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História Dose Dupla - Ao Mesmo Tempo


Escrita por: romeofalling

Notas do Autor


OLÁ PESSOAS!
Eu tento sair do Jikook, mas o Jikook não sai de mim, por isso cá estou eu com mais um capítulo para vocês, meus amores! Desculpes a demora, a culpa foi do combo preguiça + falta de critividade, então perdoa meus erros e não desiste de mim!!!
MUITO OBRIGADO PELOS FAVORITOS E COMENTÁRIOS DE VOCÊS! Gente, pra mim, o que importa não é o número, o importante é saber que vocês gostaram <3

Sem enrolação, BOA LEITURA!

Capítulo 4 - Ao Mesmo Tempo


Fanfic / Fanfiction Dose Dupla - Ao Mesmo Tempo

A vida é feita de escolhas, decisões certas ou erradas - mais erradas que certas, no meu caso. Eu devia ter pensado que aceitar o convite de Jinam para aquele baile não viria a ser uma boa ideia, mas é aquele ditado: fazer o quê

Nós já estávamos parados no estacionamento da escola, onde os vários outros carros dos alunos e funcionários que tinham ido para o evento ficavam estacionados. Seria muito tarde para simplesmente dizer um poxa, Jinam, sabe o que é, não estou me sentindo bem, acho melhor voltar para casa, tchau. Não queria que ele achasse que eu estava dando um fora nele, longe disso, mas eu não estava preparado psicologicamente para todos os olhares e cochichos que viriam na minha direção. 

Eu não sou exatamente um antissocial, mas me considerava uma pessoa invisível a todos e estava muito bem com isso até agora. Mas, bem, quando se está do lado de uma pessoa como Jinam, a última coisa que se pode ser é invisível. Ele estava nesse exato momento abrindo a porta do carro para mim, todo cavalheiro, com um sorriso cativante e tão perfeito que me fez suspirar audível ao ponto de ele conseguir ouvir. Eu me olhou torto, rindo ao ver minhas bochechas ficarem vermelhas. Pois é, estou sentindo que essa noite vai ser longa e cheia de muitos momentos constrangedores, pra variar. 

- Está com falta de ar, Kookie? - Não, não, foi só uma vertigem por causa da sua beleza dos deuses, mas já passou.

- N-Não, tudo bem. 

Ele sorriu mais largo para mim e estendeu a mão para que eu a agarrasse para descer do carro. Assim o fiz e ele fechou a porta do veículo, o trancando logo depois. O baile seria no ginásio de basquete, onde além de acontecerem jogos de vez em quando, também ocorriam eventos importantes da escola, por causa do grande espaço disponível. Então não teríamos que andar muito para chegar lá, já que era praticamente ao lado do estacionamento, o que não me deixava mais relaxado. 

Jinam entrelaçou seus dedos nos meus, perguntando sem perguntar se podia, se bem que eu não era louco de negar. Eu sentia minha quedinha - abismo - por Jinam se aprofundando cada vez mais, ele era o meu tipo ideial. O tipo que me fazia suspirar e que parecia planejar todas as ações só para me ver completamente apaixonado, e ele estava conseguindo, oh, e se estava. Ele era gentil, mas sem deixar de ser divertido, era claro o porquê de todas as garotas e até mesmo uma grande leva de garotos estarem querendo a qualquer custo a sua atenção. Essa que eu tinha só para mim. 

Era realmente muita sorte, não é? Você pode pensar assim, mas então me vem à cabeça aquele outro ser humano que nasceu com a mesma genética que meu crush. Pensar nele me dava calafrios, que eu insistia em dizer serem ruins, mas que no fundo não eram, droga. Eu só rezava, para quem quer que quisesse ouvir minhas preces, que Jimin não estivesse lá. 

- Jinam...

- Sim? 

- O seu irmão, ele... - Não consegui completar a frase, não queria que Jinam se sentisse desconfortável. 

- Ah. - Ele exclamou, sem parecer triste nem abalado por eu ter falado do outro gêmeo. - Jimin ficou casa, eu pedi para que ficasse.

- Pediu? 

- Sim, hoje você será só meu. - Alerta, conotação sexual.

- Como é a relação de vocês? - Tentei mudar de assunto antes que minhas bochechas começarem a tomar aquela coloração avermelhada tão característica. Além do mais, eu tinha uma certa curiosidade quanto a minha pergunta. 

- Boa, eu acho. - Ele riu e abaixou o olhar antes de prosseguir. - Acho que por sermos gêmeos sempre fomos bem próximos, nós sempre dividimos tudo e fomos criados como se um fosse o complemento do outro. Eu não via nenhum problema quanto a isso, mas, com o tempo, Jimin ficou incomodado.

