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História Double Super - Double Super Sozinha (Amor próprio)


Escrita por: FERREIRA_C

Capítulo 3 - Double Super Sozinha (Amor próprio)


Fanfic / Fanfiction Double Super - Double Super Sozinha (Amor próprio)

“A melhor maneira de ser feliz com alguém, é aprender a ser feliz sozinho. Daí a companhia será questão de escolha e não de necessidade”.

Jô Soares.

Disseram-me inúmeras vezes que é impossível ser feliz sozinha, discordo completamente, acredito que há fases na vida, há momento para tudo, fui muito feliz no meu momento Double Super Sozinha.

As pessoas têm manias de colocar nome na sua felicidade. Ex.: “Roberto é o amor da minha vida, minha felicidade em pessoa, sem ele não saberia o que é felicidade”.

Como não saberia o que é felicidade? Você não nasceu gruda com sua alma gêmea, e também não ficará grudada com ela 24h por dia, 07 dias por semana e 365 dias no ano (366 dias se for ano bissexto) para ela proporcionar sua felicidade.

Quando você era criança, você encontrava a felicidade em qualquer coisa, era feliz brincando sozinha ou acompanhada, não havia barreiras para sua felicidade. Mas quando crescemos, colocam em nossa mente que só seremos felizes acompanhada, que não há esperança para quem se encontra atualmente sozinha. Quebre esse pensamento, você pode sim ser feliz sozinha!

Ir à busca por algo que te complete significa pressupor que você nasceu pela metade. Faltando um pedaço que necessariamente precisa ser encontrado - acaba se tornando desespero. Além daquele medo de morrer pela metade, ou, pior ainda, de viver pela metade – pressuposto muitas vezes imposta pela sociedade. Porque toda busca esconde um vazio, e todo vazio desperta carência.

Antes de encontrar alguém, encontre – em você mesma – a outra metade que te falta. Descubra seus segredos, seus gostos, desfrute da deliciosa solidão do autoconhecimento.

Há momentos na vida, que precisamos estar sozinhas, que precisamos nos entender e gostar de nós mesmo, para que assim os outros possam gostar de nós, isso se chama amor próprio.

É preciso resgatar a sensação de felicidade que tinha quando criança, onde as pequenas coisas já lhe faziam feliz. O momento de ser feliz sozinha é para superar todas suas frustrações amorosas e até um termino de relacionamento.

Quando terminamos, é normal se sentir para baixo, sem muitas estimas. Mas até que ponto isso é normal?! Você é Double Super, não vai ficar a vida inteira se lamentando pela perda do que poderia ter sido e por algum motivo não foi.

Agora é o momento de você mostrar para todos que você pode ser feliz sozinha, que a pessoa que te deixou ou você largou era um a mais para sua felicidade e não ela completa.

  

Antes só do que acompanhada...

Quando éramos criança tínhamos o costume de destruir os jardins de nossas mães ou avós, com a brincadeira de despetalar as flores para saber se o menino que estamos de paquera nos queria bem ou não. Hoje não temos mais essa inocência, e não utilizamos mais a flores como escudo, afinal dependendo do resultado da pétala, bastava arrancar uma nova flor e começar tudo de novo.

Hoje usamos como escudo o famoso ditado popular: “Antes só do que mal acompanhada”. Um ditado que se passa de gerações a gerações – ao contrário da brincadeira “Bem me quer mau me quer”.

Esse ditado tem mais valor que a inocência das pétalas arrancadas das flores. Me atrevo a dizer que é um ditado sabotador, uma desculpa, uma camuflagem, ou melhor uma desculpa do o porquê se encontra só.

Não tenho dúvidas, que há pessoas que passam por nossas vidas que nos fazem pensar que realmente era preferível que estivéssemos só.

Estar sozinha é bom, desde que esteja bem com essa posição. Não é um alguém que vai dar aquela sensação de felicidade e paz, porque ser sozinha, é ser mais feliz consigo mesma.

