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História Dont Love me - Desisto


Escrita por: Louy

Notas do Autor


E é nesse capitulo que percebo que o titulo não tem nada haver com a história, fazer o que né?
Eu sei que eu demorei, acontece que me senti um pouco mal pelos personagens e decidi dar a eles um agradinho estendendo um pouco mais a situação, e até concedendo-lhes um beijinho!(Alerta de spoiler)
Então espero que gostem, e sim, o próximo é o ultimo capitulo!
Boa leitura!

Capítulo 14 - Desisto


- Ela vai ficar bem, você não precisa se preocupar! – O médico disse tentando tranquilizar ele e as crianças.

- Mas, o que ela teve? – Perguntou Sunggyu meio desesperado.

- Foi apenas uma crise epilética por causa da pressão alta, algo como um choque ou uma noticia boa ou ruim deve ter feito isso! – Ele explicou com a voz suave tentando acalma-los.

- Tudo bem, então...

- Por enquanto ela está desacordada, mas acordará assim que os remédios começarem a fazer efeito no organismo... Tem um sofá dentro do quarto, vocês podem esperar lá! – Ele disse rindo. – Agora se me dão licença.

Ele se curvou fazendo um pouco de barulho com o jaleco e depois saiu andando pelo corredor. Sunggyu respirava aliviado, as crianças se amontoavam na frente da porta esperando poder ver algo pela fechadura. Eu encarava Sunggyu sem perceber, e percebendo isso ele mandou que as crianças entrassem e esperassem a mãe acordar em silêncio. Se aproximou devagar e se sentou ao meu lado, continuei a encara-lo, sem desviar o olhar, eu estava preocupada com Sun Yi Unnie, mas algo atraia meu olhar para ele.

- Obrigada por vir, mas como soube o que estava acontecendo? – Ele perguntou olhando para o chão.

- Alguns minutos antes de chegar em casa recebi uma ligação de Ji Min, ela me contou tudo e eu fui correndo... Mas você chegou primeiro. – Respondi meio desanimada.

- Por que quis vir comigo até aqui? Até onde eu sei você odeia ir em hospitais porque imagina as coisas ruins que acontecem com as pessoas doentes...

Sorri de leve e ele me olhou pela primeira vez, com uma interrogação no rosto.

- Você me conhece tão bem assim? – Perguntei sentindo minhas bochechas começarem a queimar. – Só achei que iria precisar de um ombro pra se apoiar, mas você pode ligar para Mei e eu vou embora!

- Não... – Ele se virou e apoiou a cabeça em meu ombro. – Gosto que seja você aqui, agora! Desculpa se te magoei esses dias, apenas...

- Eu te perdoo. – Interrompi antes de saber o motivo, porque eu já tinha entendido o quanto ele amava Mei, não precisava que me esfregasse na cara mais uma vez. – Mas acho que era o certo... Talvez devêssemos realmente nos afastar!

Ele levantou a cabeça para me olhar.

- Por que diz isso? – Ele perguntou sériamente. – Eu tenho motivos para te deixar de lado, mas você não os tem, então não decida sozinha.

- Eu gosto de você! – Disse de impulso, abaixei a cabeça para não ter que olha-lo. – E eu realmente sinto muito, sei que é errado, principalmente porque agora você tem uma namorada, então eu devo apenas me afastar e por meus sentimentos em ordem.

Sunggyu me olhava de olhos arregalados e eu podia sentir mesmo se não o olhasse de volta. Não tive coragem para levantar a cabeça de volta, mas ouvi passos, na verdade ouvi a batida insistente de saltos altos contra o piso do hospital e finalmente ergui o olhar para ver Mei com falsa preocupação no olhar vindo até nós.

- Oppa, eu realmente sinto muito! – Ela disse quando Sunggyu se levantou para recebe-la com um abraço fraco.

- Ela não morreu Mei, não precisa agir como se amanha fosse ter um velório! – Disse sarcástica me levantando e a encarando, raios invisíveis saiam dos nossos olhares para explodirem entre si, isso até Sunggyu se afastar e ela fingir um olhar doce, revirei os olhos.

- É verdade... – Ela murmurou. – Então Hoya me avisou errado!

- Sunggyu-Shi. – O médico reapareceu. – Preciso que assine alguns papeis, pode faze-lo agora?

- Claro, fiquem aqui! – Sunggyu respondeu e ordenou a nós duas, se virando para mim logo depois, assim que encontrou seu olhar com o meu corou de leve e hesitou. – Daqui a dez minutos entre lá e veja se os meninos dormem ou não, por favor.

E saiu me deixando só com a mocreia, desculpa a palavra feia, mas ela realmente é uma mocreia!