- Por que?

- Todos sempre esperavam que fizéssemos tudo igual e gostássemos das mesmas coisas, mas nós, conforme crescíamos, nos tornávamos pessoas cada vez mais diferentes, com personalidades muito distintas. Mas como eu era "o filho perfeito", nossos pais, principalmente, esperaram que ele fosse igual a mim, mas Jimin não era. As vezes, eu acho que ele é do jeito que é de propósito, só para ser mais diferente de mim. 

- Entendo. - Suspirei, devia ser difícil para Jimin, ser comparado ao irmão o tempo todo e não alcançar as expectativas devia ser angustiante. 

- Nós não somos super ligados, mas nossa relação ainda é boa, digo, na medida do possível. Não nos odiamos, mas também não temos aquela ligação mágica que as pessoas esperam que os gêmeos tenham. - Jinam gargalhou como se lembrasse de algo e eu sorri ao ouvir o som do seu riso fofo. - Se bem que ultimamente temos brigado bastante, o tempo inteiro. 

- Sério? Por que? - Ele parecia tão relaxado falando do assunto que estava me contagiando a ficar também e esquecer de toda a tensão que me aguardava naquele baile. 

Por você

E olha a tensão voltando. Pela primeira vez, me senti meio mal por estar colocando eles nessa situação, parando para pensar, eu nem tinha visto o lado deles, só o meu. Eles também estavam se sentindo mal por brigarem, não era só eu a vítima, eles estavam brigando por minha causa. Me sentindo um ser humano horrível apenas abaixei a cabeça, deixando o assunto morrer ali, já que não sabia o que dizer. 

Mal percebi, estávamos entrando no baile. O diretor Kim estava recolhendo os convites dos alunos logo na entrada, sorrindo falsamente e desejando uma boa noite, coitado, aposto que queria estar em casa, tomando uma cerveja. Jinam entregou os nossos - ele havia comprado o meu, já que, de acordo com ele, era isso que se fazia quando gostamos de alguém - e logo que entramos, o ar que tinha nos meus pulmões se esvaiu. 

Estava tudo muito bonito, nem parecia que ali era onde adolescente descabelados torciam loucamente para que uma bola entrasse numa cesta qualquer. Haviam rosas enfeitando os altos jarros de vidro que eram espalhados pelo local, mesas redondas aqui e ali, uma comprida mesa com as comidas que estavam sendo servidas e o ponche e por último, mas não menos importante, o palco onde a banda tocava a música chiclete do momento - que eu não sabia qual era, diga-se de passagem.

Mas o que me fez sorrir foi a grande faixa que estava estendida no teto, de uma ponta a outro, dizendo o tema do baile. 

- Amor à primeira vista. - Jinam disse o que eu pensava. - Foi o que aconteceu comigo quando te vi, logo que chegou. - Me virei para ele com os olhos arregalados. - Você estava todo perdido, muito fofo com aquele mini mapa da escola nas mãos, quase chorando de frustração por não encontrar o que queria.

- Você nem me ajudou. - Fiz um bico, esse que ele puxou de leve, fazendo com que eu o desfizesse. 

- Eu ia, mas Taehyung foi mais rápido e te agarrou pelo braço. - Ele ergueu as mãos em rendição. 

E era verdade, eu estava quase enlouquecendo perdido naquele mar de corredores quando Taehyung chegou cheio de simpatia para o meu lado e se ofereceu para fazer um tour comigo. Colégio de gente rica é grande, gente, então perdoa minha inabilidade para ler mapas feitos a lápis pela secretaria do diretor, 'tá? Foi a partir dali que Taehyung grudou em mim mais forte que cola e não largou mais, mas, quer saber, eu não queria que ele largasse, mas jamais diria isso para ele, aquele lá já se achava demais. 

- Então se o Tae não tivesse me ajudado você teria? - Só para confirmar, sabe como é.

- Claro, depois que eu ti vi pela primeira vez, eu só queria te ver de novo. Sei lá, algo em você me fez querer te conhecer melhor. - Ele me lançou uma piscadela, brincando com nossos dedos entrelaçados. - Mas digamos que a segunda vez que eu te vi não foi lá como eu imaginava. 

Ah, é. Foi quando eu derramei meu almoço no Jimin e ele quase me matou, quase, porque Jinam me salvou daquela vez. Pois é, nosso primeiro encontro - pela minha parte - não tinha sido o mais romântico, mas foi o suficiente para que o sorriso bonito e toda a personalidade dele, totalmente diferente da do irmão, me conquistassem e fizessem a quedinha se iniciar. 

- Fazer o quê, né? - Murmurei baixinho, fazendo ele rir. 