Ser solteira pode ser opção e pode não ser. Pode ser imposição própria ou acaso, circunstância ou momento. Temos visão borrada do que foge do normal. É preciso identificar sua Double Super, que foi sendo construída aos poucos, de momentos que aconteceram na sua vida.

Saiba escolher, a vida é feita de escolhas, ter opção de escolha é um poder único que se tem. Mas tenha sempre em mente que a cada escolha feita será uma renúncia.

Mesmo conquistando nosso espaço, quando decidimos ser solteiras, seremos vistas como sozinhas. O mundo é o que é, não irei usar a desculpa que é um mundo machista, pois sofremos julgamentos de outras mulheres. O mundo acredita que estar mal acompanhada é melhor do que estar só. E quando temos opiniões formadas que não está de acordo com a manada sofremos julgamentos.

Recentemente estava lendo um livro motivacional para mulheres, e acabei me deparando com a seguinte frase: “Essas mulheres são desanimadas, desengonçadas e ...  encalhadas”. Sim, o mundo é cruel aqui fora, e sofremos comentários como esse no dia-a-dia por ambos os sexos, mas em um livro motivacional, feito para nós mulheres, nunca esperaria um pensamento como este.

Mude o “Antes só do que acompanhada” para “Solteira sim, e feliz também!”.

  

Solteira, e agora?

 “Nunca fui capaz de responder a grande pergunta: O que uma mulher quer? – Sigmund Freud”. Pois aí vai a mais sincera resposta a Freud: Não sabemos o que procuramos, mas queremos encontrar – risos.

Principalmente quando nos encontramos solteiras, parece que tudo se torna um desafio – mal sabemos que vivemos constantemente nos desafiando.

A maior parte dos desafios da mulher que é um show começam na própria infância. Por uma influência dos seus pais, as meninas podem ser influenciadas, erroneamente a acreditar que elas são adequadas apenas para certas profissões e, na pior das hipóteses, que servem apenas para serem esposas ou mães (Edson De Paula – A Mulher é um Show).

Difícil de acreditar que em pleno século XXI ainda podemos ser moldadas de acordo com o que a sociedade acredita ser o correto para nós. Mas você é Double Super, somente você sabe o que é correto pra si mesma. Não deixe sua vida escoar pelos dedos de suas mãos, faça a vida valer a pena, faça seu estado de solteira valer a pena, não deixe sua liberdade ser atingida pelo murmurinho da multidão.

Estar solteira é dizer SIM para todas as oportunidades, pois não precisa pensar em conjunto. Ser solteira é tudo de bom, quanto mais cedo você se desapegar aos comentários e se apegar ao seu status – o verdadeiro status – verá que a vida continua a mesma independentemente de estar em um relacionamento ou não. 

  

Buscando Equilíbrio...

 É preciso buscar o equilíbrio dentro de si, saia com os amigos, com familiares e dedique-se um tempo para si, verá que isso é incrível e não sinônimo de uma pessoa encalhada, abandonada, largada, desamparada... Como refere o dicionário e a sociedade, verá sim uma pessoa bem resolvida e de bem com a vida.

Em seu livro A mulher é um show!, De Paula aponta: “[...] a  busca pelo equilíbrio perfeito é equalizar sua mente e seu corpo (EDSON DE PAULA)”.

Não estou dizendo para viver o resto da vida sozinha, só estou mostrando que pode viver um tempo para você e ser feliz até descobrir que tipo de Double Super quer para você, que tipo de companheiro e relacionamento quer.

Disseram-me uma vez que: “Solidão não se cura com o amor dos outros. Se cura com amor próprio”, desde então sigo essa frase fielmente, é preciso se amar, para que os outros a amem. Enquanto não formos o melhor de nós mesmos, nunca seremos o melhor de nós para alguém. Lembre-se: “O equilíbrio emocional aumenta o humor, constrói a resiliência e melhora a apreciação pela vida (EDSON DE PAULA – A mulher é um show!)”.