- Então, achei que tinha me livrado de você! – Ela começou se virando para mim. – O que faz aqui?

Ri de leve, e ela me olhou curiosa.

- Estou aqui para ajudar um amigo! – Respondi baixinho. – E você? O que faz aqui? Nem sabe quem está do outro lado daquela porta!

- Estranho, desde que cheguei você parece um pouco mais... Explosiva! O que aconteceu com a “Rimin” fofinha e inocente?

- Ela ainda está aqui, mas ela está meio furiosa. – Respondi deixando meu sorriso de lado e dando espaço a minha melhor cara de má. – Acho que você já sabe que não gosto de você, e não gosto do que está fazendo com meu amigo...Mas estou me rendendo, aproveite bem a sua mentira!

Ela me olhava assustada e só então notei que estava a poucos centímetros de seu rosto, como nos filmes onde a mocinha finalmente decide dá a volta por cima, acabei rindo com esse pensamento, porque era exatamente assim que eu me sentia.

- Então você tem tanto medo de mim assim, é isso? – Ela perguntou tentando passar seriedade na voz. – Isso está ficando mais interessante, parece que tenho meu caminho realmente livre, tinha minhas duvidas mas essa nossa conversa acabou com todas!

- Eu não vou me deixar afastar por sua causa, apenas acho que assim Sunggyu ficará mais confortável! – Falei me afastando um pouco. – Agora se me der licença, vou ver como vão meus pequenos.

Me virei de um jeito dramático. Entrei no quarto com cuidado e vi Ji Min sentada na maca perto das pernas de Sun Yi. Fechei a porta em silêncio e me aproximei.

- Ela é linda até quando dorme! – Comentei já perto da maca.

- Unnie, você acha que ela vai ficar bem? – Ji Min perguntou com seus olhos um tanto grandes a me encarar como um cachorrinho pedindo por comida.

- Claro que vai, eu não conheço a mãe de vocês a muito tempo, mas sei que ela é forte e não vai se deixar abater por causa disso... E além do mais, ela ama vocês demais para deixa-los assim desse jeito! Se um dia ela realmente não for ficar bem vai ser de um jeito mais dramático cheio de purpurina e coisas cor de rosa, porque é sua cor preferida!

 - Ela realmente não faria isso desse jeito! – Ela respondeu deixando despontar um sorrisinho animado no rosto. – Por isso Ji Won dormiu tão tranquilamente, porque sabia que ia dar tudo certo, e eu aqui, boba achando que algo vai acontecer!

Sorri docemente para ela.

- A mamãe realmente é linda até dormindo, quando chegar o natal vou comprar um super kit de maquiagem pra ela ficar ainda mais linda! – Ela começou a se entusiasmar.

- Claro! E um vestido lindo para passar o ano novo! – Brinquei me sentando no cantinho da maca, ela se encostou em mim e rodeei seu pequeno corpo com meus braços. – O que você acha, rosa ou azul?

- Rosa, porque é minha cor preferida... – Ela terminou de falar e bocejou longamente, com seus olhos grandes já começando a pesar. – Unnie, obrigada por vir, eu estava com saudades de você!

- Eu também! – Respondi brincando com uma mecha de seu cabelo. – Mas dessa vez, prometo não sumir.

Ela finalmente fechou os olhinhos e sua cabeça caiu no meu colo, sorri. Peguei-a no colo e a deixei deitada junto com seu irmão no sofá, depois saí do quarto fechando a porta silenciosamente. Encontrei Mei abraçada em Sunggyu, agarrava sua jaqueta como um carrapato, chorava, ou fingia como eu acreditava.

- É realmente triste... – Ela tentou falar entre as falsas lágrimas. – Eu sinto muito por ser tão fraca e não conseguir te dar apoio agora!

Sunggyu apenas respirou fundo e colocou uma mão sobre a cabeça dela. Assim que me viu desviou o olhar e afastou levemente Mei, disfarcei um sorriso satisfeito.

- Ji Min finalmente dormiu, estava com tanto sono tadinha... – Murmurei e ele voltou a me olhar. – Sun Yi já está respirando normalmente e os meninos cobertos e cercados por almofadas no sofá.

- Obrigada... O que eu faria sem você? – Ele perguntou sorrindo.

- Não sei... Mas me deve um presente, depois que me dê irei sumir novamente... – Murmurei mias uma vez, desanimada, não fingindo, mas realmente desanimada, triste. Era realmente terrível pensar em jogar a toalha quando eu nem ao menos tinha tentado nada para tira-lo dela.