- Bem, agora, o que a gente vai fazer é dançar, vem. 

Ele me puxou pela mão até a pista de dança que ficava entre ao palco improvisado e as mesas. Foi aí que nós chamamos a atenção dos outros adolescentes dali. Não era tanto pelo fato de sermos dois meninos - século vinte e um, por favor, né -, era mais pelo fato de ser Jinam e um menino, no caso eu. As meninas faltavam atirar os saltos altos na minha cabeça, provavelmente pensando o quanto a vida é injusta e o senpai ter me notado, mas não ter notado elas. Os meninos estavam mais sossegados, só olhavam por olhar. 

Jinam fez questão de nos levar até o meio da pista, bem no centro da multidão que se formava para dançar. Eu estava meio tenso no início, mas foi só quando Jinam virou meu queixo em sua direção e me fez encará-lo.

- Ignore eles, dance comigo. - A voz dele saiu mais rouca que o normal, fazendo meu pescoço se arrepiar, já que estávamos perto demais e o hálito quente dele tocou minha pele suavemente.

Não falei nada, apenas me aproximei dele, sem saber o que fazer ao certo, eu não sabia dançar. Mas Jinam parecia saber é muito, porque pegou meus braços e colocou-os em voltada de seu pescoço, levando suas mãos a minha cintura. Era uma cena cômica vista de outro ângulo, levando em conta a nossa diferença de altura, mas eu estava pouco me importando, Park Jinam estava com o corpo quase colado ao meu e aproximando ainda mais. 

A música não era lenta, mas também não era agitada demais, era a batida perfeita para fazer nossos corpos se moverem um contra o outro na medida certa. E as musicas iam passando e nós dançávamos juntos, sem perceber o tempo passando rápido demais para o meu gosto. Admito que em certo momento meus olhos deixaram de focar nos de Jinam e foram para seus lábios carnudos. 

Eu estava com um friozinho na barriga, talvez fosse o medo de tentar algo e ser rejeitado, vai que, né. Mas Jinam provou que não rejeitaria coisa nenhuma quando grudou seus lábios nos meus. E, diferente do que eu pensei, o beijo dele era completamente diferente do de Jimin. O Park mais novo movia a boca contra a minha com calma, como se degustasse o gosto que meus lábios tinham, o gosto que o nosso beijo tinha. 

Ele apertava mais minha cintura a medida que a língua se tornava mais gulosa em explorar cada canto, assim como a minha, talvez um pouco mais desesperada que a dele. Diferente do beijo de Jimin que me fazia ficar sem ar e deixar cada toque obsceno demais, o beijo de Jinam me fazia ficar sem chão, era carinhoso, demostrando de uma forma diferente do irmão os sentimentos que sentia por mim. Sensações diferentes, mas extremamente boas.

Jinam começou a me guiar me fora da pista de dança, me prensando contra uma das paredes daquela quadra e avançando para cima de mim de um jeito que eu ainda não tinha visto. Não que eu esteja reclamando, tudo que eu mais queria era que ele me jogasse na parede, mas era exatamente novo.

E eu poderia ficar ali, o beijando até cansar, mas a vida nunca deixaria isso acontecer, ela era malvada demais.

- Desculpa a intromissão, mas temos um problema com a banda, Jinam. - Era Hoseok, um dos melhores amigos de Jinam. Ele não parecia verdadeiramente pesaroso por interromper nosso beijo, mas parecia desesperado com o problema com os músicos.

- É muito sério? - Jinam perguntou, tão impaciente para voltarmos a nos beijar quanto eu estava. 

- Sim, muito. 

- Tudo bem, já estou indo. - Ele se virou para o amigo, mandando que fosse na frente. 

- Eu tenho que ir, fazer o quê? - Jinam se inclinou e deixou um selinho nos meus lábios, me fazendo corar ao ouvir o som estalado que o carinho tinha feito. 

E logo depois seguiu Hoseok, sumindo no meio da multidão de alunos. 

E eu fiquei ali parado, tocando com a ponta dos dedos meus lábios, como se pudesse sentir ele me beijando, mas também pensando no beijo de outro.

E foi assim que eu percebi que Jimin e Jinam não são idênticos, mas são feitos na medida certa para fazer eu me apaixonar.

E pelos dois ao mesmo tempo.
 


Notas Finais


E OLHA O KOOK ADMITINDO QUE TÁ APAIXONADADINHO PELOS DOIS... ou não, quem sabe?
Capitulo pequeno e meio parado, mas o objetivo dele era fazer uma introdução do próximo, então aguardem que aí vem! ~dando aquele spoiler~
Deixe a sua opinião, vou adorar ler e responder, vamos ser amigos!
Até mais, obrigado por tudo <3


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