Vai descobrir que de nada vale encontrar o amor da vida se você não viver o melhor da vida consigo mesma. Quando aprendemos a nos amar, nós nos bastamos, e tudo que for incompleto, raso e não vier para somar, não permanecerão em nossas vidas, pois nós estamos no comando para decidir quem fica e quem parte. “Se você é feliz, então é capaz de tornar outra pessoa feliz, se você se ama, então é capaz de amar outra pessoa (EDSON DE PAULA – A mulher é um Show!)”.

É preciso nos libertar daquilo que já não nos serve mais. Se continuarmos insistindo em viver etapas que já chegaram ao final, estaremos desperdiçando outras etapas que podem ser incríveis e a gente nem imagina. Saiba o que se procura, para que possa escolher e não ser que nem a Alice no País das Maravilhas (LEWIS CORRELL):

[...] Alice perguntou:

- Gato Cheshire... Sabe me dizer qual caminho eu devo tomar?

 - Isso depende muito do lugar que você quer ir – disse o Gato.

- Eu não sei para onde ir!

 - Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve.

Aproveite essa fase para curtir a vida, para se reorganizar, repaginar. Mude o visual, busque se especializar, fazer novos cursos, disputar novas áreas de trabalho, faça viagens, decore a casa... Use a sua imaginação nesse tempo livre.

É necessário esse encontro com sua Double Super, pois às vezes passamos tanto tempo em um relacionamento que acabamos perdendo nossa essência, dedicando-se somente a ele e esquecendo muitas vezes de nós. Gabriel Marcel, diz que “a solidão é essencial à fraternidade”.

É importante ser autêntica e não mudar sua identidade só para tentar agradar alguém, os melhores relacionamentos são aqueles construídos na base da confiança e da sinceridade (EDSON DE PAULA – A mulher é um Show!).

Hoje cultiva-se a ideia que a solidão muitas vezes, seja ela voluntária ou involuntariamente, parece um abandono, do que de fato é, um momento reflexível.

Lembre-se, você está solteira porque relacionamento não é uma tentativa e muito menos uma oportunidade. Relacionamento é um investimento de tempo. Então dedique um tempo à você antes de se aventurar novamente.

 

Até um “pé na bunda” de empurra para frente...

 Quando levamos literalmente “um pé na bunda” ficamos meio sem chão, sem reação, fora de ar por alguns segundos, fator normal, até porque não se espera por isso, foi pega totalmente de surpresa, que foi o caso da M.

Era nova, seu primeiro namorado, não sabia que ações tomar, mas ele sabia, pois na hora de terminar com ela foi direto ao ponto, sem muitos rodeios, sem pensar por um único momento no casório que já estava marcado.

M. ficou mal, chegou a sua casa revoltada, dramática e assim ficou por 06 meses. Nesses meses, não entrava na internet, não ouvia mais sua play list e seu trabalho foi de mal a pior.

Até que percebeu que era hora de recomeçar, que um “pé na bunda” te empurra para frente. Desse dia em diante, mudou o visual, voltou para internet, começou a ouvir novamente sua play list e trocou de emprego.

Não parou por aí, terminou seu técnico que havia abandonado, depois pulou para a faculdade, começou a sair mais, se relacionar mais, começou a pegar cada oportunidade que a vida tem a oferecer, que antes por algum motivo ela não enxergava.

Passou a viver Double Super Sozinha, com muito amor próprio, pois foi seu amor próprio que conquistou tudo que tem e um relacionamento dos sonhos.

O que quero mostrar nessa experiência é que não importa quanto tempo você demore a enxergar um recomeço desde que enxergue um; ela teve sorte de em seis meses acordar para vida, mas têm casos de anos, quantas oportunidades perdidas nesses meses ou anos se lamentando por alguém que não merece nem ser lembrado.