Mei estava ali no meio, entre mim e ele, apenas observando tudo, já havia parado de chorar e me olhava meio cética. Então me toquei de algo.

- Hey, Mei! Você não tinha dito que Hoya te avisou sobre o que estava havendo aqui? Por que conversava com ele? – Perguntei curiosa.

- Ahn... – Ela começou a gaguejar. – Apenas sobre coisas do dia-a-dia, você também conversa assim com eles não é?

- Sim, porque eles são meus amigos... Mas pelo que eu me lembre você não é amiga deles! – Provoquei tentando não me sentir mal por tentar humilha-la ali mesmo.

Ela começou a tentar falar algo, mas se auto interrompendo logo depois, minha felicidade oculta acabou assim que Ji Min abriu a porta do quarto para nos avisar que finalmente Sun Yi tinha acordado.

Entramos nós três juntos, Sunggyu não falou nada, apenas observava em silêncio Sun Yi sentada na maca desfazendo a trança no seu cabelo. Mei foi um pouco mais ousada, sentou-se ao lado de Sun Yi e começou a tagarelar algo sobre sentir muito e coisas do tipo, eu apenas estava ali quieta olhando furtivamente para Sunggyu que estava realmente abalado, Sun Yi era a única família que lhe restava para amar e que o aceitava. Segurei sua mão por impulso e ele me olhou surpreso, para então envolver minha mão de volta com a sua, não sorri por vergonha, nem de felicidade, era algo mais parecido com cumplicidade. Mas não pude deixar de ficar levemente envergonhada por segurar a mão dele.

 

- Oppa, onde estão seus pais que não vieram ver Sun Yi? – Perguntou Mei.

Eu andava distraído pensando constantemente nas palavras de mais cedo de Rimin e acabei acordando justo nessa frase, me senti desconfortável e afastei o braço de Mei que estava entrelaçado no meu. Respirei fundo pronto para dar a explicação mais breve possível mas fui interrompido por Rimin, que começou a falar em um tom baixo.

- Eles apenas não vieram agora, mas virão um dia... – Ela murmurou abaixando a cabeça, depois olhou para mim e sorriu docemente. Não posso mentir, eu tinha sentido muita falta daquele sorriso.

- Se é assim, então tudo bem! Estou louca para conhece-los Oppa... – Mei continuava com seu jeito meloso de ser.

Sorri para mim mesmo voltando a andar relaxadamente. Senti um cutuque no ombro e me virei para olhar Rimin.

- Sunggyu-Shi, estou com frio, pode me comprar uma latinha de café? – Ela perguntou corando de leve.

- Claro, Mei quer algo? – Me virei para minha namorada parada do outro lado encarando Rimin.

- Eu vou até lá, de qualquer maneira sinto vontade de caminhar um pouco... Aproveito e ligo para minha mãe para avisar onde estou! – Mei se ofereceu me olhando meio séria.

Dei a ela o dinheiro necessário e ela saiu desfilando, como sempre fazia. Continuei por um tempo olhando Mei andar em direção à praça mais próxima, tentava evitar ter de olhar de volta para Rimin.

 

Percebi que ele olhava Mei desfilar com seu jeitinho todo sedutor que havia laçado seu coração, sem percebi estendi a mão tentando alcança-lo e senti uma tristeza tremenda, baixei o braço antes que ele virasse e percebesse.

- Obrigada por responder por mim aquela hora. – Ele se virou para mim sem sorrir.

- Achei que seria melhor do que te fazer falar sobre isso... Mas uma hora terá que contar a ela, sabe disso né?- Respondi.

- Acho que ainda não estou pronto...

- Se você conseguiu contar para mim, uma garota que conhece a seis meses, provavelmente consegue contar para alguém que conhece à uns cinco anos!

- Mas é diferente, você é minha melhor amiga!

- Mas ela é sua namorada, ela é mais... – Parei e respirei fundo, percebi que ele me encarou enquanto fazia isso. – Mais importante que eu.

- Isso não é verdade! – Ele aumentou o tom de voz e se aproximou alguns passos, me afastei antes que fizesse algo errado.

- É sim, porque se não fosse hoje eu estaria no lugar dela... Você não acha?

- O que aconteceu? Você parece estar mais faladeira hoje... – Ele riu tentando desviar o assunto.

- Bom, melhor aproveitar para falar todo o possível nessa nossa ultima conversa.

- Ultima? – Ele perguntou arregalando os olhos e fazendo aquele biquinho fofo de desentendimento.

Apenas balancei a cabeça afirmativamente.

