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História D.R.a.C.O - Who seem'd to be in pain


Escrita por: Kashi_

Notas do Autor


AHHHHH VOCÊS SÃO MUITO AMOR DA MINHA VIDA
Todos aqueles comentários no chapie anterior me mataram de amor, e eu não tive escolha a não ser vir de novo com mais um chapie

Capítulo 6 - Who seem'd to be in pain


6 – Who seem'd to be in pain

Harry POV

Suspirei pesadamente, fechando os olhos ao deitar a cabeça para trás, sentindo os ossos do meu pescoço estalarem, e alonguei os ombros.

Com um longo bocejo exausto, mirei a caneca cheia de rum em minhas mãos, e bebi um grande gole.

– Capitão – Ouvi a voz miada me chamar, e ergui os olhos para a donzela em minha mesa, que dava risadinhas enquanto ouvia alguns marujos falarem.

Remo parecia nem se quer as notar, porque analisava um mapa, concentrado, e Sirius estava levemente bêbado enquanto encarava ele.

– Por quanto tempo irão ficar na cidade?

– Uma ou duas noites – Contei desinteressado vendo Sirius suspirar.

– Harry, já falamos que é tolice continuar as buscas.

– Vocês não precisam me acompanhar.

– Querido, se não o acompanharmos, irá sozinho. Nenhum marujo quer navegar com você – Remo contou com aquela voz doce que sempre usava comigo, não importando o quão adulto eu fosse.

Não era como se eu me opusesse.

Eu adorava o fato de meus padrinhos me amarem ao ponto de nunca terem me largado.

Ainda me recordava da noite fatídica em que eu perdi a única coisa que, mesmo que por breves momentos, amei verdadeiramente.

Ainda me recordava da sensação assustadora de vazio que meu dragão havia deixado.

" – Me desuclpe, Sirius, eu...

– Harry, o importante é que está bem. Por meduza, podíamos tê-lo perdido. Essas águas são perigosas – Contou apoiando a mão no meu ombro – Está tudo bem. Eu e Remo conversamos, e vamos ficar longe das sereias agora. Vamos tentar conseguir nossas riquezas de outra formas. Ora, somos piratas. Somos expert nisso.

– O padrinho Remo odeia que fale como se eu e ele também fossemos piratas.

– O mistério da minha vida é saber como alguém que odeia piratas acabou casando com um – Resmungou revirando os olhos, e eu ri – Vamos levar você de volta para terra.

– O que? Porque? – Havia questionado, descrente – Eu não quero viver em terra! Quero estar aqui!

– Harry, essa vida não é para crianças! É perigoso, e queremos você a salvo. Era o que seus pais queriam.

– Meu pai foi James Potter, um dos maiores piratas que os sete mares já viram. Eu vou ser como ele. Eu vou viver no mar! Eu sou um Potter!

Sirius sorriu, e eu podia dizer que sentia o orgulho exalando dele.

– Por deus, Harry! Eu sempre esperei por este momento!"

E desde aquele dia, poucas eram as vezes em que eu estava em terra.

Remo havia sido completamente contra, ainda mais por eu ter tido aquela decisão de uma hora para outra.

Mas o orgulho de Sirius ao me ver seguindo os passos dos meu pai sempre foi um forte aliado, e após anos os seguindo pelos mares, eu havia me tornado o capitão da minha própria embarcação, com meus padrinhos ‘aposentados’ sempre me seguindo para me colocarem juízo – no caso de Remo, e me darem Rum – no caso de Sirius.

Havia me tornado muito conhecido mar afora, como Capitão James ou Capitão Potter – Afinal, era uma tradição de grandes famílias sempre manterem o sobrenome e nome  de seus antepassados, para reforçar a família no mar, e terem maior reconhecimento.

A questão é que eu era muito conhecido por ser o maior estudioso em auto mar, e um caçador maluco e obssessivo em encontrar provas da existência das sereias, nos momentos em que não estava ocupado com minhas funções como capitão e pirata.

Por anos Remo havia brigado, batido os pés de como eu estava insano, e como o evento de ter acordado jogado no mar havia sido traumático e responsável pela minha busca insaciável e incansável pelas criaturas

Sirius, embora tivesse prometido ao companheiro nunca mais ir atrás delas, uma vez que ainda se sentia culpado por acreditar que sua obcessão quase havia causado a minha morte, sempre tentava me apoiar e passar os conhecimentos que tinha, me ajudando indiretamente.