Gustave Flaubert escreveu: “Que grande necrópole é ao coração humano! Para que irmos aos cemitérios? Basta abrirmos nossas recordações; quantos túmulos!”.

Amy Winehouse em um dos seus shows compartilhou que suas canções se baseavam em sua vida pessoal, e por esse motivo não gostava de fazer shows, pois toda vez que as cantava desencadeava suas feridas.

Não haja como Amy Winehouse. Tire o bandade e deixe sangue escorrer! Não reviva a dor, sinta-a e deixe-a partir. A dor deve ser sentida, mas não ser vivida.

Saiba ver o lado positivo das situações, pois é neles que você irá se firmar e seguir em frente sempre. Tolice é deixar de viver, de amar, de acreditar, de se entregar aos sentimentos, sensações e desafios da vida.

Só assim aprenderá que não precisa aceitar qualquer migalha de qualquer pessoa para ser feliz, não precisa de alguém e nem de ninguém, além de si mesma.

  

Não fique azeda...

Quando nos machucamos com o amor é normal ficarmos revoltada, não acreditar por um momento que ele exista, não ver luz no fim do túnel, mas com o tempo voltamos a dar oportunidade para o amor – ou era para ser isso.

O amor pode causar muitas sensações, alegria, ânimo, tristeza, abandono... Inclusive te deixar azeda. No caso de M. ela ficou azeda por um bom tempo.

Apesar de ter seguido em frente após seu “pé na bunda”, ela já não era mais a mesma. Acreditava em um novo recomeço, mas não mais no amor. Afirmou-se tanto no seu amor próprio que não dava espaço para outro amor chegar.

Fechou-se, é como se estivesse em uma bolha, onde nada e nem ninguém pudesse ultrapassar, principalmente se o assunto fosse amor. O amor morreu dentro de si, deixando-a azeda.

Azeda ficou por um bom tempo, até que resolveu tentar novamente, mas na sua cabeça tinha algo bem claro “sem se envolver”, e deu certo por um tempo. Até que ela se envolveu e tem dado certo.

Realmente é preciso seguir em frente, você pode ser feliz com Double Super Sozinha, mas não pode ficar azeda e nem se trancar em uma bolha. Não deve ficar conectada com tudo e todos. Serão os detalhes que farão toda a diferença.

CORTELLA em seu livro: Não nascemos prontos! traz uma passagem que cabe muito bem nesse capítulo:

[...] Esse retardamento da reflexão como uma atitude continua e deliberada, vem produzindo um fenômeno quase coletivo: mais e mais pessoas querendo desistir, largar tudo, com vontade imensa de sumir, na ânsia de mudar de vida, transformar-se, livrando-se das pequenas situações que torturam, amarguram, esvaem [...] – MARIO SERGIO CORTELLA.

DE PAULA, também faz um levantamento em seu livro: A mulher é um show!: “[...] a maneira como você se relaciona com você interfere diretamente na maneira como você se relaciona com um outro ser humano – Edson De Paula”.

Fique o tempo que for necessário sozinha, mas se aparecer alguém se envolva, afinal o não você já tem, tem experiências anteriores, vai saber o que fazer e como lidar se não for a pessoa certa, sua cara metade, mas nunca fique azeda, porque aí sim você vai se enquadrar naquela pessoa que a sociedade rotula: mal-amada, azeda e sem amor. Deposite menos expectativas em si, que sofrerá menos pressão no dia-a-dia. “Pensamentos positivos alimentam sentimentos positivos que se transformam em ações positivas – Edson De Paula”. E para finalizar deixo aqui o pensamento de Gustave Flaubert: “Cuidado com a tristeza. Ela é um vício”.

 

Rainha do gelo...

Esses dias estava vendo o filme O Caçador e a Rainha do Gelo, então resolvi fazer esse tópico. Pra quem não conhece o filme ele conta a história de uma moça que se torna fria depois de uma desilusão amorosa.

