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História Double Problem - Curto Circuito


Escrita por: FuckingSwen

Notas do Autor


Olha que voltooooooooooou: EU! \O/
HAUHSUSHUSHUSHUSHSUHUSH PARA ALEGRIA GERAL DA NAÇÃO (so que nao ne kirida, seje menas)

Como prometido, eu disse que postaria na quinta e ca estou!
Confesso q estou adorando cada comentario no wpp (pra quem me achou shaushuahs) e aqui tambem <3
Bom, espero que se divirtam e BOA LEITURAAAAA!
COMENTEM MUUUUUUUITO!
BEIJOOOOOS <3

Capítulo 5 - Curto Circuito


Fanfic / Fanfiction Double Problem - Curto Circuito

 

Emma ficou congelada. Não se sabe por quanto tempo. Ela não esperava por essa afronta tão cedo, principalmente sozinha com Regina, ela esperava que pelo menos Rose estivesse ao seu lado para fazer seus comentários cômicos e ácidos sobre sua irmã gêmea. Mas não, ali estava ela, sozinha com a morena ao seu lado e sua irmã a sua frente. Teria que enfrentar essa sozinha.

─ Emma? Vai ficar como uma retardada parada na porta? ─ Emmily olhou para Emma ainda parada na entrada no quarto. Emma entrou e puxou Regina consigo ─ qual o santo eu devo agradecer por você não estar com aquela sua amiga insuportável e de baixo nível? ─ Emmily falava enquanto arrumava suas roupas do final de semana de volta no armário.

─ Não fale assim Em! ─ Emma falou indicando a Regina para que se sentasse na cama ─ não tinha aula agora a tarde?

─ Vai ficar me monitorando? O que virou a mamãe? ─ Emmily a fitou com os olhos verdes e Emma apenas suspirou ─ tenho aula sim, apenas passei no quarto para guardar minhas coisas, porque vai transar com a sua namoradinha?

─ Ela uhg! ─ Emma bufou e se jogou na cama ─ ela não é minha namorada Emmily, é minha amiga! Regina essa é Emmily, minha irmã gêmea ─ Emma apontou para sua irmã que se aprontava para sair do recinto.

─ Emma qualquer um que olhar para nós duas, mesmo sendo um idiota, sabe que somos gêmeas ─ Emmily sorriu sarcástica ─ e sua amiguinha, como todas as outras, parece ser inteligente o suficiente pelo menos pra isso! Apesar do baixo nível de todas vocês... ─ Regina a olhou incrédula do quão grossa e diferente era aquela versão da sua amiga.

─ Boa aula sis! ─ Emma falou enxotando a irmã do quarto. Emmily pegou sua bolsa e um livro que estava na estante e se retirou do quarto fechando a porta atrás de si, deixando apenas um silencio sepulcral rondando o quarto. Um silêncio ao qual Emma não queria quebrar, pois isso significaria falar de coisas das quais ela não queria, coisas que ela preferia que ficassem apenas no superficial, apenas no “eu tenho uma irmã gêmea e fim”. Porem, do pouco que ela conhecia Regina, ela sabia que a morena não deixaria aquilo apenas no superficial. Elas já estavam juntas como amigas há alguns dias e Emma em nenhum momento citou a tal irmã. Claro que Regina notou o porquê, porem ninguém deixa de mencionar que possui um membro da família com você.

O silencio já perdurava por alguns minutos. Emma sabia que era injusto com a amiga, Regina mesmo não a conhecendo por muito tempo topou ir busca-la na puta que o pariu apenas porque sua melhor amiga pediu e ela ficou ouvindo seus devaneios de madrugada e citando Alice no País das Maravilhas como forma de terapia barata, porém reconfortante apenas por se preocupar com a loira. Emma devia pelo menos uma explicação para Regina do porque não citava sua irmã e do porque não tinham tanto um bom relacionamento. Mas não contaria sobre o que Emmily a obrigava a fazer com relação a dinheiro, pouparia Regina dos detalhes sórdidos da sua vida mesquinha e suja. Ela sentou na cama e encarou Regina.