Mas apesar de todas as minhas tentativas, jamais havia encontrado ou se quer visto qualquer sereia desde o dia em que fui deixado pelo Dragão.

Suspirei de desgosto, me sentindo exausto.

Recentemente, após minha última busca frustrada, onde grande parte do meu navio havia sido danificado em uma briga de mar, os últimos marujos que um dia sentiram vontade de me ajudar haviam me abandonado, dizendo que não valia a pena perder a vida em buscas que nunca tinham sucesso.

Eu nada tinha além de um navio quebrado e meus padrinhos, mas nem essa constatação me faria desistir.

Eu o buscava desde aquela noite, há doze anos atrás, e nada nem ninguém iria me impedir de encontrá-lo.

– Então, capitão – A simpática atendente daquela suja e estranha taberna questionou sorrindo, e eu suspirei ao ver a quantidade de maquiagem que ela usava, e a forma como suas roupas estavam, denunciando que era mais uma daquelas que não podia ver algum marinheiro que tenha dinheiro – O navio de seu pai era conhecido como Lírio Negro. Algum tempo depois, ficou claro que o nome era por causa de sua mãe, Lílian. Fico curiosa em tentar saber porque sua embarcação se chama ‘Dragão Negro’. É por causa do peixe? Tem um peixe que tem esse nome.

– O Dragão negro tem esse nome pelo mesmo motivo que Lírio Negro era chamado assim.

– Então – Sorriu, se inclinando sobre a mesa encardida, com um sorriso – Tem uma donzela que domou seu coração?

Sorri, revirando os olhos enquanto tomava um gole da minha bebida, e depositei o copo na mesa após sorver todo o líquido gelado.

– Não é uma donzela.

Sirius ergueu os olhos para mim, franzindo o cenho, e Remo me oferceu a atenção.

Nunca havíamos entrado naquele assunto, e o máximo que acontecia era Sirius me apresentar para toda garota que visse pela frente.

– Oh – A garçonete ofegou, surpresa.

– Não vejo como pode estar espantada – Uma voz grave foi ouvida atrás de nós, e eu ergui o rosto, vendo as bochechas infladas e vermelhas daquele verme, que tinha os olhos castanhos bem atentos e debochados – Criado por gente como Sirius Black... não era difícil duvidar que seguiria o caminho das anormalidades.

Me ergui, fechando a expressão, e Sirius, parecendo furioso, fez o mesmo, se postando ao meu lado.

– Pettigrew – Nossa voz soou em uníssono, e o desprezo nela era o mesmo.

Peter Pettigrew havia sido um companheiro de meu pai, inicialmente como marujo em uma embarcação.

Logo que meu pai, com 17 anos fugiu de casa para seguir a vida na pirataria, passou por muitos obstáculos, e havia sido em uma embarcação perto do mar de Caribe que conheceu Sirius, e Pettigrew. Haviam logo se tornado grandes amigos, e após algum tempo navegando juntos, meu pai havia sido escolhido como capitão.

Embora fosse extremamente difícil conviver com piratas, devido ao gênio forte e marcante, eram pessoas fáceis, na medida em que sempre respeitavam o Código. E é conhecido que o Capitão é eleito pela sua tripulação, em uma democracia.

Após a perda trágica do capitão da embarcação, todos optaram por meu pai, devido ao espírito de liderança e sagacidade. Meu pai não tardou em nomear Sirius seu Imediato, que na linha da hierarquia estava no comando logo abaixo dele, e sempre foi seu braço direito.

Pettigrew nunca havia tido destaque em nada, mas costumava ser presente e esforçado, então sempre participava lado a lado com meu pai e Sirius.

Com o sucesso do grande James Potter, e suas excursões ousadas e sempre bem pensadas, Peter passou a desenvolver um forte sentimento de inveja, e na primeira oportunidade desertou, e ao ser pego tentando fugir, foi abandonado em uma ilha.

Por longo tempo pouco se soube sobre ele, mas foi descoberto anos depois que havia fugido e se unido ao corso, e desde então trabalhava em um navio da marinha, que tentava recuperar os tesouros levados pelos piratas.

