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História Doomed (Jeon Jungkook) - Jeon Jungkook, o próprio diabo


Escrita por: JKMANIA

Notas do Autor


Boa leitura!💕

Capítulo 4 - Jeon Jungkook, o próprio diabo


Fanfic / Fanfiction Doomed (Jeon Jungkook) - Jeon Jungkook, o próprio diabo

Capítulo 4 – Chapter Four 

Lembro-me vagamente dos acontecimentos daquela sexta-feira na boate. Quando fui para o quarto com aquele a quem eu apelidei de 'Senhor Misterioso', me recordo de estarmos aos beijos e depois jogados na cama, completamente pelados e emaranhados naqueles lençóis. As suas palavras sórdidas à mim ficaram gravadas em minha mente. A sensação das nossas peles juntas e a forma como ele entrava e saía do meu interior – rápido, fundo e forte – também ficaram gravadas em minha memória. 

Eu tinha feito questão de observar cada detalhe do seu rosto naquela noite, mas depois, ele tornou-se uma incógnita, um simples borrão. Eu havia bloqueado aquela memória e me proibido de pensar nele, e não foi algo difícil, eu estava ocupada lidando com Park Minji. 

Mas agora, ao vê-lo em minha frente mais uma vez, as lembranças voltaram como uma pancada na cabeça, as coisas que ele me dissera naquele corredor começou a fazer sentido, inclusive escutá-lo me chamando pelo nome naquela boate, pois se ele já me conhecia, isso só podia significar uma coisa. 

— É-é você mesmo?

— Juro que não ficarei chateado se não lembrar. — Ele disse, sorrindo.

— M-mas se é você… então quer dizer que… — Parei de falar, perdida no meu próprio raciocínio, ou não querendo enxergar a verdade. Aquilo tinha como ficar pior?

— Sei o que está pensando, Mia. Irei sanar a sua curiosidade. — Ele falou. — Mas por que não jantamos enquanto isso? 

Ele seguiu para outro cômodo, e ainda parada no lugar sem saber o que fazer, encarei Taehyung, que com um aceno de cabeça, mandou eu acompanhá-lo. 

Adentramos em uma enorme cozinha e, como já esperado, tudo ali era cercado de luxo e coisas claramente caras. Ele sentou-se na ponta da mesa, com Kim se sentando ao seu lado. Escolhi sentar na outra ponta, o mais longe possível deles, algo que o fez rir de forma sarcástica. 

— Mia, hoje irá comer a melhor comida da sua vida, feita pela governanta e cozinheira da casa, Senhora Yang. Ela veio da China junto com seus pais em um navio de imigrantes, quando era criança. Estavam fugindo dos conflitos de seu país natal, até desembarcarem aqui na Coreia do Sul. Na família de Yang, todas as mulheres cozinham, filha, mãe, avó, bisavó… E por mais que ela não seja desse país, não há alguém que faça comida coreana melhor. E é claro que com esse talento todo, ela trabalharia para mim. — Se gabou com um sorriso presunçoso nos lábios. 

Logo a comida foi servida pelos mordomos e um prato foi posto à minha frente. Eu tinha medo de comer qualquer coisa desse lugar, mas quando o aroma daquela carne de porco entrou em minhas narinas, senti meu estômago corroer de fome. Eu estava fraca, e sabia que não aguentaria de pé por muito mais tempo, então, quando vi os dois começarem a comer, de forma acanhada e receosa, comecei a fazer o mesmo.

— Sobre o seu caso, sinto muito por ter que estar passando por isso. — Disse, enquanto mordia um pedaço de carne com vontade. — Quando Minji me disse que daria a própria irmã em troca do que me devia, eu realmente duvidei que ela estivesse falando a verdade. — Me remexi desconfortável ao escutar o nome da minha irmã. — Mas ela precisava quitar a dívida de uma forma ou de outra, e estava desesperada para isso… ou só não queria morrer. Normalmente, as pessoas ficam assustadas quando se tem uma arma apontada para elas.

Arregalei os olhos, espantada.

— Mas antes, você precisa saber que eu não costumo perder meu precioso tempo para ir cobrar esses viciados, afinal, Minji é isso, uma doente viciada, certo Mia? — Ergueu uma sobrancelha enquanto bebia um gole de vinho. Eu sabia que ele estava me provocando. Foi mais ou menos dessa forma que me referi a ela na primeira noite em que nos vimos. — Tenho pessoas para fazer isso por mim, no entanto, o caso da sua irmã era especial demais para eu deixar que outra pessoa resolvesse isso no meu lugar. 