─ Topa dar uma volta? ─ Emma sorriu meio sem graça. Regina como sempre sorriu carinhosa e aceitou.

Elas pegaram o caminho para o Central Park. Foram andando pelas calçadas lotadas de gente correndo e falando ao telefone. As rajadas de vento aumentavam conforme o outono se passava e dava lugar ao inverno. Era possível enxergar as cores alaranjadas e marrons se misturando no parque dando aquele ar de filme Hollywoodiano romântico com uma pitada de comedia. Emma e Regina entraram na Starbucks em frente ao parque e so então puderam se acalmar e relaxar da confusão que era a cidade do lado de fora.

Emma pediu seu cappuccino canela de sempre e um croissant de presunto e queijo e Regina pediu seu café mocha e um croissant de frango. Escolheram uma mesa perto de uma das janelas e esperaram por seus pedidos. Emma sentia seu estomago dar cambalhotas apenas por pensar em como começaria a contar sua historia para Regina. Ela não sabia o que contar, não sabia ate onde contar ou nem mesmo por onde começar.

─ Emma, daqui a pouco você vai destruir o cardápio de tanto que vira ele ─ Regina pegou o pequeno folheto e tirou da mão da loira ─ sua irma te deixa tao nervosa assim?

─ Voce nem faz ideia! ─ Emma rolou os olhos ─ ela me deixa mais doida do que eu já sou! ─ Emma parou e pensou no que disse ─ isso não soou legal ne? ─ ela riu. Regina riu da cara da amiga.

─ É... não? ─ a morena riu ─, mas esquece, me diz, por que não me contou que tinha uma irmã gêmea e pior, ou melhor, não sei, uma irmã gêmea idêntica!

─ Na verdade, eu meio que me esqueço de que tenho uma irmã gêmea ─ Regina a olhou assustada ─ é, eu sei que parece estranho, você ter uma copia sua andando por ai e você não lembrar, mas eu além de ser esquecida e desatenta não tenho muita convivência com ela, nós apenas dividimos o mesmo quarto, não a mesma vida ─ Emma tentou não transmitir o quanto isso a incomodava, por que ela lutou muito para deixar de se importar com o fato de que nunca teria sua irmã como sua melhor amiga, fazendo parte da sua vida e pregando peças como gêmeos idênticos fazem. No fundo, ela sentia falta, mas enterrou isso para que não doesse como tantas outras coisas doíam.

─ Ual! Mas Emma, ela é sua irmã, digo ─ Regina suspirou ─ sei que convivência entre irmãs é complicada, eu tenho duas! Porem é família, isso deve te incomodar de alguma forma, você não é o tipo de garota que não se importa, você tem um coração e do pouco que eu conheço você, eu percebi que você se importa sim com as pessoas que ama ─ Regina a fitou com seus olhos cor de amêndoas. Olhos de buraco negro, pensou Emma. La estava a loira sendo sugada mais uma vez para dentro daquele ponto de massa concentrada, aquela estrela implodia onde nem a luz era capaz de escapar.

─ Bom, eu me importo com ela claro ─ Emma suspirou, não queria que Regina entrasse num campo proibido ─ não é o que eu quis dizer, porem não somo como você e Zelena e Belle, nós somos idênticas na aparência e opostas na alma e isso nos mantem completamente afastadas ─ Emma finalizou. O garçom trouxe os pedidos e elas agradeceram.

─ Entendo, o que sua mãe pensa sobre isso? Digo, sobre vocês estarem juntas, mas não terem nada uma com a outra ─ Regina deu um gole em seu café. Emma olhou para fora antes de responder. Uma memoria lhe veio a mente: sua mãe. Nunca falava sobre ela, nem Rose entrava nesse assunto, pois sabia que era um assunto complicado, mas Regina não hesitou em perguntar, claro elas eram amigas a poucos dias, mas de certa forma ao mesmo tempo que Emma barrava as pessoas sobre perguntar sobre seu passado e sobre sua mãe, na verdade parecia que uma parte de si estava apenas ansiando desesperadamente que alguém perguntasse para que ela pudesse jorrar para fora tudo o que ela vinha engolindo há anos e que vinha consumindo sua alma como um demônio faminto pelos seus medos e aflições.

