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História Dr. Stone: O Mundo de Pedra - Three


Escrita por: CahValdez

Notas do Autor


Depois de tanto tempo, finalmente retornei, depois de tantos pedidos.
Favor, ler as notas finais.

Edit: sim, eu errei a ordem de capítulos. 😎

Capítulo 4 - Three


Fanfic / Fanfiction Dr. Stone: O Mundo de Pedra - Three

-- Eu descobri. - disse ele, com uma expressão animada e irritada ao mesmo tempo. - Descobri o que nos livrou da petrificação, depois de 3700 anos! 


> Presente < 


-- Hã...a pergunta que não quer calar, é... - eu disse, olhando em volta, percebendo que estávamos caminhando há alguns minutos, adentrando cada vez mais naquela densa floresta. - Pra onde você está me levando? 

Senku não pareceu ver necessidade de virar para trás e me olhar. Apenas se limitou á soltar uma pequena risada irônica e apoiar a mão atrás do próprio pescoço ( aquilo deveria ser um hábito dele? ).

-- Depois da nossa conversa de ontem á noite, eu resolvi investigar um pouco mais á fundo o lugar onde nós dois despertamos, com poucos metros e horas de diferença. - ele chutou uma pequena pedra do caminho. - Bom, tinha uma caverna ali perto. Uma caverna com algo muito interessante. 

Bob acompanhava a conversa com o olhar. Intercalando entre olhar para o garoto de olhos vermelhos e para mim. Por ser um macaco, deveria estar um bilhão de vezes mais confuso do que eu.

-- Então suponho que seja pra lá que esteja me levando. - olho para o céu, e não vejo nada além de copas de árvores. Alguns macacos nos observavam de longe. - Eu me lembro de juntar os pedaços de pedra do meu corpo em um lugar específico. Marquei a posição assim que despertei pra estudar mais tarde. 

Senku parou de andar por alguns segundos, virando um pouco o pescoço, de forma á conseguir me observar pelo canto do olho. Observei, um pouco confusa. 

Depois de três segundos, um esboço de sorriso surgiu no canto de seus lábios, e ele voltou á caminhar novamente. 

-- Então nós pensamos iguais, Shimizu. - disse ele, passando por entre uma cortina de folhas á frente. - Porque eu fiz o mesmo. 

Ao abrir a cortina de folhas de árvore á minha frente, a luz do sol atingiu meus olhos outra vez. 

O cenário de troncos de árvores altas agora fora substituído por uma espécie de clareira mediana. Uma caverna se avistava mais ao fundo. 

Logo á frente, á poucos metros de onde eu estava, Senku observava um local específico no chão. Havia uma forma contornada com pedras, no formato de um corpo humano.

- Foi aí que você...? - disse, me aproximando e abaixando para ver melhor. Os pedaços de estátua estavam todos reunidos dentro da forma, exatamente como eu havia feito. 

-- É, é sim. - disse Senku, ainda olhando para baixo. - Foi aqui onde eu acordei. E mais alguns metros adiante...

Ele apontou para uma outra forma no chão, há alguns metros adiante, um tanto distante da entrada da caverna. 

Corri até lá e me agaixei para tocar. 

O ponto onde eu marquei assim que me libertei da petrificação. Os pedaços de estátua ainda estavam lá, intocados.

-- Como eu não reparei nos pedaços de estátua que você deixou? - perguntei, mais para mim mesma do que para Senku. 

-- Você não deve ser muito detalhista. - ele parecia incrivelmente alheio, cutucando o próprio ouvido.

"Ele parece ser tão esperto, mas ao mesmo tempo, tão bobo..." pensei.

-- Entendi. - me levantei com cuidado, virando-me para o rapaz de olhos escarlate. - Mas e aí? O que queria me mostrar?

Ele apenas seguiu em silêncio para a entrada da caverna escura. Seu rosto era inexpressivo. 

Ao adentrar a caverna, senti um cheiro ruim. Afiado e podre. Tapei o nariz com os dedos por instinto, na tentativa de não sentir mais aquele odor horrível. 

-- Mas que merda...? - perguntei, virando-me irritada para o garoto ao meu lado, que apenas se limitou á tapar o nariz também e seguir em frente. 

Um pouco mais adiante, havia um pequeno montinho de areia molhado no topo. Ao olhar para cima, percebi que algo pingava de uma estalagmite. Também haviam alguns morcegos pendurados. 

-- Hã...isso é... 

-- É exatamente isso que está pensando, castanha. - disse Senku, me olhando de lado com um sorriso irônico. 