— E-especial? — Gaguejei. 

— Sim, muito especial… Minji te contou sobre Kim Chen? — Fiquei confusa, mas neguei com a cabeça. — Sabe quem é ele?

— Nosso vizinho de rua. 

— E um dos meus funcionários de Busan, com quem a sua irmã comprava drogas. — Completou. — Um cliente meu tem uma semana para pagar pelas gramas que comprar, mas o mais engraçado, é que Minji não pagava já tinham seis meses. Bom, isso porque ela estava transando com o Chen e eles começaram um namoro depois de um tempo. Ele não cobrava mais dela e ela continuava a comprar fiado. — Contou. — Até esse ponto, quem estava fodido na história era Chen, porque o que ele fez foi colocar um relacionamento estúpido acima dos negócios, me prejudicando no final. Já quanto a sua irmã, era só ela me pagar o dinheiro que devia que estaria fora da minha lista negra. 

— Mas ela me disse que você não queria mais esse dinheiro. — Indaguei, desentendida. 

— Sim, eu não queria mais dinheiro, porque o que eu descobri o que eles estavam fazendo, dinheiro nenhum cobria. — Deu uma pausa, me deixando nervosa. — Trinta por cento das vendas eram do Chen, enquanto os outros setenta por cento, meus. Mas, durante três meses, ele e Minji pegaram cinquenta por cento do lucro para eles. Eles me roubaram, Mia. — Meu queixo caiu, incrédula. — Em três meses, eles juntaram milhões de Wons pelas minhas costas. Chen até comprou um apartamento em um bairro nobre aqui na capital, passando para o nome dela para que eu não desconfiasse, mas, eu sou uma pessoa muito importante, e as pessoas fazem questão de ganhar pontos comigo, e para fazer isso, é só denunciar alguma traição. E foi exatamente o que aconteceu, me contaram o que eles estavam fazendo e até aqui, Minji e Chen já eram pessoas mortas.

Engoli a saliva com dificuldade, sentindo meu estômago gelar.

— E é por isso que a situação deles é tão especial. — Sorriu de forma maléfica. — Eu fui pessoalmente até Busan para finalizá-los, e bem, não é uma cena muito agradável ver a massa encefálica de alguém escorrer pela parede. — Fez uma expressão de nojo.

— Chen quem o diga. — Kim riu como se aquilo fosse uma piada.

— M-matou ele? — Perguntei mesmo sabendo da resposta. Aquilo era loucura demais…

— Claro que matei, não perdoo traição vindo do meu próprio pessoal, e iria matar Minji também, mas ela implorou pela vida e disse que eu poderia pedir qualquer coisa a ela. Não sei de onde ela tirou essa ideia se não tinha onde cair morta. — Revirou os olhos e eu senti meu sangue ferver de raiva. — Mas, no final, achei sua proposta interessante e fiquei curioso para saber o que ela me daria, então pedi a ela a coisa mais importante para si. Lembro perfeitamente dela dizendo que era algo muito melhor do que dinheiro, mais interessante, mais vivo, mais bonito… Você. — Apontou para mim. 

Senti meus olhos arderem ao ouvir as suas palavras. A forma como ela tinha feito uma propaganda de mim para conseguir se safar me dava ânsia.

— Minji tinha me mostrado várias fotos suas, falou um pouco da sua personalidade e gostos pessoais. Eu simplesmente não consegui dizer não, me encantei por você. E, bem, uma semana depois nós nos conhecemos naquela boate. E não pense que eu estava te seguindo, aquilo foi mera coincidência, ou obra do destino, como quiser chamar. — Me segurei para não mostrar o dedo do meio a ele. — Quando vi você naquele lugar, não pude perder a oportunidade de me aproximar, mesmo você tendo sido mais rápida. — Senti minhas bochechas esquentarem, tanto por raiva quanto por vergonha. 

— Ela te contou tudo isso, Mia? — Ele perguntou. 

— Não. — Abaixei o olhar.

Deixei os talheres sobre a mesa, decidindo não comer mais. Eu tinha perdido o apetite com toda essa conversa. 