Desde o primeiro momento, fazia de tudo para sabotar meu pai, e em uma batalha em auto mar, perto das ilhas canárias, acabou perdendo um braço em um duelo com um dos tripulantes da embarcação Lirio Negro.

– O que quer aqui, parasita imundo? – Sirius rugiu, e Remo não tardou a se erguer e ir até ele, tocando seu ombro naquele gesto que sempre parecia pedir calma e paciência.

– Ouvi dizer que o Capitão Potter está na cidade – Falou com um sorriso forçado, me olhando com seriedade.

Haviam sido poucas as vezes que o vi, uma vez que Sirius sempre evitou o máximo que pode deixar que ele colocasse os olhos em mim.

Ainda assim, sentia grande raiva dele, que era tido como um dos maiores traidores dos sete mares.

Mais de uma vez mandou sua tropa me seguir, mas eu jamais havia deixado qualquer um ter pistas sobre mim, ou sobre o que eu fazia, embora todos soubessem que eu era o Capitão do Dragão Negro.

A mais astuta ideia, partida de mim, seria a de que ser pirata seria muito mais fácil se os corsários não estivessem no meu pé, tentando a todo custo me pegar e prender.

Então nossos saques eram sempre feitos de forma minuciosa, com as alianças certas, e muito bem pensados, durante períodos de baixa guarda em pequenas ilhas. Eu sempre evitei usar o Dragão Negro para os saqueamentos, e tinha um navio reserva, que era o velho ‘Moony’, navio que Sirius costumava usar.

Então corria o boato de que ele havia se aposentado, e com isso reformamos o Moony para torná-lo impessoal, e com nenhuma particularidade que o ligasse a nós, diferente do que era o costume entre os piradas, que gostariam de ser reconhecidos, e que todos soubessem quem era que estava lhes roubando.

Embora a fantasia que nos acobertasse fosse perfeita, todos sabiam que ela não passava disso: Uma forma de nos acobertar.

Mas tampouco tinham provas concretas que nos levassem a prisão, pois ainda assim eu era conhecido por ser o Capitão Louco, Capitão Potter-Pirado.

Eu nunca havia me importado com a fama que desenvolvi com as minhas buscas obcessivas por Sereias, porque além de querer encontrar meu Dragão mais do que qualquer coisa, os boatos faziam ser ainda mais difícil ligar minha imagem a de um saqueador.

Como Potter-Pirado poderia estar saqueando, se passava a vida no mar em busca de Sereias?

– Eu só vim dar um recado, de qualquer forma – Contou alisando a mão falsa feita de ferro, que havia ganhado dos Ingleses ao se tornar corsário – Senhor Riddle, General Almirante Oficial das forças marítimas britânicas – Apresentou polidamente, e Sirius fez uma expressão de profundo nojo e desprezo torcendo o nariz infantilmente conforme o homem falava – Anuncia que deseja fazer um acordo de proveito duplo com o... – Se aproximou um passo, tocando com a mão que ainda tinha, repleta de anéis de ouro, a borda do meu chapéu que estava sobre a mesa, e franziu o cenho com nojo de como ele parecia velha e esfarrapado – Capitão Potter. – Falou com desprezo.

–Pois diga a esse miserável que...- Sirius começou furiosamente a rosnar, e eu suspirei, sabendo que deveria intervir, porque o padrinho não tinha o hábito de se conter.

– Agradeço, e passo a oportunidade – Falei sem mais emoções, me virando, decidido que a noite havia acabado.

Iria para o sujo quarto na taberna que havia alugado, e iria dormir.

– Senhor Riddle ressalta que o acordo irá beneficiar o senhor Potter, o Dragão Negro... e a busca que tanto faz.

Parei no movimento de deixar os pesos de pagamento sobre a mesa suja, e franzi o cenho.

– Apenas o procure no quartel oficial.

E eu pude ouvir o gorducho ir embora, porque não tinha andar suave, e seus pesados passos faziam tremer o chão de madeira velho, que rangia.

– Harry, espero que nem por um momento tenha acreditado que... – Remo começou, mas apenas neguei com a cabeça.

– Boa noite – Falei, sem querer conversar ou pensar no assunto.


Notas Finais


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