─ Ela deixou de pensar alguma coisa há muito tempo ─ Emma deu uma golada em seu cappuccino. Regina a olhou tristemente.

─Oh! Emma, me perdoe, eu não sabia! ─ Regina tentou consolar a loira e segurou sua mão. Emma sentiu o toque quente da morena e permitiu que a troca de cargas elétricas fosse feita ali naquele instante. Ela sentia como se um curto circuito pudesse ocorrer a cada toque que a morena fazia em seu corpo. Ela lera uma vez que um curto ocorria quando um circuito de resistência muito baixa recebia uma corrente elétrica muito alta, causando um superaquecimento dos condutores. Regina era essa corrente, sempre alta, sempre a atingindo em níveis elevados e Emma era o pequeno circuito de baixa resistência que poderia a qualquer momento entrar em curto.

─ Não se preocupe ─ Emma sorriu ternamente para a amiga ─ pelo menos ela se foi lembrando de como éramos quando pequenas ─ Emma finalizou e deu atenção para o seu lanche. Regina fez o mesmo. O silencio voltou a se instalar, porem não durou tempo o suficiente para que Emma se recuperasse.

─ Como foi? ─ Regina olhou para a amiga ─ digo, depois que ela se foi, vocês não tinham pai?

─ Nosso pai nos abandonou quando éramos muito novas e tivemos um padrasto que não quis assumir quando ela morreu ─ Emma passou a mão no cabelo úmido e olhou para o lado de fora novamente ─ minha mãe não tinha irmãs e sua mãe tinha morrido. Bom o serviço social tentou contatar nosso pai, mas descobriu que ele tinha se envolvido em uma briga de bar e acabou sendo assassinado ─ Regina a escutava em silencio, Emma apenas contava sua historia sem demonstrar algum tipo de reação ou emoção ─ tentaram achar sua família, mas encontraram apenas uma tia avó dele que esta internada em um hospital psiquiátrico...

─ Sinto muito Emma...

─ Passamos o resto da nossa infância numa casa adotiva com varias outras crianças e quando completamos dezesseis anos saímos do sistema ─ Emma terminou seu cappuccino ─ eu e minha irmã arranjamos um emprego em uma lanchonete, alugamos um apartamento minúsculo e horrível no Queens e vivemos assim ate conseguirmos passar na NYU, que foi quando nos mudamos para o dormitório e bom, vivemos do que juntamos ─ Emma não queria entrar no detalhe financeiro.

─ Meu deus Emma ─ Regina passou a mão pelos seus cabelos negros lisos que iam ate abaixo dos ombros ─ sabe, eu costumo pensar que cada pessoa é como um livro em uma biblioteca e essa biblioteca é o mundo. Cada vez que conhecemos alguém é como folhear esse livro, folhear a alma de alguém e quando eu olho pra você eu percebo que livro maravilhoso você deve ser!

─ A Ruby veria isso com uma conotação tão pornográfica, meu deus! ─ Emma riu de si mesma pensando na amiga e Regina riu do comentário ─ desculpa!

─ Ruby e Zelena são duas depravadas que nem com um convento elas iriam deixar de serem duas biscastes! ─ Emma riu pensando nas duas vestidas de freira.

─ Certamente, roupa de freira só se for um fetiche sexual pra aquelas duas! ─ Regina riu imaginando a cena.

─ Desculpa ter me intrometido tanto na sua vida, sei que às vezes ou sempre minha curiosidade vai além do limite ─ Regina sorriu sem graça.

─ Não se preocupe, eu de certa forma confio em você pra ter te contado tudo isso, não é uma historia glamorosa ou “oh meu deus salve a órfã”, mas você merecia sabe ─ Regina sentiu a sinceridade nas palavras da loira. Sentiu-se bem por ter a confiança de Emma naquela parte que poderia ser algo doloroso e talvez algo difícil de ser tocado por qualquer um.