— Agora, quanto ao seu novo trabalho, eu não perdoei totalmente a dívida com a sua irmã, a responsabilidade só passou para você, ainda quero o dinheiro de volta. Aquela boate é de um velho amigo meu, Jihoon, acredito eu que já tenha o conhecido. Ele estava me devendo um favor, então pedi para te contratar como garçonete, afinal, você já trabalhou em um restaurante, certo? — Sorriu abertamente. Minji tinha mesmo detalhado a minha vida para ele...  — Todo o dinheiro que você ganhar irá ser meu, até o valor total ser coberto. De qualquer forma, você não vai precisar dele. 

— E quando eu pagar tudo o que Minji te deve? — Questionei enquanto mordia meu lábio inferior, tensa.

Ele deu o último gole no vinho, encarando fixamente meus olhos.

— Sabe como funciona em uma prisão, Mia? Um preso pode ser libertado antes do tempo por bom comportamento, então, se for uma boa garota, quem sabe… — Cerrei meus punhos, me segurando para não fazer algo imprudente e que certamente pioraria a minha situação. — Taehyung, leve a nossa hóspede para o quarto, ela parece cansada.

Se pôs de pé e caminhou até a porta, mas antes de sair, virou-se para mim novamente. 

— Me chame de Jungkook. Jeon Jungkook. — E saiu.

Escutei Kim bufar, mas acatar a ordem. Taehyung se levantou e caminhou até mim, esperando que eu fizesse o mesmo. Voltei a caminhar atrás dele e logo chegamos ao quarto.

— Tem tudo de higiene pessoal que você precisa no banheiro, e no guarda-roupa tem roupas novas. — Falou seco, saindo e trancando a porta. 

Me joguei na cama, exausta. Jeon Jungkook esse era o nome do meu mais novo problema. Fechei os olhos, soltando um longo suspiro. Aquela seria a minha nova realidade. 



Sete dias. Uma semana havia se passado, e eu estava quase surtando. Estava presa naquele quarto e prestes a definhar. Tive muito tempo para divagar, chorar, lamentar e me questionar de certas coisas, como por exemplo, como será que estava a minha tia? Será que Minji fez algo com ela? Ela estaria me procurando? E como os meus amigos estão lidando com o meu sumiço?

Poucas pessoas entraram aqui, na verdade, apenas uma pessoa entrou aqui. Era uma das empregadas, Dahye… Dahyun… alguma coisa assim. Ela vinha três vezes ao dia trazendo as minhas refeições, nunca dizia um "a", apenas deixava a bandeja aqui e depois saía tão rápido como entrava. Nem Kim e nem Jeon deram as caras nesse curto período, e eu não sabia se agradecia ou temia por isso.

Jogada na cama, encarei as belas portas da varanda. Eu tinha tentado abri-las mais cedo, e não me surpreendi ao encontrá-las trancadas. Nem um ar fresco eu podia tomar.

Estranhei quando ouvi o trinco da chave da porta. A empregada caladona já havia trazido meu jantar às sete em ponto, ou seja, só retornaria amanhã. Mas, para a minha surpresa e desagrado, não era ela.

— Como vai, pequena Mia? — Jungkook perguntou ao se encostar no batente da porta. Me sentei na cama, permanecendo em silêncio. — Arrume-se, irá para a boate hoje.

Ah, essa era a minha outra preocupação, saber quando eu iria para aquela boate. Cheguei até a cogitar na ideia deles terem percebido que eu não seria útil naquele tipo de ambiente, seria perda de tempo, porém, acabo de entender que estando aqui, a última coisa que eu poderia ter era esperança. 

— E infelizmente não poderei comparecer na sua estreia hoje, estarei ocupado. 

— Fez o meu dia melhor. — Falei, revirando os olhos. 

Ya… — Ele andou em minha direção e sentou de frente para mim. Jeon ergueu uma mão e afagou a minha bochecha. Por um segundo, meu corpo se deixou levar pelo instinto e se arrepiou sobre o toque quente dele, no entanto, me afastei rapidamente, desviando o olhar. — Você era mais divertida quando nos conhecemos. — Retrucou, sorrindo ladino. Mordi minha língua, me segurando para não mandá-lo ir a merda.

Se levantou e caminhou até a porta.

— Não demore, Taehyung está te esperando lá em baixo e ele odeia atrasos. — Disse e saiu, me deixando sozinha novamente. 

