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História Drachenherz, Coração de Dragão - Capítulo 3:


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 3 - Capítulo 3:


—Siegfried. -ela o chamou com um sorriso meigo, indicando para que ele se sentasse ao seu lado, e o rapaz o fez timidamente. -Fico tão feliz que tenha conseguido!

—Eu havia lhe dito que me tornaria um Guerreiro Deus.

—Sim. Mas sinceramente espero que jamais tenha que usar uma armadura. -disse a jovem, com uma pontada de tristeza.

—O que disse senhorita Hilda?

—Soube da batalha que houve aqui há alguns meses?

—Sim. E que Durval foi morto. -baixou o olhar.

—Foi morto por sua ambição. Infelizmente, honrados guerreiros, como Frey, perderam a vida em uma batalha sem sentido. -Hilda manteve o olhar fixo em uma flor que conseguia crescer em meio à neve. -Não quero que isso se repita. Não enquanto eu estiver no trono de Asgard. Quero o melhor para meu reino e para o meu povo, Siegfried.

—Senhorita Hilda, conte comigo para manter a paz que tanto quer para Asgard.

—Obrigada, Siegfried. -sorriu.

Dizer que tal sorriso não o afetou seria mentira. Hilda, com sua beleza e meiguice, conseguia minar todas as defesas do guerreiro deus.

—Preciso ir. Tenho muito que fazer antes do pôr do sol. -a jovem princesa comentou.

—Parece cansada.

—Um pouco. Todas as manhãs eu oro a Odin. –apontou para uma estrada que levava na direção do mar gelado. -Meu cosmo mantém as geleiras intactas, Siegfried. E não nego que isso toma parte das minhas forças.

—Todas as manhãs? -espantou-se. -Senhorita, isso não é perigoso para a sua saúde?

—Não. É um ato que realizo com boa vontade. -levantou-se e lhe dirigiu um sorriso. -Nesta manhã tenho tanto o que fazer, mas poderemos cavalgar juntos mais tarde?

—Cavalgar? Nós dois?

—Sim. Gosto de ver como o meu povo está. Gostaria de me acompanhar? Ou tem outros compromissos? –perguntou-lhe com uma certa expectativa que ela nem sabia que estava ali.

—Nada me daria maior prazer do que protegê-la, senhorita Hilda.

—Está certo, então. Até mais tarde, Siegfried.

Dizendo isso, afastou-se para dentro do castelo. Siegfried ficou nos jardins, preocupado com Hilda, pelo enorme fardo que uma jovem como ela teria que carregar até o fim de seus dias.

—Também me preocupo com ela. –uma voz masculina e grave o deixou em alerta. O asgardiano não o conhecia. Era alto, imenso, na verdade, cabelos e olhos claros e um cavanhaque. –Eu sou Thor.

O gigante se apresentou, estendendo a mão amigavelmente. Gesto esse que o rapaz aceitou com satisfação.

—Eu sou Siegfried.

—Shido e Hagen já me falaram sobre você. –comentou Thor.

—Se já se referiram a mim, então também é um guerreiro deus?

—Sim. –olhou para o castelo. –Estou a serviço da senhorita Hilda, disposto a protegê-la, sempre.

—É muito bom saber disso, Thor.

—Agora, se me der licença, preciso treinar. –pediu Thor, pegando a direção da floresta.

Siegfried analisou Thor. Parecia ser uma boa pessoa. Mas seus pensamentos se voltaram para algo mais importante no momento: ficar a sós com Hilda naquela tarde.

—Quem é vivo, sempre aparece! –Siegfried virou-se e sorriu ao reconhecer o irmão, agora um homem feito, se aproximar. –Que bom que retornou, irmãozinho!

—Olha só quem me chama de irmãozinho. –Siegfried comentou zombeteiro ao notar que ele havia ficado mais alto que o irmão mais velho.

—Não vou entender isso nunca! –Sigmund riu e ataca Siegfried com um soco, que se defende perfeitamente. –Pelo visto, aprendeu algo nas montanhas.

—Aprendi a ser melhor guerreiro que você! –revidando o golpe, que é defendido por Sigmund.

Ambos começam a rir e se abraçam como irmãos, caminhando lado a lado e conversando sobre os anos que ficaram afastados um do outro.

Neste momento, outra pessoa também observava os guerreiros deuses nos jardins. Do alto de uma janela, de braços cruzados e em uma postura pensativa, Alberich tentava analisar melhor o homem que atualmente era a fonte de sua raiva, acompanhado pelo desprezível irmão.