Elas pagaram a conta e saíram para enfrentar as fortes rajadas de vento. O céu escurecia anunciando uma nova tempestade a caminho. Fizeram a caminhada de volta ao campus e voltaram para o dormitório de Emma, ainda tinham que selecionar um assunto para a sua matéria de fotojornalismo. No caminho Regina veio ruminando a historia da amiga na cabeça e varias ideia lhe foram surgindo, não sabia bem como a loira reagiria, mas talvez fosse algo bom por fazer parte do seu passado.

Emma abriu a porta de seu quarto e deixou que a morena entrasse. Trancou e pendurou o guarda chuva e retirou as botas.

─ Acho que o frio vai castigar esse ano, já estou vendo euzinha chegando mais atrasada do que o normal ─ Emma riu.

─ Relaxa, sabe que se o tempo piorar muito eles cancelam as aulas ─ Regina comentou enquanto tirava suas botas e se acomodava na cama da amiga. Pegou seu celular e começou a fazer algumas pesquisas de acordo com a ideia que teve. Emma se jogou na outra ponta da cama e mandou uma mensagem para Rose perguntando se ela já estava no dormitório.

─ O que tanto você fuça ai ein? ─ Emma se jogou ao lado da morena. Viu que Regina buscava por orfanatos que dependiam de doações e obras de caridade ─ porque esta olhando isso, pretende adotar uma criança? Minha historia foi tão comovente assim? ─ Emma riu e a morena sorriu para ela.

─ Pretendo, vou adotar uma pra você também, quem sabe ela não te serve de despertador ─ a morena zombou. Emma mostrou a língua para a amiga ─ claro que não idiota!

─ Sua idiota! ─ Emma falou sem pensar. Regina olhou de soslaio para a loira.

─ Minha é? ─ Emma ruborizou e Regina riu ─ bom, eu tive uma ideia, não sei bem se você vai gostar ─ Regina mordeu os lábios.

─ Conta mulher!

─ Bom, depois do que você contou eu pensei que sua matéria podia ser sobre os a vida dos órfãos, você podia fotografa-los e fazer uma matéria do ponto de vista deles, já que... ─ Regina não terminou a frase.

─ Já que eu fui uma, pode dizer eu não me incomodo ─ Emma sentou-se ao lado da morena.

─ Pode dizer se achar a ideia ridícula e totalmente fora de cogitação e uma coisa que vai te machucar mais ainda, pode ser sincera comigo, eu não vou achar ruim! ─ Regina desandou a tagarelar sem falar devido ao nervosismo de expor uma ideia que poderia talvez desenterrar emoções há tanto tempo guardadas no coração da amiga.

─ Ei! ─ Emma gritou e tapou a boca da morena com suas mãos ─ primeiro, caralho você parece um disco furado quando ta nervosa ─ Regina riu abafado pelas mãos da amiga ─ segundo, eu adorei a ideia, seria ótimo alguém poder dar visão a um lado do mundo que as pessoas insistem em ignorar, eu amei a ideia ─ Emma soltou a boca da amiga e elas se encararam. Emma estava tão perto de Regina que sentia sua respiração descompassada e o cheiro de café. Regina encarou aqueles olhos verdes claros profundos e imaginou quantas histórias eles ainda não guardavam. Diziam que os olhos são a janela da alma, mas se ela fosse entrar naquele oceano que fosse pela porta e não como um ladrão que espreita pela noite e adentra as escondidas.

A alma de Emma era como a zona abissal do oceano. Um local tão profundo que não permite a chegada de luz, tão profundo que sua pressão é tamanha que um ser vivo não é capaz de sobreviver por muito tempo, muitas vezes não se encontra vida nesses locais. Porem, Regina estava ali, encarando aquele oceano a sua frente e preste a dar o mais fundo mergulho. Ela não sabia o quão profundo podia ser a alma de Emma, mas sabia que “A medida de uma alma é a dimensão de seu desejo” (Gustave Flaubert). E a dimensão do seu desejo estava ali escancarada em sua respiração ofegante.