"Que espécie de apelido é esse?" .


-- Hm...Ácido Nítrico. - continuei, ignorando o apelido sem nexo. - Tá me dizendo que é essa coisa que queria mostrar? Xixi de morcego? 

-- Não é esse o ponto, idiota. - ele bateu com a mão na testa levemente. - Ácido Nítrico é altamente corrosivo. Pode também agregar danos á saúde. 

-- Altamente...corrosivo... - repeti as palavras lentamente, até arregalar os olhos ao perceber o sentido. - O Ácido fez com que as pedras apodrecessem? 

-- Ainda não tenho certeza. É necessário um bom tempo estudando para encontrar o sentido nisso tudo. - disse ele, virando-se novamente para a saída. - Nós vamos estudar tudo com mais calma. Um passo de cada vez, Shimizu. 

Durante alguns segundos, observei o garoto deixar a caverna e fiquei parada ali por um tempo, ouvindo o líquido amarelo pingar no monte de areia.


~ Time Travel ~ 


Já estava anoitecendo quando montamos dois pequenos abrigos de folhas há alguns metros da caverna. As estrelas já começavam á aparecer no céu. 

Bob já se enrolava nas folhas dentro do meu abrigo, enquanto Senku e eu juntáva-mos madeira para a fogueira. 

-- Está começando á ficar um pouco frio. - comentei, jogando mais gravetos no montinho. - Talvez seja bom caçar algum animal amanhã, pra fazer roupas com a pele.

-- Não é uma má ideia. - Senku se sentou e começou á esfregar um graveto no outro, na tentativa de fazer fogo, mas eu percebi que ele já estava se cansando muito rápido. Estava ofegante. - Mas agora...é o momento...de fazer...fogo! 

Contive uma pequena risada. 

-- Você não é tão resistente, certo? - me sentei um pouco perto dele, observando seus movimentos desajeitados. - Quer uma ajuda? 

Ele me olhou com um sorriso cínico, porém cansado. 

Ele nada fez, á não ser me entregar os gravetos. 

Com movimentos rápidos, esfreguei uma madeira na outra até notar uma pequena fumaça se erguer. Larguei um dos gravetos e comecei á soprar o outro dentro da minha mão em concha. 

Em questão de segundos, uma pequena chama alaranjada surgiu, rapidamente se expandindo e crescendo, tomando o restante do graveto. 

Sem cerimônias, joguei-o no monte de madeira, e observei todas queimarem lentamente, iluminando um pouco mais o ambiente, trazendo luz á noite escura. 

Percebi que estava observando a fogueira á tempo demais, e me virei novamente para Senku. Para a minha surpresa, ele também estava observando o fogo queimar. 

-- Que interessante. - Disse ele, seus olhos mudando de cores á medida que a fogueira queimava. - Mais uma grandalhona resistente pra lista. 

Franzi as sobrancelhas. Senti um impulso de dar um tapa na cabeça dele, por instinto, mas resolvi não o fazer. Eu não era mais uma criança, afinal. 

-- Talvez você que seja fracote demais, Senku. - Respondi, cruzando os braços, tentando não deixar nítida a minha irritação. 

-- Brutamontes. - disse ele, cutucando o ouvido, completamente alheio.

Me ergui e soquei o topo de sua cabeça, fazendo-o dar uma pequena guinada para frente. 

-- URUSE! IDIOTA! - dava quase para sentir a fumaça saindo pelos meus ouvidos. Eu estava começando á ficar com raiva desse garoto.

-- Argh...não havia necessidade disso, sua idiota. - disse com a voz arrastada, esfregando o topo da cabeça. 

Resmunguei e saí de perto da fogueira, ficando mais próxima da entrada da floresta. Observei um pouco o céu estrelado. 

Realmente, era bem diferente do céu de milhares de anos atrás. Dava para ver tudo. Todas as constelações. 

Parecia uma obra de arte. 

-- Eeh, que fome. - resmungou Senku, levantando-se e caminhando lentamente para os abrigos. - Não tem como caçar nada nessa escuridão, então... 

Rapidamente, ele pegou Bob pelo rabo, o levando para perto da fogueira. O pobre macaquinho se debatia, desesperado, enquanto Senku sorria como um maníaco psicopata. 

-- Comida de emergência! Hehehe 

-- O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO COM O BOB?! 

Comecei á tentar pegar meu macaco dos braços de Senku, que continuava sorrindo de forma macabra. 

-- O que mais faria? Eu quero cozinhar! 

-- O BOB NÃO É COMIDA!