- Eu lhe disse antes que eu iria me afastar de novo, mas dessa vez é definitivo. – Falei reunindo toda minha coragem, teria tempo de ser tímida e envergonhada mais tarde. –Gosto muito de você para vê-lo perto dela, isso me doí muito. Não sabe o quanto machuca não te ter mais completamente pra mim, pode me chamar de possessiva se quiser! Me sinto culpada por sonhar acordada com você, e mal posso dizer que sinto ciúmes porque você não é algo realmente meu para eu ter ciúmes...

- Você não pode apenas suportar e continuar ao meu lado? Preciso de você! – Ele disse quase implorando.

- Não posso, você não precisa mais de mim, sabe disso! – Olhei para o caminho que Mei tinha tomado. – E ficar contigo agora só me machucaria, porque eu não poderia estar com você do jeito que eu quero...

Ele ficou um tempo olhando o asfalto, perdido tentando confirmar consigo mesmo se realmente tinha entendido certo. Me aproximei devagar e me encolhi para caber no espaço entre seus ombros levemente curvados, ele se assustou mas não se afastou, me aninhei então no seu peito.

- Vou sentir falta disso. – Sussurrei sorrindo me sentindo mais leve, até pensei em me livrar de vez de todo o peso e contar logo tudo o que Mei havia aprontado, talvez assim eu não tivesse realmente que deixa-lo. – Tenha cuidado com as pessoas de quem gosta e em quem confia, algumas podem te machucar e eu não estarei lá para lhe dar colo e lhe mostrar um sorriso gentil... Não se afaste de seus amigos, eles só querem seu bem!

- Acabou de dizer para ter cuidado com as pessoas próximas, estou confuso! – Ele disse, a voz meio soprada.

- Seus amigos são de confiança, quando disse cuidado com tais pessoas quis dizer cuidado com Mei... – Disse em um impulso, talvez fosse melhor assim.

- Como assim?

- Nada oppa! – Ouvi a voz de Mei atrás de mim, mas não me virei, apenas ergui minhas mãos e agarrei o casaco de Sunggyu com toda a força que pude.

- Ela está te enganando, irá te usar para chegar até Hoya... É uma conquistadora e acha que o prémio maior é ele, não gosta de você realmente! – Disse escondendo meu rosto nas dobras do casaco.

- É tudo mentira. – Ao contrario do que pensei ela desmentiu parecendo tranquila.

- Você não acha estranho que te trate tão diferente quando está contigo a sós e quando está com os amigos? Tem de continuar a interpretar o papel para que você e os outros não descubram! – Continuei.

- E ela está de planinho com Woohyun, querem brincar com você! Até tentei impedir, mas ela é realmente insistente. – Mei também continuou.

- Woohyun descobriu faz algum tempo, mas foi ameaçado e para não acabar a amizade que tinha contigo não disse nada, Hoya também sabe, mas ele não quer nada com ela, a afasta para teu bem... A verdade é que eles já tiveram uma história, mas para ele tudo está terminado, mas ela quer provar que pode fazer o que quiser o conquistando novamente.

Senti as mãos de Sunggyu agarrando meus ombros, apertei mais meus dedos entre o pano.

- Você não vai realmente acreditar nela certo? – Mei perguntou e ouvi seu salto bater no asfalto. – É uma mentirosa, diga para mim o que sabe sobre ela? Muita coisa? Impossível, se conhecem não faz nem mesmo um ano! Pode muito bem mentir para você a qualquer instante sem sentir culpa, e quem garante que isso não é uma brincadeira de todos os seus amigos?

Sunggyu fez mais força para me afastar e não consegui permanecer onde estava, ele me olhava meio incrédulo, confuso, não sabia no que acreditar, comecei a balançar a cabeça negativamente em um apelo para que acreditasse em mim. Mas devia ser realmente difícil pra ele naquele momento, por isso suspirei dolorosamente e me lembrei que eu tinha “desistido” dele.

- Ela está certa! – Falei, levantando o rosto e o encarando com o melhor sorriso sarcástico que pude fazer no momento. Respirei fundo esperando ver a reação dele, não conseguia controlar minhas mãos que apertavam o tecido do casaco dele com certo desespero sem mesmo afrouxar um pouco ou pensar em solta-lo. – Sinto muito, você descobriu!

Ri tentando soar brincalhona. Me inclinei um pouco e encostei meus lábios nos dele de leve, depois soltei seu casaco e saí correndo para qualquer lugar onde não precisasse vê-lo.


Notas Finais


Também percebi que é o primeiro cap que não coloco capa, mas tudo bem, vocês não vão sentir tanta falta disso!
Então, esperem ansiosamente o final, porque vai ser uma gracinha(se minha imaginação e humor permitirem)
Obrigada por ler!


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