Emma suspirou fundo. Sentindo cada parte do seu corpo lutar contra si próprio numa luta livre entre físico e emocional. Seus pensamentos desordenados como um trem descarrilhado acompanhava seu estomago embrulhado que parecia se espreguiçar numa yoga tibetana, mais conhecida como “borboletas”. Suas sinapses aconteciam de forma rápida, tão rápida que seu coração parecia sentir a necessidade de acompanhar o ritmo delas. E como numa escola de samba ele tamborilava dentro do seu peito. Regina acariciou seu rosto e roçou a ponta do nariz em suas bochechas sentindo o leve aroma de cereja.

─ EMMA DO CÉU VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR! ─ Rose arrombou a porta, porque sim ela tinha uma copia da chave do quarto da amiga  e parou vendo as duas se separarem ─ ham, interrompo alguma coisa?

─ Não, não ─ Emma pigarreou ─ desembucha logo o que você tem pra dizer! ─ Ela olhou de canto para Regina que também fingia não ter acontecido nada.

─ Aham, ok! ─ Rose pigarreou também e fechou a porta ─ eu estava com Belle na biblioteca pegando os livros dela de arte que mais parecem tijolos de construção civil, quando de repente Emma segura no meu coração ─ Rose pegou a mao da amiga e levou ate seu peito ─ eu vi um anjo, senhor me segura, porque eu não sou santa você sabe ne?

─ Rose eu não to entendendo nada do que você esta falando ─ Emma disse rindo.

─ Céus, como é lenta, não vou fazer comentário sobre a cor do cabelo porque ne, também sou loira, mas o que eu estou dizendo é que vi o cara mais lindo da face da terra hoje!!! ─ Rose dava pulos pelo quarto e falava com empolgação. Emma e Regina riam da baixinha que falava como uma adolescente que tinha se apaixonado pelo cara do baile.

─ Rose, você ta ridícula falando assim! ─ Emma zombou a amiga.

─ Credo Emma, deixa a garota ─ disse Regina.

─ Toma besta! E você fala isso por que não o viu e também, eu nem sei como você iria reagir se o visse porque afinal você nem sabe se pula ou não no brejo ─ Regina riu alto da briga das duas. Emma bufou.

─ Euuuuu cheguei meus amores! ─ Zelena entrou no quarto de Emma acompanhada por Ruby e Belle.

─ E ai bebes ─ disse Ruby.

─ Vai chupar ou vai lamber? ─ disseram Emma e Rose.

─ Sempre os dois amorzinhos ─ ela abraçou as duas.

─ Esse bordão de vocês é muito engraçado, quero ver o dia que atenderem o telefone na frente da mãe! ─ disse Belle.

─ Ah! A Ruby faz isso direto! ─ disse Emma ─, mas acho que a mãe dela já sabe a piranha que pescou ─ zombou da amiga e acabou levando um tapa.

─ Gente, eu não consigo tirar aquele professor da minha cabeça ─ disse Zelena se jogando na cama de Emmily.

─ Seu professor de Estatística? ─ perguntou Rose.

─ Esse mesmo! ─ disse Belle rindo.

─ Eu juro que queria aprender as probabilidades e a frequência que ele pode me pegar de jeito naquela mesa imensa da sala dele ─ disse Zelena. Todas riram.

─ Meu deus que fogo ein! ─ disse Regina ─ se controla irmãzinha, nem sabe se o cara é casado!

─ Queridinha, quando você ta vindo com o fubá nós já estamos com o cuscuz ─ disse Ruby que piscou para Zelena.

─ To vendo que essa amizade vai loooonge ─ disse Rose.

─ Nós arranjamos uma desculpa hoje e conseguimos ir à sala dele ─ disse Zelena ─ enquanto eu bancava a caloura interessada e dramática que não estava entendendo nada da matéria, Ruby conseguiu checar a sala dele!