Podemos identificar fácil esse tipo de pessoa, pois ela está tão desiludida com a vida que ninguém consegue penetrar seu escudo – famílias, amigos, supostos paqueras. Está cega e amargurando com o seu rancor, onde não consegue deixar seu sofrimento e mágoa no passado.

Anseia que ninguém é bom o suficiente para invadir sua vida e preencher o buraco em seu coração alimentado pela tristeza. Por conta de uma frustação tem em mente que se apaixonar-se novamente é um erro, cujo não pretende cometer.

 Mas tudo isso não passa de um medo constante de seguir em frente, se arriscar, de gostar de ter novamente uma pessoa caminhando ao seu lado e compartilhando os bons momentos.

Além disso, a Rainha do Gelo, muitas vezes acaba se auto sabotando, pois em sua cabeça e coração não é permitido ser feliz novamente, mesmo estando só – igual a protagonista do filme.

Diante do vazio que se encontra sua vida, procura muitas vezes como válvula de escape um animalzinho de estimação. Fala para seus amigos e familiares “o animal nunca vai me abandonar ou me deixar triste, não me cobra nada em troca, alguns minutos de atenção já são o suficiente”. O que não percebe, é que deposita todas as suas fichas nesse pequeno animalzinho, não percebe que acresce muito mais de atenção que o animal que porta.

Pensa estar no controle de tudo, mas não está no controle de nada, pois não há como controlar o que o universo nos preparou, e se ele conspirar “contra”, lá se vai todo o gelo que levou anos construindo a sua volta.

A vida pode ser mais complicada que um quebra cabeça de 5.000 peças, apanhamos e quebramos muitas vezes a cabeça para acharmos as peças que se encaixam perfeitamente, assim é a vida.

Depois de muitos tombos, sofrimentos, noites em claro pensando que o universo está pregando uma peça para nós, nos damos conta que a vida amorosa pode ser tão complexa quanto um quebra cabeça.

Nos damos conta que não há escapatória, temos uma vida pela frente e ela deve ser vivida. Portanto, derreta o gelo que envolve seu coração, resgate a lembrança do quanto é bom ter alguém ao seu lado, te apoiando – amigos, familiares e até mesmo um crusch – tenha alguém. Não a nada mais gratificante do que compartilhar suas conquistas e felicidades com as pessoas ao seu redor. Como diria Marguerite Yourcenar: “Quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana”.

  

Ruim com ele? Melhor sem ele...

Quem nunca se deparou em uma relação e se perguntou: “O que é que eu estou fazendo aqui?”.

E por algum motivo, não se sabe o porquê, mesmo depois de termos esse pensamento continuamos estagnadas e paradas no mesmo lugar.

Sabemos que a relação está ruim, mas no fundo temos medo de ficar pior, não pensamos que ruim com eles melhor sem eles, pensamos ruim com eles “pior sem eles”.

Em seu livro: A mulher é um show!, De Paula coloca o seguinte ponto de vista:

Na realidade, não podemos dizer que as mulheres são mais emotivas que os homens, mas podemos dizer que as “mulheres demonstram mais suas emoções que os homens – EDSON DE PAULA”.

De fato somos mais expressivas que os homens com nossos sentimentos, só não somos expressivas com nós mesmos. Ainda partindo do ponto de vista de De Paula.

A mulher que é um show reconhece a importância de se sentir fortalecida para reforçar de forma consistente todas as conexões de sua vida – Edson De Paula.

Por que não tomamos a decisão de colocar um ponto final em uma relação ruim? Por que não pensamos no relacionamento como um conjunto em todos os aspectos de nossas vidas? Reconhecemos o nosso valor, mas mesmo assim não somos capazes de tomar determinadas atitudes. O que me lembra T.

