas aquele negócio de sentir sexo pesado, excitação louca, isso não aconteceu. 

Erik sorriu pra mim 

- Talvez eu seja péssimo nisso. 

- Definitivamente não tem a ver com você, pelo contrário, você é a única pessoa que nutri essas sensações em mim. É claro que eu já me masturbei mas sempre foi uma coisa mais fisiológica, eu sempre pensei que quando atingisse esse nível de intimidade com alguém, algo dentro de mim mudaria como se virasse uma chave. 

Suspirei porque muita coisa começou a passar na minha cabeça, continuei falando antes dele responder 

- Eu não consigo fazer as pazes com as minhas limitações. Ao mesmo tempo que existe algo externo arregaçando minha auto estima, algo dentro de mim parece quebrado. 

Ele me puxou pra mesma posição quando começamos tudo, ele estava sentado na cama, mas os pés alcançavam o chão. E entre suas pernas minha cadeira cabia de forma justa. Meus joelhos tocavam a parte interna de suas coxas. 

- Charlie, tenho certeza que não tem nada quebrado em você. Consegue me pontuar por que se sente assim? 

- Eu não sei, Erik, tudo que a gente faz, me lembra de algo que eu não sou capaz de fazer. 

- Como o que? 

Abaixei meu rosto envergonhado. 

- Sei lá, todas as posições do Kama sutra. 

- Eu acho que ninguém faz todas as posições do Kama sutra. 

Suspirei e gemi desgostoso, eu estava feliz pelo que tínhamos feito, mas decepcionado por achar que não poderia fazer mais, então não sei de onde veio, mas cuspi as palavras. 

- Erik, você não entende, meu corpo não reage como deveria, eu não consigo gozar, ou ficar duro, ou montar em você, eu não sei se sou capaz de controlar meu esfíncter bem o suficiente pra uma penetração segura, eu não seria capaz de fazer uma posição de frango assado se você não segurar minhas pernas. 

Erik enviesou as sobrancelhas com muita intensidade, e foi adquirindo um tom pálido enquanto eu ia falando, depois que terminei ele ainda ficou alguns segundos em silêncio como se quisesse ter certeza que eu realmente tinha terminado. 

- Charlie, sexo definitivamente não é sobre penetração, eu sei que você tá com esse comichão aí mas, não é assim que funciona. Pelo menos não pra mim, sexo é sobre intimidade, vontade, e sobre se sentir confortável e seguro, sexo não é sobre meter loucamente na posição de frango assado, Jesus, Charlie, você as vezes é assustador. Nunca ouvi alguém falar esfíncter pra falar sobre sexo, que não fosse um proctologista, meu Deus, eu ainda tô meu voando entre tudo o que você disse. Me dá mais uns segundos eu vou organizar meus pensamentos pra dizer algo melhor. 

Aproveitei seu silêncio 

- Erik, você diz que não se incomoda em transar convencionalmente, e que tá tudo bem, e várias outras palavras bonitas. Mas pode garantir que amanhã não vai querer mais? 

Ele coçou os olhos, era tarde e estávamos cansados 

- Claro que posso, quer dizer, eu posso ser um otario amanhã, mas pelo amor de Deus, Charlie, o que tá dizendo. Quer dizer, se eu não quiser transar com você um dia, eu serei insuficiente pra você? 

- Não é sobre você, Erik, você não tá entendo o ponto.

- Charlie, eu não sei se foi pelas coisas que eu passei e ouvi, ou se eu sempre fui assim, não sei se existe algo entre mim e o “sexo convencional” que me deixa desconfortável, mas a gente tá esperando coisas muito diferentes de sexo. 

- O que você quer dizer? O que tá esperando do sexo? 

- Sexo pra mim é condicional, eu quero transar com você, e eu me sinto excitado por você, caralho eu fico duro só de olhar pra você. Só que é algo mais emocional do que físico. Honestamente não me importo com penetração ou frango assado, se um dia nós estivermos no clima e você estiver seguro pra controlar seu… como você disse? Esfíncter, hahahah, a gente pode seguir adiante, mas isso nunca vai ser determinante pra mim. 

Dei um soco no braço dele. 

- Por que você riu? 

Ele respirou fundo, e me deu um beijo com calma. 

- Charlie, eu amo muito você, de frango assado ou não, controlando seu esfíncter ou não, tá claro pra você que isso é o que dita que somos namorados e que nosso relacionamento é saudável? Enquanto você se sentir bem comigo e eu me sentir bem com você, o resto é irrelevante. 

Mordi seu lábio inferior enquanto ele gargalhava. 

- Você é ridículo, Erik. Eu odeio você enquanto eu te amo, só achei que você deveria saber. 


Notas Finais


Eu tinha pensando em deixar claro que o Erik é assexual, mas como já tem um monte de coisa nessa história, deixo aí subtendido.
Sinto muito se não foi tórrido, mas eu imaginei que assim era mais a cara deles.
Sim, Charles tem um milhão de questões e por isso ele tem muitaaaaa dificuldade de lidar a ideia de que ele seja fisicamente atraente


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