— Aish! — Soltei um grunhido de raiva. Estava bom demais para ser verdade.



— E então Mia, a roupa serviu? — Hyuna perguntou do lado de fora do banheiro. 

Ela se referia a roupa, ou melhor, o pedaço de pano que tinha me dado para eu usar. Era um vestido de couro preto bem curto e colado, tanto que eu sentia dificuldade em respirar. Confesso que não era tão revelador como as roupas que as outras garotas usavam, mas ainda sim era impossível não ficar desconfortável naquilo. 

Puxei o vestido um pouco para baixo, contudo, isso fez a curva dos meus seios ficaram amostras. Respirei fundo e apoiei as costas contra a parede gelada atrás de mim. Eu queria chorar, mas não podia, seria humilhante demais. Eu tinha que pensar que pelo menos meu corpo ainda estava "coberto", mesmo que não o suficiente para mim. 

Quando abri a porta e saí do banheiro, olhei para a garota que me esperava, escorada na parede. Hyuna parecia distraída olhando as suas unhas, até reparar em mim.

— Oh! — Me encarou de cima a baixo. — Você está linda! — Não consegui agradecê-la, porque eu não me sentia bonita usando isso. — E as botas ficaram ótimas. — Olhou para o sapato enquanto batia as palmas animadamente. Sim, tinham mesmo, era a minha numeração exata.

Passei o olhar pelo camarim, esse que só tinha mais duas garotas além de nós. Segundo Hyuna, a maioria já estavam em seus devidos postos trabalhando. 

— Não me sinto bem usando isso.

— Acredite Mia, esse é o uniforme de garçonete mais comportado que temos.

— Hyuna, Moonbyul está te chamando no bar. — Uma garota avisou ao entrar na sala. Ela parou na nossa frente, com a atenção voltada toda para mim. Me analisou dos pés à cabeça, com uma expressão de… desdém? — Quem é a recatada aí?

— Obrigada pelo recado, e não é da sua conta, Chaeyeon. — Hyuna foi curta e grossa, contornando o corpo dela e me levando junto. — Não liga para ela não Mia, Chaeyeon implica com todas as novatas. — Disse, e restou-me apenas concordar com a cabeça.

Quando chegamos no salão da boate, senti meu estômago gelar e meus batimentos cardíacos acelerar. 

— Preparada para o seu primeiro dia?

— Nem um pouco. — Murmurei, passando o olhar pelo local. Aquela boate estava lotada, parecia ter o triplo de pessoas em comparação a primeira vez que eu vim.

— Pense pelo lado bom, você passará algumas horas longe do Taehyung. — Hyuna brincou, apontando atrás de mim. Quando me virei, avistei ele sentado em um dos sofás enquanto bebia.

Taehyung tinha me informado que ficaria aqui até o final do meu turno, isso depois de ter que escutar suas mil e uma ameaças sobre o que me aconteceria se eu abrisse a boca.

— Vem, vamos antes que o velho do Jihoon nos veja parada. — Ela indagou, enquanto me puxava pelo braço. 



— Aigoo… estou exausta. — Bora choramingou, debruçando-se sobre o balcão do bar.

— Como já pode estar cansada? Está fazendo isso só a quatro horas. — Moonbyul falou, sorrindo de forma provocativa para a garota que a encarou com um olhar mortal.

Hyuna havia me apresentado as duas garotas. Bora era garçonete também e me auxiliou algumas vezes, quanto a Moonbyul, ela era a encarregada de preparar diversos drinks. Eram pessoas legais.

Me sentei em uma banqueta, sentindo meus pés doerem. O salto da bota não era tão alto, mas para quem estava acostumada a usar apenas tênis todos os dias, aqueles poucos centímetros iriam acabar comigo. Passei a observar o ambiente e avistei Hyuna dançando em um palco. Ela se movimentava de forma sensual seguindo o ritmo da música, e parecia gostar de fazer aquilo, pois um sorriso verdadeiro brincava em seus lábios. Eu me perguntava como ela conseguia demonstrar tanta tranquilidade enquanto estava cercada por aqueles homens velhos.

Entretanto, meus olhos se desviaram para outra coisa. Vi Taehyung ainda no mesmo lugar, só que dessa vez, tinha uma garota sentada em seu colo. Eles pareciam que iriam se engolir a qualquer momento enquanto Kim apalpava a bunda dela sem escrúpulo algum. Levei alguns segundos para reconhecer os cabelos ruivos de Chaeyeon. 