T. se encontrava em um relacionamento a mais de 10 anos. Era uma mulher emponderada em sua vida profissional, pois na sua amorosa deixava as rédeas soltas.

Estava a tanto tempo “presa” nesse relacionamento que não conseguia largar. Seu sonho sempre foi casar, ter filhos, construir uma família. Estava com a casa pronta, faltava apenas casar, mas T. tinha dúvidas, se seu “felizes para sempre” era feliz de fato. Mas não era, pois ele era infiel.

O medo de começar tudo novamente, de perder 10 anos construindo “a união perfeita” cairia por terra. E T. se importava demais com o que iriam falar se tomasse a atitude que gostaria, de colocar um fim naquela farsa toda, que a estava corroendo, deixando as noites em claro – se importava com a aprovação principalmente de sua mãe, mesmo ela sendo adulta e bem resolvida.

A T. não teve um final feliz, a pesar de tudo, ela casou-se. Seu casamento não durou mais que 5 anos. Não conseguiu construir uma família.

Talvez nos falte apoio, aprovação, ou acreditar em nós mesma. Vivemos em constante aprovação da sociedade e esquecemos de aprovar nós mesmas, que o peso final da nota para passar de ano é dado por nós.

Aprovar nossas escolhas, os caminhos que traçamos, a escolha de estar só ou não. Não somos iguais umas às outras, cada pessoa tem seu valor, seu princípio e sonho, devemos saber o que nos faz bem e principalmente quem nos faz bem. O mundo está cheio de seus semelhantes, faça a diferença e seja você mesma.

  

Na hora certa...

 Todos costumam dar sempre o mesmo conselho: “O tempo é o melhor remédio”; concordo, tudo tem seu tempo, não tente acelera-lo; na hora certa encontrará a pessoa certa. Quando se está muito tempo sozinha é normal ter pressa em encontrar alguém, principalmente quando todos ao seu redor estão acompanhados. Mas a pergunta que se deve fazer: “Quero alguém por comodismo?! Só para dizer e mostrar para a sociedade que tenho alguém, que não estou sozinha?!”. Nem de perto nosso final feliz pode resumir-se a alguém a sanar buracos que nós mesmos devemos preencher.

Você é Double Super, só arrumará alguém quando realmente gostar, achar que está pronta, e é o que realmente quer e que o tempo curou suas feridas passadas. Lembre-se: Você está solteira porque não quer alguém pela metade, pois você é inteira demais para isso. Como já dizia Vinícius Morais:

Não use o amor como remédio de sua alma; não vá de contra o tempo nem aos sinais que a vida dá, tenha paciência. Esperar e silenciar-se não é uma tarefa fácil, mas lhe ajudará a perceber que tudo na vida está interligado e que os sinais do que você tem de fazer batem sempre em sua porta, basta observar com calma.

O tempo pode ser seu amigo, seu remédio, seu parceiro, companheiro e alicerce. É necessário ter calma, esperar e observar, pois verá que ele se ajeita sozinho, sem que precise de sua interferência, sem que corra atrás, sem sofrimento.

A., é a prova viva de que tudo tem seu tempo...

Atualmente está noiva, conhece seu noivo desde a época de escola, porém não estão juntos desde essa época. Apesar de se conhecerem a anos, só estão juntos a 3 anos.

Eles se conheceram na rua, eram vizinhos, estudavam juntos, eram grandes amigos, só que V. se mudou, fazendo com que ambos seguissem caminhos opostos por anos, não tendo nenhum contato um do outro. Até que um dia, na famosa festa do pião, se reencontraram... E foi aí que tudo aconteceu, voltaram a ter contato, e hoje pesam em casamento, constituir família.

Foi preciso se passar anos, para ver que ambos se completavam e que era pra ser.