Camponeses sem títulos! Ele, que descendia de homens nobres, de uma das famílias mais antigas e tradicionais de Asgard, não compreendia porque Odin dera à pessoas da plebe a chance de serem Guerreiros deuses! E não eram os únicos, pelo o que soube, haviam mais. Era algo que não conseguia compreender ou aceitar.

Certamente, se seu pai ainda vivesse, e sendo um dos homens mais influentes de seu tempo, isso não aconteceria. A plebe deveria ficar em seu lugar. Valhalla era apenas para os de sangue real. Atribuiu isso à postura de Hilda, a nova governante deste reino.

Ela apreciava e incentiva a igualdade entres seus súditos. E por isso não fez oposição quando foi informada de que camponeses, órfãos sem berço e ladrões seriam guerreiros. Além disso tudo, ela invejava a sua inteligência e sagacidade, nunca dando ouvidos a seus sábios conselhos! Era para ele ser o segundo em comando em Asgard!

Com uma careta de desgosto, Alberich se afastou da janela e caminhou até uma mesa, onde se serviu de uma taça de vinho.

Sorvendo o líquido, observando um quadro que estava colocado em destaque na parede, deixou sua imaginação fluir. O quadro retratava a imagem de Durval.

Sorriu. Era uma pena que o antigo rei morreu sem deixar descendentes diretos. Cabendo a uma sobrinha este fardo. Mas Hilda também era jovem, não havia escolhido um pretendente ainda, e mostrava claramente que não desejava um tão cedo. Se algo lhe acontecesse, por direito de nobreza... seria ele, Alberich, a governar Asgard! Se Hilda morresse...

—Não seria lamentável se algo assim acontecesse? – e, sorrindo serviu-se de mais vinho, percebendo que a oportunidade viria em breve... talvez em um certo passeio a cavalo...

 

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Hilda e Siegfried cavalgavam pela neve. O vento frio tocava em seus rostos, seus cabelos e o rapaz pôde ver o quanto ela estava feliz naquele momento.

—Senhorita Hilda! -chamou preocupado, ao vê-la se afastar demais.

O guerreiro deus incitou sua montaria para que a alcançasse logo. Logo estava ao seu lado e estendeu a mão à rédea do cavalo dela, fazendo-o diminuir a velocidade até estarem apenas trotando.

—Não faça mais isso, senhorita. -disse em um tom de ordem, sério.

—Desculpe-me, sempre me empolgo quando estou cavalgando. -ela sorriu e com este simples gesto, ela conseguiu desfazer toda a postura séria do rapaz, deixando-o levemente ruborizado.

Foi quando ouviram uivos de lobos, que assustaram os cavalos e fizeram com que Siegfried ficasse em total alerta. Ao longe, viram uma matilha de lobos que pareciam cercá-los e entre eles uma figura humana. O loiro parecia a ponto de atacar a estranha figura, quando Hilda o deteve pelo braço.

—Não. -ela pediu com serenidade.

O rapaz que estava entre os lobos os fitou e em seguida desapareceu em meio à floresta, sendo seguido pelos animais.

—Então é verdade. -ela suspirou com ar triste.

—O que?

—Ouvi rumores de que havia um menino vivendo nestas florestas, na companhia de lobos. Ele é o último descendente da família Fenrir. -Hilda lançou um olhar triste na direção em que os animais haviam tomado. -Queria fazer algo para ajudá-lo a reconstruir sua vida e seus bens, mas ainda não tive a chance de encontrá-lo e dizer-lhe isso.

—Mas eu ouvi dizer que todos os Fenrir morreram atacados por uma fera anos atrás!

—Um menino sobreviveu. -Hilda incitou o cavalo a andar. -Há tantas injustiças nestas terras. Injustiças promovidas pela ganância dos nobres e quero mudar isso, Siegfried! Desejo trazer justiça a todo meu povo e vê-lo viver com dignidade.

Naquele momento, mais do que nunca, o guerreiro deus compreendeu o fardo que a princesa carregava.

—E eu a ajudarei nisso, senhorita Hilda. -disse com uma sinceridade que fez a jovem parar o cavalo e virar-se para fitá-lo.

—Você promete? Você promete ficar ao meu lado em minha busca pela felicidade de Asgard, Siegfried? –perguntou, com um pouco de ansiedade.

—Sim. Juro por minha vida, senhorita Hilda, que estarei ao seu lado em suas decisões.

—Obrigada, Siegfried. -ela sorriu e o guerreiro sentiu o coração bater descompassado. -Vamos até o rio congelado? -ela pediu. -Adoro a visão das montanhas de lá.