-- Ele é um ser irracional, baka! É apenas um filhote de macaco, tem milhares iguais á esse por aí! 

-- FODA-SE! EU NÃO LIGO! LARGA ELE, SENKU!


SEU IMBECIL!!!


~ Pequena quebra de tempo ~


Já era bem tarde da noite quando estávamos descascando bananas. 

Era melhor isso, do que ver Senku cozinhando o Bob.

O ar já estava menos tenso, Senku parecia perdido em seus pensamentos enquanto levava a fruta para os lábios e dava uma mordida. 

Na verdade, ele sempre parecia estar pensando. Sempre parecia estar perdido em suas ideias. 

Mas no fundo, eu sabia que ele não era tão diferente de mim. Mais cedo, ele havia feito exatamente as mesmas coisas que eu. Pegado os fragmentos de pedra e os separado, para estudá-los quando estivesse pronto. 

Talvez nós realmente tivéssemos mentes parecidas. 

-- Perdeu alguma coisa, Castanha? 

Foi quando ele disse isso, que eu percebi que fiquei o fitando por tempo demais. Senti meu rosto ruborizar um pouco quase que imediatamente. 

-- Só estava pensando um pouco sobre mais cedo.

-- Sobre quando eu quase cozinhei o seu macaco? 

-- Mais cedo! Quando você me levou para a caverna...

Eu não sabia muito bem como dizer aquilo, mas resolvi colocar meus sentimentos em palavras. 

-- Você conseguiu pensar em uma hipótese para termos sido libertos da petrificação em menos de dois dias, e soube exatamente em que dia e ano estávamos quando acordou...apenas contando os segundos. - desviei meu olhar para a fogueira. - Acho que não era á toa que você era membro do clube de ciências da melhor escola de Tókio. 

Ele fez uma careta estranha á princípio, mas depois um pequeno sorriso irônico surgiu no canto de seus lábios. 

-- Elogios tão repentinos assim? Está apaixonada, é?

Não consegui conter a minha surpresa, e acabei arregalando os olhos e suando frio.

-- Tsc! Não foram elogios, baka. - virei o rosto para o outro lado, evitando ao máximo manter contato visual com ele. 

Por que eu estava me sentindo  tão desconfortável com aquilo? 

-- Foram só...coisas que eu consegui reparar! Larga a mão de ser tão cínico! 

-- Ufa! Ainda bem. - disse ele, fingindo estar aliviado. - Porque nada é tão complicado e sem sentido quanto relacionamentos. 

-- Mas quem falou de relacionamentos? Você é idiota, por acaso?  

-- Estou só sendo irônico com você, baka. - Disse ele, voltando á sorrir normalmente. - Á propósito, eu era o presidente do clube de ciência. Ainda me lembro do dia em que você entrou pela porta.

-- Me surpreende que você ainda se lembre desse detalhe. 

-- Diferente de você, eu sou bem detalhista, Castanha. 

-- Não me chame assim! 

-- Tanto faz. - ele deitou-se no chão e fitou o céu estrelado. - Eu só espero...não, eu sei que as coisas voltarão ao normal um dia. Eu vou fazer isso acontecer. 

Dei um pequeno sorriso discreto. Ergui a cabeça e vi uma estrela cadente trespassar no céu. 

-- É...algum dia, tudo vai voltar á ser o que era. - olhei novamente para ele, que agora estava com os olhos fechados, sorrindo. - E quem melhor do que você para reerguer esse mundo? 

Não é, Senku-kun? 

Ele se levantou, sentando-se de volta na grama, sorrindo animado. 

-- É. Um homem não consegue fazer nada disso sozinho, por isso precisarei da sua ajuda, Shimizu. - Ele me fitou, seus olhos vermelhos brilhando de determinação. - Embora a petrificação seja fantasia, os estudos da ciência são absolutos.  

Nós vamos vencer a fantasia com o poder da ciência, e reiniciar o mundo do zero. 














Isso é tão empolgante! 




Notas Finais


Bom, eu realmente não tinha intenção de voltar com nenhuma das minhas fanfics.
Depois de escrever tanto e me dedicar tanto, acabei perdendo o meu ânimo. Muitas coisas aconteceram comigo antes e depois de eu parar de escrever.
Porém, sempre têm aquelas pessoas que me motivam á continuar.
Não posso prometer que todas as minhas antigas fanfics vão voltar á tona, até porquê, eu não posso bancar de escrever mais de 6 histórias, né?

Mas vou dar o meu melhor em algumas.
Obrigado á todo mundo que me acompanhou até aqui.

Beijos, e até o próximo capítulo ❤


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