─ Céus! Que bandidas! ─ disse Emma rindo.

─ Nenhuma foto de família ou esposa, no computador a foto de descanso é uma dele esquiando e ele não usa aliança ─ Ruby falou empolgada piscando para sua nova parceira de piranhagem.

─ Vocês vão contaminar o mundo! ─ disse Rose ─ se vocês entrarem num convento capaz das freiras amarrarem vocês na cruz! ─ ela riu.

─ O melhor de tudo é: marquei com ele essa sexta feira para ele me ajudar com a lista de exercícios ─ Zelena falou animada.

─ A lista de exercícios dele ou a sua irmãzinha? ─ perguntou Belle e as outras riram.

─ Credo Belle, nem sou assim ─ Zelena piscou para a irmã mais nova.

─ Aham, eu que sou!

A conversa ia fluindo quando a porta foi aberta e Emmily entrou encontrando todas dentro do quarto. Emma suspirou mais uma vez e se jogou na cama. Zelena e Belle ficaram boquiabertas ao verem duas Emmas, ou algo do tipo.

─ Emma, o que significa isso? ─ Emmily perguntou curta e grossa para a irma.

─ Emmily essas são Zelena e Belle, irmãs da Regina ─ ela apontou para a ruiva e depois para a loira ─ meninas essa é minha irmã Emmily e sim eu tenho uma irmã gêmea...

─ Posso saber o porquê elas estão aqui Emma? Porque estão na minha cama? ─ Zelena e Belle levantaram da cama e ficaram perto de Ruby.

─ Da pra parar com o escândalo? A Emma também pode trazer amigas aqui sua copia barata e credo, parece que nem modos tem! ─ disse Rose.

─ Olha eu nem vou dirigir a palavra a você! ─ disse Emmily.

─ Pois acabou de fazer xerox! ─ disse Rose. Emmily bufou.

─ Meninas vamos, minha irmã esta nervosa ─ Emma levantou, mas Emmily segurou em seu braço.

─ Emma você fica, precisamos conversar! ─ as meninas olharam para Emma e se despediram. Emma fechou a porta e se jogou de volta na cama ─ sabe que eu odeio que traga pessoas aqui e que principalmente elas encostem nas minhas coisas! Mas ai você traz a sua favela toda e as deixam fazer a algazarra toda! ─ Emma rolou os olhos. Odiava quando Emmily decidia falar mal das suas amigas como se elas fossem sujas apenas porque não tinham dinheiro. Ela sabia que a irma iria achar qualquer motivo para odiar qualquer amiga sua apenas por que era sua amiga.

─ Ok Emmily! Já pode desinfetar suas coisas e calar a boca!

─ Você é um saco Emma, uma mal agradecida por tudo o que eu fiz por você! ─ sempre que elas brigavam Emmily apelava para o passado, sabia que isso afetava Emma ─ é assim que você me agradece? A culpa é toda sua! ─ Emmily jogava tudo o que podia sobre a irmã. Emma colocou o travesseiro sobre a cabeça ─ você é um fardo Emma, isso que você é! Esta me ouvindo? Um fardo! ─ Emma levantou-se da cama e correu para a porta. Abriu e saiu correndo deixando-a aberta. Subiu os lances de escada o mais rápido que conseguia e chegou nos dois andares acima do seu. Correu pelo corredor e bateu na porta. Rose abriu a porta e abraçou a amiga.

Os dias passaram lentos e frios e regados a muita chuva. Emma permaneceu inconstante e calada, o que passou despercebido por Zelena e Belle, mas não por Regina. A morena reparou como os olhos verdes da loira haviam mudado para um tom escuro, ela estava inquieta e pronunciava apenas o necessário. Regina sabia que naquela historia entre ela e a irmã dela tinha mais coisas guardadas do que ela tinha lhe contado, porem ela não iria forçar nada, deixaria com que Emma se sentisse a vontade para desenterrar suas dores.