—C-Claro.

Os dois cavalgaram apressados na direção do grande rio congelado através da estrada, sem perceberem que alguém os observava. Ele não pôde ouvir toda a conversa, mas não importava. Ele já havia decidido o fim dela. Com um sorriso nos lábios, Alberich correu para chegar antes que os dois ao seu destino, cortando caminho pelo bosque.

Após uma longa cavalgada, Hilda e Siegfried finalmente chegaram ao seu destino. Como o guerreiro esperava, o local estava vazio. O rigoroso inverno dos últimos anos afastara as pessoas das proximidades, e por isso sua princesa poderia usufruir da vista sem ser perturbada. Ele a observou desmontar e caminhar até as margens do rio, levando sua montaria pelas rédeas.

—Não é lindo? -ela perguntou, apontando para as montanhas.

—Sim... é linda... -ele respondeu baixinho, olhando fixamente para o rosto dela que estava de perfil, depois balançou a cabeça, murmurando para si mesmo. - Idiota! Não fique sonhando.

Quando viu a princesa caminhando pela superfície congelada do rio, ficou apreensivo.

—Senhorita Hilda! Volte! Não é seguro se expor desta maneira! -aproximou-se rapidamente da margem do rio.

—Não se preocupe, Siegfried. -ela sorriu. -Há séculos que este gelo cobre o rio, mesmo no verão uma fina camada permanece e suas águas correm por baixo dele. É seguro!

—Mesmo assim! -ele deu um passo adiante, endurecendo um pouco a voz. -Sou responsável pela sua segurança, senhorita! Eu lhe peço que volte para cá agora!

—Você se preocupa demais.

—Eu me preocupo o suficiente por nós dois! - ele estendeu a mão em sua direção, chamando-a. - Se continuar a arriscar sua vida desta maneira, terei que levá-la de volta ao palácio.

Hilda suspirou, vencida.

—Podemos ir adiante ao menos? Ver a cachoeira congelada?

—Tudo bem. Vou buscar os cavalos.

Afastado da cena, na curva que o rio fazia, oculto pela vegetação e pela neve, Alberich observava os dois. Percebeu que Siegfried se afastava do leito do rio, na direção dos animais, e Hilda começou a caminhar devagar para as margens do rio. O momento era agora. Concentrando seu cosmo na palma de sua mão, ele desferiu um soco contra a superfície congelada. O efeito foi imediato.

Neste exato momento, Siegfried estancou seus passos sentindo o cosmo, mas não o reconhecendo de imediato. Hilda parecia ter sentido algo errado também, pois parou de caminhar. Foi quando ambos ouviram os sons do gelo rachando...partindo-se.

—Hilda...

Tudo aconteceu em questões de segundos. O gelo sob os pés de Hilda partiu. A princesa asgardiana emitiu um grito assustado, perdendo o equilíbrio e caindo ajoelhada no chão congelado. A correnteza arrastou o enorme bloco por suas águas há séculos aprisionadas. O bloco foi se quebrando, tornando quase impossível a Hilda manter-se sobre ele.

Esquecido completamente do cosmo, o jovem só tinha em vista a ameaça à vida de sua princesa e em sua mente apenas o comando de salvar-lhe. Siegfried correu para o leito do rio e saltou para as suas águas, apoiou seus pés em um bloco de gelo e saltou novamente, na tentativa de chegar a Hilda, usando os blocos dispersos como apoio.

Ao longe, Alberich apenas observava e imaginava que, com um pouco de sorte, ambos teriam o mesmo destino.

A correnteza aumentava a cada instante, Hilda tentava se manter no bloco que estava desfazendo-se sob seus pés. Ergueu o olhar e sentiu alívio ao ver que Siegfried estava alcançando-a. Foi então que o rugido das águas aumentou e a princesa horrorizada percebeu o que estava para acontecer. Era a grande cachoeira diante deles.

—Odin... -ela murmurou, e então o bloco finalmente cedeu.

As águas gélidas a cobriram completamente.

—Hilda! -Siegfried gritou por ela, antes de mergulhar nas águas furiosas pela correnteza, na esperança de resgatá-la.

Suas vestes reais eram pesadas demais e agora molhadas dificultavam seus movimentos, impossibilitando a mesma a nadar e retornar a superfície. Frio intenso e cortante. A escuridão ameaçando retirar-lhe todos os sentidos. O ar escapando-lhe de seus pulmões. Medo intenso. Estas eram as sensações que acometiam a princesa.