— Sei como é… — Encarei Bora, essa que encarava eles. — Sempre que Taehyung vem para cá, eles ficam daquele jeito.

— É nojento. — Moon falou enquanto seu rosto se retorcia em uma careta.

— Taehyung-ah devia se mancar e parar de transar com essa menina doida.

— E bota doida nisso.  — Hyuna disse ao se aproximar. Ela estava suada e com a respiração acelerada de tanto dançar. — Se ela soubesse que você vem com ele todos os dias…

— Você vem com ele? — Bora e Moon perguntaram em uníssono, me encarando surpresas. Olhei para Hyuna, a repreendendo com o olhar. Uma grande fofoqueira.

— Sem perguntas, meninas. Sabem que é proibido falar da vida pessoal.

— Você joga a corda e não quer que nós nos enforcamos? — Bora perguntou indignada. 

— Se enforca depois, Bora. O pessoal da mesa treze chegaram. — Moon disse, olhando por cima dos nossos ombros.

Segui o olhar dela, vendo quatro rapazes se acomodando em uma mesa vazia. 

— Ah não! Não vou lá mais nem morta! — A garota reclamou.

— Até quando vai fugir do Baekhyun? — Hyuna perguntou com uma expressão de tédio. 

— Até ele esquecer da minha existência. — Bora desceu da onde estava sentada, me encarando. — Mia, sei que nós nos conhecemos hoje e que vai ser muita ousadia da minha parte, mas, pode atender aquela mesa? Por favor, por favor, por favor…

Era mesmo muito ousadia, mas ela parecia bem desesperada, e aliás, o que seria mais uma mesa para quem já atendeu várias?

— Tudo bem. — Respondi. 

— Muito obrigada! Muito obrigada! — Curvou-se em forma de agradecimento. — Estou te devendo essa, não esqueça de me cobrar.

— Não se preocupe, não vou deixá-la esquecer. — Moon indagou, vendo Bora mostrar o dedo do meio enquanto corria para o fundo do bar.

Me levantei e peguei o pequeno bloco de notas, caminhando em direção a mesa. Os rapazes pareciam entretidos entre si, tanto que não repararam na minha presença até eu chamar a atenção deles.

— Gostariam de fazer o pedido agora? — Perguntei com uma voz calma, carregando um pequeno e forçado sorriso nos lábios. Era uma das regras que Bora me ensinou: seja educada e sempre sorria.

— Sim, meu pedido é uma transa com você. — Um deles disse, sorrindo de forma safada, fazendo alguns de seus amigos rirem.

— Me refiro ao cardápio. — Retruco, tentando manter a expressão amena.

— Você é nova aqui, estou certo? — Outro perguntou. 

— Sim, é meu primeiro dia.

— Oh, sorte a nossa estar aqui no seu primeiro dia. — O mesmo engraçadinho de antes falou.

— Sehun, tem como ser menos imbecil? — O que estava sentado ao seu lado, e o único quieto até então, indagou seriamente. 

— Aish! Não corte o meu barato, SeokJin!

— Seu barato? — Maneou com a cabeça, sorrindo de forma debochada. — Agora entendo porque está na seca. — Os outros dois homens gargalharam, vendo o tal Sehun fechar a expressão, irritado. Também quis rir, mas mordi o lábio inferior e me controlei. 

— Não ligue para ele, irei fazer os pedidos… — Disse SeokJin à mim.

Depois que ele falou os nomes das bebidas, retornei para o bar e passei o pedido à Moonbyul. Ela logo me entregou os copos na bandeja. Equilibra-los só com uma mão, apesar do sapato, não era difícil, eu já estava acostumada a fazer isso no restaurante em que trabalhava. 

Coloquei os copos sobre a mesa, notando que Sehun permanecia com a expressão emburrada e, pela primeira vez na noite, sorri verdadeiramente para um estranho… SeokJin




Notas Finais


Enfim Jeon Jungkook relevou o seu nome a prota! 👏👏👏 Ela que lute agora...

Park Minji é uma verdadeira caixinha de surpresas, não acham?🥲

Mia no primeiro dia de trabalho e já tendo que lidar com um idiota como o Sehun, mas pelos menos o nosso Jin a ajudou😭

Obrigada por ler até aqui.💕


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