Quinta feira chegou e com ela a primeira noite do terror das meninas. As irmãs Mills preparam o dormitório para receber as amigas e pediram pizza pelo iFood. Emma ficou responsável como sempre por escolher o filme. Ela, Ruby e Rose levaram apenas suas cobertas e travesseiros e migraram rumo ao dormitório das amigas. Graças a Zelena que tinha mania de levar coisas desnecessárias, ela tinha levado alguns colchonetes e com isso ela os espalhou entre as duas camas fazendo uma grande cama de casal para caber as três.

As pizzas chegaram a tempo do filme, Belle conectou o notebook a televisão e deu play ao filme que Emma havia escolhido. O filme era O Babadook, um filme de terror psicológico australiano e canadense, que conta a historia de uma mulher que ficou viúva de uma forma violenta, mas que tem que seguir a vida por causa do filho. Porem ela encontra dificuldades em amar o garoto e também em lidar com o mesmo, pois o garoto tem muito medo de monstros. No decorrer do filme, o pequeno garoto chamado Samuel encontra um livro e percebe que há uma presença estranha na casa que deseja mata-lo e começa agir em desespero e sua mãe, Amelia, percebe que o menino tem razão sobre a presença na casa.

As meninas se encolhem para assistirem o filme. Entre gritos, sustos e pizza elas seguem firme na sessão de cinema. A chuva do lado de fora do dormitório apenas colaborava para a mente fértil delas viajar nas inseguranças e nos delírios que os filmes de terror causam. Os créditos subiram e elas suspiraram aliviadas pelo fim do clima de medo. Belle levantou-se e apertou o pause e ligou a luz do quarto. Todas se levantaram e ajudaram a arrumar a cama improvisada e a levar as caixas de pizza para a copa cozinha. Todas se revezaram para escovar os dentes e foram para as camas.

─ Quem dorme no meio? ─ perguntou Emma de joelho nos colchoes.

─ Eu! É como um sonho realizado! ─ disse Ruby rindo. Rose riu.

─ Sua tarada, se encostar em mim eu soco sua cara! ─ Rose falou enquanto se arrumava nos colchoes.

─ Eu abraço a Emma então! ─ disse Ruby.

─ Ei! Sai daqui! ─ disse Emma rindo. Rose riu.

─ Melhor sossegar esse fogo senão a gente te manda la pra cama da Zelena ─ Emma riu alto.

─ VEM PRA CA AMOR! ─ Zelena, que dormia no quarto sozinha, gritou.

─ TO INDO RUIVA! ─ Regina e Belle riram. Todas se ajeitaram e ficaram em silencio, apenas se ouviam o vento e a chuva do lado de fora. Emma olhava para o teto fazia uma meia hora e não conseguia dormir e sabia bem que Rose estava acordada.

─ Emma? ─ disse Rose. Emma riu.

─ Oi

─ Eu to com medo ─ Emma riu de novo e dessa vez ouviu a risada de Ruby.

─ Você é muito cagona Rose ─ disse Ruby.

─ Troca de lugar com a Emma, por favor? ─ perguntou Rose. Ruby bufou. Emma ficou de quatro em cima de Ruby para deixar ela passar.

─ Que visão ein amiga ─ zombou Ruby.

─ Idiota! ─ Emma riu ─ passa logo! ─ Ruby rastejou de costas para o outro lado e Emma caiu no colchão ao lado de Rose.

─ O que esta havendo ai embaixo? ─ Regina virou e olhou para baixo em sua cama.

─ Rose cagona Mclver ─ disse Ruby. Regina riu.

─ Cala boca Ruby! Duvido você ir no banheiro sozinha! ─ disse Rose.

─ Eu não! Eu mijo aqui mesmo! ─ a morena falou e Regina e Belle riram.

─ Não acredito que vocês são tão cagonas assim! ─ disse Belle ─ é so um filme!

─ Ih! Ala a corajosa! ─ disse Rose ─ Vai andar no corredor sozinha então, eu pago seu almoço amanha se você for ─ disse Rose.