Então era assim que as pessoas sentiam quando estavam prestes a morrer?, ela indagou-se, fechando os olhos.

Abriu-os de repente, ao sentir uma mão forte segurar firmemente seu pulso e a puxar. Outro braço forte a envolveu pela cintura e seu salvador impulsionava toda a sua energia para levar ambos para cima. Ambos surgiram na superfície revolta das águas, a princesa emitiu um som de alívio ao sentir novamente o ar precioso.

Mas o perigo ainda não havia passado. O mesmo braço forte que a segurava pela cintura a apertou mais contra o corpo másculo do guerreiro, quando este percebeu que estavam bem próximos à cachoeira e não conseguiriam escapar da queda, presos à forte correnteza.

—Segure-se em mim! -ele ordenou e Hilda obedeceu imediatamente, enlaçando-o pelo pescoço.

—Siegfried! -havia temor na voz da princesa.

Alberich procurou um local alto para assistir o que acontecia. A queda estava próxima deles.

—Confie em mim, Hilda!

De longe, Alberich sorriu, maldoso, seus planos iriam se concretizar.

—Eu...eu confio! -Hilda fechou os olhos, abraçando-o forte.

Ambos foram puxados pela força da correnteza para dentro das águas novamente, segundos antes da inevitável e mortal queda. Alberich riu alto, dando uma sonora gargalhada.

—Aiai... Não pensei que seria tão fácil! Livrei-me de Hilda e daquele plebeu em um único golpe de sorte! -ria freneticamente -Agora, tenho que encontrar os corpos e mostrar a toda Asgard o meu choque pela morte de nossa querida governante e seu guarda-costas. Pobre Hilda...tão jovem. Não deveria ter tanta inveja do meu cérebro privilegiado, divina Hilda.

Alberich, usando de sua habilidade e de sua velocidade, venceu a distância que separava o seu ponto de visão da queda d'água. No caminho, ficava pensando em toda a cena que faria para convencer os demais guerreiros deuses e os nobres que fora testemunha de uma tragédia sem igual.

Aproximou-se do ponto mais alto, se vangloriando intimamente do que fez, quando percebeu algo errado. Bem próximo ao local da queda, ouviu a voz odiosa dele.

—Segure-se firme, princesa!

—Impossível! -murmurou cético, apoiando suas mãos no chão e olhando para baixo.

Mal pode esconder sua surpresa ao ver Hilda e Siegfried vivos! O guerreiro deus havia se segurado com braço livre na borda rochosa da cachoeira e usando de sua força, impulsionava seu corpo para cima, tendo Hilda bem firme, segura, abraçada a ele.

—I-Impossível... - ele os olhava descrente.

—Alberich! -Siegfried gritou seu nome, acordando-o de seu torpor causado pelo choque de ver seus planos frustrados. -Rápido! Ajude Hilda!

Alberich cerrou os dedos, arrancando terra e neve do solo, de onde apoiava. Viu Siegfried subir pela encosta da cachoeira, se aproximando mais e mais dele.

“—Droga! Maldito seja Siegfried e sua maldita sorte!” –praguejou em pensamentos e estendeu a mão para ajudar Hilda a subir.

Logo ambos conseguiram alcançar o local seguro acima da cachoeira, e finalmente o guerreiro deus pôde respirar aliviado. Estava com frio, sujo, mas aliviado por ver Hilda sã e salva. Ela estava ofegante, a mão sobre o seu coração, como se pedisse que ele se acalmasse, e a outra mão apoiada no ombro de Alberich.

Foi só então que Siegfried, desconfiado, perguntou ao colega:

—O que faz aqui, Alberich?

Alberich levantou o olhar, estranhando a súbita pergunta e ao mesmo tempo mantendo a expressão séria, para não levantar suspeitas.

—Estava treinando perto daqui. Senti um cosmo estranho e corri para investigar.

—Chegou a ver quem era? -voltou a perguntar, não acreditando muito na resposta dada.

—Não. Infelizmente não vi quem era. -desviou o olhar para Hilda e levantou-se, estendo a mão para que sua governante fizesse o mesmo. -Mas eu os reconheci sendo levados pela correnteza, mesmo estando longe. Eu estava mais preocupado com vocês dois e corri para cá.

—Obrigada, Alberich. -Hilda se pronunciou e depois sorriu para Siegfried. -Você salvou minha vida.

—Eu...eu jurei protegê-la, senhorita Hilda! É meu dever que cumpro com prazer! -respondeu, assumindo uma postura séria, esquecendo-se das demais perguntas que faria a Alberich.