Costumo ter a ideia fixa que quando é para ser será. Nada acontece por acaso, as pessoas também não entram e saem da sua vida por acaso, sempre há um proposito, sempre há um por que; elas entram em nossas vidas às vezes de maneira estranha, que acabam nos intrigando. Mas cada uma delas é especial, mesmo que o momento seja breve, com certeza elas nos deixarão alguma coisa. Costumamos não o perceber de exato momento, mas com o passar do tempo enxergamos com clareza, que foi aprendizado, que o sofrimento era necessário, para que pudéssemos aguentar a caminhada, para assim encontrarmos no final o que tanto esperamos ou procuramos.

O que você espera/ procura no momento da sua caminhada? Sucesso profissional? Uma relação duradoura? Uma casa? Um carro? Um diploma?... Cada momento de nossas vidas esperamos/ procuramos por algo, você é Double Super, conseguirá tudo, só que na hora certa. Você não quer embarcar em uma viagem com alguém carregando bagagens, não irá querer conhecer outro mundo, quando ainda não conhece o próprio.

Quando finalmente conseguir ver que sozinha se é inteira, e que um final feliz nem sempre inclui um outro alguém, que às vezes inclui somente aceitarmo-nos, bastarmo-nos e tornamo-nos na nossa melhor versão a cada dia, é que estará pronta para somar e ser dois.

 

Sonhar, mas com os pés no chão...

 É importante sonhar, mas sempre com os pés no chão, sempre bem acordada. Além disso, devemos ter metas, lista de coisas a fazer antes de morrer, lugares que queremos conhecer, tipos de namorados que teremos ter...

Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra risco para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar que errar por omitir! - Augusto Cury. 

“Faça uma lista dos sonhos que tinha. Quantos você desistiu de sonhar? – Oswaldo Montenegro”. Tudo deve estar de acordo com nossa realidade, moderado, com limites. Afinal, fomos muitas vezes iludidas pelas pessoas e parceiros, não vamos querer nós iludir novamente. Você é Double Super, não ficará sonhando com seu príncipe encantado em um cavalo branco, sonhará sim com possibilidades, não com contos de fadas.

O ser humano possui a capacidade de refletir e de planejar o futuro, ao contrário dos animais. O que nos faz encher os planos de expectativas em relação às pessoas e aos acontecimentos que nos dizem respeito. Como desconhecemos o outro em tudo o que ele é, muitos de nossos planejamentos não vingam. É quando a felicidade instantânea dá lugar a frustação.

Mas será que só nossos parceiros que nos ilude?! Ou nós mesmos fazemos isso?! Sim para ambas as perguntas, há parceiros que a iludiu, mas há também casos que você mesma se iludiu. Costumamos nos iludir quando estamos interessados em alguém, interpretamos as coisas que aos olhos dos de fora não existe, mas no nosso mundo sim, nosso inconsciente promove coisas que gostaríamos de ouvir, quando não, que tenha sentido oposto nas falas ditas a nós, ou seja, dicas ocultas que só nós enxergamos.

As mulheres são, portanto, mais sensíveis com as questões sociais ou de relacionamento e com, isso, acabam se envolvendo mais [...].

É claro que isso não é uma regra, pois toda regra tem sua exceção, e também não é um senso geral ou unanimidade. EDSON DE PAULO – A mulher é um show!.

Quando nós queremos muito uma pessoa, nós tendemos a enganar-nos a nós mesmos. Nós tentamos encaixar aquele outro ser humano em posições que nunca foram dele. Nós clamamos ao universo para um sim em que já começou destinado ao não. Pior que a ausência de alguém é a insistência em algo sem reciprocidade.

Um dos fatores que podem impedir a construção de um relacionamento efetivo com alguém é a maneira como criamos expectativas errôneas sobre como as pessoas nos vem e o que elas podem pensar a nosso respeito. EDSON DE PAULO – A mulher é um show!.