─ Fechado! ─ Belle levantou-se e foi em direção da porta do quarto. As meninas se entreolharam e levantaram correndo. Regina chamou Zelena e foram para a porta. Abriram devagar e o corredor estava um breu e apenas a luz de emergência no final do lado oposto estava acesa, dando um ar sombrio e fazendo com que elas imaginassem as coisas mais bizarras que se podiam imaginar. Hollywood não sabia os roteiros de filme de terror que estava perdendo na mente dessas garotas.

─ Voce tem que ir ate a luz de emergência e voltar ─ disse Rose ─ isso se satanás não te pegar no meio do caminho ─ as meninas riram, menos Belle que começava a amarelar.

─ Okay! ─ Belle começou a andar a andar em direção a luz de emergência devagar e começou a acelerar. O silencio era sepulcral, a não ser pelos seus batimentos. Quando ela estava no meio do caminho da ida Regina gritou.

─ BELLE O QUE É AQUILO? ─ Belle gritou e voltou correndo e todas entraram correndo para o quarto rindo.

─ Isso não tem graça sua idiota! ─ disse Belle ofegante. Mas ninguém a levou a serio.

A manha chegou e todas elas levantaram para se aprontar para mais um dia de aula. Elas se revezaram no banheiro para que todas pudessem tomar banho e escovar os dentes e trocar de roupa, enquanto as outras iam tomando o desjejum. Todas elas saíram juntas em direção aos corredores da faculdade e so se separaram quando chegaram aos locais das salas.

Regina decidiu fazer uma surpresa para Emma àquela tarde. Ligou para o orfanato Mercy First e agendou uma visita para de tarde. Esperava que aquilo animasse a loira, afinal ela queria muito tirar uma nota boa para aquele trabalho. Depois de finalizar sua ligação ela seguiu para sua aula de Teoria da Comunicação, ah! Se os professores soubessem o quanto as mulheres falam. Emma e Rose foram para a aula de laboratório e ficaram ocupadas com as muitas anotações que a professora passou naquela aula como sempre.

Terminadas as aulas da manha todas elas se encontraram em frente a sala de Ruby, que terminava a aula por ultimo, e foram em direção do refeitório. No caminho, cruzaram com Emmily, Elsa e Robin e Emma abaixou a cabeça. Regina percebeu tal ato e não entendeu o porquê de tanta reverencia para a irmã, porque tanto medo e porque ela ficava calada diante da própria irmã. Ela tinha ouvido a irmã mais velha comentar que Emma havia discutido com a irmã e por isso estava tão desanimada e inquieta. Regina não conseguia imaginar como duas pessoas que são separação da mesma célula podem ser tão diferentes. Ela certamente precisava estudar mais sobre gêmeos idênticos.

─ Quem é aquele gato? ─ Zelena comentou assim que elas passaram.

─ Fica longe Zel ─ disse Emma ─ ele é namorado da Elsa, a outra loira que estava com a minha irma!

─ “Namorado” querida! E não prisioneiro! ─ disse Zelena. Ruby riu.

─ Essa eu pago pra ver! ─ Ruby riu alto.

─ Essa eu pago e ADORARIA ver! ─ disse Rose.

─ Eu já disse que vocês não prestam? ─ disse Emma rindo.

─ Não duvide da minha irmã Emma, essa loira tem que ser boa em plantar bananeira, caso contrario ela sai perdendo ─ disse Regina e Ruby riu alto.

─ Vou aderir essa!

─ Adooooro! ─ disse Rose.

─ Meu deus, de onde vocês tiram essas expressões? ─ perguntou Belle.

─ Melhor não saber baixinha ─ disse Emma.

─ Queridas, desejem-me sorte, porque estou indo para a minha aula particular ─ Zelena jogou beijos no ar e sumiu pelo corredor. As meninas apenas riram.

─ Porque eu tenho a sensação que isso vai render uma ótima historia? ─ perguntou Rose.

─ Simples, porque é a Zelena ─disse Ruby piscando para a amiga.


Notas Finais


SO DIGO UMA COISA: SE PREPAREM PRO PROXIMO CAPITULO HAHAHAHAHAH


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