—Você foi além de seus deveres se arriscando daquela maneira!

—Ela tem razão, Siegfried. -Alberich disse em um tom de ironia. -Salvou a princesa Hilda de uma morte horrível! É um herói!

O guerreiro deus não gostou do tom de voz vindo do outro, além do que, suas dúvidas e desconfianças não haviam sido sanadas. Porém sua atenção foi novamente desviada para Hilda, que tremia de frio.

—Vamos voltar ao palácio. -Siegfried decidiu, envolvendo Hilda em seus braços e elevando seu cosmo aos poucos, para aquecê-la.

—Sim. -concordou Alberich. -Já tivemos emoções demais para um dia, não acham?

Em silêncio voltaram para o palácio. Siegfried e Hilda não olharam para trás, e por isso não foram testemunhas da expressão insatisfeita de Alberich, por ver um plano brilhante fracassar.

Mas haveriam outras oportunidades.

 

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Dias depois.

—Aí está nosso herói! -foram as palavras que Siegfried ouviu vindas de Thor, momentos antes de suas costas serem acertadas pelo poderoso tapa que ele lhe dera. -Como se sente, Siegfried?

—Com...as costas ardendo? -respondeu recuperando o fôlego tomado pelo "golpe" do amigo, que riu do comentário. -Eu estou bem... Não me chame de herói.

—Como não chamá-lo assim? -era Shido quem dizia, e chegava acompanhado de Hagen e Mime. -Salvou a vida da Divina Hilda! Merece ser chamado de herói por todos.

—Até nomeado o novo Chefe da Guarda Real foi. -Mime riu. -Foi a promoção mais rápida que eu já vi, herói!

—Aliás, é o título que todos em Asgard se referem a você agora. -comentou Hagen. -Comentam até que você é o lendário Siegfried, o herói imortal.

—Se era imortal, cadê ele agora? -Siegfried riu. -Vamos parar de dizer bobagens e vamos direto ao ponto.

—Sim, senhor! -responderam todos fazendo continência em tom zombeteiro.

—Eu falo sério!

Os demais guerreiros concordaram e ficaram em silêncio, esperando que seu amigo se pronunciasse. Foi então que notaram o semblante sério dele.

—O que houve na cachoeira não foi acidente. -todos o olharam incrédulos. -Senti um cosmo elevando-se, pouco antes do gelo quebrar sob os pés de Hilda. O que me leva a crer que atentaram contra a vida dela.

—Um inimigo entre nós? -Shido estreitou o olhar, incomodado com a recente informação.

—Um traidor! -Thor estava furioso.

—Não levantem hipóteses ainda. -Siegfried levantou a mão, pedindo que se acalmassem. -Mas acho mais seguro que fiquemos sempre perto de Hilda e a protejamos. Nem mesmo quando ela for orar a Odin deve ser deixada sozinha.

—É proibido a qualquer um ficar no local de oração. Somente os governantes de Asgard tem a autorização de Odin para isso! -declarou Shido.

—Mesmo que fiquemos a uma distância discreta. Ela não deve ficar sozinha. -declarou Siegfried. –Direi ao meu irmão o que decidirmos aqui. Confio nele.

—Concordo. -Mime pronunciou-se. -Mas onde está Alberich que não participa de uma reunião tão importante?

—Ele está em sua propriedade. Não poderia esperar por sua chegada. -explicou Siegfried. -Peço que o coloquem a par dos acontecimentos.

—Tudo bem. -declarou Shido, cruzando os braços e se encostando-se a uma parede.

—Pois irei ficar um tempo fora. -continuou Siegfried, para a surpresa de todos. -E partirei mais tranquilo sabendo que estarão perto dela o tempo todo.

—Para onde vai? -pergunta Thor.

—Treinar. Ficar mais forte! - ergueu o punho. -Não me sinto forte o suficiente para protegê-la.

—Já é muito forte! -diz Shido. -Mas se você se sente melhor treinando para aumentar suas habilidades... Eu prometo sempre ficar ao lado de Hilda.

—Obrigado. -Siegfried sorriu. -Em minha ausência, o comando da Guarda Real ficará sob sua responsabilidade, Shido.

—Então está decidido! -Shido se pronuncia. -A cada dia um de nós irá acompanhar Hilda em suas orações. Amanhã eu começarei, depois Mime, Thor e em seguida Alberich. Pediremos à Sigmund que nos ajude também!

Todos concordaram e mal sabiam das mudanças que em breve aconteceriam e que mudariam o destino de cada um...para sempre.

 

Continua...



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