Isso faz com que nos machucamos, afinal sonhamos com algo que não é real, porque se fosse, ele mesmo falaria claramente que gosta de você, não deixará dicas entre linhas e não haverá desculpas quando chama-lo para sair. “Não existe falta de tempo, existe falta de interesse. Porque quando a gente quer mesmo, a madrugada vira dia, quarta-feira vira sábado e um momento vira oportunidade - Pedro Bial”.

Não estou dizendo para parar de sonhar, quero que sonhe e corra atrás de seu sonho, mas peço que não se iluda, pois quanto maior a ilusão maior é a decepção quando voltar à realidade.

Em um dos capítulos do livro Não nascemos prontos! Cortella fala sobre nossa inercia aos sonhos:

[...] Corpo e mente que carecem, cada dia mais, de horas de sono complementares, horas de lazer suplementares e horas de sossego regulamentares, quase esgotados na capacidade de persistir, combater e evitar o amortecimento dos sentidos e dos sonhos pessoais e sinceros. – MARIO SERGIO CORTELLA.

Tem dias que a caminhada perde o sentido e você perde a força, mas lembre-se, sonhar, querer e acreditar sempre será combustível necessários para pular da cama ao primeiro toque do despertador.

Sonha com um amor para vida inteira?! Ótimo, mas não fique só no sonho, busque-o sem ilusão de filme de cinema; sonha com um cargo alto na empresa?! Faça por merecer, mostre que é capaz de assumir tal responsabilidade; sonha com uma viagem?! Viaje, vá à busca do lugar que sempre quis conhecer. Busque sonhos, mas com os pés no chão, sempre.

Muitas vezes ficamos com receio de arriscar o novo, porque é desconhecido e o desconhecido sempre assusta. Freud disse: “Quando a dor de não estar vivendo for maior do que o medo da mudança, a pessoa muda”. Por amor ou pela dor, a mudança sempre vence.

Termino assim esse capítulo com a frase de Vinícius Morais:

Abstraia tudo o que não faz parte do seu contentamento, jogue para o vento tudo o que te impede de ir em frente, permita-se acima de tudo produzir a sua própria paz e quietude. Somos campos de energia, corrente. A forma e intensidade que você emite será a mesma que receberás.

  

Vida que segue...

 Foi uma longa caminhada para se descobrir e chegar onde está. E por mais que se sinta confiante e dona de si sempre haverá uma pitada de medo, que deixa um tempero mais que especial na vida.

Quando se é criança termos certeza de tudo, mesmo não sabendo quase nada. Quando se é adulto temos incerteza de tudo, mesmo sabendo bastante coisa.

Sempre haverá um ponto em que devemos percorrer um caminho, embarcamos no bonde, ou ele seguirá o trajeto nos deixando para trás. Não há motivos para se importar com o que irão dizer, você é o que é, e deve ser feliz e sentir orgulho pelo o que se tornou.

Chegamos ao um ponto que compreendemos as pessoas. A empatia nunca foi tão desenvolvida em nossas vidas. No livro A mulher é show!, relata bem isso: “Quando compreendemos as outras pessoas, nos relacionamos melhor e conquistamos mais amizades e até relacionamentos amorosos duradouros – Edson De Paula”.

Fomos mais além, não compreendemos só nossos semelhantes, compreendemos e respeitamos primeiramente a nós. Estamos preparadas para o que a vida tem a nos oferecer. Edson De Paula dá um super conselho em seu livro A Mulher é um Show!: “[...] aumentando o seu rol de amizades e networking, criando a oportunidades para a conquista de novos relacionamentos afetivos, até encontrar alguém que preencha seu coração”.

E não parando por ai, ainda acrescentou: “Eu acredito que todo novo relacionamento propicia de um novo aprendizado e quanto mais nos relacionamos com as pessoas que são diferentes do nosso estilo de vida, mais aprendizado teremos - Edson De Paula”.

“Conhecimento gera conhecimento – Samuelson Brito”. Vida que segue, te espero no próximo capítulo!



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